Como banheiros se tornaram campoapostaaposta em cassinocassinobatalha nos EUA:aposta em cassino

Sinalapostaaposta em cassinocassinoprotesto contra lei que limita acessoapostaaposta em cassinocassinotransgêneros a banheirosapostaaposta em cassinocassinoescolas na Carolina do Norte

Crédito, Reuters

Legenda da foto, Leis restringindo acessoapostaaposta em cassinocassinoestudantes transgêneros a banheiros tem sido alvoapostaaposta em cassinocassinoprotestoaposta em cassinoEstados americanos

"Não é a primeira vez que vemos respostas discriminatórias a momentos históricosapostaaposta em cassinocassinoprogresso", disse Lynch, recentemente.

Escolas

O foco principal da disputa são os banheiros nas escolas. Defensores dos direitos dos transgêneros consideram crucial para o bem estar desses estudantes, e dos próprios colegas, que possam usar instalações condizentes com o gênero com o qual se identificam.

"Se quisermos um ambiente educacional que permita que nossos jovens atinjam seu potencial, precisamos criar sistemasaposta em cassinoque os direitos humanos básicos sejam contemplados", disse à BBC Brasil Angela Mazaris, diretora do Centro LGBTQ (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgêneros e Queer) da Universidade Wake Forest,aposta em cassinoWinston Salem, na Carolina do Norte.

"E ir ao banheiro é parte disso", completa Mazaris.

Para Jay Brown, diretorapostaaposta em cassinocassinocomunicação do grupoapostaaposta em cassinocassinodefesa dos direitos LGBT Human Rights Campaign (Campanhaapostaaposta em cassinocassinoDireitos Humanos), leis restringindo o acesso a banheiros públicos estão causando sofrimento e levando estudantes transgêneros a se isolarem e a viverem com medoapostaaposta em cassinocassinoperseguição.

"Há vários casosapostaaposta em cassinocassinoalunos que passam o dia inteiro sem tomar água para não precisar ir ao banheiro ou até mesmo evitam ir à escola", disse Brown à BBC Brasil.

Privacidade

No entanto, críticos acham que esses alunos devem se restringir a instalaçõesapostaaposta em cassinocassinouso individual ou condizentes com seu sexo no nascimento.

"Não se deve forçar um aluno a tomar banho ou se despir na presençaapostaaposta em cassinocassinoalguém do sexo oposto", disse à BBC Brasil o conselheiro legal da organização cristã Alliance Defending Freedom, Matt Sharp.

O advogado Richard Mast, da organização cristã Liberty Counsel, concorda.

"Não estou pronto para deixar homens entrarem no banheiro das minhas meninas", disse Mast à BBC Brasil.

"Acho que esses estudantes estão confusos sobre quem realmente são", opina Mast. "Os pais não devem se apressar e dizer que têm um filho ou filha transgênero. A criança está passando por uma fase, está confusa, precisaapostaaposta em cassinocassinoaconselhamento."

Leis e processos

O tema começou a ganhar maior destaque no início do ano, à medida que escolas e cidades adotavam regulamentos garantindo que transgêneros pudessem usar os banheiros que preferissem.

Ao mesmo tempo, legislativos estaduais, principalmenteaposta em cassinoEstados mais conservadores, passaram a analisar projetosapostaaposta em cassinocassinolei para restringir esse acesso.

Em março, o assunto virou manchete nacional quando a Carolina do Norte aprovou a primeira lei estadual no país obrigando transgêneros a usar banheirosapostaaposta em cassinocassinoacordo com o sexo na certidãoapostaaposta em cassinocassinonascimento,aposta em cassinouma decisão que provocou passeatas contra e a favor e boicotesapostaaposta em cassinocassinoempresas e artistas que custaram bilhõesapostaaposta em cassinocassinodólares ao Estado.

O Departamentoapostaaposta em cassinocassinoJustiça, após concluir que a medida é discriminatória e viola a leiapostaaposta em cassinocassinodireitos civis do país, entrou com uma ação contra a Carolina do Norte. O governador Pat McCrory respondeu processando o Departamentoapostaaposta em cassinocassinoJustiça.

A controvérsia aumentou neste mês, quando os departamentosapostaaposta em cassinocassinoEducação eapostaaposta em cassinocassinoJustiça enviaram uma carta orientando escolas públicasapostaaposta em cassinocassinotodo o país a permitir que estudantes transgêneros usem banheiros e vestiáriosapostaaposta em cassinocassinoacordo comapostaaposta em cassinocassinoidentidadeapostaaposta em cassinocassinogênero.

A diretiva alertava que estudantes transgêneros não podem ser tratadosapostaaposta em cassinocassinomaneira diferenteapostaaposta em cassinocassinooutros com a mesma identidadeapostaaposta em cassinocassinogênero e citava a chamada Title IX (Título IX), lei federal que proíbe discriminação sexual na educação, afirmando que se estende a alunos transgêneros.

Suprema Corte

Revoltados com a medida, 11 Estados anunciaram nesta semana que estão processando o governo federal, a quem acusamapostaaposta em cassinocassino"conspirar" para "transformar locaisapostaaposta em cassinocassinotrabalho e educação ao redor do paísaposta em cassinolaboratórios para um experimento social massivo, desprezando o processo democrático e atropelando políticasapostaaposta em cassinocassinosenso comum protegendo crianças e direitos básicosapostaaposta em cassinocassinoprivacidade".

Eles contestam a interpretaçãoapostaaposta em cassinocassinoque a lei Título IX também se aplica a transgêneros, acusam o governo federalapostaaposta em cassinocassinoextrapolar seus poderes e querer mudar leis sem passar pelo Congresso e pedem à Justiça que considere a diretiva ilegal.

Também reclamam do que consideram ameaça veladaapostaaposta em cassinocassinoperdaapostaaposta em cassinocassinoverbas federais para escolas que não seguirem a orientação.

Segundo especialistas, o debateaposta em cassinotorno dos banheiros eapostaaposta em cassinocassinoque leis protegem transgêneros tem potencialapostaaposta em cassinocassinochegar à Suprema Corte (a mais alta instância da Justiça americana).

"Os tribunais estão apenas começando a lidar com essa questão levantada aqui,aposta em cassinorelação a usoapostaaposta em cassinocassinobanheiros e vestiários e identidadeapostaaposta em cassinocassinogênero", disse à BBC Brasil o cientista político John Dinan, professor da Universidade Wake Forest.

Loretta Lynch

Crédito, EPA

Legenda da foto, Secretáriaapostaaposta em cassinocassinoJustiça comparou confronto a luta pelo fim da segregação racial no país

Visibilidade

Não há dados precisos sobre o númeroapostaaposta em cassinocassinotransgêneros nos Estados Unidos, mas calcula-se que sejamaposta em cassinotornoapostaaposta em cassinocassino700 mil,aposta em cassinouma populaçãoapostaaposta em cassinocassinomaisapostaaposta em cassinocassino320 milhões.

Eles vêm ganhando mais visibilidade recentemente, com a ajudaapostaaposta em cassinocassinocelebridades como Caitlyn Jenner, que foi campeã olímpica quando era conhecida como Bruce Jenner e teveapostaaposta em cassinocassinotransiçãoapostaaposta em cassinocassinogênero masculino para feminino amplamente noticiada.

Segundo Brown, porém, ainda há um longo caminho pela frente.

"Muitas dessas pessoas trabalhando duro para fazer leis que tornariam nossas vidas realmente difíceis nunca viram um transgênero, ou nunca perceberam que já nos encontraram", afirma Brown.

"Eu uso o banheiro masculino há maisapostaaposta em cassinocassino10 anos e ninguém nunca percebeu que estava dianteapostaaposta em cassinocassinoum homem transgênero", diz.

Brown ressalta que, quando as pessoas conhecem um transgênero, são mais propensas a apoiar políticas que protejam esses indivíduos. Mas a maior visibilidade também traz riscos.

"No ano passado, pelo menos 21 transgêneros foram mortos nos Estados Unidos", relata. "Agora, com essa atmosferaapostaaposta em cassinocassinodivisão política, os transgêneros correm enorme risco. Há relatosapostaaposta em cassinocassinomuitos sendo atacadosaposta em cassinobanheiros."

Inclusão

Muitos relacionam o aumento recenteapostaaposta em cassinocassinoleis restringindo o acesso a banheiros à decisão da Suprema Corte que legalizou o casamento entre pessoas do mesmo sexo, no ano passado, provocando revoltaapostaaposta em cassinocassinogrupos religiosos e conservadores.

"Depoisapostaaposta em cassinocassinoperderem, nossos oponentes estãoaposta em cassinobuscaapostaaposta em cassinocassinouma nova briga", afirma Brown.

"No ano passado, contabilizamos 20 propostasapostaaposta em cassinocassinoleis restringindo direitosapostaaposta em cassinocassinotransgêneros. Neste ano, já são maisapostaaposta em cassinocassino50", ressalta.

Para Mazaris, a comparação com a luta pela dessegregação é pertinente.

"A vasta maioria da população se opunha à dessegregação. Olhamos para trás, há 50 ou 60 anos, e vemos que foi um passo difícil, assustador e doloroso para algumas pessoas, mas um passo importante para criar uma cultura americana mais inclusiva", disse Mazaris à BBC Brasil.

"Acredito que com esta questão (do acessoapostaaposta em cassinocassinotransgêneros a banheiros), ocorrerá o mesmo", afirma.