Por que as conversas triviais são tão importantes para nossa saúde mental:casas de apostas app
E por que essas conversas nos fazem falta? Que papel elas desempenham no nosso bem-estar?
Conectados com o mundo
Esse tipocasas de apostas appinteração costuma "nos deixarcasas de apostas appbom humor. Isso ocorre,casas de apostas appparte, porque elas nos ajudam a nos sentirmos conectados com outras pessoas, e isso é algo realmente importante para os seres humanos", disse à BBC Mundo Gillia Sandstrom, professoracasas de apostas apppsicologia da Universidadecasas de apostas appEssex, no Reino Unido.
Sandstrom investigou o impacto que as relações fracas (em oposição aos laços profundos) têm sobre nós.
"Nós precisamos sentir que somos partecasas de apostas appum grupo e partecasas de apostas appalgo maior", ela acrescenta.
Falar sobre trivialidades com estranhos nos faz sentir que podemos "confiar nas pessoas e que o mundocasas de apostas appgeral é um lugar seguro, como a nossa comunidade". Mas, além desses benefícios, diz a especialista, essas conversas rápidas nos ajudam a aprender coisas novas.
"Não aprendemos muito com as pessoas que estão mais pertocasas de apostas appnós, porquecasas de apostas appalgum modo sabemos o que elas sabem. Assim, ironicamente, adquirimos mais informação novacasas de apostas appconhecidos e estranhos do que daqueles que são mais próximoscasas de apostas appnós."
A ausência desses encontros durante os confinamentos fez com sentíssemos falta dessa sensaçãocasas de apostas appnovidade, destaque Sandstrom.
Essas conversas "trazem algocasas de apostas appnovo e imprevisível à nossa vida. Quando conversamos com um estranho não sabemos qual direção que a conversa vai tomar oucasas de apostas appque vamos falar. Isso pode assustar um pouco e é uma das razões pelas quais a gente evita falar com estranhos".
"Mas essa imprevisibilidade é também um dos grandes prazeres que existem", afirma.
Podemos notar também que, quando não estamos com um ânimo bom, nós não tendemos a mostrar isso durante um desses encontros casuais.
Isso ocorre porque nós tratamoscasas de apostas appapresentar nosso melhor lado a quem não nos conhece bem, já que queremos que esse intercâmbio seja bem-sucedido.
"Ao agir como se estivéssemoscasas de apostas appbom humor, isso acaba fazendo com que nos sintamos melhor", explica Sandstrom, que acredita que todos esses efeitos "sejam acumulativos".
No trabalho
Essas conversas superficiais não apenas nos fazem nos sentir mais à vontade no âmbito pessoal, mas também nos permitem crescer e nos sentirmos mais seguros no ambiente profissional.
"Imaginemos que você seja minha chefe e me dê um trabalho para fazer. Se cada vez que nós interagirmos você me der tarefas e nem sequer me perguntar como estou, como foi meu fimcasas de apostas appsemana etc, se não faz nada para iniciar uma conversa casual, eu não terei nenhuma conexão com você", diz Fine.
E isso fará com que eventualmente alguém procure emprego onde as pessoas se preocupam mais com o funcionário ou paguem mais, por exemplo.
"As conversas superficiais geram conexão, e isso faz com que a gente se preocupe com as coisas."
Por outro lado, um estudo mencionado por Sandstrom verificou que as pessoas que tem mais laços fracos, ou seja, mais conhecidos no trabalho são consideradas mais criativas por seus superiores. Elas são fundamentais "para a colaboração e para gerar confiança", assegura Debra Fine, autora do livro The Fine Art of Small Talk (em português, A Delicada Arte da Conversa Trivial).
"Isso está vinculado à ideiacasas de apostas appque uma pessoas tem acesso a mais tipocasas de apostas appinformação: se ela fala com gentecasas de apostas appdepartamentos diferentes na empresa, ela pode aprender um pouco mais — e organiza as coisascasas de apostas appforma diferente — que alguém que somente fala com as mesmas três pessoas", argumenta a psicóloga da Universidadecasas de apostas appEssex.
Apesarcasas de apostas appisso ser mais comumcasas de apostas appalgumas culturas quecasas de apostas appoutras, a grande maioria participa desse tipocasas de apostas apprituais.
Há cercacasas de apostas appum século, o pai da antropologia social, o polonês-britânico Bronislaw Malinowski, argumentou que a "small talk" não eracasas de apostas appdomínio exclusivo das sociedades ocidentais, e seu objetivo não era comunicar ideias, mas sim cumprir uma função social: estabelecer vínculos pessoais.
Isso mesmo que a temática — assim como as normas sobre o que é aceitável e o que não é — varie segundo a cultura e a região do mundo.
Dessa forma, enquanto no Reino Unido, como mencionamos antes, uma clássica maneiracasas de apostas appter conversas superficiais é falar sobre o tempo, e outros países é comum iniciar um bate-papocasas de apostas apptornocasas de apostas appuma reclamação (quanto tempo o ônibus demora para chegar, como é ruim o serviçocasas de apostas appum estabelecimento etc).
Aprendizado
Nem todo mundo se sente como um peixe dentro d'água quando se tratacasas de apostas appentrar nesse tipocasas de apostas appdiálogo com pessoas que não pertencem a seu círculo mais próximo.
Lembro-mecasas de apostas appuma amiga que costumava olhar, cuidadosamente, pelo olho mágico e colocar o ouvido na portacasas de apostas appsua casa antescasas de apostas appsair para não cruzar com algumcasas de apostas appseus vizinhos.
Na maioria das vezes, aqueles que evitam essas conexões fazem isso por faltacasas de apostas appinteressecasas de apostas appoutras pessoas.
Para muitos, é uma questãocasas de apostas apppersonalidade: ficar cercadacasas de apostas appoutras pessoas provoca ansiedade porque temem uma reação negativa.
Mas muitos também evitam essas interações simplesmente porque não sabem como se comportar.
"Ao menos que já tenha nascido com esse dom e que isso saiacasas de apostas appforma natural, a maioria não faz isso bem", explica Fine.
Mesmo assim, trata-secasas de apostas appuma habilidade que se pode adquirir por meio da observação e, sobretudo, da prática.
Conselhos para iniciar uma conversa trivial
A primeira coisa que é preciso lembrar é que o iníciocasas de apostas appuma conversa dependecasas de apostas appvocê mesmo.
"Não se pode esperar que alguém fale com você numa festa ou num evento da escola. É você que precisa estar disposto a assumir o risco", diz Fine.
Ao menos que você esteja num evento profissional, não pergunte "No que você trabalha?". É melhor perguntar "O que você faz?", e a outra pessoa pode te responder o que ela quiser lhe dizer.
"O importante é mostrar interessecasas de apostas appuma maneira que a outra pessoa lhe dê uma resposta verdadeira e que exija dela uma respostacasas de apostas appmaiscasas de apostas appuma palavra", afirma a especialista na arte da conversação.
Por exemplo:casas de apostas appvezcasas de apostas app"Como foi seu fimcasas de apostas appsemana?", a que alguém pode responder simplesmente com um "bem, obrigado", você pode dizer: "Me conta sobre o quecasas de apostas appmais interessante você fez no fimcasas de apostas appsemana".
Outra ferramenta disponível é o que Fine chamacasas de apostas appinformação "gratuita".
Se você está num encontro social, a outra pessoa certamente conhecerá o anfitrião, assim como você, e você pode perguntar como eles se conheceram, por exemplo.
Se você participacasas de apostas appum evento como voluntário, você pode perguntar a um outro voluntário coo foi que se ele se envolveu nessa organização.
Você deve evitar todo tipocasas de apostas apppergunta que matam a conversa.
Em situaçõescasas de apostas appque você não conhece muito bem a outra pessoa, não faça perguntas sobre as quais você não sabe o tipocasas de apostas appresposta que podem gerar, recomenda Fine.
Ou seja, é melhor perguntar "E a vida? Alguma novidade?",casas de apostas appvezcasas de apostas appalgo sobre seu marido, que você viu faz um ano, porque você não sabe se eles continuam juntos, por exemplo.
E o mesmo vale para o trabalho: não parta do pressupostocasas de apostas appque a pessoa continua no mesmo emprego.
"É muito melhor pedir a ela "Me fala sobre as novidades do trabalho", já que a outra pessoa lhe contará o que ela quiser contar sobre esse assunto.
Outra recomendação que Fine faz é que você não entrecasas de apostas appcompetição enquanto conversa, coisa que muitoscasas de apostas appnós fazemos sem que percebamos.
Isso significa que, se alguém lhe fala sobre como se sentiu mal trabalhando sozinhocasas de apostas appcasa durante a pandemia, não responda dizendo que para você foi pior porque, além disso, tinha seus filhos o tempo todocasas de apostas appcasa.
É muito melhor responder: "Parece que foi bem difícil para você mesmo. Já consegue ver uma luz no fim do túnel?".
...e para encerrar o papo sem ser mal-educado
Por último, encerrar uma conversa é tão importante como começá-la, sobretudo se não quisermos ficar presos num papo que parece não ter fim. Porém, também não querermos ofender ou ferir os sentimentoscasas de apostas appnosso interlocutor.
Fine recomenda indicar que a conversa está prestes a chega ao final exibindo o que chamacasas de apostas app"bandeira branca",casas de apostas appreferência à que se usa nas corridas automobilísticas para indicar ao condutor que estamos entrando na última volta.
Ela dá exemploscasas de apostas appfrasescasas de apostas app"bandeira branca": "Me diga uma coisa, antescasas de apostas appeu sair", ou "Eu queria te fazer uma última pergunta", ou "Eu vou ter que sair, mas me explica uma coisa" etc.
Outro ponto importante, afirma Fine, é que se você diz que vai sair daquela interação para fazer alguma coisa, que você realmente faça isso.
"Se você acabacasas de apostas appdizer a alguém 'foi ótimo falar com você, mas estou desesperada para comprar um café', e no caminho à cafeteria você encontra outra pessoa, e seu interlocutor vê como você está falando longamente com ela, vai ficar ofendido, e isso pode queimar pontes."
"A essa nova pessoa, diga simplesmente que você vai comprar um café e que ela te acompanhe, ou então que você está indo comprar um café e já volta."
São todas regras muito simples, que podemos colocarcasas de apostas appprática para nos conectarmos mais facilmente com as pessoas que nos rodeiam e, com isso, nos sentirmos melhor.
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