Robôs devem ter aparência humana ou não?:bet pixfutebol

"Robôs humanoides existirão porque as pessoas gostam deles", diz à BBC. "Elas preferem dar ordens ou reclamarbet pixfutebolseu parceiro com um robô humanoide do que com um Roomba [robô aspiradorbet pixfutebolpó]."

"A Sophia olha nos seus olhos, espelha seus movimentos faciais. É uma experiência diferentebet pixfutebololhar para uma tela no peito do Pepper [robô semi-humanoide da SoftBank Robotics]."

Existem hoje 20 robôs Sophia pelo mundo, e seis deles são usados para apresentar a tecnologia.

Várias empresas se aproximaram da Hanson Robotics com o interessebet pixfutebolusar Sophia para receber seus clientes, mas robôs humanoides como Sophia e Pepper ainda são caros demais para fabricarbet pixfutebolsérie, diz Goertzel.

No entanto, muitos desenvolvedoresbet pixfutebolrobôs discordam dessa abordagem.

'Vale da estranheza'

Dor Skuler, cofundador e executivo da Intuition Robotics, opõe-se frontalmente à produçãobet pixfutebolrobôs que se parecem ou soam como humanos.

Sua empresa fabrica a ElliQ, uma pequena robô socializadora para idosos criada para combater a solidão. Ela é capazbet pixfutebolfalar e responder perguntas, mas constantemente lembra os usuáriosbet pixfutebolque estão diantebet pixfuteboluma máquina, nãobet pixfutebolum ser humano.

Skuler se preocupa com o chamado efeito "vale da estranheza" – a ideiabet pixfutebolMasahiro Moribet pixfutebolque quanto mais algo não humano se parecer com um humano, mais nós o acharemos inquietante e repulsivo.

O empresário acha também que é eticamente errado que os robôs se passem por humanos.

Inevitavelmente, as pessoas um dia perceberão que o robô não é real, diz, e elas se sentirão traídas: "Não vejo o sentidobet pixfuteboltentar enganar e ao mesmo tempo atender às necessidades."

"ElliQ é fofa, uma amiga. Pelas nossas pesquisas, um objeto ainda é capazbet pixfutebolcriar uma afinidade positiva e aliviar a solidão. Isso sem precisar se parecer como um humano."

Reid Simmons, professor do Institutobet pixfutebolRobótica da Universidade Carnegie Mellon, nos EUA, concorda.

Olhar e gestual humanos

"O que muitos acreditamos é que é suficiente para um robô ter características humanas básicas como olhar e gestual, sem que precise ter uma forma humana hiper-realista."

"Sou um grande defensorbet pixfutebolque precisamos evitar o vale da estranheza, porque ele cria expectativas que a tecnologia não pode cumprir."

Goertzel, que fundou a SingularityNet, um ambientebet pixfutebolnegócios onlinebet pixfutebolque programadores desenvolvem e vendem ferramentasbet pixfutebolinteligência artificial para robôs como Sophia, acredita que um dia os robôs se tornarão tão inteligentes, ou mais, que os humanos.

E, quanto mais virmos versões humanoides no entorno, mais rápido nos acostumaremos. Segundo ele, às vezes é mais fácil se abrir com máquinas não-humanas.

Mas será que um dia chegaremos àquele cenáriobet pixfutebolficção científicabet pixfutebolque robôs ganham consciência, liberdadebet pixfutebolescolha e talvez até direitos sob a lei?

"Acho que se os robôs podem ter a mesma inteligência que humanos, então, também podem ter a mesma consciência", prevê Goertzel.

Essa expectativa não é rara no campo da inteligência artificial, tampouco é unânime.

"Há cinco anos, inteligência artificial era cantinho obscuro da pesquisa. Agora, ela é levada a sério até por grandes empresas, como o Google DeepMind", aponta.

"Precisamos que robôs tenham mais compaixão que os humanos, mas que, ao mesmo tempo, não imitem seus vícios emocionais."

Há quem discorde.

"É impossível", diz Skuler. "A emoção é um traço distintivamente humano. É uma característica das coisas vivas."

"Moral e autoestima não podem ser reduzidas a um conjuntobet pixfutebolregras e algoritmos. São sentimentos baseados na ética que cresce conosco como pessoas."

Mas a inteligência artificial pode reproduzir o comportamento humano e até as reações, mesmo que não possa experimentar as emoçõesbet pixfutebolsi, ele diz.

O cérebro humano poderá ser reproduzidobet pixfutebolmáquinas?

Atualmente, a Intuition Robotics colabora com o Institutobet pixfutebolPesquisas Toyota para desenvolver um agente interno que funcione como uma companhia digital no automóvel. O objetivo é aumentar a segurançabet pixfutebolmotoristas e passageiros, detectando e compreendendo emoções nas palavras.

"Sinto que estamos no estágio pré-científico da inteligência artificial. Há todo tipobet pixfutebolcaracterística impressionante no aprendizado das máquinas, masbet pixfuteboltermosbet pixfutebolinteligência, simplesmente não entendemos ainda suficientemente os princípios básicos", diz Simmons.

"As pessoas querem que a inteligência artificial funcione, mas não acho que temos o entendimento suficiente para chegar lá."

Em um episódio recente da sériebet pixfutebolTV Black Mirror, Miley Cyrus interpreta uma estrela do pop que tembet pixfutebolmente transformadabet pixfutebolum sistemabet pixfutebolinteligência artificial. Tudo para para que pequenas bonecas-robôs chamadas Ashley Too possam ser fabricadas e vendidas como companhia para adolescentes.

Este tipobet pixfutebolpremissa continuará como ficção, mas não será realidade, para alguns especialistas.

"Eu diria que fazer download de um cérebro ou da personalidadebet pixfutebolalguém não é possível. Estamos longebet pixfutebolsermos capazesbet pixfutebolreplicar o cérebro humano", diz Simmons.

Mas Goertzel insiste que nos anos 1920, "quando [o inventor Nikola] Tesla introduziu os robôs, ninguém acreditou nele, mas agora eles existem."

"As coisas acontecerão para além do pensamento humano."

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