A população que vive rodeada das múmias mais antigas do mundo:powerbet 1xbet

Múmia com resquíciospowerbet 1xbetcabelo e boca aberta

Crédito, Universidadepowerbet 1xbetTarapacá

Legenda da foto, Crianças chinchorro - neste caso, um menino com idade estimadapowerbet 1xbet6 ou 7 anos - eram mumificadas junto com adultos

Datação por radiocarbono demonstrou que as múmias tinham maispowerbet 1xbet7.000 anospowerbet 1xbetidade — dois milênios a mais que as conhecidas múmias egípcias.

Isso faz com que as múmias dos chinchorro sejam a mais antiga evidência arqueológica conhecidapowerbet 1xbetcorpos mumificados artificialmente.

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A cultura chinchorro

  • Cultura pré-cerâmica que duroupowerbet 1xbet7000 a 1500 a.C.
  • Pescadores e caçadores-coletores sedentários.
  • Viveram no que hoje é o extremo norte do Chile e o sul do Peru.
  • Mumificavam seus mortospowerbet 1xbetforma sofisticada e inspiradora.
  • Acredita-se que a mumificação começou como formapowerbet 1xbetmanter viva a memória dos mortos.
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O antropólogo Bernardo Arriaza, especialista no povo chinchorro, afirma que eles praticavam a mumificação intencionalmente. Isso significa que eles empregavam práticas mortuárias para conservar os corpos,powerbet 1xbetvezpowerbet 1xbetpermitir que eles se mumificassem naturalmente no clima seco — embora alguns corpos mumificados naturalmente também tenham sido encontrados no local.

Múmia com resquíciospowerbet 1xbetcabelo

Crédito, Universidadepowerbet 1xbetTarapacá

Legenda da foto, Algumas das múmias preservadas pelos chinchorro estão na Lista do Patrimônio Mundial da Unesco

Pequenas incisões eram feitas nos corpos, os órgãos eram retirados e as cavidades eram secas, enquanto a pele era arrancada, explica Arriaza. Os chinchorro então preenchiam o corpo com fibras naturais e gravetos para mantê-lo reto e usavam varetas para costurar a pelepowerbet 1xbetvolta.

Eles também aplicavam espessos cabelos pretos à cabeça da múmia e cobriam seu rosto com argila e uma máscara com aberturas para os olhos e a boca.

Múmia na areia

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Os chinchorro mumificavam crianças e bebês, além dos adultos
Múmia na areia

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Os chinchorro cobriam os rostos das múmias com máscaraspowerbet 1xbetargila
Múmiapowerbet 1xbetuma menina

Crédito, Eye Ubiquitous

Legenda da foto, Cabelos pretos espessos eram aplicados às cabeças das múmias

Por fim, o corpo era pintadopowerbet 1xbetvermelho ou preto característico, utilizando pigmentos minerais, como ocre, manganês e óxidopowerbet 1xbetferro.

A abordagem e os métodospowerbet 1xbetmumificação dos chinchorro eram claramente diferentes dos egípcios, segundo Arriaza. Os egípcios não só utilizavam óleo e bandagens, mas a mumificação era também reservada para os mortos da elite. Já os chinchorro mumificavam homens, mulheres, crianças, bebês e até fetos, independentemente dapowerbet 1xbetposição social.

Viver com os mortos

Com as centenaspowerbet 1xbetmúmias encontradaspowerbet 1xbetArica epowerbet 1xbetoutros locais no último século, os habitantes locais aprenderam a viver ao lado dos restos mortais — e, às vezes, sobre eles.

A descobertapowerbet 1xbetrestos humanos durante trabalhospowerbet 1xbetconstrução ou quando um cão fareja e desenterra partespowerbet 1xbetuma múmia é algo vivido por geraçõespowerbet 1xbetnativos. Mas eles passaram muito tempo sem compreender a importância desses restos mortais.

"Às vezes, os moradores nos contam históriaspowerbet 1xbetcrianças que usaram os crânios como bolaspowerbet 1xbetfutebol e como elas retiravam as roupas das múmias, mas agora eles sabem que devem nos informar quando encontrarem alguma coisa, sem mexer no local", diz a arqueóloga Jannina Campos Fuentes.

As habitantes locais Ana Maria Nieto e Paola Pimentel estão entusiasmadas pelo fato da Unesco ter reconhecido a importância da cultura chinchorro.

Legenda do áudio, Em áudio: A incrível civilização que mumificava os mortos 2 mil anos antes dos egípcios

As duas mulheres lideram associaçõespowerbet 1xbetmoradores próximos a dois locaispowerbet 1xbetescavação e vêm trabalhandopowerbet 1xbetconjunto com um grupopowerbet 1xbetcientistas da Universidadepowerbet 1xbetTarapacá para ajudar a comunidade a compreender a importância da cultura chinchorro e garantir que os preciosos sítios arqueológicos sejam bem cuidados.

Existem novos planos para um museu na região — onde grupospowerbet 1xbetrestos mortais dos chinchorro repousam sob vidro reforçado para serem observados pelos visitantes — a fimpowerbet 1xbetoferecer uma nova experiência interativa. A ideia é treinar os habitantes locais para que se tornem guias e possam mostrar apowerbet 1xbetherança para outras pessoas.

Atualmente, apenas uma parte muito pequena das maispowerbet 1xbet300 múmias chinchorro encontra-sepowerbet 1xbetexibição. A maioria delas está abrigada no Museu Arqueológicopowerbet 1xbetSan Miguelpowerbet 1xbetAzapa.

O museu,powerbet 1xbetpropriedade da Universidadepowerbet 1xbetTarapacá, que também o administra, fica a 30 minutospowerbet 1xbetcarropowerbet 1xbetArica e oferece exposições impressionantes que mostram o processopowerbet 1xbetmumificação.

Um museu maior está sendo planejado no local para abrigar maior quantidadepowerbet 1xbetmúmias, mas também são necessários recursos para garantir que elas sejam preservadas corretamente e não se deteriorem.

Arriaza e a arqueóloga Jannina Campos estão também convencidospowerbet 1xbetque Arica e seus morros vizinhos ainda escondem muitos tesouros a serem descobertos. Mas são necessários mais recursos para encontrá-los.

O prefeitopowerbet 1xbetArica, Gerardo Espíndola Rojas, espera que a inclusão das múmias na Lista do Patrimônio Mundial da Unesco incentive o turismo e atraia mais recursos financeiros.

Gerardo Espindola Rojas posa para foto com capacetepowerbet 1xbetfrente a praia com caverna

Crédito, Felipe Tobar Alduante

Legenda da foto, Gerardo Espíndola Rojas quer que a comunidade se beneficie do aumento do turismo

Mas ele sabe que tudo deve se desenvolverpowerbet 1xbetmaneira correta, trabalhando com a comunidade e preservando os sítios arqueológicos.

"Diferentementepowerbet 1xbetRoma, que construiu sobre monumentos, os habitantespowerbet 1xbetArica vivem sobre restos humanos e precisamos proteger as múmias", afirma o prefeito.

Existem leispowerbet 1xbetplanejamento urbanopowerbet 1xbetvigor e os arqueólogos estão presentes sempre que são conduzidos trabalhospowerbet 1xbetconstrução, segundo ele, para garantir que os restos preciosos não sejam perdidos.

Espíndola também é categórico ao afirmar que, diferentementepowerbet 1xbetoutras partes do Chile, onde operadoraspowerbet 1xbetturismo e companhias multinacionais compraram terras para lucrar com os locais turísticos, o patrimôniopowerbet 1xbetArica deve permanecer nas mãos dos seus habitantes e beneficiar a comunidade local.

A presidente da associaçãopowerbet 1xbetmoradores, Ana Maria Nieto, está confiantepowerbet 1xbetque a recente fama das múmias favorecerá a todos. "Esta é uma cidade pequena, mas amistosa. Queremos que turistas e cientistaspowerbet 1xbettodo o mundo venham aprender sobre a incrível cultura chinchorro que nos acompanha por toda a vida", conclui ela.

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