As terapiasgazetaesportivaRNA que estão revolucionando o tratamentogazetaesportivadoenças raras:gazetaesportiva
A mudança na vidagazetaesportivaCatalina, Carlos e muitas outras pessoas se deve ao surgimento, nos últimos anos, das chamadas "terapiasgazetaesportivaRNA".
"Na minha opinião, estamos vivenciando uma verdadeira revolução silenciosa", diz Rubén Artero, professorgazetaesportivagenética da UniversidadegazetaesportivaValência, na Espanha, à BBC News Mundo, serviçogazetaesportivaespanhol da BBC.
"Embora ao longo da história humana, tenhamos dependidogazetaesportivaprodutos naturais ou pequenas moléculas orgânicas para curar doenças, nos últimos anos estamos desenvolvendo ferramentas para usar moléculasgazetaesportivaRNA para controlar a expressão dos genesgazetaesportivauma forma muito específica."
"Isso abre toda uma gamagazetaesportivanovas possibilidades para atacar patologias antes intratáveis."
Mas esses tratamentos revolucionários têm um custo alto. E muitas famílias como Santiago, um adolescente com a mesma doençagazetaesportivaCatalina, continuamgazetaesportivaluta implacável para acessar os novos medicamentos.
O que são as terapiasgazetaesportivaRNA?
Você já deve ter ouvido falargazetaesportivatécnicas genéticas promissoras como CRISPR/Cas, cujos criadores receberam o Prêmio NobelgazetaesportivaQuímica este ano.
Essas técnicas buscam editar ou corrigir diretamente o DNA dentro dos genes, mas as terapiasgazetaesportivaRNA funcionamgazetaesportivamaneira diferente.
"Enquanto no DNA, estão todas as instruções genéticas da célula, os RNAs são cópiasgazetaesportivacada uma dessas instruções", explica Artero.
A principal vantagemgazetaesportivaatuar no nível do RNA não é tanto o que se consegue, mas sim o que se evita, acrescenta o especialista.
"Embora as técnicas baseadasgazetaesportivaCRISPR/Cas possam cometer erros e, potencialmente, transformar genes essenciais para o organismogazetaesportivaque não deveríamos atuar (por exemplo, genes supressoresgazetaesportivatumor), as técnicas que atuam no nível do RNA não causam mudanças permanentes no DNA e, portanto, são considerados mais seguras."
Diferentes funções
Existem diferentes tiposgazetaesportivaRNA e essas moléculas podem cumprir diferentes funções.
A mais fundamental, no caso do chamado RNA mensageiro, é transportar uma cópiagazetaesportivainstruções genéticas dos genes do núcleo da célula para outro lugar fora do núcleo, um complexo denominado ribossomo, no qual as instruções são utilizadas para fazer proteínas.
"Um RNA mensageiro é uma cópia da informação contidagazetaesportivaum genegazetaesportivauma célula, masgazetaesportivaum formato que permite a síntesegazetaesportivaproteínas pelo ribossomo", diz Artero.
Algumas vacinasgazetaesportivadesenvolvimento para covid-19 usam esse princípio. Nesse caso, o RNA contém instruções para que o corpo do paciente fabrique partegazetaesportivauma proteína da covid-19, despertando assim uma reação imunológica.
As terapiasgazetaesportivaRNA para doenças raras também podem ter como alvo o RNA mensageiro. Mas existem diferentes tiposgazetaesportivaterapias com diferentes estratégias.
Algumas drogas, por exemplo, usam moléculasgazetaesportivaRNA sintético que reconhecem e suprimem especificamente o RNA mensageirogazetaesportivaum gene defeituoso.
A ideia principal é que essas terapias não alterem os genes diretamente, mas a expressão desses genes.
Um exemplogazetaesportivaterapiagazetaesportivaRNA é o Patisiran, medicamento do laboratório Alnylam, dos Estados Unidos, aprovadogazetaesportiva2018 naquele país e na Europa.
Patisiran é o primeiro medicamento eficaz para amiloidose, uma doença genéticagazetaesportivaque versões anormaisgazetaesportivauma proteína, chamada transtirretina ou TTR, são depositadas nos tecidos, especialmente nos nervos periféricos e no coração.
"É uma doença degenerativa progressiva e letal", diz o cirurgião espanhol Carlos Heras-Palou, que é naturalgazetaesportivaMaiorca, na Espanha, mas viveu e trabalhou na Inglaterra por maisgazetaesportivaduas décadas, à BBC News Mundo.
Heras-Palou foi diagnosticadogazetaesportiva2004 com um tipo hereditário da doença chamada amiloidose hATTR, que afeta cercagazetaesportiva10 mil pessoasgazetaesportivatodo o mundo.
"Comecei a notar que minhas mãos e pés doíam muito, perdia a sensação, sentia formigamento e dor à noite", conta.
O cirurgião, então com 39 anos e duas filhas pequenas, suspeitou imediatamente qual era a causa. Sua mãe e seu avô morreram da mesma doença.
"O diagnóstico é devastador, é como uma sentençagazetaesportivamorte, mas uma morte lenta e dolorosa, e não sabia disso por causa dos médicos, mas porque presencieigazetaesportivacasa."
"Pessoas nessa situação já viram seus pais e avós terem a doença e sabem que,gazetaesportivaalguns anos, perderão os movimentos, ficando paralisadosgazetaesportivauma cadeiragazetaesportivarodas."
Impacto da terapia
Heras-Palou teve a sortegazetaesportivaser incluídogazetaesportivaum ensaio clínico com Patisirangazetaesportiva2013.
"O impacto que o tratamento teve na minha vida é enorme. Se não fosse por isso, não estaria vivo."
"Ao tomar o remédio,gazetaesportivavisão muda completamente porque pela primeira vez você percebe que a doença pode ser tratada. Mas o mais importante é saber que seus filhos e outros membros da família, se desenvolverem a doença, terão acesso a um tratamento."
No Reino Unido, menosgazetaesportiva200 pacientes como Heras-Palou recebem tratamento com Patisirangazetaesportivacasa, que consistegazetaesportivauma infusão intravenosa a cada três semanas.
O tratamento é pago pelo Serviço NacionalgazetaesportivaSaúde (NHS, porgazetaesportivasiglagazetaesportivainglês), custa cercagazetaesportivaUS$ 500 mil por paciente por ano e é vitalício.
Os laboratórios que desenvolvem as novas terapias garantem que o seu desenvolvimento requer muitos anosgazetaesportivainvestimento e pesquisa e que, por se trataremgazetaesportivadoenças raras, o númerogazetaesportivabeneficiários é reduzido. Vários críticos contestam esses argumentos e acreditam que os medicamentos deveriam ser mais acessíveis.
O que está claro é o efeito que os tratamentos podem ter.
"O Patisiran me permitiu parar a evolução da doença egazetaesportivamuitos aspectos estou ainda melhor do que antes", diz o cirurgião.
"Chegou um momentogazetaesportivaque eu tinha dificuldade para andar. A dor foi embora, eu tive um problemagazetaesportivadigestão e isso passou, e eu continuo trabalhando."
A irmã mais nova do cirurgião foi diagnosticada com a mesma doençagazetaesportiva2013 e recebe PatisirangazetaesportivaMaiorca, onde vive.
"Ela tinha paradogazetaesportivatrabalhar e desmaiava o tempo todo. Agora tem um filho pequeno, trabalhagazetaesportivatempo integral e vai à academia todos os dias."
"O engraçado sobre essas drogas é que são tão específicas que não têm efeitos colaterais."
O Patisiran funciona por meiogazetaesportivaum mecanismo chamado interferênciagazetaesportivaRNA, cujos descobridores receberam o Prêmio NobelgazetaesportivaMedicinagazetaesportiva2006.
O mecanismo permite que o RNA mensageirogazetaesportivaum gene defeituoso seja degradado. No caso da doençagazetaesportivaHeras-Palou, "silenciar" o gene defeituoso reduz drasticamente a produçãogazetaesportivaproteína prejudicial que é depositada nos tecidos.
Esperança
Outra terapiagazetaesportivaRNA é o medicamento Spinraza, do laboratório americano Biogen, que foi aprovadogazetaesportiva2016 nos Estados Unidos egazetaesportiva2017 na Europa para o tratamentogazetaesportivaatrofia muscular espinhal (AME).
A doença é a principal causa genéticagazetaesportivamortegazetaesportivabebês e, nos Estados Unidos, por exemplo, estima-se que afete pelo menos 10 mil crianças e adultos.
A droga foi possível graças a uma técnica desenvolvida pelas equipesgazetaesportivadois pesquisadores, o uruguaio Adrian Krainer e o americano Frank Bennett, quegazetaesportiva2019 ganhou o prêmio Breakthrough, conhecido como Oscar da Ciência, pela descoberta.
A AME afeta neurônios motores, que transportam informações do sistema nervoso central para os músculos.
"Em pacientes com AME, há uma diminuição no nível da proteína SMN, então os neurônios motores da medula espinhal não funcionam bem e se degeneram. Conforme os neurônios motores desaparecem, os músculos enfraquecem e atrofiam", explica à BBC News Mundo Krainer, especialista do Cold Spring Harbor Laboratory, instituiçãogazetaesportivapesquisa científicagazetaesportivaNova York, nos Estados Unidos.
"O Spinraza faz com que os neurônios motores re-fabriquem uma quantidade adequada da proteína SMN (proteínagazetaesportivasobrevivência do neurônio motor), permitindo que funcionemgazetaesportivamaneira eficaz e retarda ou previne o processo degenerativo", acrescenta o especialista.
Os pacientes com AME não têm o gene SMN1, que contém as instruções para fazer a proteína SMN. No entanto, esses pacientes têm duas ou mais cópiasgazetaesportivaoutro gene muito semelhante, o SMN2.
Normalmente, o gene SMN2 possibilita a produçãogazetaesportivaquantidades muito pequenas da proteína SMN, mas o Spinraza atua no processo que gera o RNA mensageiro desse gene e, assim, consegue aumentar o nível da proteína funcional.
"Quando Spinraza é administrado antes do aparecimento dos sintomas,gazetaesportivabebês do dia a dia, previne o aparecimento da doença. Se for administrado a pacientes que já têm a doença, pode retardar o processo degenerativo", diz Krainer.
Para levar a droga aos neurônios motores "é necessário injetar Spinraza por punção lombar no líquido cefalorraquidiano", explica.
"Sua meia-vida é muito longa, então os pacientes precisamgazetaesportivaapenas quatro injeções por ano."
A históriagazetaesportivaCatalina
O Spinraza é fabricado pelo laboratório Biogen, nos Estados Unidos, e cada injeção custa US $ 125 mil naquele país.
No Uruguai, estima-se que existam cercagazetaesportiva35 pacientes com AME, a grande maioria crianças, mas até agora apenas 13 pacientes recebem Spinraza, que foi registrado no país ao preçogazetaesportivaUS$ 105 mil por dose.
Mas, para ter acesso ao medicamento, foi necessário recorrer à Justiça, que acolheu o pedido das crianças.
A isso se deveu a atuação da clínica jurídica gratuita da Universidade da RepúblicagazetaesportivaMontevidéu, onde o advogado Juan Ceretta e outros professores trabalham com centenasgazetaesportivaalunos.
Uma das decisões favoráveis foi para Catalina, que recebe o medicamento desde julho do ano passado.
"Catalina pode pentear o cabelo, amarrar o cabelo com elástico, maquiar-se, vestir-se, servir-segazetaesportivaum copo d'água. Antes, ela não conseguia nem manter os braços erguidos", diz Federico Fuentes, paigazetaesportivaCatalina, à BBC News Mundo.
"Ela agora está melhorando, já que, antesgazetaesportivareceber o Spinraza, percebiagazetaesportivainvolução todos os dias e ficava frustrada ou perguntava por que não podia mais fazer algo que podia no dia anterior".
"Com a medicação ela está muito feliz... está falando o tempo todo, diz que pode fazer 'isso e aquilo'... e ela sempre termina cada frase com um sorriso lindo".
Krainer garante que casos como ogazetaesportivaCatalina são uma fonte constantegazetaesportivainspiração.
"É o que me dá maior satisfação. Ou seja, ver que o esforço conjuntogazetaesportivanossa equipe egazetaesportivanossos colaboradores por tantos anos, e a transferênciagazetaesportivapesquisas básicas, culminaramgazetaesportivauma droga que salva a vidagazetaesportivatantas crianças e melhora o qualidadegazetaesportivavidagazetaesportivamilharesgazetaesportivapacientes".
A históriagazetaesportivaSantiago
O paigazetaesportivaSantiago, Pablo Correa, é um dos fundadores da FAME Uruguai (Famílias com AME) e tornou-se uma referência para os pacientes e seus familiares.
Seu filho foi diagnosticado ainda bebê.
"O que um pai percebe quando seu filho tem AME é a flacidez, é como segurar uma bonecagazetaesportivapano. Notamos que, quando o carregávamos, suas pernas estavam completamente flácidas", diz Correa à BBC News Mundo.
O menino foi diagnosticado com AME tipo 1 - existem três ao todo, a forma mais grave e frequente da doença, e os médicos não lhe deram mais do que um anogazetaesportivavida.
"Eles nos disseram que não havia nada que podíamos fazer, nos disseram para levá-lo para casa e esperargazetaesportivamorte. Mas Santiago estava nos dizendo algo com seus olhos."
"Nunca desistimos. Aos nove mesesgazetaesportivavida, ele teve que ser ventilado pela primeira vez. Santiago está conectado a um respirador há 17 anos e nunca teve uma infecção respiratória."
Desde que Santiago foi diagnosticado,gazetaesportivamãe Silvia tem se dedicado totalmente a cuidar dele. E seu pai, que é motoristagazetaesportivaônibusgazetaesportivaMontevidéu, não desistegazetaesportivabuscar tratamento para o filho.
Correa participougazetaesportivatodos os congressos e não faltou aos encontros da FAME Argentina. Ele se lembra da emoção que sentiu quando conheceu Krainergazetaesportivauma das reuniões.
"Estava na primeira fila quando Krainer disse que tinha inventado algo que iria funcionar", lembra.
A luta por Spinraza
Correa fez o primeiro contato do Uruguai com a Biogen e conseguiu que o Spinraza entrasse no país a um preço mais baixo do que nos Estados Unidos.
Mas ainda não conseguiu que seu filho tenha acesso ao medicamento.
"Para poder ir a julgamento é preciso ter receita médica. E os médicos dizem que Santiago já ultrapassou a expectativagazetaesportivavida, que o custo benefício será muito pequeno", diz.
"Temos lutado contra a corrente, Santiago tem provado que é possível; ele completa 18 anos no dia 28gazetaesportivafevereiro e não podemos mais falargazetaesportivaexpectativagazetaesportivavida."
O adolescente usa uma cadeira motorizada que controla com um dedo.
Ela recebe educaçãogazetaesportivacasa e aprendeu inglês "no Google e no YouTube".
"Santiago realmente gosta do computador; ele é muito inteligente, ele usa um trackball, um mouse com uma bola. Com seu diafragma, ele bate no mouse e escreve. E seus jogosgazetaesportivacomputador favoritos são jogosgazetaesportivarepresentação da advocacia."
A grande esperança da família é que Santiago e todos os pacientes com AME do Uruguai tenham acesso a Spinraza.
Sendo assim, eles estão pedindo ao governo uruguaio que se envolva e negociegazetaesportivanível nacional com o laboratório, assim como a Argentina, que anunciougazetaesportivajulho deste ano um tetogazetaesportivaUS$ 27 mil para cada injeção.
"É isso que estamos propondo, que o Uruguai converse com o laboratório e faça um planogazetaesportivainclusão. O preço pode ser reduzido; outros países fizeram isso. Baixando o custo, todos podem ter acesso", diz Correa.
Questionado pela BBC News Mundo, o Ministério da Saúde do Uruguai informou,gazetaesportivanota, que "o grupogazetaesportivanegociação está trabalhandogazetaesportivaum acordo para este medicamento".
Uma esperança e um desafio
Os avanços nas terapiasgazetaesportivaRNA continuam, com a busca por tratamentos mais fáceisgazetaesportivaadministrar e novos medicamentos para outras doenças.
Para Carlos Heras-Palou, o sucessogazetaesportivamedicamentos como o Patisiran "demonstra o princípiogazetaesportivaque essas terapias funcionam, e existem maisgazetaesportiva6 mil doenças raras, muitas delas genéticas, que podem ter tratamento no futuro".
Mas o acesso a esses medicamentos continuará sendo um desafiogazetaesportivamuitos casos.
Heras-Palou preside a associaçãogazetaesportivapacientes com amiloidose hTTR no Reino Unido e estágazetaesportivacontato com associações semelhantes na Espanha e na América Latina.
"Vale a pena se organizar, se informar, ter uma associaçãogazetaesportivapacientes", recomenda.
O professor Rubén Artero destaca que "o acesso às terapiasgazetaesportivaRNA deve ser garantido pelos sistemas nacionaisgazetaesportivasaúde e pelas seguradoras privadas, embora não haja dúvidasgazetaesportivaque isso represente um desafio financeiro significativo, pelo menos a médio prazo".
Para Pablo Correa, paigazetaesportivaSantiago, as terapiasgazetaesportivaRNA continuam sendo uma aspiração.
"Prometi a Santiago há 17 anos que tentaria fazer o meu melhor para conseguir algo por ele. Hoje há algo para ele", diz.
"Em outras partes do mundo um meninogazetaesportiva17 anos pode receber o Spinraza, por que não no Uruguai?", questiona.
E no Brasil?
No Brasil, o Spinraza foi incorporado ao SUS (Sistema ÚnicogazetaesportivaSaúde)gazetaesportivaabril do ano passado e passou a ser distribuídogazetaesportivanovembro para portadores da AME tipo 1, a forma mais grave e frequente da doença.
Para os tipos 2 e 3 da AME, o medicamento é oferecido na modalidade compartilhamentogazetaesportivarisco. Neste formato, o governo paga pela droga somente se houver melhora da saúde do paciente.
Segundo estimativas da Associação Unidos pela Cura da AME, sediadagazetaesportivaSão Paulo, cercagazetaesportivamil pessoas, entre crianças e adultos, precisam do medicamento. Cercagazetaesportiva60% delas têm o tipo 1.
Segundo o Ministério da Saúde, os pais ou responsáveis pelos pacientes portadores da AME tipo 1 devem ir a uma FarmáciagazetaesportivaAlto Custo.
"É preciso tergazetaesportivamãos o laudo e a prescrição médica para o tratamento (Avaliação e AutorizaçãogazetaesportivaMedicamento do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica - LME). Além disso, é indispensável levar cópia do documentogazetaesportivaidentificação do paciente, do comprovantegazetaesportivaresidência, do Cartão NacionalgazetaesportivaSaúde e do CartãogazetaesportivaVacinação. Exames laboratoriais ougazetaesportivaimagem também devem ser apresentados, se houver", informa a pasta.
A FarmáciagazetaesportivaAlto Custo encaminhará, então, o paciente para atendimentogazetaesportivaum dos ServiçosgazetaesportivaReferência do Brasil, apto a realizar o procedimento.
Atualmente, existem 57 serviçosgazetaesportivareferência no país, como institutos e centrosgazetaesportivaexcelência para doenças raras e hospitais universitários federais.
Já para portadores dos tipos 2 e 3, o contato deve ser feito por meio da Ouvidoria do SUS pelo telefone 136 e informar dados pessoais, cidadegazetaesportivaque mora e prescrição médica para uso do Spinraza.
Mais caro do mundo
Em agosto deste ano, a Agência NacionalgazetaesportivaVigilância Sanitária (Anvisa) publicou o registrogazetaesportivaoutro medicamento para tratar a AME, o Zolgensma, conhecido como o mais caro do mundo, que custa US$ 2,1 milhões (cercagazetaesportivaR$ 11 milhões) por paciente.
A droga será usada para tratar criançasgazetaesportivaaté 2 anos diagnosticadas com AME tipo 1.
O Zolgensma é considerado por especialistas como o mais eficaz para tratar a doença, pois é capazgazetaesportivareparar genes do DNA do paciente, diferentemente do Spinraza.
Dessa forma, teoricamente, poderia curá-los, uma vez que neutralizaria os efeitos da AME.
Ou seja, ao alterar o DNA do paciente, possibilitaria que o corpo produza a proteína SMN naturalmente, ao passo que o Spinraza faz com que o RNA produza a proteína.
O Zolgensma ainda não está disponível no SUS, mas o registro na Anvisa é considerado o primeiro passo para que o governo incorpore o medicamento na saúde pública.
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