Imunidade da vacinabetano apostacovid cai com tempo: quem deve se preocupar mais?:betano aposta
Primeiro, vamos ressaltar o básico: nosso sistema imunológico tem dois grandes papéis, que são impedir que nos infectemos e, caso isso fracasse, ajudar nosso corpo a se livrar da infecção.
Agora, imagine seu sistema imunológico como se fosse um castelo medieval, rodeado por um exército cruelbetano apostacoronavírus desesperados para invadir.
Sua primeira linhabetano apostadefesa é o muro externo, patrulhado por uma legiãobetano apostaarqueiros. Esses são os anticorpos neutralizantes do seu corpo. Se eles conseguirem afastar o exército viral, você não será infectado.
Mas se a muralha e os arqueiros não forem o suficiente, o vírus conseguirá entrar no castelo. Agora, você está infectado.
Mas atenção: ainda há tropas dentro da fortaleza do castelo. Trata-se das célulasbetano apostamemória imunitária, os linfócitos B e T. Como cavaleiros, eles podem reunir as tropas, liderar a resposta imune e expulsar os invasores hostis.
Isso porque a vacina contra covid-19 tem treinado as tropas do seu corpo - que incluem tanto anticorpos quanto essas célulasbetano apostamemória para reagir contra uma infecção.
Ao menos uma dessas linhasbetano apostadefesa está diminuindo, e não é uma surpresa. É o que acontece após qualquer vacina ou infecção.
"Há evidências boasbetano apostaque anticorpos diminuem com o tempo, o que nos deixa com defeitos óbvios", explica a professora Eleanor Riley, imunologista da Universidadebetano apostaEdimburgo, na Escócia.
A deserção desses arqueiros-anticorposbetano apostaseus postos foi piorada pela emergência da variante Delta, que é mais contagiosa. Ela é simplesmente mais eficientebetano apostaentrarbetano apostanosso corpo - é como se fosse um novo exército se amontoando na muralha com armamento extra.
Talvez você tenha percebido as consequências disso por conta própria: algumas pessoas pegaram a covid-19 mesmo tendo recebido as vacinas.
A queda na imunidade com o passar do tempo é uma preocupação óbvia para governos tentando impedir o avanço do coronavírus.
Adam Finn, professor da Universidadebetano apostaBristol (Inglaterra) e conselheiro do governo britânico sobre vacinas, diz que tem aumentado o númerobetano apostanão vacinados e vacinados nos hospitais do Reino Unido.
Mas ressalta que "a proteção que (a pessoa vacinada) tem contra infecções leves diminui mais rapidamente, já a proteção contra ir ao hospital ou contra a morte diminui mais lentamente".
O maior riscobetano apostahospitalização ou morte ainda se concentra nos idosos. A grande maioria das mortesbetano apostapessoas com duas dosesbetano apostavacina ocorreu entre quem tinha maisbetano aposta70 anos.
Vale lembrar que as pessoas vacinadas desse grupo etário se mostraram bem mais resistentes do que os idosos que não puderam ou não quiseram ser vacinados. E, como fica claro, o riscobetano apostagrupos etários mais jovens que foram duplamente vacinados segue sendo pequeno.
A passagem do tempo envelhece todas as células presentesbetano apostanosso corpo - incluindo as do sistema imune. O envelhecimento faz com que seja mais difícil treinar a imunidade com as vacinas, e também torna a reação do corpo mais difícil com a chegada da infecção.
"É possível que os idosos tivessem (uma boa) proteção inicialmente, mas agora esses anticorpos enfraqueceram e eles podem não ter a segunda linhabetano apostadefesa", conclui Eleanor Riley. "Pode ser por isso que estejamos vendo pessoas mais idosas e frágeis morrendo apesarbetano apostaterem tomado duas doses."
Tudo isso se soma ao fatobetano apostaque o avanço da idade às vezes vem acompanhadobetano apostaproblemasbetano apostasaúde. E, como o público idoso foi um dos primeiros a se vacinar contra a covid, houve mais tempo para que essa proteção diminuísse.
No Reino Unido, assim como no Brasil, os mais idosos e outros grupos já estão recebendo dosesbetano apostareforço contra o coronavírus.
Pessoas com câncer, transplantadas ou com outros problemas que prejudicam o sistema imune têm um problema levemente diferente, uma vez que seu corpo não responde tão bem a vacinas.
"Os anticorpos deles diminuem a uma taxa similar à das pessoas saudáveis, mas eles obviamente começambetano apostanúmero menor", afirma Helen Parry, da Universidadebetano apostaBirmingham.
Vale ressaltar que, entre as vacinas Pfizer e AstraZeneca, há importantes diferenças. "Elas parecem ser boasbetano apostadiferentes partes do sistema imunológico", agrega Parry.
"As vacinasbetano apostamRNA (no caso, a da Pfizer) são muito potentes na formaçãobetano apostaanticorpos; a da AstraZeneca é muito boabetano apostagerar respostasbetano apostacélulas T."
De volta à metáfora do castelo, a vacina da Pfizer parece mais eficientebetano apostaproteger as muralhas externas com arqueiros, enquanto a da AstraZeneca é melhor na proteção interna.
A boa notícia é que, mesmo com a redução da imunidade, as vacinas disponíveis contra o coronavírus são excepcionalmente boas. No início da pandemia, as pessoas sonhavam com uma vacina que reduzissebetano aposta50% a taxabetano apostamortes. Hoje, mesmo com o efeito naturalbetano apostadiminuição da proteção, a proteção oferecida ainda está na casa dos 80% a 90%.
"Mesmo os piores casos, seis meses depois (do início da vacinação no Reino Unido), são melhores do que esperávamos quando projetamos as vacinas", diz Finn. "Elas ainda são muito boas."
Uma notícia ainda melhor é que há evidênciasbetano apostaque a dosebetano apostareforço - já aplicadabetano apostamaisbetano aposta11,4 milhõesbetano apostapessoas no Reino Unido e a 10,2 milhõesbetano apostapessoas no Brasil - está fazendo uma importante diferença. Dados do Escritório Nacionalbetano apostaEstatísticas do Reino Unido mostram que os níveisbetano apostaanticorpos cresceram no grupo etário mais velho.
Agora, o próximo passo é monitorar para verificar se essa dose adicional vai fazer baixar o númerobetano apostacasos e mortes.
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