Cabeleireira fica careca após diagnósticoapostar jogo da copaalopecia: 'perdi os fios e minhas clientes':apostar jogo da copa

Crédito, Arquivo pessoal

"No começo, a faltaapostar jogo da copafios atingia uma parte do meu coro cabeludo, formando um buraco do tamanhoapostar jogo da copaum copo. Com o tempo ele foi aumento e a cada semana meu cabelo caia mais. Mesmo fazendo acompanhamento psiquiátrico e psicológico, entreiapostar jogo da copadepressão, principalmente por trabalhar na área da beleza e saber o que o cabelo representa. Aquela situação me assustou demais", conta a cabeleireira.

Além dos olhares atravessados, a queda dos fios e a falta delesapostar jogo da copaalgumas áreas do couro cabeludo também afetou os negócios da cabeleireira. Muitas clientes pararamapostar jogo da copafrequentar o salão que ela tem e até mesmo familiares se afastaram após o diagnóstico da condição rara.

"Receber o diagnóstico tão nova foi um baque muito grande. Minhas clientes foram se afastando, algumas achavam que era uma doença contagiosa, outras pensavam que eu pudesse ter usado produtosapostar jogo da copamá qualidade que causou a queda dos meus cabelos. Por mais que eu explicasse que não era nada disso, nada adiantou e minha situação financeira ficou bastante complicada", recorda a cabeleireira.

"Não tive apoio, apenas duas pessoas ficaram ao meu lado desde o diagnóstico até quando eu decidi raspar meu cabelo", acrescenta Yasmin.

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Legenda da foto, Yasminapostar jogo da copafotoapostar jogo da copaquando o cabelo começou a cair

Raspar os fios e assumir o visual careca

Sem tratamento que fizesse seus fios nascerem e crescerem novamente nos pontosapostar jogo da copafalha, Yasmin decidiu há dois anos raspar totalmente os cabelos, conviver com o visual careca e encarar o preconceito e olhares tortos das pessoas.

"Determinei que se até o dia 31apostar jogo da copadezembro [de 2020] os tratamentos não fizessem efeito eu iria raspar meu cabelo. A data já é um marco por determinar uma passagem para o novo ano e eu determinei que era a data que eu tomaria as rédeas da minha vida, porque até então a doença estava tomando contaapostar jogo da copamim. Ali seria o prazo máximo do meu sofrimento", conta Yasmin.

Desde então, Yasmin raspa seus fios e mantém um visual careca. Hoje, ela afirma que convive melhor com aapostar jogo da copacondição e vê a reação das pessoas como faltaapostar jogo da copaconhecimento sobre a alopecia eapostar jogo da copacondição autoimune, que pode atingir qualquer pessoa independentemente dos cuidados que ela tem com os cabelos.

"Às vezes na rua uma pessoa me via com a cabeça raspada e perguntava o que eu fiz com o meu cabelo e aquilo me doía muito, porque não era o que eu fiz, mas o que aconteceu para eu perder o meu cabelo. Eu voltava para casa arrasada. Hoje sou muito bem resolvida quanto a isso. Eu não fico mais observando as pessoas ao meu redor e não olho quem está me olhando. Eu estar bem comigo, evita que as pessoas façam comentários maldosos, que me julguem pelo meu cabelo e aparência, ou me façam perguntas desconfortáveis", conta.

Laces dão novo visual

Mesmo aceitandoapostar jogo da copafaltaapostar jogo da copacabelos e assumindo o visual careca, Yasmin afirma que possui quatro laces, as populares perucas, e as utiliza como acessório sempre que quer mudar o visual.

"Aproveito para ter vários visuais diferentes, amo essa versatilidadeapostar jogo da copapoder ser loira e daqui a um segundo estar morena com o cabelo grande ou curto, essa é a parte legalapostar jogo da copausar a lace, virou um acessório", diz.

Alémapostar jogo da copafazer a manutenção das próprias laces - elas precisam ser lavadas e cuidadas como nosso cabelo - Yasmin, por ser cabeleireira, também faz esse tipoapostar jogo da copaserviçoapostar jogo da copaseu salão, atraindo diversas mulheres com a mesma condição que a sua.

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Legenda da foto, Yasminapostar jogo da copafoto que mostra seu cabelo comprido, antes do diagnóstico

Ajudando outras pessoas

Hoje Yasmin fala abertamente sobreapostar jogo da copacondição rara e busca, através do seu exemplo, ajudar outras mulheres que possuem alopecia e enfrentam situação semelhante.

Atravésapostar jogo da copavídeos nas redes sociais e até mesmo conversas pessoalmenteapostar jogo da copaseu salão, a cabeleireira busca acolher essas pessoas e mostrar que há muita vida apesar da condição que as fazem perder os cabelos.

"Muita gente me procura para pedir ajuda, como deixar a lace mais natural, cortar ou fazer mexas e dou esse suporte para essas pessoas. Ajudo até mesmo com uma palavra, recebo essas pessoas, converso com elas e passo um pouco da minha experiência. É uma formaapostar jogo da copamostrar para que é possível ter uma vida normal após o diagnóstico da alopecia e não há nadaapostar jogo da copaanormalapostar jogo da copaser careca", conta.

Quando buscar ajuda?

Toda pessoa perde,apostar jogo da copamédia, 100 fiosapostar jogo da copacabelo por dia, mas quando os fios caem além desse padrão, isso é considerado queda e é importante buscar ajuda profissional, segundo a Sociedade Brasileiraapostar jogo da copaDermatologia (SBD).

"Cada fioapostar jogo da copacabelo cresce por médiaapostar jogo da copa6 anos, quando ele cai deve ser substituído por um fio igual a ele e muitas dessas alopecias não permitem que esse novo fio substituía o que caiu interrompendo o ciclo natural do cabelo", explica a dermatologista Fabiane Andrade Mulinari Brenner, coordenadora do Departamentoapostar jogo da copaCabelos e Unhas da SBD.

Os tratamentos variam conforme o tipo da doença eapostar jogo da copaalguns casos, comoapostar jogo da copasituaçõesapostar jogo da copafaltaapostar jogo da copadeterminadas vitaminas no corpo, o cabelo retoma o crescimento com a mudança na alimentação. Em outras situações, é indicado o usoapostar jogo da copamedicamentos e até mesmo terapias para estimulação da área.

Tiposapostar jogo da copaalopecia

Há basicamente três tiposapostar jogo da copaalopecias, sendo popularmente chamadasapostar jogo da copaquedaapostar jogo da copacabelo excessiva e cada uma possui características especificas. Elas afetam homens, mulheres e até mesmo criança, já que não tem relação direta com o sexo ou idade.

  • Alopecia areata. É uma inflamação do couro cabeludo e considerada rara. O problema geralmente tem relação com um grande trauma emocional, alterações na tireoide ou com doenças autoimunes, como diabete, por exemplo.
  • Alopecia androgenética. É a mais comum e é popularmente chamadaapostar jogo da copacalvície. Apesarapostar jogo da copaocorrerapostar jogo da copamulheres, os homens são os mais afetados. Nela os fios vão caindo e ficando cada vez mais finos com o passar dos anos. Geralmente tem causa genética, mas também pode estar relacionada à sensibilidade a hormônios masculinos, como a testosterona.
  • Eflúvio telógeno. É uma quedaapostar jogo da copacabelo acelerada e que normalmente acontece alguns três meses após o corpo receber um estímulo externo como parto, cirurgia e até mesmo infecção por covid-19. Normalmente, essa queda é controlada com o usoapostar jogo da copavitaminas.

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Legenda da foto, Hoje Yasmin fala abertamente sobreapostar jogo da copacondição e busca, através do seu exemplo, ajudar outras mulheres com alopecia

Grupoapostar jogo da copaapoio ajuda pessoas com alopecia

Encarar o diagnósticoapostar jogo da copaalopecia areata nem sempre é tarefa fácil; por isso, há 20 anos, foi fundado o AAGAP - Grupoapostar jogo da copaApoio aos Paciente com Alopecia Areata, com parceria com a Sociedade Brasileiraapostar jogo da copaDermatologia.

O objetivo do grupo é dar orientações sobre como conviver com a condição e com mais qualidadeapostar jogo da copavida. Além dos pacientes, familiares e amigos também podem participar.

Uma vez por mês, aos sábados, acontecem encontros presenciaisapostar jogo da copaSão Paulo, onde os presentes recebem orientaçõesapostar jogo da copadermatologistas e psicólogos.

"Nós criamos o grupo onde fazemos reuniões informais para auxiliar essas pessoas e tirar dúvidas. Além disso, o ambiente com diversos pacientes que compartilham da mesma dor, ajuda com que eles se sintam acolhidos, dividam experiências e criem mais forças para seguir uma vida normal", explica a dermatologista Enilde Borges Costa, que integra o AAGAP.

- Este texto foi publicadoapostar jogo da copahttp://vesser.net/geral-63703514