As vantagens evolutivascasa mais cassinoser diferente:casa mais cassino

Uma modelo na Melbourne Fashion Week, na Austrália,casa mais cassinosetembrocasa mais cassino2018

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Legenda da foto, A originalidade e peculiaridade podem ser fatorescasa mais cassinoatração

Um corpocasa mais cassinoformacasa mais cassinoampulheta era considerado o ápice da beleza.

Se Ingres teve a intençãocasa mais cassinodistorcer tanto as proporções da modelo é temacasa mais cassinodebate — embora ninguém pudesse jamais posar assim.

Talvez ele quisesse exagerar suas costas esguias, cintura estreita e quadris mais largos para adicionar um pouco maiscasa mais cassinosensualidade — e acabou errando a mão.

Diferenças sutiscasa mais cassinonossa aparência podem fazer uma grande diferença. Ligeiras mudanças no vestuário fazem as mulheres parecerem mais confiáveis, competentes ou atraentes.

A psicóloga Miriam Liss, da Universidade Mary Washington, nos EUA, e seus colegas descobriram que, para parecer honesta e competentecasa mais cassinoum ambiente profissional ou até mesmo elegível a um cargo político, a mulher precisa se vestircasa mais cassinomaneira conservadora — e não sexy.

Mas por que certas características, como o chamado "corpo ampulheta", parecem ser universalmente preferidas? Será que comunicam algo sobre nossa qualidade reprodutiva?

Se for assim, por que existe tanta diversidade na aparência humana?

A silhuetacasa mais cassinoformacasa mais cassinoampulheta, argumentaram alguns biólogos evolucionistas, é atraente para os homens porque está ligada à qualidade reprodutiva da mulher.

Eles sugeriram que mulheres com níveiscasa mais cassinoestrogênio mais elevados e, portanto, mais férteis, tinham quadris largos e cintura fina.

Secasa mais cassinomaior fertilidade pudesse ser transmitida por meio dos genes, talvez um "corpo ampulheta" fosse um bom indicadorcasa mais cassinosucesso reprodutivo.

'La Grande Odalisque',casa mais cassinoJean Auguste Dominique Ingres

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Legenda da foto, O pintorcasa mais cassino'La Grande Odalisque' pode ter exagerado nas proporçõescasa mais cassinosua modelo para torná-la mais atraente

"Nós pensamoscasa mais cassinoum dado momento que várias [das características consideradas tradicionalmente atraentes nas mulheres, como uma silhuetacasa mais cassinoampulheta, rosto feminino e pele boa], estavam ligadas aos hormônios sexuais, mas agora percebemos que temos poucas evidênciascasa mais cassinoque seja esse o caso", diz Jeanne Bovet, bióloga evolucionista da Universidadecasa mais cassinoNorthumbria, no Reino Unido.

Bovet usou obrascasa mais cassinoarte ao longo da história como um guia para estudar o corpo feminino idealizado.

Ela descobriu que, do ano 500 a.C. ao século 15, a relação cintura-quadril das mulheres giravacasa mais cassinogrande partecasa mais cassinotornocasa mais cassino0,75 (o que significa que a cintura mede 75% da largura dos quadris) .

A partir do século 15, as representações das mulheres na arte foram mudando — e as cinturas foram ficando mais finas, até chegar a medir cercacasa mais cassinodois terços da largura dos quadris na épocacasa mais cassinoque Ingres pintoucasa mais cassinoobra.

No século 20, parece que as preferências podem ter se invertido, embora Bovet tenha usado modelos da Playboy e vencedorascasa mais cassinoconcursocasa mais cassinobelezacasa mais cassino"Miss" para completar a basecasa mais cassinodados, o que não é uma comparação perfeita.

Então, a figura da ampulheta é atraente para os homens, mas parece que não está ligada a nenhuma herança genética que pudesse ser benéfica, como demonstrar que as mulheres têm níveiscasa mais cassinohormônios evolutivamente úteis.

Bovet diz que essa preferência surgiu simplesmente porque quadris mais largos e cintura fina comunicam que a mulher estácasa mais cassinoidade reprodutiva, mas não é velha, e que deu à luz menos vezes.

"Uma coisa que parece realmente valer é que as características atraentes nas mulheres costumam ser indícios da idade e também da paridade [o númerocasa mais cassinovezes que ela deu à luz]

"Estão intimamente relacionadas à atratividade."

Se esses "atrativos" nem sempre estão ligadas aos genes das mulheres, então as pressões sexualmente seletivas podem não se aplicar, o que significa que não haveria razão para o "corpo ampulheta" se tornar o tipo mais comum. É por isso que não somos todos iguais?

Mulhercasa mais cassinocostascasa mais cassinojanela

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Legenda da foto, O ideal da relação cintura-quadril mudou ao longo dos séculos

Barnaby Dixson, psicólogo da Universidadecasa mais cassinoQueensland, na Austrália, e seus colegas pediram a homens e mulheres heterossexuais que avaliassem formas corporais do sexo oposto geradas por computador para ver se era possível criar um corpo "ideal" por meio da seleção.

Cada corpo diferia ligeiramentecasa mais cassino24 áreas, como comprimento da coxa, altura, largura dos ombros, relação cintura-quadril, tamanho dos seios e assim por diante.

As formas corporais mais bem avaliadas foram agrupadascasa mais cassinocasais do mesmo sexo e cruzadas para criar dois filhos, cada um contendo uma mistura aleatória das característicascasa mais cassinosuas mães ou pais. Isso prosseguiu geração após geração para ver quais características eram preferidas ou rejeitadas.

Para os homens, a massa corporal foi prioridade, com mulheres menores sendo selecionadas. Demorou muito, no entanto, para que características que normalmente consideramos relevantes, como o tamanho dos seios, tivessem alguma importância. Da mesma forma, a relação cintura-quadril só veio receber atenção mais tarde.

Os avatares femininos da última geração selecionada pelos homens ainda eram bastante diversos — com cada participante do estudo manifestando uma preferência ligeiramente diferente.

No caso das mulheres, no entanto, pareceu haver mais consistência. Elas preferiam o formato do corpocasa mais cassinoum "nadador" — alto, com ombros largos e atlético.

Portanto, embora haja tendências gerais que são consistentes para a maioria das pessoas, o quanto cada uma é importante variacasa mais cassinoindivíduo para indivíduo, diz Dixson.

Quando se tratacasa mais cassinoqualidades atraentes que estão sob nosso controle, como estilocasa mais cassinoroupa e cabelo, grupos estáveis ​​de anticonformistas podem existircasa mais cassinopopulaçõescasa mais cassinoconformistas.

Imagine uma família crescendocasa mais cassinouma cidade onde dois timescasa mais cassinofutebol rivais jogam: Time A e Time B. Na família, há torcedorescasa mais cassinoambos.

Uma criança que nasce nesta família pode escolher para qual time torcer (vamos ignorar por um segundo a opçãocasa mais cassinonão torcer ou odiar futebol). Uma opção seria optar pelo mais popular,casa mais cassinoconformidade, desapontando o menor númerocasa mais cassinomembros da família. Ou ela pode decidir ser anticonformista.

Homem com rosto tatuado e cabelo punk colorido

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Legenda da foto, O não-conformista pode viver dentrocasa mais cassinoum grupo conformista e se tornar atraente

"Os indivíduos pegam uma amostragemcasa mais cassinouma sériecasa mais cassinoexemplos a seguir da geração anterior, contam o númerocasa mais cassinoAs e Bs emcasa mais cassinoamostra e,casa mais cassinoseguida, adotam A ou B dependendo dessas contagens e do seu graucasa mais cassinoconformidade ou inconformidade", diz Kaleda Krebs Denton, estudantecasa mais cassinodoutoradocasa mais cassinobiologia na Universidadecasa mais cassinoStanford, nos EUA.

Se uma criança tem dois torcedorescasa mais cassinoA e um torcedorcasa mais cassinoB na família, e for conformista, muito provavelmente vai torcer pelo A. Se for inconformista, pode torcer pelo B.

Agora imagine que A e B representam algo que pode oferecer uma vantagemcasa mais cassinosobrevivência — a população inteira seria conformista? Não necessariamente.

Denton e seus colegas usaram modeloscasa mais cassinocomputação para ver como fatores complicadores como a migração e seleção sexual afetam a proporçãocasa mais cassinoconformistascasa mais cassinorelação a anticonformistas. Eles descobriram que as pessoas podiam mudar — sendo conformistas quando algo era razoavelmente popular, mas se tornando inconformistas quando algo se tornava popular demais.

Há situaçõescasa mais cassinoque ser anticonformista tem suas vantagens?

"Se estamos falando sobre vantagens biológicas, espera-se que o anticonformismo seja vantajoso quando a variante que produz o maior benefíciocasa mais cassinoaptidão física é rara", diz Denton.

Talvezcasa mais cassinoum novo ambiente, oucasa mais cassinoum ambiente que tenha mudado drasticamente, apenas um pequeno númerocasa mais cassinoindivíduos terá a melhor característica.

"A seleção natural favorece a diversidade", explica o psicólogo. "Emcasa mais cassinoessência, requer a capacidadecasa mais cassinose ajustar e se adaptar a novos ambientes conforme eles são apresentados a você."

Veja o caso do peixe barrigudinho colorido macho. Suas nadadeiras longas e brilhantes atraem as fêmeas, cada uma comcasa mais cassinoprópria cor e preferênciacasa mais cassinopadrão particular. Sendo assim, não existe um Barrigudinho macho "ideal".

Também significa que ser "mediano" não é uma vantagem. É melhor ser um barrigudinho único e esperar ser o par idealcasa mais cassinoalguém. Em zoologia, isso é chamadocasa mais cassinopolimorfismo. O ineditismo oferece uma vantagem reprodutiva para esses peixinhos.

Peixe Barrigudinho

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Legenda da foto, Não existe nenhum Barrigudinho macho com barbatanas ideais

Em cenárioscasa mais cassinoque a "novidade" não é favorecida sexualmente,casa mais cassinoque,casa mais cassinovez disso, uma característica específica é considerada ideal, há oportunidades para os organismos explorarem esse viés fingindo.

Por exemplo, os caranguejos-violinistas machos têm uma garra enorme com a qual se defendemcasa mais cassinomachos rivais. As fêmeas são atraídas pelos machos com as garras maiores, pois são mais hábeiscasa mais cassinocombate.

Se um caranguejo-violinista macho perdecasa mais cassinogarracasa mais cassinouma luta, ele é capazcasa mais cassinoregenerar uma quase idêntica. Esta nova garra tem o mesmo comprimento, mas uma massa menor — é uma arma menos eficaz que a original.

As fêmeas escolhem seu parceiro apenas com base no comprimento, e não na massa, da garra do macho. Portanto, são incapazescasa mais cassinosaber realmente quais são os melhores lutadores.

Se o macho perdeucasa mais cassinogarra, é provável que haja combatentes melhores por aí — mas ela não saberia dizer.

O comprimento da garra é o principal atributo que importa para um caranguejo-violinista fêmea, então é um pouco como os homens que procuram apenas uma certa relação cintura-quadril, ou mulheres que se concentram apenas na estatura.

Assim, alguns caranguejos-violinistas machos sorrateiros estão manipulando essa atenção focada das fêmeas para disfarçar o fatocasa mais cassinoque são perdedores. Quando há tanta dependênciacasa mais cassinouma pista para determinar a qualidade, se abre a possibilidadecasa mais cassinoagircasa mais cassinomaneira desonesta. Onde a novidade é valorizada, é muito mais difícil ser desonesto, diz Dixson.

Caranguejo-violinista

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Legenda da foto, O caranguejo-violinista macho pode enganar a fêmea regenerando uma garra grande, mas menos poderosa

Como a novidade é apreciadacasa mais cassinohumanos? Nos homens, sobrancelhas grossas, pelos faciais e mandíbulas quadradas são um exemplocasa mais cassinofenótipo que sinaliza níveis elevadoscasa mais cassinotestosterona. Em um sentido evolutivo, é uma vantagem para as mulheres, como para os caranguejos-violinistas fêmeas, acasalar com os homens mais fortes e capazes.

A recente popularidade da barba entre os homens tem sido usada para cunhar o termo "peak beard" ("pico da barba"), o que sugere que os pelos faciais podem estar com os dias contados. Será que o viés anticonformista está por trás do "pico da barba"?

Um estudocasa mais cassino2014 mostrou que, depoiscasa mais cassinover muitos rostoscasa mais cassinobarba, as mulheres vão achar os homens sem barba mais atraentes e vice-versa.

"Você obtém esse efeitocasa mais cassinoineditismo, como quem diz: 'Estão me mostrado algo diferente, e é atraente'", explica Dixson.

"Se considerarmos as vantagenscasa mais cassinotermos culturais, então o anticonformismo pode ser vantajosocasa mais cassinoáreas como a música, literatura, moda ou artes visuais", acrescenta Denton.

"Aqui, não é necessário que uma variante rara seja melhorcasa mais cassinoalguma forma; ao contrário, a singularidadecasa mais cassinosi pode ser intrinsecamente valorizada."

Isso foi observado na rotatividadecasa mais cassinonomes popularescasa mais cassinobebês. Enquanto nossos ancestrais podem ter escolhido nomes comuns porcasa mais cassinouniversalidade, os nomes populares modernoscasa mais cassinobebês saem rapidamentecasa mais cassinomoda — como se a popularidadecasa mais cassinoum nome o tornasse impopular novamente.

Quando se tratacasa mais cassinodar nomes aos nossos filhos, temos um viés anticonformista.

Pode ser cedo demais para dizer que atingimos o "pico da barba", ou talvez, como no caso da relação cintura-quadril, simplesmente haja algo atraente na barba que não podemos explicarcasa mais cassinotermos genéticos.

casa mais cassino Leia a versão original casa mais cassino desta reportagem (em inglês) no site BBC Future casa mais cassino .

*Este artigo faz parte da série Laws of Attraction ("Leis da Atração",casa mais cassinotradução literal), coproduzida pela BBC Future e BBC Real. Assista à versãocasa mais cassinovídeo aqui (em inglês), com textocasa mais cassinoWilliam Park, animaçãocasa mais cassinoMichal Bialozej e produçãocasa mais cassinoDan John.

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