Impotência sexual feminina: como identificar e quais são os tratamentos?:

Mulher deitada na cama pensativa

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Estimativa éque quatrocada 10 mulheres sejam impactadas pela falta ou dificuldades com desejo, orgasmo ou dor sexual —forma esporádica ou permanente

Mas muitas delas nem sabem que têm um problema, ou quais são as causas e os possíveis tratamentos.

E nem que há um emaranhadoáreas envolvidas com a função e a disfunção sexual feminina, como ginecologia, psiquiatria, sexologia, psicologia, filosofia, sociologia, fisioterapia, educação sexual, cultura e antropologia.

Há dois mecanismos fundamentais por trás da função sexual.

"O aspecto da procriação e o aspecto prazeroso, que são interligados", resumiu à BBC News Brasil a ginecologista Lúcia Alves Lara, presidente da Comissão Nacional EspecializadaSexologia da Federação Brasileira das AssociaçõesGinecologia e Obstetrícia (Febrasgo).

E ao longo da história, muitos pesquisadores tentaram entender e explicar como o aspecto prazeroso da função se traduzresposta sexual no corpo feminino.

Entre os nomes que se destacam estão o do ginecologista William Master e da psicóloga Virginia Johnson, que investigaram nos anos 1960 as respostas fisiológicas e anatômicas da sexualidade feminina e masculina e depois pensaramtratamentos psicoterapêuticos para disfunções sexuais.

Anos depois, a pesquisadora Helen Singer Kaplan acrescentou à formulaçãoMasters e Johnson a importância do desejo na resposta sexual, algo quase desconsiderado até então.

Mas foi somente2001 que um novo desenhoresposta sexual, mais especificamente da resposta feminina, foi criado pela psiquiatra canadense Rosemary Basson. Agora havia também a fase da intimidade.

Ou seja, se antes ele tinha começo, meio e fim, como a resposta sexual masculina, no modeloBasson passa a ser circular, no qual "a mulher mesmo sem ter desejo sexual, na presençaintimidade com a parceria dela, ao receber estímulo erótico, ela começa a se excitar, a ter desejo, e pode então entrar no compartilhamento sexualrelação sexual com aparceria, chegar a sentir uma excitação máxima, podendo ou não ter orgasmo", explica Lara, da Febrasgo. Não se trata, portanto, apenasestímulo visual ou sexual.

O cicloresposta sexual feminino envolve, segundo o consenso científico atual, intimidade emocional, neutralidade sexual, excitação sexual, desejo sexual espontâneo, desejo responsivo e excitação sexual e satisfação emocional e física.

Tudo isso ligado há basicamente três fases, que podem acontecer ao mesmo tempo: desejo, excitação e orgasmo.

E a disfunção, onde surge nesses ciclos e fases? Não há exatamente uma régua universal para medir o que, quando e o quanto algo não está bem.

Então, esta condição começa a ser identificada pela própria mulher quando alguma alteração se torna sofrimento ou dificuldade.

Em geral, 52% das queixas sexuais das pacientes estão ligadas a fatoresorigem psíquica e 48%,ordem biológica, explica Lara.

Como identificar a disfunção sexual feminina?

O baixo desejo sexual costuma ser a disfunção sexual feminina mais prevalente. E pode parecer fácil saber que algo na vida sexual está "errado", mas nem tanto quando se busca entender o que está "errado" e por quê?

Tempo, frequência e nívelsofrimento oudificuldade também são importantes sinais no diagnóstico da disfunção sexual feminina. Há quanto tempo e com que frequência isso tudo ocorre? Vale lembrar que cada mulher identifica seus próprios sinais, e algo que leva ao sofrimentouma não necessariamente levará aotodas.

Alguns tratamentos podem até lidar com sintomas, mas o central nessas abordagens é identificar as causas e daí sim definir como a disfunção será tratada, num processo que envolve diversos profissionais, como médicos, psicólogos e fisioterapeutas.

Sinalinterrogação na área genital feminina

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Legenda da foto, Especialista afirma que,geral, 52% das queixas sexuais das pacientes estão ligadas a fatoresorigem psíquica

Segundo especialistas, a disfunção sexual feminina é qualquer reclamação ou problema sexual geralmente decorrente do distúrbio de:

  • desejo (transtorno do desejo sexual hipoativo)
  • excitação (disfunção da excitação sexual feminina)
  • orgasmo (disfunção do orgasmo feminino)
  • dor (disfunção da dor genito-pélvica-feminina)

1.Transtorno do desejo sexual hipoativo

Ter desejo sexual é sentir vontadefazer sexo, mas quando este está relacionado ao bem-estar físico e mental dessa mulher. Há dois tiposdesejo: o espontâneo e responsivo.

O primeiro costuma ser aquele que pode ser sentido com um estímulo visual, sóolhar para alguém, por exemplo. O desejo responsivo parteum estímulo que pode ser algo como um contato físico ou uma conversa, levando a mulher da faseneutralidade sexual para o resgate do desejo responsivo, ficando assim excitada.

Especialistas consideram disfunçãodesejo quando a mulher perde parcial ou totalmente o desejo responsivo, e não o espontâneo. Isso pode ser constante ou ocasional. Em geral, para se chegar a um diagnósticotranstornodesejo sexual hipoativo, é importante que a mulher perceba uma redução do desejo sexual por maisseis meses e que ela considere isso um sofrimento (caso contrário, não "configura" um transtorno).

Não há um tratamento específico ou único para tratar essa condição porque ele depende das causas, como efeito adversomedicamentos, problemassaúde mental e hipotireoidismo. Essas razões podem variaruma mulher para outra, e por isso a abordagem dos profissionaissaúde dependerá da avaliaçãocada paciente.

Há hoje dois medicamentos que podem ser usados para o tratamento do transtorno do desejo sexual hipoativomulheres antes da menopausa esituações bem específicas, com açãohormônios ou neuromoduladores e neurotransmissores. Apenas um deles, a Flibanserina, é aprovado para comercialização no Brasil pela Agência NacionalVigilância Sanitária (Anvisa).

Este atua nos neurotransmissores dopamina, noradrenalina e serotoninabuscaequilíbrio que leva à uma melhora da libido. Ele foi pensado inicialmente como um antidepressivo, não pode ser usado por grávidas ou lactantes e pode causar efeitos adversos como náusea, sonolência, tontura e sensaçãodesmaio.

Casal conversando na cama

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Legenda da foto, Um fator importante ligado às causas da disfunção sexual feminina é o relacionamentoque a paciente está

O usomedicamentos para esse tipotranstorno costuma ser prescrito para mulheres que não sofremnenhuma doença (que possa ou não afetar a libido), e que tenham um bom relacionamento comparceria. Além disso, por causa da complexidade desse transtorno, a exemplo das causas psicológicas, um tratamento farmacológico nem sempre será prescritoforma isolada.

2. Disfunção da excitação sexual feminina

A excitação sexual é a sensaçãoprazer sexual, sentida principalmente na vulva ou vagina. Quando isso ocorre, há um aumento do fluxosangue na região da genitália, que "incha" e lubrifica a vagina.

No casouma disfunção da excitação sexual, a mulher encontra dificuldadeficar lubrificada e sexualmente excitada. Ela pode também sentir pouca ou nenhuma sensaçãodesejo, ainda que haja estimulação erótica.

Entre as possíveis causas está a sexualidade da própria mulher, influenciada por questões sociais, religiosas, educacionais e psicológicas (como traumas ou abusos e outras formasviolência).

3. Disfunção do orgasmo feminino

O orgasmo costuma levar a diversas contrações no órgão sexual feminino, repletoterminações nervosas — o clitóris tem mais8 mil terminações nervosas, o dobro que o órgão sexual masculino, por exemplo. A chamada anorgasmia é a dificuldade ou incapacidadese chegar ao orgasmo mesmo com estímulo sexual.

Nesse caso, o profissionalsaúde investigaráprimeiro lugar o que pode ter causado essa anorgasmia. Algo bastante comum é que a mulher pode nunca ter tido ou aprendido a ter um orgasmo emvida.

Casal na cama

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Legenda da foto, A anorgasmia é caracterizada pela dificuldade ou incapacidadese chegar ao orgasmo mesmo com estímulo sexual

"Quando a gente pensa nas causas das disfunções sexuais femininas, a gente precisa pensar que a ciência ainda não chegou a uma única etiologia, a um único motivo", disseentrevista à BBC News Brasil a psicóloga e especialistaSexualidade Humana pela FMUSP, Fernanda Bonato.

Ela explica que há muito equívoco e desinformaçãotorno do tema "educaçãosexualidade" ou "educação sexual", que não é ensinar nas escolas a fazer sexo. Isso se assemelha à transmissão culturalinformações que associam o sexo a questões imorais ou ilegais, o que contribui para ampliar o desconhecimento generalizado sobre o próprio corpo e o prazer.

"Então, muitas mulheres não têm, sejaambiente escolar, familiar ou entre amigos, processoseducaçãosexualidade sadios. A gente observa um silenciamento da sexualidade. E muitas vezes a mulher acaba aprendendo sobre sexualidade, mas sobre o não, sobre o interdito, como 'não transe antes do casamento', 'não engravide', 'não transe com qualquer um'. Mas daí ela não sabe o que fazer dianteuma vivência da sexualidade positiva e sadia", afirma Bonato.

Esse desconhecimento do próprio corpo pode levar, segundo a especialista, muitas mulheres não a saberem como e onde ter prazer e também a enfrentarem disfunção sexual.

4. Disfunção da dor genito-pélvica-feminina

Esta acontece principalmente quando a mulher sente dor durante a relação sexual com penetração, podendo variarincapacidadeexperimentar facilmente a penetração ou incapacidade total para experimentar penetração vaginal.

Há três categorias principais dessa disfunção: dispareunia, vaginismo e vulvodínia.

A dispareunia é a dor genital sentida durante a relação sexual, que pode ser superficial ou profunda, sendo a superficial sentida geralmente ao iniciar ou durante a penetração vaginal, com a movimentação do pênis. Dentre as possíveis causas estão as infecções, hipoestrogenismo, infecção urinária e lubrificação vaginal inadequada. No caso da dispareunia profunda, é quando a penetração toca o colo do útero.

O vaginismo inclui espasmos musculares e contrações involuntárias, os quais podem impedir a relação sexual e capacidadeobter prazer, pois causam desconforto e dor, mas também podem dificultar o usoabsorventes internos e exames ginecológicos. As causas podem ser físicas ou psicológicas, e se manifestar após abusos ou traumas sexuais, episódioscandidíase, parto, entre outros motivos. Numa consulta, um ginecologista poderá fazer o exame pélvico e encaminhamentos a um fisioterapeuta podem ser feitos, para tratamentos que podem usar gel, hormônios e até botox nos músculos.

A vulvodínia, por fim, é a dor ou desconforto crônico na região da abertura da vagina, a qual dura pelo menos 3 meses. Esta não é causada por infecção ou alguma condição na pele daquela região. Alguns pesquisadores acreditam que dentre as causas estão as reações nervosas e até doenças autoimunes. É uma condição que ainda é estudada e pouco compreendida, e por isso suas definições podem variar.

Há diversos tratamentos possíveis para as disfunçõesdor, inclusive não farmacológicos, como massagem perineal, liberação miofascial, treinamento muscular, biofeedback, dilatadores vaginais, eletroestimulação e radiofrequência. Mas cada um deles só deve ser indicado ou adotado por profissionaissaúde capacitados.

Sarah Mendonça, fisioterapeuta e professora da UniFBV e da Uninassau Olinda, explicou à BBC News Brasil essas técnicas que podem reverter ou reduzir as disfunções sexuais da mulher. Segundo ela, é fundamental que a paciente tenha seu assoalho pélvico avaliado por um profissionalsaúde especializado e que se compreenda qual é a percepção dessa mulherrelação aos seus músculos, se ela tem consciência perineal, se compreende os comandoscontrair e relaxar, por exemplo.

Silhuetamulher com a mão na cabeça preocupada

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Legenda da foto, Muitas mulheres sentem dor durante a relação sexual com penetração

Os músculos do assoalho pélvico têm funções importantes na resposta sexual feminina. Treiná-los é deixá-los mais fortes, explica Mendonça, e essa alternativa costuma sercusto e complexidade baixos e eficácia elevada. "A massagem perineal [região entre o ânus e a vagina] é uma técnica que, quando associada a outras, promove ótima resposta quando a redução dos transtornos dolorosos."

O biofeedback perineal, por outro lado, é como uma reeducação muscular. O objetivo desse tratamento é obter controle voluntário dos músculos do assoalho pélvico, alémpercepção corporal e perineal. Mendonça explica que "é inserido na cavidade vaginal uma sonda própria do equipamento e é solicitado à mulher que contraia os músculos do assoalho pélvico e acompanhe a resposta do que se pede no visor do aparelho ou tela do computador acoplado."

Para a mulher que deseja conhecer mais o seu próprio corpo, ganhar consciência corporal e perineal, a especialista recomenda o feedback visual, "que é muito simples, é observar a própria vulva usando um espelho enquanto contrai e relaxa a musculatura".

As possíveis causas da disfunção sexual feminina

O profissionalsaúde que cuida da função sexual humana é o sexologista, com áreaatuaçãosexologia na ginecologia ou na psiquiatria.

Para fazer os diagnósticos, esses especialistas avaliam a saúde e histórico da paciente durante a consulta, e podem realizar ou requisitar exames ou encaminhar o caso para outros especialistas.

Durante a consulta ginecológica pode ser avaliada também a possibilidadeoutras doenças ginecológicas, infecções, corrimentosrepetição, endometriose (inflamação do tecido que reveste o útero), aderências pélvicas (que podem unir tecidos diferentes), doenças no colo do útero, fissuras e feridas, por exemplo.

Como citado no texto, uma das principais causasdisfunção sexual feminina é o usomedicamentos (como anticoncepcionais, antidepressivos, antipsicóticos e remédios para tratamentotireoide ou para emagrecimento). "Os medicamentos mais relacionados com desejo sexual hipoativo e anorgasmia (dificuldade ou incapacidadeorgasmo), disfunção da excitação, são os psicoativos, entre eles os inibidores seletivos da recaptaçãoserotonina (ISRSs), bastante utilizados na populaçãogeral. Eles interferem muito na função sexual e podem reduzir o desejo sexual com muita frequência", explica Lara, da Febrasgo.

Há também o impactooutras condiçõessaúde, como depressão, transtornosansiedade, hipertensão arterial e diabetes.

"O diabetes pode interferir se estiver descontrolada, o aumento do triglicerídeos, aumento do colesterol, alterações no colesterol também podem alterar a vascularização da genital masculina e feminina. E ainda na percepção da excitação sexual, porque esse dano vascular pode ocorrer centralmente no sistema nervoso central também. As tireoidopatias (distúrbios na tireoide) também podem interferir", afirma a ginecologista especializadasexologia.

Outras possibilidades passam ainda por problemas psicológicos, questões financeiras, relações abusivas, desconhecimento do próprio corpo, históricoabuso sexual, traumas, alterações significativas nos hormônios, gravidez, proximidade do climatério, usoálcool e outras drogas e fatores ambientais como repressão familiar, social, cultural ou religiosa.

Quando a filósofa SimoneBeauvoir afirmaseu livro O Segundo Sexo (1949) que as mulheres não nascem, mas tornam-se mulheres, ela quer dizer, entre outras questões, que elas nascemum mundo que já formatou seu padrãocomportamento, desejo, sexualidade e reprodução.

Quem elabora e estabelece o gênero da mulher, portanto, é a civilização, e então ela vai se comportar como mulher, amar como mulher, desejar como mulher.

Então, a sexualidade humana feminina, principalmente, não é só física, mas composta tambémlinguagem, ideias, experimentações e do conhecimentosi mesmo, do próprio corpo e das próprias fantasias.

Em meio a isso há a redução tradicional do sexo à função reprodutiva (e afastada do prazer) e, por extensão, numa relação heterossexual com a imagem da mulhertorno das figuras da mãe e da esposa "normal" e submissa no contexto familiar, social e religioso.

As especialistas entrevistadas pela BBC News Brasil compartilham uma preocupação a respeito da ideia"normalidade" acerca das mulheres, com demandas para explicações ou estratégias únicas, que hipoteticamente serviriam para todas as idades e nacionalidades, por exemplo.

Um sinal disso no Brasil é que o país figura no topo globalprocedimentos cirúrgicosestética íntima.

"Não existe parâmetronormalidade para a aparência das genitálias. As vulvas têm aspectos diversos e isso não deveria ser um fatorinterferência na saúde sexual", afirma a fisioterapeuta e professora Sarah Mendonça.

Segundo ela, a Autoimagem Genital Negativa (AIGN) pode também ser uma causadisfunção sexual feminina.

"O mercado pornográfico contribuiusobremaneira para que a exigência por genitálias com uma aparência específica fosse a considerada ideal. Com base nisso, a indústriaprodutos cosméticos, da estética e a sociedade como um todo induzem o pensamentoque para ser aceitas as mulheres precisam ter corpos (e genitálias) 'perfeitos' e disponíveis."

Mendonça compara procedimentos estéticos que modificam genitálias saudáveis, como redução dos lábios vaginais à semelhança do mercado pornográfico, a uma mutilação genitaltermos anatômicos.

Outro fator importante ligado às causas da disfunção sexual feminina é o relacionamentoque a paciente está.

"A gente percebeconsultório que a mulher começa, por exemplo, a ter uma queda do desejo porque o relacionamento não está bom.(...) Muitas pessoas estãorelacionamentos abusivos, violentos, e não conseguem se perceber desta forma. Elas não conseguem perceber a violência e agressão inclusive por conta dessa estrutura machista e patriarcal que a gente vive e que muitas vezes naturaliza relacionamentos que não são mais funcionais", explica a psicóloga e sexóloga Fernanda Bonato.

Em alguns casos, especialistas podem realizar atendimentos para disfunção sexual feminina e masculina com a participação do parceiro ou da parceira dos pacientes, pois isso terá um efeito significativo caso as raízes da condiçãosaúde estejam ligadas ao relacionamento.

Segundo Bonato, muitas pessoas não foram educadas para ter esse tipoconversa com a pessoa com quem se relaciona. Ou mesmo com os profissionaissaúde.

"Mais80% das mulheres gostariam que a ginecologista perguntasse a respeito davida sexual", afirma Lara, da Febrasgo. Ela enfatiza quão importante é a mulher, durante uma consulta ginecológica, dividirsaúde sexual com esse profissional e peça ajuda para alémquestõesreprodução, mesmo que ela sinta vergonha ou enfrente algum outro tipoobstáculo.

"Não estamos aqui apenas para reproduzir. Estamos aqui para sentir prazer. Aliás, nós vivemos muito mais o prazer sexual do que a nossa função reprodutiva. Isso éextrema importância para todo ser humano. Isso éextrema importância para a autoestima das pessoas e para as relações interpessoais."

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