Os aviões comerciais derrubadosgazetaesportivameio a guerras e conflitos entre países:gazetaesportiva
gazetaesportiva Após diasgazetaesportivanegativas, o Irã admitiu neste sábado (11) que derrubou com um míssil por engano um avião ucraniano com 176 pessoas a bordo. Todas morreram.
Mas a queda da aeronave da Ukraine International Airlinesgazetaesportivameio à escalada da tensão entre EUA e Irã, provocada pelo assassinato (pelos americanos) do general iraniano Qassam Suleimani, não é um fato inédito.
Ao longo da história diversos aviões comerciais foram abatidos —gazetaesportivamuitos casos por acidente — durante conflitos entre países e guerras civis.
Os Estados Unidos já foram, por exemplo, responsáveis pela derrubadagazetaesportivaum avião comercial iraniano que matou 290 pessoasgazetaesportiva1988, entre elas 66 crianças, durante a guerra entre Irã e Iraque.
A BBC News Brasil reúne aqui alguns casos emblemáticosgazetaesportivaaeronavesgazetaesportivapassageiros derrubadas durante conflitos armados.
Quedagazetaesportivaavião da Malaysia Airlines na Ucrânia,gazetaesportiva2014
O voo MH17 da Malaysia Airlines decolou no dia 14gazetaesportivajulhogazetaesportiva2014gazetaesportivaAmsterdã, na Holanda, com destino a Kuala Lumpur, na Malásia, com 298 pessoas a bordo.
No caminho, quando sobrevoava uma região da Ucrânia controlada por separatistas pró-Rússia, o avião caiu sem deixar sobreviventes.
A operação do voo era compartilhada ("code share") com a companhia holandesa KLM, do grupo Air France. O sobrevoo da Ucrânia era a rota mais utilizada nos percursos entre a Europa e o sul da Ásia.
As investigações feitas pelo DepartamentogazetaesportivaSegurança da Holanda concluíram que o MH17 foi derrubado após um míssil explodir pouco acima do cockpit (cabine onde ficam os pilotos), fazendo o avião se quebrargazetaesportivapartesgazetaesportivapleno ar.
O míssil integraria o sistemagazetaesportivadefesa antiaérea Buk, desenvolvido inicialmente pela União Soviética e utilizado hoje pela Rússia.
O governo ucraniano e outras autoridades ocidentais afirmam que o míssil foi trazido da Rússia e lançado pelos rebeldes pró-Moscou que dominavam parte do leste da Ucrânia. Já os russos rejeitaram as acusações.
A queda do avião, que sobrevoava a zonagazetaesportivaconflito entre russos e ucranianos, ocorreu dois meses depoisgazetaesportivaa Crimeia declarar independência da Ucrânia e pedir anexação à Rússia,gazetaesportiva17gazetaesportivamaio daquele ano.
Áudios atribuídos a separatistas russos indicam que a derrubada da aeronave comercial foi acidental. Eles teriam confundido o avião com um jato militar.
Voo 655, da Iran Air, derrubado pelos EUAgazetaesportiva1988
Em 1988, o voo comercial 655 da companhia aérea Iran Air foi atingido por um míssil disparado por um navio da Marinha americana. A queda do avião ocorreu nos meses finais da guerra entre Irã e Iraque, na qual os Estados Unidos apoiavam os iraquianos e seu líder, Saddam Hussein.
Na manhã do dia 3gazetaesportivajulhogazetaesportiva1988, o governo americano recebeu a informaçãogazetaesportivaque um helicóptero lançado do navio da marinha dos EUA USS Vincennes havia sido atingido por disparos vindosgazetaesportivaembarcações iranianas, no Golfo Pérsico.
Enquanto isso, o Airbus A300 da Iran Air decolavagazetaesportivaum aeroporto da cidade iranianagazetaesportivaBandar Abbas.
Segundo o governo americano, o radar do Vincennes detectou a aeronave comercial e os militares dos EUA a confundiram com um caça militar iraniano. O cruzador disparou dois mísseis, derrubando o avião e matando todas as 290 pessoas a bordo, sendo 245gazetaesportivanacionalidade iraniana.
Entre as vítimas havia 66 crianças. Na época, o então presidente americano, Ronald Reagan, ofereceu "condolências" às vítimas, mas os EUA jamais pediram desculpas às famílias delas pelo suposto erro.
As investigações do DepartamentogazetaesportivaDefesa dos Estados Unidos concluíram que não houve "negligência" por parte dos militares responsáveis pela ação.
Na época, o Irã classificou a derrubada da aeronave como um "ato criminoso", uma "atrocidade" e um "massacre" e processou os EUA na Corte InternacionalgazetaesportivaJustiça das Nações Unidas.
Os dois países chegaram a um acordogazetaesportiva1996 e o governo americano concordougazetaesportivapagar US$ 61,8 milhões (cercagazetaesportivaR$ 252 milhões) às famílias das vítimas iranianas.
Voo 902 da Korean Airlines, atingido pelos soviéticos na Guerra Fria
O Boeing 707 da Korean Airlines partiugazetaesportivaParis, na França,gazetaesportiva20gazetaesportivaabrilgazetaesportiva1970, com direção a Anchorage, no Alasca, onde reabasteceria antesgazetaesportivaproceder para o destino final, Seul, na Coreia do Sul.
Mas, durante o trajeto, por um equívoco, a aeronave desviou-se do seu percurso e sobrevoou o território soviético. Interceptadores da URSS teriam lançado sinaisgazetaesportivaalerta, até que um jato militar passou a voar numa distância próxima ao Boeing 707.
O governo soviético disse que o avião ignorou os sinaisgazetaesportivacomando. Foi então que foi dada a ordemgazetaesportivaabater a aeronave, que foi atingida por um míssil. Um comerciantegazetaesportivaSeul,gazetaesportiva36 anos, morreu na hora após se ferir na cabeça com os danos causados na fuselagem.
Um japonêsgazetaesportiva31 anos, que também estava sentado no localgazetaesportivaque o míssil atingiu o avião, ficou gravemente ferido, perdeu muito sangue e acabou morrendo pouco depois.
O piloto conseguiu fazer um pousogazetaesportivaemergência, muito bem-sucedido, num lago congelado na fronteira com a Finlândia. Os 107 sobreviventes foram resgatados por soldados soviéticos e liberados dois dias depois para retornarem a seus países.
Voo 007 da Korean Airlines, derrubado na Guerra Fria
O aviãogazetaesportivapassageiros da Korean Airlines estava viajandogazetaesportivaSeul, capital sul-coreana, para Nova York, quando foi alvejado por um jato militar soviético no dia 1ºgazetaesportivasetembrogazetaesportiva1983, durante a Guerra Fria.
Todos os 269 passageiros e tripulantes a bordo morreram. O avião foi abatido quando desviou do percurso normal e adentrou o espaço aéreo soviético, sobre a ilhagazetaesportivaSakhalin.
Os líderes soviéticos inicialmente negaram ter participação no incidente, mas depois admitiram a derrubada sob o argumentogazetaesportivaque a aeronave cumpria uma "missãogazetaesportivaespionagem".
Voos 825 e 827 da Rodésia Air,gazetaesportiva1978 e 1979
Os dois aviões comerciais foram derrubados na Rodésia, hoje Zimbábue, por integrantes da guerrilha Força Revolucionária do Povo do Zimbábue (Zipra).
As aeronaves foram abatidas durante a guerra civil do país, na décadagazetaesportiva70. Havia 56 pessoas a bordo do voo 825 da Air Rodésia quando ele foi atingido por um míssilgazetaesportiva3gazetaesportivasetembrogazetaesportiva1978.
Dessas, 18 sobreviveram à queda do avião, mas dez foram, depois, mortas pelos rebeldes.
O voo 827, também da Air Rodésia, foi atingido por um míssilgazetaesportiva12gazetaesportivafevereirogazetaesportiva1979. Todas as 59 pessoas a bordo do avião morreram.
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