Por que acumular gordura corporal nos deixa mais vulneráveis à covid-19:roleta de 1 a 100 online
No fenótipo obeso, a expressão dessas moléculas da membrana aumenta no tecido adiposo, fazendo com que a gordura se torne o abrigo ideal para o vírus apósroleta de 1 a 100 onlineentrada no organismo. Com isso, ele permanece no corpo dos pacientes com obesidade por mais tempo.
Como se não fosse o bastante, os cientistas observaramroleta de 1 a 100 onlinemodelos animaisroleta de 1 a 100 onlineobesidade que a enzima conversora da angiotensina tipo 2 também aumenta nas células pulmonares.
Desta forma, ela oferece maior númeroroleta de 1 a 100 onlinelocaisroleta de 1 a 100 onlineligação para o vírus, favorecendo a entradaroleta de 1 a 100 onlinepartículas virais no epitélio pulmonar.
E a intensidade da infecção aumenta, bem como a reação local nos pulmões, o principal camporoleta de 1 a 100 onlinebatalha para evitar o desenvolvimento da covid-19.
Acrescente-se a isso que as pessoas com obesidade apresentam um estado inflamatório crônicoroleta de 1 a 100 onlinebaixo grau que ativa uma reação imunológica local, caracterizada pela mobilizaçãoroleta de 1 a 100 onlinecélulas do sistema imunológico produtorasroleta de 1 a 100 onlinesubstâncias pró-inflamatórias.
Isso provoca deficiência da reação imunológica, o que aumenta a susceptibilidade a infecções, incluindo a produzida pelo SARS-CoV-2.
Esse déficit imunológico,roleta de 1 a 100 onlineconjunto com a inflamação anterior, pode ampliar a conhecida tempestaderoleta de 1 a 100 onlinecitocinas desencadeada após a infecção viral, gerando piora dos sintomas.
Por outro lado, o excessoroleta de 1 a 100 onlinegordura abdominal das pessoas com obesidade impede o deslocamento correto do diafragma durante a respiração, reduzindo a capacidade pulmonar e gerando dificuldades que as predispõem ao desenvolvimentoroleta de 1 a 100 onlineinfecções respiratórias.
Na verdade, esta não é a primeira vez que a obesidade é definida como fatorroleta de 1 a 100 onlinerisco para as infecções causadas por vírus respiratórios.
Em 2009, durante a pandemia do vírus influenza H1N1, a obesidade foi associada ao aumento do riscoroleta de 1 a 100 onlinehospitalização e internaçãoroleta de 1 a 100 onlineUTI após a infecção viral.
Obstruções e problemasroleta de 1 a 100 onlineabastecimento
Vamos imaginar o corporoleta de 1 a 100 onlineuma pessoa com obesidade como uma cidade murada.
A alta quantidaderoleta de 1 a 100 onlinetecido adiposo desregulado faz com que,roleta de 1 a 100 onlinecondições normais, a cidade sofra obstrução das viasroleta de 1 a 100 onlinefornecimento (por hipertensão, arteriosclerose ou patologias cardiovasculares).
Mas há também dificuldades com o fornecimento e administração dos alimentos (resistência à insulina e diabetes) e com a entradaroleta de 1 a 100 onlinear (por dificuldades respiratórias).
O acesso a essa cidade, que já está doente e debilitada, seria relativamente fácil para um invasor como o causador da covid-19, já que o tecido adiposo se comportaria como um cavaloroleta de 1 a 100 onlineTroia. Ou seja, ele serviriaroleta de 1 a 100 onlinerefúgio para o novo inimigo - que, diga-seroleta de 1 a 100 onlinepassagem, encontraria mais portasroleta de 1 a 100 onlineentrada na zona verderoleta de 1 a 100 onlinefornecimentoroleta de 1 a 100 onlinear da cidade (no nosso corpo, os pulmões).
O desastre seria absoluto, especialmente porque, quando os soldados do exército imunológico da cidade tentassem expulsar o inimigo,roleta de 1 a 100 onlinereação deficitária provocaria ainda mais danos "urbanos",roleta de 1 a 100 onlineconsequência da tempestaderoleta de 1 a 100 onlinecitocinas.
Além disso, o ataque ao cavaloroleta de 1 a 100 onlineTroia (nosso tecido adiposo) invadido pelo vírus produziria a morteroleta de 1 a 100 onlineadipócitos, as células que armazenam gordura.
As ruas da cidade ficariam cheiasroleta de 1 a 100 onlineresíduos (gotasroleta de 1 a 100 onlinegordura), que as obstruiriam, predispondo o organismo a desenvolver a síndrome da embolia gordurosa - uma síndrome que faz disparar a probabilidaderoleta de 1 a 100 onlineum evento trombótico, que geraria problemas ainda maioresroleta de 1 a 100 onlinecirculaçãoroleta de 1 a 100 onlinemercadorias e distribuiçãoroleta de 1 a 100 onlinealimentos.
Em resumo, o excessoroleta de 1 a 100 onlinegordura corporal só faz piorar os sintomas da infecção por SARS-CoV-2 e aumentar o riscoroleta de 1 a 100 onlinehospitalização e morte.
As 'cidades' velhas e do sexo feminino sofrem mais
Quando a cidade afetada pela obesidade é do sexo masculino, a distribuição do tecido adiposoroleta de 1 a 100 onlinenível visceral é maior.
Isso provoca aumento das citocinas pró-inflamatórias, que leva à maior ativação das células imunológicas. Com isso, os homens apresentam maior riscoroleta de 1 a 100 onlinedesencadeamento da famosa tempestaderoleta de 1 a 100 onlinecitocinas, responsável pela piora e agravamento dos sintomas da covid-19.
Por tudo isso, aparentemente o efeito devastador da enfermidade a longo prazo é maior quando essa cidade é do sexo feminino.
Agora que já decorreu tempo suficiente para podermos ver as sequelas da enfermidade, pôde-se comprovar que, dentro dos fatoresroleta de 1 a 100 onlinerisco da síndrome pós-covid-19, ter obesidade e ser mulher pré-dispõem as cidades a apresentar covid persistente.
Prosseguindo com a comparação, vem se observando desde o início da pandemia que cidades mais envelhecidas (com maisroleta de 1 a 100 online55 anos) teriam maior riscoroleta de 1 a 100 onlineserem totalmente destruídas pela invasão (maior mortalidade), incluindo as pessoas com peso normal.
Mas, também desde o início da pandemia, observamos que "cidades obesas" jovens sofrem efeitos iguais a "cidades com peso normal" com maior idade.
Tudo isso explica a maior propensão das pessoas com obesidade a desenvolver infecção por SARS-CoV-2 com sintomas mais graves e necessitarroleta de 1 a 100 onlinehospitalização, ventilação mecânica e cuidados intensivos.
E também explica por que as pessoas com obesidade costumam necessitarroleta de 1 a 100 onlinehospitalização prolongada e tratamentos mais intensos: elas demoram mais para eliminar a presença do vírus.
Com o passar do tempo, a presença da obesidade aumenta o riscoroleta de 1 a 100 onlinedesenvolvimentoroleta de 1 a 100 onlinesequelas crônicas da covid-19.
Portanto, deveríamos refletir sobre a necessidaderoleta de 1 a 100 onlinededicar esforços consideráveis, tanto a nível pessoal quanto por todos os grupos envolvidos, para colocarroleta de 1 a 100 onlineprática todas as medidas que ajudem a reduzir a atual epidemiaroleta de 1 a 100 onlineobesidade.
*Marta Dominguez Álvaro é pesquisadora cursando pós-doutoradoroleta de 1 a 100 onlineenfermidades crônicas na Universidade Camilo José Cela, na Espanha.
Silvia Salado Font é diretora do Escritórioroleta de 1 a 100 onlineTransferênciaroleta de 1 a 100 onlineResultadosroleta de 1 a 100 onlinePesquisas (OTRI, na siglaroleta de 1 a 100 onlineespanhol) da Universidade Camilo José Cela, na Espanha.
Este artigo foi publicado originalmente no siteroleta de 1 a 100 onlinenotícias acadêmicas The Conversation e republicado sob licença Creative Commons. Leia aqui a versão original (em espanhol).
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