Fim do governoeu quero jogar jogoNetanyahu aprofunda isolamentoeu quero jogar jogoBolsonaro no mundo:eu quero jogar jogo
Netanyahu — o primeiro-ministro que mais ficou no poder na históriaeu quero jogar jogoIsrael — permanecerá à frente do partidoeu quero jogar jogodireita Likud e se tornará líder da oposição.
Espera-se que a guinada no núcleo duro do governo israelense, que agora reúne políticos ultranacionalistas, figuraseu quero jogar jogocentro e até islâmicos árabes, tenha forte impacto na complicada geopolítica do Oriente Médio.
Mas ela também tem reflexos do outro lado do mundo — mais precisamente no gabinete do presidente brasileiro, novamente órfãoeu quero jogar jogoumeu quero jogar jogoseus principais padrinhos políticos internacionais.
Após investireu quero jogar jogouma intensa relaçãoeu quero jogar jogoelogios e apoio ao ex-premiêeu quero jogar jogoIsrael, a quem chegou a tratar como "irmão", o presidente brasileiro agora se vê "mais isolado do que nunca" no tabuleiro político internacional, segundo analistas estrangeiros ouvidos pela BBC News Brasil.
"Esse é o problemaeu quero jogar jogoter uma política externa que não é uma políticaeu quero jogar jogoEstado, mas uma política partidária e ideológica", avalia o professor Christopher Sabatini, pesquisador sênior para América Latina da Chatham House, instituto realeu quero jogar jogopesquisa mais prestigiado do Reino Unido.
"Anteseu quero jogar jogovocê se dar conta, seus aliados podem sair do cargo e você sobra sozinho."
Reviravoltaeu quero jogar jogoIsrael
A reviravolta na política domésticaeu quero jogar jogoIsrael é frutoeu quero jogar jogoum surpreendente encontro entre o centrista Yair Lapid, ex-ministro das Finanças e líder do partido Yesh Atid ("Há um futuro",eu quero jogar jogohebraico), e Naftali Bennet, o cabeça do partido ultranacionalista Yamina (ou "À direita").
O partidoeu quero jogar jogoLapid foi o segundo mais votado nas eleições israelenseseu quero jogar jogomarço deste ano, depois do partidoeu quero jogar jogodireita Likud ("Consolidação"), liderado por Netanyahu.
Em 6eu quero jogar jogoabril, o presidente israelense Reuven Rivlin deu um prazoeu quero jogar jogo28 dias para que Netanyahu conseguisse construir uma coalizão para formar um novo governo. Como o atual premiê não conseguiu atrair partidos suficientes para atingir maioria no parlamento, Rivlin transmitiu a missão para o segundo colocado Lapid, que desde então vinha dialogando com diferentes grupos na tentativaeu quero jogar jogoalcançar maioria, mesmo que heterogênea.
As negociações sobre a formaçãoeu quero jogar jogoum novo governo foram interrompidaseu quero jogar jogo10eu quero jogar jogomaio, quando uma nova rodadaeu quero jogar jogohostilidades entre Israel e o Hamas teve início na Faixaeu quero jogar jogoGaza. No último dia 30, nove dias após o anúncioeu quero jogar jogoum cessar-fogo, o direitista Bennet, ex-assessor-sênior, chefeeu quero jogar jogogabinete, ministro da Educação e da Defesaeu quero jogar jogogovernos recenteseu quero jogar jogoNetanyahu, foi à televisão para anunciar o golpe final no governo do ex-aliado.
"Farei tudo o que for preciso para formar um governoeu quero jogar jogounidade nacional com meu amigo Yair Lapid", exclamou.O acordo entre os dois políticos, que divergemeu quero jogar jogodiversos temas-chave, entre eles a possibilidade da criaçãoeu quero jogar jogoum Estado palestino, prevê que Bennet seja o primeiro-ministro pelos próximos dois anos - quando será substituído por Lapid, que governará por mais dois.
A coalizão vencedora também une opostos como Avigdor Lieberman, um polêmico nacionalistaeu quero jogar jogoextrema-direita que certa vez sugeriu que membros "desleais" da minoria árabe do país deveriam ser decapitados, e o pequeno partido árabe Ra'am, que busca proteção oficial a costumes conservadores muçulmanos e mais verbas para cidadeseu quero jogar jogomaioria árabe.
Este será o primeiro partido liderado por árabes a participareu quero jogar jogoum governoeu quero jogar jogocoalizãoeu quero jogar jogoIsrael — o que por si só requereria uma mudança na posturaeu quero jogar jogoBolsonaroeu quero jogar jogorelação ao país.
Bolsonaro isolado
Mas o que isso significa para o presidente brasileiro, frequentemente fotografado junto a bandeiraseu quero jogar jogoIsrael e cuja plataforma, desde a campanha, eraeu quero jogar jogoalinhamento com o ex-premiê Netanyahu?
Para o historiador Federico Finchelstein, chefe do departamentoeu quero jogar jogoHistória e do programaeu quero jogar jogoEstudos Latinos Americanos da New School,eu quero jogar jogoNova York, a intimidade mostrada publicamente entre os dois líderes, a partireu quero jogar jogoagora, deve acabar.
"É cedo para saber o que a nova coalizão faráeu quero jogar jogoIsrael, mas devemos esperar uma relação menos amigável, e uma relação baseadaeu quero jogar jogogeopolítica,eu quero jogar jogovezeu quero jogar jogoideologia", aponta.
Para Christopher Sabatini, "construir uma aliança com o Brasil não vai ser uma prioridade do governoeu quero jogar jogocoalizão israelense". "Isso era uma política muito própria e pessoaleu quero jogar jogoNetanyahu", diz.
Na avaliaçãoeu quero jogar jogoSabatini, que até pouco tempo também dava aulas sobre América Latina na Universidadeeu quero jogar jogoColumbia, "Bolsonaro trocou a diplomaciaeu quero jogar jogoEstado profissional do Brasil pela uma visão pessoal e limitada".
"Ele acaba sendo refémeu quero jogar jogosua própria faltaeu quero jogar jogotolerância eeu quero jogar jogomoderação: basta se lembrar dos comentários dele sobre a esposa do presidente (francês Emmanuel) Macron. Um presidente não pode fazer isso."
Em agostoeu quero jogar jogo2019, um seguidoreu quero jogar jogoBolsonaro fez comentários sexistas comparando as duas primeiras-damas. "Agora entende por que Macron persegue Bolsonaro?", escreveu um homem sob uma foto dos dois casais. "Não humilha, cara", replicou o chefeeu quero jogar jogoEstado brasileiro, criando novo constrangimento internacional.
Finchelstein, especialistaeu quero jogar jogoradicalismo e populismo, diz não se surpreender com o revés enfrentado agora por Bolsonaro ao perder seu aliado pessoal no Oriente Médio.
"A situação mostra a faltaeu quero jogar jogopreparação da política internacionaleu quero jogar jogoBolsonaro para uma situaçãoeu quero jogar jogoperdaeu quero jogar jogoseus pares autoritários", avalia. "Esse característica, que também aparece na má condução e faltaeu quero jogar jogoplanejamento sobre a pandemia no Brasil, se baseia na simples torcida pelo que pode acontecer, e não a partireu quero jogar jogodados concretos e reais."
Para Sabatini, "o Brasil já está isolado" e o novo governo israelense aprofunda o problema.
"Bolsonaro já está foraeu quero jogar jogocompasso na maior parte daeu quero jogar jogoprópria região e agora os únicos governos com quem ele pode contar como aliados são Turquia, Hungria e Polônia - nenhum deles exatamente estáveis - e Índia. E ele vai ficar mais e mais isolado globalmente", pondera.
Finchelstein concorda e questiona: "Aliás, quão importante é a Hungria para os interesses geopolíticos brasileiros?".
Embaixadaeu quero jogar jogoTel-Aviv
Durante a campanha presidencial, já acenando ao então par israelense, Bolsonaro foi alvoeu quero jogar jogocríticaseu quero jogar jogotodo o mundo ao traduzir seu alinhamento ideológico com Netanyahu pela promessaeu quero jogar jogotransferência da embaixada brasileira no paíseu quero jogar jogoTel-Aviv para Jerusalém, a exemplo do que haviam feito EUA e Guatemala.
A mudança representaria uma guinada sem precedentes na postura da diplomacia brasileira, que sempre foieu quero jogar jogoequilíbrio entre o lado israelense e o lado palestino. O reconhecimento da cidade como capitaleu quero jogar jogoIsrael poderia irritar não somente palestinos, países árabes eeu quero jogar jogomaioria muçulmana, mas também gerar reações da comunidade internacional, cuja posição formal éeu quero jogar jogoque o statuseu quero jogar jogoJerusalém deve ser decididoeu quero jogar jogonegociaçõeseu quero jogar jogopaz.
O entendimento éeu quero jogar jogoque o reconhecimentoeu quero jogar jogoJerusalém Ocidental como capitaleu quero jogar jogoIsrael só poderá ocorrer ao mesmo tempoeu quero jogar jogoque Jerusalém Oriental for reconhecida como capitaleu quero jogar jogoum futuro Estado palestino.
É por isso que os países mantêm suas embaixadaseu quero jogar jogoTel Aviv, a capital comercialeu quero jogar jogoIsrael.
A medida também teria impacto direto nas relações do Brasil com importantes parceiros comerciais: países árabes e muçulmanos, como o Irã, respondem por quase 6%¨de todas as exportações brasileiras - principalmente carne. Em marçoeu quero jogar jogo2019,eu quero jogar jogovisita oficial a Netanyahu, no entanto, Bolsonaro recuou.
"O Brasil decidiu estabelecer um escritórioeu quero jogar jogoJerusalém para a promoção do comércio, investimento, tecnologia e inovação", anunciou o Itamaraty, que nunca mais tocou no tema da transferência da embaixada.O episódio ilustra o que especialistas apontam como prejuízos da perspectiva pouco conciliadora que, para analistas, marca tanto Netanyahu, quanto Bolsonaro.
Em entrevista recente ao jornal local Times of Israel, o novo primeiro-ministro Naftali Bennett disse: "Sou mais direitista do que Bibi (Netanyahu), mas não uso o ódio ou a polarização como uma ferramenta".O professor da New School diz que "governos extremistas e populistas como Netanyahu e Bolsonaro baseiam suas políticas na demonização do outro,eu quero jogar jogovezeu quero jogar jogointegração e diálogo".
"No caso brasileiro, é uma quebra muito grande com administrações anteriores", diz. ""Estamos vendo no Brasil que pessoas muito distintas, como os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Lula, podem se encontrar e pensar juntas sobre suas diferenças enquanto políticos democratas."
"Já Bolsonaro está preso à uma ideologia problemática e, quando a realidade muda, seja nos EUA oueu quero jogar jogoIsrael, temos uma nova lição sobre como políticas movidas pela vontade e por caprichos pessoais são tão prejudiciais."
Mudançaeu quero jogar jogopostura?
Se o palácio do Planalto seguir a cartilha adotada após a derrotaeu quero jogar jogoTrump, Bolsonaro deve tentar recalibrar seu discurso a partireu quero jogar jogoagora.
Após apoiar abertamente a reeleiçãoeu quero jogar jogoDonald Trump, sugerir fraude nas eleições dos EUA e ter sido o último lídereu quero jogar jogoum país democrático a parabenizar Joe Biden pela eleição, Bolsonaro escalou o então chanceler Ernesto Araújo como porta-vozeu quero jogar jogoum diálogo renovado entre os dois países.
"Tive hoje longa e produtiva conversa com o Secretárioeu quero jogar jogoEstado Antony Blinken. Agenda 100% positiva. Ficou claro que há excelente disposição e amplas oportunidades para continuarmos construindo uma parceria profunda entre o Brasil e os Estados Unidos", disse então Araújo pelo Twitter.
De lá para cá, sob intensa pressão por uma gestão classificada como errática e ideológica à frente do Itamaraty, Ernesto Araújo perdeu a cadeira e foi substituído pelo diplomata Carlos França, descrito como figura mais moderada.
Sua função seria "filtrar" o discurso ideológico que Bolsonaro direciona a apoiadores mais radicaiseu quero jogar jogouma gestão mais pragmática nas relações internacionais do país.
A chegadaeu quero jogar jogoFrança ajudaria o Brasil a construir pontes com o novo governo israelense?
"Como podemos ver com os ministros da Saúde, nas questões mais polêmicas, é Bolsonaro quem decide. Os que tentaram uma abordagem mais científica ou pragmática foram demitidos. Na perspectiva democrática, a questão mais problemática da administração Bolsonaro é ele próprio", avalia Finchelstein.
Para Christopher Sabatini, Bolsonaro agora está dianteeu quero jogar jogoum difícil quebra-cabeças.
"Ele vai precisar fazer sacrifícioseu quero jogar jogotermos do que sempre considerou como princípios básicos: por exemplo, o apoio a uma definição muito limitada sobre Israel e seus interesses, ou uma nova visão sobre um Estado palestino. Ele vai mudar nesses pontos para conseguir se realinhar? Se o fizer, será um movimento pragmático, mas que vai fazê-lo parecer volúvel e abrindo mão do que caracterizaeu quero jogar jogoimagem e personalidade", pondera.
"E, se não o fizer, então ele vai ficar ainda pior como líder global — o que o Brasil, no passado, aspirava ser", diz.
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