O que hávirginia casa de apostasverdade na 'maldição das sogras' na Índia:virginia casa de apostas

Em 2018, pesquisadoresvirginia casa de apostasBoston (EUA) e Déli (Índia) fizeram entrevistas com 671 mulheres casadas. Elas tinham idades entre 18 e 30 anos, viviamvirginia casa de apostasum totalvirginia casa de apostas28 vilarejos no distritovirginia casa de apostasJaunpur,virginia casa de apostasUttar Pradesh — um Estado profundamente conservador e populoso do norte da Índia.

Liberdade limitada

Na média da amostra, a mulher tinha 26 anos, e seu marido, 33. A maioria era hindu evirginia casa de apostasuma casta mais baixa. Cercavirginia casa de apostas60% das famílias possuíam terras agrícolas. Quase 70% das mulheres entrevistadas moravam com suas sogras.

Pesquisadores perguntaram às mulheres sobre seus laços sociais, com parentes e amigos, foravirginia casa de apostascasa. Além disso, questionaram sobre a influênciavirginia casa de apostassuas sogras nestes laços. Qual foi o papel destas na autonomia e acesso à saúde das mulheres mais jovens?

Os pesquisadores descobriram que as mulheres que moravam com suas sogras tinham limitadasvirginia casa de apostasliberdadevirginia casa de apostasmovimento e capacidadevirginia casa de apostasformar conexões sociais foravirginia casa de apostassuas casas.

Mais mobilidade as ajudaria a acessar informações, construir vínculosvirginia casa de apostascompanheirismo, ganhar autoconfiança e impulsionar projetos pessoais e profissionais. Além disso, as decisões que tomariam sobre saúde, fertilidade e métodos anticoncepcionais poderiam ser alimentadas por essas redes.

Mas quase 36% das mulheres incluídas na amostra não tinham amigos ou parentes próximos na áreavirginia casa de apostasque viviam; e 22% delas não tinham amigos ou parentes próximosvirginia casa de apostaslugar algum.

Apenas 14% das mulheres eram autorizadas a ir sozinhas para uma unidadevirginia casa de apostassaúde e somente 12% podiam visitar as casasvirginia casa de apostasamigos e parentes no vilarejo. Além do marido e da sogra, cada mulher tinha trocas sobre assuntos considerados importantes por elas com menosvirginia casa de apostasduas pessoas.

Pressão por mais filhos

Os pesquisadores compararam dois gruposvirginia casa de apostasmulheres (aquelas que moravam com as sogras e as que não)virginia casa de apostasrelação ao número médiovirginia casa de apostasinterações com parentes e amigos, alémvirginia casa de apostastrocas com os chamados "pares próximos", aqueles com quem uma mulher podia interagir sobre saúde, fertilidade e planejamento familiar — como, por exemplo, uma amiga próxima.

Mulheres que moravam com a sogra tinham 18% menos "pares próximos" emvirginia casa de apostasaldeia. Sogras muitas vezes restringiram os laços sociais das noras ao impedir que elas fossem sozinhas a outros lugares,virginia casa de apostasuma "tentativavirginia casa de apostascontrolarvirginia casa de apostasfertilidade e planejamento familiar".

Às vezes, a sogra desejava mais crianças — mais filhos homens, especificamente — do que a própria nora. Cercavirginia casa de apostas48% das mulheres relataram que suas sogras desaprovavam métodos anticoncepcionais. No casovirginia casa de apostasum marido trabalhador imigrante, a sogra exercia ainda mais controle sobre a autonomia, movimentação e interações da nora.

"As descobertas indicam que o comportamento restritivo da sogra é motivado por suas preferências e atitudesvirginia casa de apostasrelação à fertilidade e ao planejamento familiar. Mulheres com menos amigos foravirginia casa de apostascasa têm menor probabilidadevirginia casa de apostasvisitar unidadesvirginia casa de apostassaúde para receber assistênciavirginia casa de apostassaúde reprodutiva, fertilidade e planejamento familiar; também são menos propensas a recorrer a métodos contraceptivos modernos", disse a equipevirginia casa de apostaspesquisadores das universidadesvirginia casa de apostasBoston, Boston College e Northeastern University (EUA); e da Escolavirginia casa de apostasEconomiavirginia casa de apostasDéli (Índia).

Enquanto as mulheres da amostra relataram ter pelo menos dois amigos ou parentesvirginia casa de apostasJaunpur, uma mulher nos EUA tem pelo menos oito pessoasvirginia casa de apostasrelação próxima, conforme mostrouvirginia casa de apostas2004 uma pesquisa da empresa Gallup.

Como apenas 33% das mulheres na Índia têm telefones celulares, a comunicaçãovirginia casa de apostaslonga distância também é restrita.

Mas não quer dizer que viver com a sogra não tenha qualquer benefício. Estudos já mostraram que a presença delas pode ser benéfica para as norasvirginia casa de apostasalguns aspectos, como a saúde durante a gravidez. No entanto,virginia casa de apostasum modo geral, os pesquisadores acreditam que a presença da sogra prejudica significativamente a autonomia das mulheres.

Não à toa, os pesquisadores intitularamvirginia casa de apostaspesquisa como Curse of the Mummyji ("A maldição da sogra"), frase já cunhada pela revista The Economistvirginia casa de apostasum artigovirginia casa de apostas2013 sobre as sogras indianas.

"A maré está a favor da bahu (nora)", dizia o texto da revista, referindo-se à ascensãovirginia casa de apostasfamílias nucleares (em contraposição às "famílias extensas", incluindo várias geraçõesvirginia casa de apostasum lar). Mas nos vilarejos distantes das cidades, a maldição das sogras parece ainda impedir a chegada desta onda.

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