O santuário natural onde o mico-leão-dourado 'ressurgiu das cinzas' e agora ganha um 'viaduto verde':baixar o app da betano

Essas são apenas algumas das iniciativas para preservar o mico-leão-dourado, que pesa, quando adulto, pouco maisbaixar o app da betanomeio quilo e vive até 12 anos na natureza.

Mas a espécie passou por muitos sufocos. Foi importada pelos europeus como animalbaixar o app da betanoestimação, nos anos 1500, e retratada nos quadros da realeza espanhola da época. Também se tornou um alvo frequentebaixar o app da betanocontrabando na história recente.

Originalmente, ela habitava as florestas do interior do Rio, da capital até a divisa com o Espírito Santo. Nativos dessa regiãobaixar o app da betanoMata Atlântica, os micos nunca foram encontradosbaixar o app da betanooutras regiões do Brasil ou do mundo.

Mas, com a perda do seu habitat natural, eles foram cada vez mais confinados a "ilhas"baixar o app da betanovegetaçãobaixar o app da betanoáreas públicas e privadas. De acordo com o livro Uma históriabaixar o app da betanoconservação: a Mata Atlântica e mico-leão-dourado,baixar o app da betanoCristina Serra e Haroldo Palo Jr., antes da devastação da Mata Atlântica, o animal chegou a habitar 24 municípios do Riobaixar o app da betanoJaneiro, inclusive a região metropolitana da capital. Em 2015, só podia ser encontradobaixar o app da betanooito cidades.

Nos anos 1970, havia apenas cercabaixar o app da betano200 micos-leões-dourados espalhados pelas áreas fragmentadasbaixar o app da betanofloresta no interior do Riobaixar o app da betanoJaneiro. O mico-leão-dourado chegou a ficar "criticamente ameaçado"baixar o app da betanoextinção, mas os esforços para protegê-lo produziram resultados e fizerambaixar o app da betanopopulação amentar.

Desde 2003, a espécie é classificada como "ameaçada"baixar o app da betanoextinção, o que significa que o riscobaixar o app da betanoisso acontecer diminuiu, mas ainda é alto. Há dois anos havia 3,7 mil micos, mas um surtobaixar o app da betanofebre amarela os afetou drasticamente. Ainda assim, estima-se que atualmente sejam pelo menos 2,5 mil, diz secretário-executivo da Associação Mico-Leão-Dourado, o geógrafo Luís Paulo Ferraz.

Agora, por precaução, atividades como o ecoturismo foram suspensas na região, já que não se sabe se o homem pode transmitir o novo coronavírus para o pequeno primata, segundo Ferraz.

"O mico-leão-dourado é uma espécie que se tornou símbolobaixar o app da betanoresistência e conservação da biodiversidade no mundo. Os esforçosbaixar o app da betanoconservação para reverter a ameaçabaixar o app da betanoextinção envolvem muita gente. Começaram há 40 anos e são permanentes", diz Ferraz.

Viaduto 'inédito' para a fauna

No iníciobaixar o app da betanoagosto, uma iniciativa inédita no país, criada para garantir a sobrevivência do pequeno primata ebaixar o app da betanooutras espécies, como onça-parda, preguiça-de-coleira e tamanduá-mirim, foi inaugurada.

O viaduto coberto por vegetação sobre a estrada BR-101 liga duas áreasbaixar o app da betanoMata Atlântica na altura do km 218. De um lado, está a Reserva Ecológicabaixar o app da betanoPorto das Antas e, do outro, propriedades rurais que fazem parte da áreabaixar o app da betanoproteção ambiental Bacia do rio São João-Mico-Leão-Dourado.

Espera-se que os animais usem a estrutura, que tem pouco maisbaixar o app da betano50 metrosbaixar o app da betanocomprimento e 20 metrosbaixar o app da betanolargura, para cruzar a rodovia sem serem atropelados por um dos cercabaixar o app da betano20 mil veículos que passam por ali todos os dias.

"No caso do mico-leão-dourado, a rodovia era uma barreira, e o bicho não se arriscava a atravessá-la. Os micos vivembaixar o app da betanogrupos,baixar o app da betanofamília, e precisam da floresta para encontrar alimentos e para que as famílias interajam e garantam a sobrevivência da espécie. O problema é que a Mata Atlântica está divididabaixar o app da betanofragmentos. E essa fragmentação é uma grande ameaça", diz Ferraz.

O procurador da República Fábio Sanches explica que a construção do viaduto já estava prevista para ser feita quando a BR-101 foi duplicada, mas o Ministério Público moveu uma ação porque esta e outras obrasbaixar o app da betanoprol da conservaçãobaixar o app da betanoanimais estavam atrasadas.

"Pelo ineditismo e importância para a fauna brasileira, esse viaduto pode ser modelo para outros lugares do Brasil", diz o procurador.

A empresa Arteris Fluminense, responsável pela obra, diz que está construindo desde o ano passado um conjuntobaixar o app da betano"dispositivos" para a fauna ao longobaixar o app da betano72 km da BR-101 na regiãobaixar o app da betanoCasimirobaixar o app da betanoAbreu e Rio Bonito.

Atualmente, isso inclui quinze passagens subterrâneas, dez estruturas aéreas e maisbaixar o app da betanotrinta quilômetrosbaixar o app da betanocercas "para conduçãobaixar o app da betanofauna", que auxiliam os animais a encontrarem as passagens seguras.

Ferraz diz que o mico teve um papel importante para viabilizar a construção do viaduto. "Por ser uma espécie ameaçadabaixar o app da betanoextinção, o mico-leão-dourado foi fundamental para tirar do papel o viaduto, que servirá também para os outros animais. Não podemos perder o mico. Seria uma prejuízo inestimável para a biodiversidade do nosso país."

A bióloga Andréia Martins diz que hoje existem mais instrumentosbaixar o app da betanocontrole ebaixar o app da betanofiscalização e uma maior conscientização da sociedade, o que não só contribuiu para melhorar a situação da espécie como será fundamental para garantir que ela siga prosperando.

"Hoje, o mico-leão-dourado está muito mais protegido do que no passado. Quando eram 200 ou 300, eu dizia que chegaríamos aos 3 mil e tinha gente que não acreditava. E foi possível. Agora, acho que podemos chegar aos 5 mil."

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