Brasil está entre países menos favoráveis ao aborto, mas apoio cresceumultipla segura betfair2021:multipla segura betfair

Entretanto, o apoio à descriminalização do aborto no Brasil não cresceu constantemente ano-a-ano — pelo contrário, oscilou bastante. Entre 2015 e 2019, variou entre 50% e 61% e,multipla segura betfair2020, voltou a 53%. Agora,multipla segura betfair2021, saltou 11 pontos percentuais.

"É um dado que oscila na opinião pública porque ainda é um tema considerado tabu na sociedade (brasileira). Ele sofre bastante influênciamultipla segura betfaircaracterística culturais,multipla segura betfaircomo historicamente a sociedade encara esse tema, que é delicado" explica Priscilla Branco, porta-voz do estudo e gerentemultipla segura betfairPublic Affairs da Ipsos no Brasil.

A especialista aponta que fatores internosmultipla segura betfairum país, como o debate público sobre algum projetomultipla segura betfairlei acerca do aborto, podem levar a alterações nestes dadosmultipla segura betfairdeterminados anos, assim como fatores externos. No Brasil, a movimentação recentemultipla segura betfairpaíses vizinhos pode ter levado à maior aceitação da descriminalização do aborto.

No último mêsmultipla segura betfair2020, o Senado argentino aprovou a legalização do procedimento nas primeiras 14 semanasmultipla segura betfairgestação. Antes, a legislação do país era tão restritiva quanto a brasileira, prevendo aborto apenasmultipla segura betfaircasosmultipla segura betfairestupro ou quando a saúde da mãe estavamultipla segura betfairrisco.

A Coreia do Sul descriminalizou o aborto no iníciomultipla segura betfair2021 e, assim como a Argentina, apresentou um percentual maiormultipla segura betfairpessoas favoráveis à legalização do procedimento nas ediçõesmultipla segura betfair2020 e 2021 da pesquisa da Ipsos.

Priscilla Branco aponta também como influência externa para o Brasil a formaçãomultipla segura betfairuma assembleia constituinte no Chile, que embora não tenha como foco o aborto, está "mais inclusiva e feminina".

Já o Brasil ainda é "conservador" na temática do aborto, segundo a pesquisadora da Ipsos, o que é demonstrado pelo "medo da classe políticamultipla segura betfairtratar esse tema com transparência". Entretanto, a chegadamultipla segura betfair2021 a um percentualmultipla segura betfair64% dos entrevistados favoráveis à legalização total ou parcial do aborto pode ser reflexomultipla segura betfairum "amadurecimento" da sociedade brasileira sobre os direitos das mulheres.

Uma outra pesquisa da Ipsos, publicadamultipla segura betfairmarço, mostrou que o Brasil estava entre os 28 países onde os entrevistados mais concordavam que acabar com a disparidade salarial entre gêneros deveria ser uma prioridade nacional.

Homens são menos favoráveis

A pesquisa global sobre a permissão ao aborto foi realizadamultipla segura betfairplataforma online com cercamultipla segura betfair20 mil pessoas, 1.000 delas no Brasil. Para o país, a margemmultipla segura betfairerro émultipla segura betfair3,5 pontos percentuais.

Na média dos 27 países analisados, o percentualmultipla segura betfairpessoas favoráveis à permissão parcial ou total do aborto (soma das respostas "o aborto deve ser permitido sempre que uma mulher assim o desejar" e "o aborto deve ser permitidomultipla segura betfairdeterminadas circunstâncias, por exemplo, no casomultipla segura betfairuma mulher ter sido estuprada") foi estável entre 2014 e 2021, variandomultipla segura betfair70% a 75% ao longo dos anos. Em 2021, o valor foimultipla segura betfair71%.

Nos primeiros lugaresmultipla segura betfairpaíses mais favoráveis estão a Suécia (88%), Holanda (85%) e França (81%); nas últimas posições, estão Turquia (56%), Peru (53%) e Malásia (30%).

As mulheres se mostraram mais favoráveis à permissão parcial ou total do aborto (73%) do que os homens (69%).

Especificamente a afirmação "o aborto deve ser permitido sempre que uma mulher assim o desejar" teve apoiomultipla segura betfair50% das mulheres emultipla segura betfair43% dos homens. Já a frase "o aborto deve ser permitidomultipla segura betfairdeterminadas circunstâncias, por exemplo, no casomultipla segura betfairuma mulher ter sido estuprada" teve concordânciamultipla segura betfair23% das mulheres e 26% dos homens.

Globalmente, quanto maior a escolaridade, maior o percentualmultipla segura betfairpessoas favoráveis parcial ou totalmente à descriminalização do aborto: este foimultipla segura betfair74% entre aqueles com grau mais alto;multipla segura betfair70% no nívelmultipla segura betfaireducação médio; e 66% com grau baixo.

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