'Por que compartilhei na internet fotos da agressão que sofri':
Ela contou que um homem a agrediu "por ter dito não" - cuspiu nela, puxou seu vestido e deu um soco no rosto.
"Acontece muito mais do que as pessoas entendem ou percebem. Eu senti que se eu dissesse algo (publicamente), isso encorajaria outras pessoas a compartilhar suas experiências".
'Uma comunidade segura para compartilhar'
No início deste ano, a segurança das mulheres nas ruas ganhou as manchetes na Inglaterra, onde a estudante mora, e foi um grande tópicoconversa após o assassinatoSarah Everard por um oficial da Polícia Metropolitana.
Reegan diz que o debate e a cobertura sobre o tema a encorajaram a falar abertamente sobre o episódio.
"Sinto que se houvesse muitas mulheres fazendo seus relatos, mesmo que houvesse alguma negatividade, eu teria uma comunidade segura para compartilhar minhas experiências. Haveria solidariedade com outras mulheres que passaram por coisas semelhantes."
Reegan espera que o fato dela compartilhar a violência que sofreu contribua para a discussão sobre a segurança das mulheres.
"Não acho que as pessoas que não passam por isso devam ser capazesseguirfrente com suas vidas e não ter que pensar sobre isso", diz. "Se as coisas vão mudar, todo mundo tem que pensar nisso conscientemente, o tempo todo."
A reação à postagemReegan foi "extremamente positiva", segundo ela, mas houve um pequeno númerocomentários negativos. Ela também recebeu mensagens abusivashomens culpando-a pelo que aconteceu e pedindo fotos explícitas.
"Algumas pessoas disseram que eu estava mentindo para tentar obter atendimento odontológico gratuito. Houve quem dissesse que eu merecia o que ocorreu porque devo ter tido uma atitude e isso não teria acontecido se eu não estivesse usando um vestido."
"Uma minoria muito pequena, mas vocal, cruel. E essas atitudes são difundidas por muitas pessoas."
Reegan relatou o que aconteceu à polícia.
Um porta-voz da polícia da região disse ao Newsbeat que "violência, abuso e intimidaçãoqualquer forma contra mulheres e meninas não são aceitáveis e simplesmente não serão tolerados".
Ele disse que a polícia estava revisando as câmera da área na época do incidente.
"Mulheres e meninas devem ser livres para viver sem medoabuso e assédio e estamos comprometidosproteger, apoiar e empoderar as vítimas para que juntos possamos acabar com a violênciahomens contra elas."
Desde o ataque, Reegan admite que as coisas podem ser uma luta e diz que todo dia tem seus "altos e baixos".
"Estou realmente tendo dificuldades para comer e dormir. Sinto-me muito sensível, vulnerável e com medo", diz ela. "Mas também me sinto reconfortada por ter bons amigos ao meu redor. Pode ser um pouco confuso porque ainda é tudo muito recente."
Reegan espera que, ao falar sobreprópria experiência, possa encorajar outras pessoas a falarem sobre as violências que sofreram.
"Defender a autonomia sobre nosso corpo e o direitose sentir segura é o mais importante", acrescenta.
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