'Nativos digitais' não sabem buscar conhecimento na internet, diz OCDE:1xbetcodigopromocional
1xbetcodigopromocional A familiaridade dos adolescentes atuais com a tecnologia, que faz deles nativos digitais, não os torna automaticamente habilitados para compreender, distinguir e usar1xbetcodigopromocionalmodo eficiente o conhecimento disponível na internet.
Pelo contrário, os dados sugerem que eles são,1xbetcodigopromocionalgrande parte, incapazes1xbetcodigopromocionalcompreender nuances ou ambiguidades1xbetcodigopromocionaltextos online, localizar materiais confiáveis1xbetcodigopromocionalbuscas1xbetcodigopromocionalinternet ou1xbetcodigopromocionalconteúdo1xbetcodigopromocionale-mails e redes sociais, avaliar a credibilidade1xbetcodigopromocionalfontes1xbetcodigopromocionalinformação ou mesmo distinguir fatos1xbetcodigopromocionalopiniões.
As conclusões foram apresentadas pela OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico)1xbetcodigopromocionalseminário virtual na última quarta-feira (26/05), com base no relatório Leitores do Século 21 - Desenvolvendo Habilidades1xbetcodigopromocionalAlfabetização1xbetcodigopromocionalum Mundo Digital.
O relatório, divulgado no início do mês, mostra as habilidades1xbetcodigopromocionalinterpretação1xbetcodigopromocionaltexto dos alunos1xbetcodigopromocional15 anos avaliados no Pisa, exame internacional aplicado pela OCDE1xbetcodigopromocional20181xbetcodigopromocionalestudantes1xbetcodigopromocional79 países ou territórios, inclusive no Brasil.
Os dados são preocupantes: no Brasil, apenas um terço (33%) dos estudantes foi capaz1xbetcodigopromocionaldistinguir fatos1xbetcodigopromocionalopiniões1xbetcodigopromocionaluma das perguntas aplicadas no Pisa.
Na média dos países da OCDE, esse índice era1xbetcodigopromocional47%. O que mostra que, mesmo no grupo1xbetcodigopromocionalpaíses mais desenvolvidos, mais da metade dos estudantes1xbetcodigopromocional15 anos não demonstrou,1xbetcodigopromocionalmédia, capacidade1xbetcodigopromocionalfazer distinção entre fato e opinião.
Segundo o estudo, apenas metade dos estudantes1xbetcodigopromocionalpaíses da OCDE disseram ser ensinados na escola para reconhecer se a informação que estão lendo é enviesada, e 40% dos alunos nesses países foram incapazes1xbetcodigopromocionalreconhecer os perigos1xbetcodigopromocionalse clicar1xbetcodigopromocionallinks1xbetcodigopromocionale-mails1xbetcodigopromocionalphishing, por exemplo.
As habilidades1xbetcodigopromocionalnavegação foram consideradas altamente eficientes para apenas 24% dos estudantes na média da OCDE, e para apenas 15% dos estudantes no Brasil.
As consequências disso são profundas para a inserção no mundo do trabalho e para o exercício da cidadania, uma vez que pessoas que não sejam capazes1xbetcodigopromocionalcompreender textos plenamente estarão,1xbetcodigopromocionalteoria, menos aptas para ocupar empregos1xbetcodigopromocionalalta complexidade - e, ao mesmo tempo, serão presas mais fáceis para o ambiente1xbetcodigopromocionaldesinformação que floresce na internet e nas redes sociais.
"Ter nascido na era digital e ser um nativo digital não significa que você vai ter habilidades digitais para usar a tecnologia1xbetcodigopromocionalmodo eficaz", afirmou no seminário Andreas Schleicher, diretor1xbetcodigopromocionaleducação da OCDE.
Mais tecnologia não equivale a mais alfabetização midiática
Os resultados também mostram que, apesar1xbetcodigopromocionalsua crescente familiaridade com a tecnologia, os jovens não necessariamente aprendem instintivamente as habilidades necessárias para usar essa tecnologia para obter informações confiáveis.
De modo geral, o maior acesso a tecnologia entre os jovens nos últimos anos não se traduziu1xbetcodigopromocionalmais educação midiática, disse Schleicher no seminário: os índices1xbetcodigopromocionalalfabetização digital dos jovens evoluíram pouco nas avaliações do Pisa feitas entre 2000 e 2018, apesar das enormes mudanças sociais e digitais vividas pela comunidade global nesse intervalo1xbetcodigopromocionaltempo.
Mais do que contato constante com a tecnologia, Schleicher defendeu que são a "aprendizagem tradicional" e o engajamento1xbetcodigopromocionalprofessores que farão a diferença1xbetcodigopromocionaldar aos alunos a capacidade1xbetcodigopromocionalentender diferentes perspectivas1xbetcodigopromocionalum texto e serem capazes1xbetcodigopromocionalidentificar nuances e opiniões.
O relatório mostra que,1xbetcodigopromocionalsistemas educacionais nos quais essas habilidades digitais são ativamente ensinadas, estudantes pareceram mais capazes1xbetcodigopromocionaldistinguir fatos1xbetcodigopromocionalopiniões.
Mas Schleicher destacou que é um problema que ultrapassa os muros da escola e exaltou o trabalho1xbetcodigopromocionalpaíses que já têm uma cultura mais enraizada1xbetcodigopromocionalleitura e alfabetização, como Dinamarca, Finlândia, Estônia e Japão.
Ele ressalta, porém, que o tema exige muito mais estudos e discussões na sociedade. "Ainda não temos a resposta1xbetcodigopromocionalpor que alguns países se saem melhor"1xbetcodigopromocionalalfabetização digital, afirmou.
O que se sabe é que o educador tem um papel central nisso, à medida que mudam as habilidades exigidas dos estudantes: no século 20, esperava-se que um aluno obtivesse conhecimento1xbetcodigopromocionalfontes pré-curadas, como enciclopédias.
Hoje, ele precisa aprender a distinguir o que é relevante entre milhares1xbetcodigopromocionalresultados1xbetcodigopromocionaluma busca no Google; precisa ser capazes1xbetcodigopromocionalconstruir conhecimento e validá-lo, opina a OCDE.
"Os educadores precisarão ser grandes mentores, mobilizadores e guias" nesse processo, afirmou Schleicher.
O poder persistente dos livros
Embora a leitura esteja mais fragmentada e migrando cada vez mais ao ambiente virtual, o relatório da OCDE mostra que o papel dos livros e1xbetcodigopromocionaltextos aprofundados continua sendo primordial.
Os estudantes que disseram ler livros com mais frequência1xbetcodigopromocionalpapel do que nos meios digitais tiveram melhores resultados1xbetcodigopromocionalleitura1xbetcodigopromocionaltodos os países e territórios que participaram do Pisa 2018. Além disso, esses jovens também relataram ter mais prazer com a leitura.
Na mesma linha, a leitura1xbetcodigopromocionallivros1xbetcodigopromocionalficção e1xbetcodigopromocionaltextos longos também está positivamente associada a um melhor desempenho1xbetcodigopromocionalleitura na maioria dos países avaliados.
O problema é que quase a metade dos estudantes (49%) nos países da OCDE disseram, na pesquisa aplicada junto ao Pisa 2018, que só liam "se tivessem que ler". E cerca1xbetcodigopromocionalum terço dos estudantes pesquisados disseram que raramente ou nunca lia livros.
Nesse contexto, o incentivo a leituras1xbetcodigopromocionalprofundidade, que permitam aos alunos treinar a observação1xbetcodigopromocionalnuances no texto, é uma estratégia capaz1xbetcodigopromocionalmelhorar as habilidades1xbetcodigopromocionalcompreensão textual tão valiosas no século 21.
É algo a que tanto professores quanto pais podem contribuir, diz a OCDE. Segundo o estudo, os estudantes que disseram ter pais que gostam1xbetcodigopromocionaller também apresentaram índices mais altos1xbetcodigopromocionalprazer com a leitura.
Um ponto preocupante, disse Schleicher no seminário, é um aumento crescente no "abismo cultural" entre estudantes1xbetcodigopromocionalclasses sociais mais avantajadas e os mais pobres.
Enquanto entre os estudantes mais ricos o número1xbetcodigopromocionallivros1xbetcodigopromocionalcasa se manteve estável entre 2000 e 2018, esse número caiu consideravelmente entre os estudantes mais pobres.
É um exemplo da importância1xbetcodigopromocionalse combaterem as desigualdades educacionais.
"Nos acostumamos a tolerar as desigualdades e a ver parte dos estudantes ficando para trás", lamentou Schleicher.
Impactos da pandemia
Para o relatório da OCDE, a pandemia1xbetcodigopromocionalcovid-19, que fez com que parte significativa do processo educacional migrasse para a internet, "aumentou a urgência1xbetcodigopromocionalse lidar com esse tema (da alfabetização digital). Também aumentou o ímpeto entre crianças, professores e formuladores1xbetcodigopromocionalpolíticas públicas para apoiar (a formação)1xbetcodigopromocionalleitores do século 21".
"Para muitas crianças1xbetcodigopromocionalidade escolar e até mesmo professores, a desinformação nos tempos pré-pandemia talvez parecesse algo remoto, uma preocupação política1xbetcodigopromocionalpouca relevância no pátio da escola ou na sala1xbetcodigopromocionalprofessores. Hoje, a infodemia (como especialistas se referem à proliferação1xbetcodigopromocionalfalsas informações1xbetcodigopromocionalgrandes volumes, como ocorre1xbetcodigopromocionaltempos1xbetcodigopromocionalcovid-19) e a incerteza sobre fatos científicos e1xbetcodigopromocionalsaúde básicos capturou o foco dos alunos1xbetcodigopromocional15 anos - e seu anseio por soluções", prossegue o relatório da OCDE.
"Alfabetização no século 21 significa parar e olhar para os lados antes1xbetcodigopromocionalseguir adiante online. Significa checar os fatos antes1xbetcodigopromocionalbasear suas opiniões nele. Significa fazer perguntas sobre as fontes1xbetcodigopromocionalinformação: quem escreveu isto? Quem fez este vídeo? É1xbetcodigopromocionaluma fonte confiável? Ele faz sentido? Quais são os meus vieses? Tudo isso cabe ao currículo escolar e ao treinamento1xbetcodigopromocionalprofessores. E tudo isso tem implicações que vão muito além1xbetcodigopromocionaldetectar notícias falsas e desinformação: assegurar o ato1xbetcodigopromocionaltomada1xbetcodigopromocionaldecisões bem informadas e assegurar a base1xbetcodigopromocionaldemocracias funcionais."
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