Os 500 anos da fantástica expediçãonovibet karieravolta ao mundo iniciada por Fernãonovibet karieraMagalhães:novibet kariera

Estreitonovibet karieraMagalhães

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Durante a grande aventura da primeira volta ao mundo, os europeus se depararam com animais e plantas que eram uma verdadeira novidade para eles
Mapa viagem Magalhães

Mas antesnovibet karieravoltarem ao pontonovibet karierapartida e demonstrar por fim que a Terra era redonda, aquela tripulaçãonovibet karieraeuropeus ficou fascinada com uma longa listanovibet karieralugares, animais e plantas que jamais pensaram existir.

Com o aniversárionovibet kariera500 anos da primeira volta ao mundo, a BBC News Mundo repassa algumas delas.

O estreitonovibet karieraMagalhães e outros territórios

Magalhães estava convencidonovibet karieraque existia um canal que conectava o mar do Norte (Atlântico) com o mar do Sul (o Pacífico, cujo descobrimento foi artribuído a Vasco Núñeznovibet karieraBalboa seis anos antes do início da expedição).

Assim, ao chegar à costa americana, começou a descer e descernovibet karierabusca dessa conexão. Não foi fácil, e antesnovibet karieraconseguir eles entraramnovibet karieradezenasnovibet karieralugares errados, como o rio da Prata.

Por fim,novibet kariera21novibet karieraoutubronovibet kariera1520 avistaram um novo canal e começaram a navegar suas profundas águas entre tormentas glaciais e fiordes. Era o estreitonovibet karieraMagalhães.

Estreitonovibet karieraMagalhães

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, As crônicas da época narram que cruzar o labiríntico estreitonovibet karieraMagalhães foi para a expedição um verdadeiro inferno

"Quando vemos hoje o mapa no Google Earth, fica claro que é um estreito complicadíssimo. Mas imagine naquela época: um labirintonovibet karierarochas, cheionovibet karieracorrentezas", descreve Adelaida Sagarra, professoranovibet karierahistória da América na Universidadenovibet karieraBurgos, na Espanha.

Mas antes, Magalhães já tinha feito história como o primeiro europeu a chegar naquela região do extremo sul da América que batizariam como Patagônia, embora aquele não fosse o único lugar que essa expedição do "velho mundo" veria pela primeira vez.

Aconteceu depois,novibet kariera1521, já no Pacífico, com as Ilhas Marianas, apelidadas na época como Ilhas dos Ladrões. Magalhães deu esse nomenovibet kariera"homenagem" às brigas e abordagem que sofreram pelos chamorros, a população indígena do local.

Pouco depois, a expedição recorreu a um desconhecido arquipélago labiríntico no Pacífico: eram as ilhas Filipinas. Nelas, precisamente, Magalhães foi mortonovibet karieracombate.

Os barcos comandados pelo português chegaram ao então pouco conhecido Oceano Pacífico, e a ele deve seu nome (ao menos, assim foi como Magalhães o descreveu depois das penúrias que passaram no estreito), mas não seu descobrimento, que já havia sido identificado por Núñeznovibet karieraBalboa como mar do Sul.

O que se pode atribuir à expedição é a somanovibet karieramilharesnovibet karieraquilômetros à circuferência do nosso planeta que até então não apareciam representados nos mapas.

Mapa do Pacífico

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, A exploração do Pacífico por partenovibet karieraMagalhães permitiu somar 10 mil quilômetrosnovibet karieracircunferência aos mapas do mundo daquela época

"O cálculo não estava realmente mal feito, mas durante muitos séculos as medidas não eram homogêneas", explica Sagarra à BBC News Mundo.

"O cálculo que Magalhães fez foi o mesmo que Colombo fez, que encurtava o perímetro da Terranovibet kariera10 mil quilômetros e que, depois dessa expedição, comprovou-se que era água que pertence ao Pacífico."

Também se atribui a ele haver posto o nome que levaria a "Terra do Fogo", que estava ao sul do estreito, pelos numerosas fogueiras que os indígenas acendiam.

Nativos da Terra do Fogo

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, As numerosas fogueiras que a população nativa da Terra da Fogo acendia inspirou Magalhães a nomear assim aquele território ao sul do estreito

A grande extensão do lugar fez com que exploradores acreditassem durante anos que o que se estendia até o Polo Sul não era realmente uma ilha, mas um continente distinto.

Os 'patagones' e outras populações aborígenes

Sagarra lembra como, antes da expediçãonovibet karieraMagalhães, ao menosnovibet karieraduas ocasiões se havia navegado até a desembocadura atual do rio da Prata, entre Argentina e Uruguai.

Portanto, foi rumo ao sul desse ponto onde se começou a explorar um território que já estava populado por civilizações, mas que então era totalmente desconhecido para os europeus.

Em maionovibet kariera1520, a expedição chegou à baíanovibet karieraSán Julián, na costa atlântica da Argentina. Aquela parada serviu para que a tripulação tivesse seu primeiro encontro com a população aborígene daquele "novo mundo": os tehuelches.

"Um dia, veio a nós um homemnovibet karieraestatura gigantesca (...). Esse homem era tão alto que nossa cabeça só chegava ànovibet karieracintura", relatou o cronista da expedição, Antonio Pigafetta.

Encontro com patagones

Crédito, Dominio público

Legenda da foto, A expedição descreveu o primeiro patagônio como 'um homemnovibet karieraestatura gigantesca'

Os europeus ficaram tão surpresos pelo enorme tamanho dos pés e pegadas daqueles nativos que durante muitos séculos se acreditou que foi por isso que os chamaramnovibet karierapatagônios.

De fato, segundo Sagarra, nas crônicas se conta que encontraram um fêmur tão grande que o recolheram como presente para o imperador espanhol Carlos I, embora a peça nunca tenha chegado ao seu destino.

No entanto, apesar da teoria que vincula os patagônios ao tamanhonovibet karieraseus pés, o certo é que a origem da palavra pode estar realmentenovibet karieraum livro espanhol chamado Primaleón.

"Magalhães, como muitos personagens da época que sabiam ler ou escrever, gostava dos romancesnovibet karieracavalaria. Em um deles, o personagem principal era um gigante chamado Patagón, que foi quem lhe veio à cabeça naquele encontro", explica Marcelo Mayorga, historiador da Universidadenovibet karieraMagalhães no Chile.

Pintura retrata população nativa recebendo as nausnovibet karieraMagalhães

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, O primeiro encontro entre a expedição europeia e a população nativa ocorreu na Patagônia

Seja como for, do que ninguém duvida é que aquele inédito encontro entre populações foi o que batizou como Patagônia aquela região.

Os pinguinsnovibet karieraMagalhães e outros animais

Aquele encontro com os patagônios serviu também aos expedicionários para ver uma espécie animal pela primeira vez.

Em seu diário, Pigafetta descreve um animal "que abunda no país" e cuja pele é utilizada pela população para fabricar casacos e calçados.

"Esse animal tem a cabeça e orelhasnovibet karieramula, o corponovibet karieracamelo, as pernasnovibet karieracervo e o rabo do cavalo, cujo relincho ele imita", escreveu.

O cronista se referia aos guanacos, um mamífero da família dos camelídeos similar à lhama que só se encontra na América do Sul.

Guanacos no Chile

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Os patagônios usavam a pelenovibet karieraguanacos para fabricar suas roupas e calçados

Cinco meses depois, emnovibet karierachegada ao estreito, a tripulação avistou, assombrada, quatro ilhas repletas do que descreveram como "estranhos gansos".

"Depoisnovibet karierauma viagem tão longa da Europa, os tripulantes viram ali uma formanovibet karieraenchernovibet karieradispensa com algo novo. Não só carnenovibet karieraave, mas tambémnovibet karieraovos", relata Mayorga.

Hoje, esses animais são conhecidos como "pinguinsnovibet karieraMagalhães" e duas daquelas ilhas chilenas (Madalena e Marta) formam a área silvestre do Monumento Natural Los Pinguinos.

Pinguins na ilha Madalena

Crédito, AFP

Legenda da foto, Magalhães chegou a Madalena na época do anonovibet karieraque essa ilha no estreito fica repletanovibet karierapinguins

Outros animais que ajudaram a tripulação a variar seu menu foram as espécies que encontraram no que chamaramnovibet kariera"porto das sardinhas", que corresponde à atual baía Fortescue no Chile.

Ficaram assombrados com os peixes voadores, aqueles animais que se lançavam contra seus navios e que também viraram alimento no cabo El Deseado, na Antártida chilena.

Antes,novibet karieraPuerto Deseado, Magalhães viu lobos marinhos pela primeira vez. Também avistou peixes-bois, orcas, baleias e tubarões.

"Esses peixes possuem vários dentes formidáveis e, desgraçadamente, quando um homem cai ao mar, o devoram no ato", descreveu Pigafetta sobre os tubarões.

Expediçãonovibet karieraMagalhãesnovibet karierafrente a um lobo marinho

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, A expediçãonovibet karieraMagalhães viu lobos marinhos pela primeira vez

Já no Pacífico, nas ilhas das especiarias (Ilhas Molucas da Indonésia) a que ansiavam chegar, a tripulação descobriunovibet kariera1521 umas avesnovibet karieracores vivas que os nativos chamavam bolon dinata (pássaros divinos). Hojenovibet karieradia, nós as conhecemos como aves-do-paraíso.

Aipo e outras plantas e especiarias

A expedição pretendia abrir uma rota comercial pelo Ocidente com aquelas ilhas para conseguir essas exóticas plantas aromáticas que então eram quase tão preciosas como o ouro.

Depoisnovibet karierasua chegada às Molucas, a tripulação carregou os barcos com especiarias como cravo, canela, noz moscada, canela e gengibre.

Mas antes, a expedição já havia encontrado outras plantas cujas valiosas propriedades nem sequer conheciam.

Por exemplo, não imaginavam, quando recolheram aipo na região do cabo El Deseadonovibet kariera1520, que isso os ajudaria a enfrentar o escorbuto, uma doença muito comum entre marinheiros.

Segundo Mayorga, "esses homens, sem saber, estavam consumindo um alimento que certamente os ajudou a mitigar os efeitos do escorbuto, que tem a ver com a carêncianovibet karieravitamina C".

Aipo

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, O aipo, muito útil para combater o escorbuto, foi um dos primeiros achados mais úteis para a sofrida tripulação da expedição

No estreito, também chamou a atenção da tripulação a casca aromática do cipreste dos canais — eles queimavam pedaços dela para obter um cheiro agradável.

Essa árvore passou depois a ser muito conhecida por suas propriedadesnovibet karierasuportar a umidade sem apodrecer e começou a ser utilizada, por exemplo, para fabricar postosnovibet karieraseparação para camposnovibet karieragado.

Também durante a viagem conheceram outros produtos como a resina da árvore, a laca, que cresce no leste da Ásia e que hoje serve como ornamentonovibet karieramóveis e objetos delicados.

Descobertas?

Ninguém tem dúvidasnovibet karieraque a façanha marítima trouxe consigo uma mudança drástica na maneira como o mundonovibet karierageral, e depois os europeusnovibet karieraparticular, passaram a ver o planeta ao redor.

Uma dúvida habitual sobre essas realidades que os europeus encontraram pela primeira vez nessa viagem é se é adequado chamá-lasnovibet kariera"descobertas".

"Essa dúvida gerou muita reflexão, já que provas arqueológicas dão contanovibet karieraque aqui há presença do ser humano muito muito antes (da Europa)", reconhece Mayorga.

Por isso, o historiador chileno acredita que falarnovibet karieradescobrimento "é quase como apagar numa canetada o que existia antes", e por isso, quando ele fala, ele evita usar essa palavra ou o termo "achado".

No entanto, a espanhola Sagarra assegura o conceitonovibet karieradescobrimento é natural.

"Não é porque pensemos que não havia gente antes. Mas para alguém que nunca esteve ali, é um descobrimento, sem supor outro tiponovibet karieravalor", afirma.

"A ideia do descobrimento é que era algo que ninguém podia imaginar que existia. Mas a propriedade dos olhares énovibet karieracada um dos mundos, você não se encarrega do que outra pessoa pode supor", explica.

De qualquer modo, Mayorga diz acreditar que "no final,o importante é que um gruponovibet karierapessoasnovibet karierauma parte do mundo conheceu a existêncianovibet karieraoutro e ficaram conectados".

"Efetivamente, Magalhães demonstra que a Terra é redonda, que se pode comercializar por outras vias e que,novibet karieraalgum modo, todos estamos envolvidos com todos", concorda Sagarra sobre uma das aventuras mais apaixonantes da história.

raya

novibet kariera Já assistiu aos nossos novos vídeos no YouTube novibet kariera ? Inscreva-se no nosso canal!

Pule YouTube post, 1
Aceita conteúdo do Google YouTube?

Este item inclui conteúdo extraído do Google YouTube. Pedimosnovibet karieraautorização antes que algo seja carregado, pois eles podem estar utilizando cookies e outras tecnologias. Você pode consultar a políticanovibet karierausonovibet karieracookies e os termosnovibet karieraprivacidade do Google YouTube antesnovibet karieraconcordar. Para acessar o conteúdo cliquenovibet kariera"aceitar e continuar".

Alerta: Conteúdonovibet karieraterceiros pode conter publicidade

Finalnovibet karieraYouTube post, 1

Pule YouTube post, 2
Aceita conteúdo do Google YouTube?

Este item inclui conteúdo extraído do Google YouTube. Pedimosnovibet karieraautorização antes que algo seja carregado, pois eles podem estar utilizando cookies e outras tecnologias. Você pode consultar a políticanovibet karierausonovibet karieracookies e os termosnovibet karieraprivacidade do Google YouTube antesnovibet karieraconcordar. Para acessar o conteúdo cliquenovibet kariera"aceitar e continuar".

Alerta: Conteúdonovibet karieraterceiros pode conter publicidade

Finalnovibet karieraYouTube post, 2

Pule YouTube post, 3
Aceita conteúdo do Google YouTube?

Este item inclui conteúdo extraído do Google YouTube. Pedimosnovibet karieraautorização antes que algo seja carregado, pois eles podem estar utilizando cookies e outras tecnologias. Você pode consultar a políticanovibet karierausonovibet karieracookies e os termosnovibet karieraprivacidade do Google YouTube antesnovibet karieraconcordar. Para acessar o conteúdo cliquenovibet kariera"aceitar e continuar".

Alerta: Conteúdonovibet karieraterceiros pode conter publicidade

Finalnovibet karieraYouTube post, 3