O que a ciência diz sobre a eficáciasite das loteriastratamentos citados por Bolsonaro ao revelar que está com covid-19:site das loterias
Apesarsite das loteriasdefender o uso da hidroxicloroquina no tratamento contra a covid-19, ele admitiu saber que não há comprovação científicasite das loteriasque o medicamento ajuda no combate ao novo coronavírus. No entanto, Bolsonaro afirmou que muitos médicos têm tido bons resultados ao adotar o remédiosite das loteriastratamentos — ele, porém, não citou dados, apenas relatos que ouviusite das loteriasalguns profissionaissite das loteriassaúde.
A declaraçãosite das loteriasBolsonaro sobre os benefícios da hidroxicloroquina, cloroquina e do antibiótico azitromicina colide com as orientaçõessite das loteriasentidades médicassite das loteriastodo o mundo.
Apesarsite das loteriaso Ministério da Saúde, a pedido do presidente, recomendar o tratamento da covid-19 com essas medicações, entidades como a Organização Mundialsite das loteriasSaúde (OMS) não apoiam essas medidas, pois apontam que não há comprovação científica para tal. Além disso, diversos testes com cloroquina e hidroxicloroquina foram suspensos, após não apresentarem bons resultados no combate ao novo coronavírus.
O relato do presidente joga luz sobre uma preocupação que tem feito parte da rotinasite das loteriassociedades brasileirassite das loteriassaúde: os inúmeros compartilhamentos sobre tratamentos precoces contra a covid-19.
Em 30site das loteriasjunho, a Sociedade Brasileirasite das loteriasInfectologia (SBI) divulgou uma nota para alertar sobre os riscos desses tratamentos precoces. "Nos últimos dias, muito tem se divulgado nas redes sociais a respeito do usosite das loteriasmedicamentos para a covid-19. Várias destas divulgações que circulam nas mídias sociais são inadequadas, sem evidência científica e desinformam o público", diz o comunicado.
Entidades, como a OMS, esclarecem que, por ora, não há comprovação científicasite das loteriasque uma medicação possa prevenir a doença ou evitar, se usada no início dos sintomas, que o quadrosite das loteriasum paciente infectado se agrave.
A principal orientação das sociedades brasileiras da área da saúde, diante da ausênciasite das loteriasum medicamento comprovadamente eficaz, é que o médico decida individualmente o tratamento que adotará, sempre citando os benefícios e riscos para o paciente. As medidas terapêuticas devem ser definidas conforme as necessidades e respostassite das loteriascada caso, sem que haja a imposição do usosite das loteriasqualquer remédio.
Cloroquina, hidroxicloroquina e azitromicina
Em seu discurso, Bolsonaro disse que tomou a segunda dose do compostosite das loteriashidroxicloroquina com azitromicina às 5h desta terça. Ele afirmou que se sente "perfeitamente bem".
Há meses, o presidente defende o uso da hidroxicloroquina e cloroquina no enfrentamento à covid-19. O Ministério da Saúde, a pedido dele, contraria entidadessite das loteriassaúde e recomenda o uso da cloroquina e hidroxicloroquina no combate à covid-19site das loteriascasos leves ou graves quando médicos e paciente concordam com o tratamento.
Ele afirma que se trata da melhor alternativa contra a covid-19, por não haver nenhum medicamento comprovado contra o novo coronavírus.
No entanto, entidades como a OMS, a FDA (equivalente americana à Anvisa), a Sociedade Americanasite das loteriasInfectologia (IDSA) e o Instituto Nacionalsite das loteriasSaúde Norte-Americano (NIH) recomendaram,site das loteriasmeadossite das loteriasjunho, que os profissionaissite das loteriassaúde não usem cloroquina ou hidroxicloroquinasite das loteriaspacientes com a covid-19, excetosite das loteriaspesquisas clínicas.
Anteriormente, a FDA havia autorizado o uso da cloroquina e derivados nos Estados Unidos para tratar a covid-19site das loteriascaráter emergencial, tendo como base estudos preliminares, sem passar por todos os testes necessários. Porém, desde a aprovação emergencial, o avanço das pesquisas trouxe evidências sólidassite das loteriasque o remédio não melhora os quadrossite das loteriaspessoassite das loteriasestado grave. Diversos efeitos colaterais, como problemas cardíacos, foram relatados. A revisão mais recente da FDA diz que o uso das substancias foi associado a relatossite das loteriasarritmia cardíaca, problemas linfáticos e sanguíneos, nos rins e fígado.
De acordo com a Sociedade Brasileirasite das loteriasInfectologia, o relatório preliminarsite das loteriasum grande estudo coordenado pela Universidadesite das loteriasOxford, na Inglaterra, apontou que as medicações não trouxeram benefícios para pacientes hospitalizados.
A utilização da cloroquina e hidroxicloquinasite das loteriascasossite das loteriascovid-19 leves ou moderados estásite das loteriasestudo e ainda não há resultados. Por não haver comprovação científica, entidadessite das loteriassaúde apontam que o uso dessas medicações é arriscado.
Já os estudos com a azitromicina apontaram que seu uso indiscriminado e inadequado favorece a resistência bacteriana. Os efeitos do antibióticosite das loteriaspacientes com a covid-19 ainda não foram comprovados cientificamente.
Mesmo sem comprovação científica, o Ministério da Saúde recomenda o uso da azitromicinasite das loteriastratamento precocesite das loteriaspacientes adultos diagnosticados com a covid-19 nos primeiros cinco dias após aparecerem os sintomas, junto com a cloroquina ou o sulfatosite das loteriashidroxicloroquina.
Medicamentos como profilaxia
Ainda nesta terça-feira, Bolsonaro afirmou que se tivesse tomado hidroxicloroquina antes da infecção pelo novo coronavírus, não teria apresentado sintomas ao ser infectado.
"Se eu tivesse tomado hidroxicloroquina como preventivo, como muita gente faz, estaria trabalhando e até, obviamente, poderia estar contaminando gente. Essa foi a minha preocupação ao buscar exame na segunda-feira, para evitar contágiosite das loteriasterceiros", declarou.
A declaraçãosite das loteriasBolsonaro sobre suposta profilaxia contra a covid-19 também vai contra os estudos sobre o novo coronavírus. Isso porque, ao menos até o momento, não há nenhum tiposite das loteriastratamento profilático contra o vírus, ou seja, comprovaçãosite das loteriasmedicamentos que, usados precocemente, impeçam o desenvolvimentosite das loteriasformas graves da covid-19.
Para médicos e estudiosos do coronavírus, a propagaçãosite das loteriastratamentos para evitar a infecção pelo novo coronavírus, ou para impedir que um quadrosite das loteriassaúde piore, pode culminarsite das loteriasautomedicação, induzir alguns médicos a receitarem determinado medicamento mesmo sem a comprovação científica e trazer a falsa sensaçãosite das loteriassegurança àqueles que adotam determinadas medicaçõessite das loteriasmodo profilático.
Estudiosos destacam que ainda não é possível atestar que qualquer medicação é eficaz contra a doença porque não houve tempo hábil para os testes necessários, que precisam ser feitossite das loteriaslaboratório esite das loteriashumanos.
Assim como Bolsonaro, muitas pessoas podem sentir melhoras depoissite das loteriasusar determinada medicação, porém especialistas ressaltam que a taxasite das loteriasletalidade da doença mostra que a imensa maioria dos infectados vai sobreviver ao Sars-Cov-2 - é difícil, portanto, ter certeza (sem testes clínicos concluídos) se isso se deve ao medicamento ou ao curso natural da doença na maioria das pessoas. Desta forma, ressaltam que ainda não é possível afirmar, sem estudos aprofundados, que determinado medicamento é eficaz contra a covid-19.
No Brasil, que já registrou 1,6 milhãosite das loteriascasos e maissite das loterias65 mil mortes por covid-19, a taxasite das loteriasletalidade da doença é de, aproximadamente, 4%, segundo dados do Ministério da Saúde.
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