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A cirurgia estética radical com quebravaidebet logoossos cada vez mais popular entre homens:vaidebet logo
A operação requer semanasvaidebet logoconvalescença e um processovaidebet logorecuperação durante o qual o paciente não consegue andar por meses.
Mas não é só isso —vaidebet logoalguns casos os homens pagam cercavaidebet logoUS$ 70 mil (aproximadamente R$ 370 mil) para ganhar alguns centímetrosvaidebet logoaltura.
"É uma operação dolorosa, que implicavaidebet logoum longo processovaidebet logorecuperação porque uma parte do osso é mole, então você tem que esperar antesvaidebet logopoder andar até que esse osso possa suportar o peso do corpo novamente", disse à BBC Mundo o cirurgião Kevin Debiparshad.
Debiparshad chega a realizar até 50 cirurgias desse tipo por mêsvaidebet logoseu consultóriovaidebet logoLas Vegas, chamado LimbplastX Institute, onde diz ter notado um aumento na demandavaidebet logopacientes do sexo masculino.
"O tabuvaidebet logoque homens não fazem cirurgias estéticas está caindo. Essa operaçãovaidebet logoespecial é uma que muitos homens procuram", diz Debiparshad.
Mas nem sempre foi assim. Durante anos, especialmentevaidebet logopaíses orientais, como a China, muitas mulheres procuravam esse tipovaidebet logocirurgia. Agora, nos países ocidentais, os números indicam que este fenômeno está crescendo entre homens.
Polêmica
A cirurgia é polêmica.
Tanto a Associação Americanavaidebet logoCirurgiões Plásticos quanto a Academia Americanavaidebet logoOrtopedistas apontam que a cirurgiavaidebet logoalongamentovaidebet logopernas é um procedimento ortopédico para fins estéticos.
O pioneiro dessa técnica foi um cirurgião ortopédico soviético que inovou nos tratamentosvaidebet logoreabilitação para soldados mutilados durante a Segunda Guerra Mundial.
Seu nome era Gavril Ilizarov, um médico que durante seu tempo no campovaidebet logobatalha percebeu — junto com experimentos que havia feito durante seus anosvaidebet logoestudante — que os ossos, especialmente o fêmur, tendiam a se expandir e "preencher" a lacuna entre duas partes quando sofria uma fratura.
Ilizarov desenvolveu então uma técnica que consistiavaidebet logoquebrar o osso, mas sem comprometer a parte conhecida como periósteo (que é a parte externa do osso), separando-o um pouco e esperando que o próprio osso se encarregassevaidebet logoocupar o espaço que ficou no meio.
"Essa técnica evoluiu muito, mas na verdade a ideia inicial é a mesma: o que fazemos é com que o próprio osso preencha esse espaço e é aí que se ganha os centímetros extras que o paciente deseja", explica Debiparshad.
Conforme explicam vários cirurgiões consultados pela BBC, o tratamento padrão é o seguinte: primeiro, é perfurado um buraco nos ossos das pernas, que são partidosvaidebet logodois.
Em seguida, uma hastevaidebet logometal é colocada cirurgicamente dentro do osso e mantida no lugar por uma sérievaidebet logoparafusos.
A haste é lentamente alongadavaidebet logoaté 1 milímetro por dia, estendendo-se até que o paciente atinja a altura desejada e seus ossos sejam deixados para cicatrizar novamente.
O procedimento é doloroso e o tempovaidebet logorecuperação é demorado.
"Na minha primeira consulta, o médico deixou bem claro para mim o quão difícil seria a cirurgia. Eu estava preocupado com o que poderia fazer depoisvaidebet logoter aqueles centímetros a mais. Ainda vou conseguir andar? Ainda vou conseguir correr?" disse Sam, o paciente britânico.
Sam conta que fez fisioterapia algumas horas por dia, três a quatro vezes por semana, durante seis meses.
"Foi uma experiência muito humilhante. É meio louco... É como ganhar pernas novas e aprender a andarvaidebet logonovo. Parece só uma cirurgia plástica, mas afetou muito mais a minha saúde mental", diz.
Os riscos
Esse é um dos aspectos que mais chama a atenção da comunidade médica quando se trata dessa intervenção: os riscosvaidebet logose submeter a um procedimento tão invasivo para fins estéticos.
Alguns especialistas alertam para possíveis complicações,vaidebet logodanos nos nervos e embolias arteriais até a possibilidadevaidebet logoos ossos não se fundirem novamente.
"As técnicas e a tecnologia melhoraram substancialmente nas últimas duas décadas, tornando o procedimento mais seguro. No entanto, além dos ossos que precisam crescer, também é preciso desenvolver mais músculos, nervos, vasos sanguíneos. O procedimento continua extremamente complexo", disse Hamish Simpson, um cirurgião ortopédico, à BBC.
E não se trata apenas uma questão física. Os especialistas alertam para os riscos psicológicos que devem ser levadosvaidebet logoconta, como o fatovaidebet logoalguns desses pacientes poderem apresentar dismorfia corporal - transtorno psicológicovaidebet logoaversão a supostos defeitos na aparência.
E isso os leva, segundo especialistas, a priorizar a cirurgiavaidebet logodetrimento do bem-estar físico e mental.
"Ao enfrentar o dilemavaidebet logoescolher um lugar com experiência cirúrgica nesses tiposvaidebet logooperações ou um lugar onde fazer o procedimento sem gastar muito, não acho que as pessoas estejam necessariamente cientesvaidebet logotodas as coisas que podem e costumam dar errado", disse o cirurgião ortopédico britânico David Goodier à BBC.
"E como muitas vezes essas operações são feitas fora do país, quem acaba lidando com essas falhas são os médicos locais, que não realizaram a cirurgia inicial", diz Goodier.
Debiparshad concorda que não é uma intervenção simples e que possui vários aspectos que a tornam arriscada.
"São necessários equipamentosvaidebet logoalta tecnologia para reduzir os riscos pós-operatórios, mas acimavaidebet logotudo deixamos muito claro com os pacientes os riscos da operação e que o processovaidebet logorecuperação será muito lento", afirma o cirurgião.
"Além disso, oferecemos suporte pós-operatório às pessoas que se submetem a essa cirurgia para garantir o sucesso do procedimento", acrescenta.
Tendênciavaidebet logoalta entre homens
Mas o que é inegável é que o alongamentovaidebet logopernas é uma operação que os homens buscam cada vez mais para ganhar alguns centímetros.
Consultadas pela BBC, clínicas nos Estados Unidos, Canadá, Espanha e Reino Unido confirmaram que houve um aumento no númerovaidebet logohomens que solicitam a realização.
Debipashard diz que as consultas desse tipo dobraram nos últimos três anos.
"O que ouço dos meus pacientes do sexo masculino é que eles perderam o medovaidebet logofazer esse tipovaidebet logocirurgia e acreditam que isso pode ajudá-los a melhorarvaidebet logoautoconfiança ", observa.
A pressão social é um dos fatores que influencia na decisão dos homens. Dados da revista Forbes sugerem que a altura média das 500 pessoas mais ricas do planeta évaidebet logo1,82 metros.
A Associação Americanavaidebet logoCirurgiões Plásticos afirma que as cirurgias plásticasvaidebet logohomens aumentaram 30%vaidebet logorelação à década anterior.
Mas todos os especialistas consultados pela BBC fazem os mesmos alertas: trata-sevaidebet logouma operação complexa, cara,vaidebet logoalto risco e com um longo processovaidebet logorecuperação, que deve ser supervisionada por especialistas.
- Este texto foi publicadovaidebet logohttp://bbc.co.ukhttp://vesser.net/geral-63761083
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