Uma árvore faz barulho ao cair se ninguém estiver lá para escutar? A resposta da ciência e da filosofia:betano google play

Bosque no outono

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, O que acontece se uma destas árvores cair e não houver ninguém lá?

Antesbetano google playnos embrenhar por esse labirinto, Stefan Bleeck, especialistabetano google playpsicoacústica do Institutobetano google playPesquisabetano google playSom e Vibração da Universidadebetano google playSouthampton, no Reino Unido, sugere que esclareçamos algo fundamental.

Se a árvore cai na floresta, o que ela produz é uma ondabetano google playpartículas que vibram no ar.

"Efetivamente", diz ele.

"Se não há ninguém para escutar, não há som, mas isso não significa que não haja ondas sonoras ou acústicas que têm um efeito no meio ambiente."

O interessante, na opiniãobetano google playBleeck, é que a pergunta nos faz pensar sobre a relação entre a física e o mundo exterior diante do que acontecebetano google playnossas mentes.

"O que acontece dentrobetano google playnossas cabeças é privado e subjetivo", acrescenta.

Bleeck tem uma maneira surpreendentebetano google playmostrar o quão particular é essa relação entre o mundo exterior e o que está acontecendobetano google playnossas mentes.

Se puder, ouça o áudio a seguir e tente encontrar o momentobetano google playque a nota musical atingebetano google playfrequência mais alta.

Legenda do áudio, Reconhece o truque?

Trata-sebetano google playuma ilusão auditiva chamada escala contínuabetano google playRisset ou glissando Shepard - Risset, na qual a nota musical parece estar aumentandobetano google playtom eternamente.

"É uma demonstração que torna imediatamente óbvio que o que você está escutando não pode ser verdade."

O efeito é como a famosa Escadabetano google playPenrose, que dá a sensaçãobetano google playque os degraus estão constantemente subindo (ou descendo, dependendo da direção), quando na verdade você está andandobetano google playcírculos (ou melhor,betano google playquadrados... melhor ver para entender).

A Escadabetano google playPenrose

Crédito, Science Photo Library/Getty

Legenda da foto, Também conhecida como 'escada infinita' ou 'impossível', é uma ilusãobetano google playótica criada pelos matemáticos ingleses Lionel Penrose e seu filho Roger Penrosebetano google play1958. As escadas mudambetano google playdireção 90º quatro vezes dando a impressãobetano google playsubir ou descer ao mesmo tempo,betano google playqualquer direção que seja. Sua construçãobetano google play3D é impossível

"O cérebro cria uma ilusãobetano google playpercepção que não está realmente conectada aos estímulos físicos. E é muito difícil identificar o que realmente está acontecendo."

É como se nosso cérebro criasse uma história a partirbetano google playum conjunto complexobetano google playestímulos e,betano google playalguns casos, como este, não coincide com o que realmente está acontecendo.

Isso porque qualquer coisa que percebemos como som se deve a minúsculas células ciliadas no ouvido interno que se movem dentrobetano google playum fluidobetano google playuma estruturabetano google playespiral chamada cóclea.

Quando as vibrações agitam o líquido coclear, são desencadeados minúsculos impulsos nervosos, pequenos picosbetano google playeletricidade que viajam para o cérebro.

"Uma vez que algo está na linguagem desses picos, está na linguagem do cérebro — como a eletricidadebetano google playum computador —, o que se percebe depende da interpretação."

"Nesse momento, deixabetano google playser som para ser uma tradução."

Árvore caídabetano google playfloresta

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, O que você acha... esta árvore fez barulho ao cair?

Portanto,betano google playacordo com Bleeck, o som é algo criado por picosbetano google playeletricidadebetano google playnosso cérebro; sem isso, nada mais é do que partículas vibratórias.

Temos então a resposta para a pergunta "se uma árvore cair na floresta e ninguém estiver por perto para escutar, vai fazer algum som?"

Hummm... talvez o problema seja que a questão sempre foi um pouco mais complexa.

Nada existe?

A pergunta é um experimentobetano google playpensamento filosófico geralmente associado a um bispo irlandês do século 17 chamado George Berkeley (1685-1753), que provavelmente não a colocou desta forma, mas escreveu sobre a existênciabetano google playárvores... ou melhor,betano google playfaltabetano google playexistência.

Berkeley tinha uma posição extrema sobre a natureza da realidade.

"Era um idealista que pensava que,betano google playúltima análise, se uma árvore cai na floresta sem um observador, não produz som porque as árvores não caem na floresta sem um observador, já que não há árvores sem observadores", explicou à BBC Eleanor Knox, filósofa da física da Universidade King's College London, no Reino Unido.

"Para ele, eram construções ideais que dependem das mentes."

George Berkeley
Legenda da foto, Berkeley foi um filósofo irlandês muito influente que desenvolveu o imaterialismo ou idealismo subjetivo, a teoriabetano google playque as coisas não podem existir sem serem percebidas

De acordo combetano google playteoria, as coisas realmente não existem sem a presençabetano google playuma mente.

Agora, pode ser que você discorde, seja realista, e o pontobetano google playvistabetano google playBerkeley talvez soe absurdo para você, mas essa ideia emergiu da ciência da época.

"Ele partiu da ideiabetano google playque havia um mundo lá fora e tinha as propriedades que você via: a grama realmente é verde, e o céu é realmente azul."

"Mas então houve algumas descobertas curiosas: começamos a entender, por exemplo, que as cores são na verdade propriedades da luz, não dos objetos que nos cercam. E, assim, começaram a se acumular evidênciasbetano google playuma desconexão entre nós e a realidade do mundo externo."

"Isso levou alguns a pensar que,betano google playprimeiro lugar, não pode haver um mundo externo no sentido que percebemos e,betano google playsegundo lugar, quebetano google playalguma maneira o mundo que percebemos devia ter muita contribuição nossa", diz Knox.

"Se as cores não estão realmente na árvore, onde estão? Na minha mente? E se as cores estão aí, o que mais há na minha mente?"

"Esse é um dos lugaresbetano google playonde vem o pensamento idealista."

Floresta com feixebetano google playluz colorido

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Se as cores são propriedades da luz, não dos objetos, e quando as vemos neles é por obra da nossa mente, isso quer dizer que... ???

Portanto, mesmo que você discordebetano google playBerkeley, pode entender o que ele quis dizer: se algo como a cor é o resultado do nosso cérebro interpretando o comprimentobetano google playonda da luz, como podemos definir os limites?

A vida é um sonho?

Há alguma maneirabetano google playprovar que o mundo externo realmente existe?

"O debate sobre a existênciabetano google playum mundo externo é antigo", diz Bryan Roberts, filósofo da física da Universidade London School of Economics (LSE), no Reino Unido.

"Ao tratar deste problemabetano google play'Meditações Metafísicas'betano google play1641, René Descartes (1596-1650) usou a linguagem do medo, descrevendo como seria perceberbetano google playrepente que você está errado e que tudo é um sonho, e falou do terrorbetano google playcompreender que a realidade não é como você pensava que era."

Alguma vez você já teve dúvidabetano google playque tudo o que você acredita que seja real, realmente seja?

Talvez a ficção científica já tenha te levado a essa reflexão porque existe um experimento mental filosófico conhecido como "cérebro numa cuba" que é popular nesse gênero.

Cena do filme 'Matrix'

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, 'Matrix' é uma das várias obrasbetano google playficção que lançam dúvidas sobre a realidade. Sua premissa é que toda a raça humana foi colocadabetano google playcubas gigantes e alimentada com uma realidade virtual pelas mãosbetano google playuma inteligência artificial maligna

A ideia é que um cientista (benevolente ou malvado) pegou seu cérebro e o colocoubetano google playum recipiente repletobetano google playum líquido que o mantém vivobetano google playlaboratório.

Ele o conectou a um programabetano google playcomputador sofisticado que pode simular perfeitamente experiências do mundo exterior.

Sendo assim, o ceticismo cartesiano — a posiçãobetano google playque a dúvida é a precursora da crença, que duvidabetano google playtoda ideia que pode ser duvidada e dita que só se pode dizer que existe aquilo que pode ser provado — te apresenta este argumento:

Se você não pode ter certezabetano google playque seu cérebro não estábetano google playuma cuba (mesmo metaforicamente), não pode descartar a possibilidadebetano google playque todas as suas crenças sobre o mundo externo sejam falsas.

"Duvidar seriamentebetano google playque o mundo externo existe, produz uma sensação que é o medo na psicose; na verdade, é muito próximo da experiênciabetano google playdesconexão da realidade", diz Roberts.

A filosofia pode nos resgatar?

"O grande filósofo escocês David Hume tinha uma resposta." Que alívio!

"Para ele, a principal e mais reveladora objeção ao ceticismo exagerado é que nenhum bem duradouro pode resultar disso."

"Isso quer dizer que se realmente nos entregássemos à possibilidadebetano google playsermos 'um cérebrobetano google playuma cuba', nos custaria existir. Portanto, diante desse nívelbetano google playceticismo, a primeira pergunta deveria ser: será mesmo que insistir nessa pergunta nos leva a algobetano google playbom?", indaga o filósofo da física.

Mas soa como desistir,betano google playvezbetano google playtentar sanar as dúvidas!

Basicamente, a ideia é que, uma vez que não podemos provar com certeza absoluta que o mundo externo é real, não deveríamos continuar insistindo; é melhor supor que o mundo existe.

"Sim", confirma Roberts, "com uma pequena advertência: espero que os filósofos continuem a se apaixonar por essa grande questão porque cada vez mais se avança no caminho para respondê-la."

"Além disso, o simples fatobetano google playfazer a si mesmo essa pergunta é lindo, difícil e humano."

Para não enlouquecer

Para o propósito deste artigo e nosso bem-estar mental, vamos seguir o conselho e presumir que o mundo externo existe.

No entanto, sabemos que há coisas que só existembetano google playnossas mentes; lembre-sebetano google playque o que escutamos é um som subjetivo produzido por um estímulo externo misturado com nossas próprias interpretações e expectativas, por exemplo. Portanto, nem sempre podemos confiarbetano google playnossos sentidos para ter uma imagem precisa desse mundo externo.

Felizmente, podemos confiar na ciência... afinal, ela tem um excelente histórico no que se refere a provar, até mesmo antecipar, que as coisas existem, embora ninguém nunca as tenha visto ou escutado.

Pense no planeta Netuno, por exemplo, que foi descoberto teoricamente por três astrônomos usando as leis da física e da matemática antesbetano google playsua existência ser confirmada com o auxíliobetano google playum telescópio, na regiãobetano google playque haviam previsto.

Netuno

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, A existênciabetano google playNetuno foi prevista como uma explicação matemática para a órbita incomumbetano google playUrano

"Há muitos exemplos disso na ciência. Na cosmologia, uma das coisas que é diretamente inobservável é a energia escura, aquela substância que se afirma existirbetano google playtodo o Universo e que tem um efeito embetano google playexpansão, mas que não conseguimos detectar diretamente porque é muito tênue e sutil. "

"O mesmo acontece com os quarks individuais, ou com o futuro... ou até mesmo a experiênciabetano google playoutra pessoa."

Por que aceitamos que existem?

"É uma pergunta crucial e uma das principais explicações que os filósofos identificaram — e creio que os cientistas também — tem a ver com o sucesso da ciência, que prevê, explica, desfaz mitos e dá valor", diz Bryan Roberts.

"Que amiga incrível é a ciência!", exclama o filósofo.

Com razão: ela nos deu, ao longo dos séculos, uma infinidadebetano google playprovas para que possamos confiar nela.

No entanto, se você é daqueles que confia na ciência, pode acabarbetano google playalguns lugares muito estranhos... aperte o cintobetano google playsegurança, pois vamos entrar no mundo da física quântica!

É confuso e estranho, mas não jogue a toalha — vale a pena visitá-lo.

Lá vamos nós!

"No século 20, a filosofia recebeu uma espéciebetano google playtapa na cara da física na forma da mecânica quântica", diz Eleanor Knox, da King's College London.

Ilustração

Crédito, VICTOR HABBICK VISIONS/SCIENCE PHOTO LIBRARY

Legenda da foto, A mecânica quântica virou a filosofia, a física... e aquela árvore na florestabetano google playcabeça para baixo

"Erabetano google playse esperar que algumas das pessoas mais obviamente realistas — no sentidobetano google playque acreditam que existe um mundo externo e que ele existe sem nós — seriam os cientistas. Afinal, são eles que fazem os experimentos."

"Mas quando surgiu a mecânica quântica, ela começou a mostrar que, ao fazer experimentos, o observador tinha uma influência nele... isso virou tanto a física quanto a filosofia completamentebetano google playcabeça para baixo."

A física quântica é a teoriabetano google playcoisas realmente pequenas, como átomos e elétrons, e como tudo, no fim das contas, é composto betano google playcoisas realmente pequenas, é uma espéciebetano google playteoriabetano google playtudo.

É notoriamente estranha. Diz que coisas como partículas podem existirbetano google playmaisbetano google playum estado simultaneamente, o que pode até significar que podem existirbetano google playmaisbetano google playum lugar ao mesmo tempo.

Pode soar como ficção, mas parece que as partículas realmente se comportam dessa maneira: toda vez que usamos um dispositivo com um transistor — como um telefone ou laptop — estamos explorando a propriedadebetano google playsuperposiçãobetano google playpartículas,betano google playpartículas que estãobetano google playdois estados ao mesmo tempo.

E isso está no cernebetano google playuma grande questão filosófica da mecânica quântica: o problema da medição.

Átomo

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Será que ao observarmos os elétrons dos átomos, nós os mudamos?

Os elétrons possuem uma propriedade chamada spin (rotação,betano google playinglês), que pode ser para cima ou para baixo.

Antesbetano google playser medido, o elétron estábetano google playambos os estados — para cima e para baixo —, mas assim que olhamos para o elétron, essa superposiçãobetano google playestados colapsabetano google playapenas um spin: para cima ou para baixo.

Por isso que ao observar o elétron, nós o mudamos.

Se tudo é feitobetano google playsistemas quânticos, isso significa que o mundo externo depende da presençabetano google playum observador?

Então, os idealistas estão certosbetano google playpensar que a realidade externa é do jeito que é somente porque estamos lá para vê-la?

"Sim", responde Knox, que,betano google playseguida, declara:

"Quero que fique registrado que não acho que seja isso o que acontece."

"Aqui é onde mergulhamos nas águas profundas da filosofia da física."

Árvores

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Estas árvores estão a salvo, a menos que você apareça

Que os eventos dependembetano google playum observador para ocorrer, "é algo que os livros didáticos sugerem, assim comobetano google playgrande parte a 'interpretaçãobetano google playCopenhague' (a interpretação da mecânica quântica considerada tradicional ou ortodoxa)".

"Por isso, muitos acreditam que essa visão — a mais antiga nesse ramo da física — vai acabarbetano google playalgo muito próximo do idealismo."

Ou seja, que tendem a pensar genuinamente que, se não houver observadores, certos eventos, como árvores caindo e fazendo barulho, não acontecem.

Mas nem todos estãobetano google playacordo.

Cai e não cai

"Nem todo mundo pensa que o observador é fundamental na mecânica quântica", acrescenta a filósofa.

"Na verdade, o númerobetano google playpessoas que apoiam a interpretaçãobetano google playCopenhague tem diminuído rapidamente."

Há várias linhasbetano google playinterpretação concorrentes, todas extremamente estranhas, mas que concordam que os acontecimentos,betano google playúltima análise, não dependembetano google playobservadores.

No entanto, algumas dessas soluções envolvem mudanças substanciais na física,betano google playmodo que desanimam muita gente.

"É uma visão um pouco louca, que talvez você possa ter ouvido falar, mas aqueles que a propõem sugerem que esta visão é realmente o que a mecânica quântica significa. E essa visão é a interpretaçãobetano google playmuitos mundos."

"Se você aceitar, vai pensar que as árvores podem cair e não cair ao mesmo tempo", explica Knox.

Ilustraçãobetano google playhomem minúsculobetano google playumbetano google playmuitos mundos

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, O multiverso... pode parecer uma loucura para você, mas é uma visão respaldada pela teoria científica mais bem-sucedida da história

Então, toda vez que algo se passa — uma árvore cai ou um cachorro late — acontece e não acontece, ebetano google playcada caso um novo mundo é criado,betano google playmodo que terminamos com milhõesbetano google playmundos?

"Sim, exatamente: se esses eventos dependembetano google playeventos quânticos — nem todos dependem, mas provavelmente muitos dependem — então, sim. Esses estadosbetano google playsuperposição se separam, e você acaba com um pedaço do mundobetano google playque uma coisa acontece e outra parte do mundobetano google playque outra coisa acontece."

Parece um pouco absurdo!

"Sim, e eu acho que todos aqueles que defendem essa interpretação têm consciênciabetano google playque ela é alucinante."

"O problema é que temos essa teoria física espetacularmente bem-sucedida, e esta é a melhor interpretação da mecânica quântica que temos."

"De modo que, se realmente parece muito inverossímil para você, você terá que encontrar uma maneira seletivabetano google playnão acreditar nas consequências dessa teoria."

Talvez você possa querer terbetano google playmente que a mecânica quântica é muitas vezes descrita como a teoria mais bem-sucedida já formulada, tendo sido submetida por pesquisadores durante décadas a testes rigorosos, nenhum dos quais colocoubetano google playdúvida seus fundamentos.

Em suma, a filósofa da física Eleanor Knox conclui...

"Se você quer ser cientificamente realista, se pensa que existe um mundo forabetano google playnós que a ciência está descrevendo com precisão, terá que aceitar que existem múltiplos universos paralelos."

betano google play *Este artigo é uma adaptação do programa betano google play If a tree falls in a forest… does it make a sound? betano google play ("Se uma árvore cair na floresta… faz barulho?",betano google playtradução livre) da BBC World Service. Ouça aqui betano google play betano google playinglês.

Línea

betano google play Já assistiu aos nossos novos vídeos no YouTube betano google play ? Inscreva-se no nosso canal!

Pule YouTube post, 1
Aceita conteúdo do Google YouTube?

Este item inclui conteúdo extraído do Google YouTube. Pedimosbetano google playautorização antes que algo seja carregado, pois eles podem estar utilizando cookies e outras tecnologias. Você pode consultar a políticabetano google playusobetano google playcookies e os termosbetano google playprivacidade do Google YouTube antesbetano google playconcordar. Para acessar o conteúdo cliquebetano google play"aceitar e continuar".

Alerta: Conteúdobetano google playterceiros pode conter publicidade

Finalbetano google playYouTube post, 1

Pule YouTube post, 2
Aceita conteúdo do Google YouTube?

Este item inclui conteúdo extraído do Google YouTube. Pedimosbetano google playautorização antes que algo seja carregado, pois eles podem estar utilizando cookies e outras tecnologias. Você pode consultar a políticabetano google playusobetano google playcookies e os termosbetano google playprivacidade do Google YouTube antesbetano google playconcordar. Para acessar o conteúdo cliquebetano google play"aceitar e continuar".

Alerta: Conteúdobetano google playterceiros pode conter publicidade

Finalbetano google playYouTube post, 2

Pule YouTube post, 3
Aceita conteúdo do Google YouTube?

Este item inclui conteúdo extraído do Google YouTube. Pedimosbetano google playautorização antes que algo seja carregado, pois eles podem estar utilizando cookies e outras tecnologias. Você pode consultar a políticabetano google playusobetano google playcookies e os termosbetano google playprivacidade do Google YouTube antesbetano google playconcordar. Para acessar o conteúdo cliquebetano google play"aceitar e continuar".

Alerta: Conteúdobetano google playterceiros pode conter publicidade

Finalbetano google playYouTube post, 3