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O homem que foi condenado à morte e passou 43 anos na prisão até provarprevisões de apostasinocência:previsões de apostas
A libertaçãoprevisões de apostasFinch foi resultado do trabalhoprevisões de apostasquase duas décadasprevisões de apostasum grupoprevisões de apostasadvogados e estudantesprevisões de apostasDireito da Duke University, na Carolina do Norte. Eles atuaram no casoprevisões de apostasforma voluntária, por meio do Wrongful Convictions Clinic, cursoprevisões de apostasque professores e alunos investigam casosprevisões de apostascondenação injusta.
Segundo o Death Penalty Information Center (Centroprevisões de apostasInformações sobre a Penaprevisões de apostasMorte,previsões de apostastradução livre), organização sem fins lucrativos que reúne informações e análises sobre a penaprevisões de apostasmorte nos Estados Unidos, Finch é a 166ª pessoa desde 1973 a ter sido condenada à morte no país e depois conseguir provarprevisões de apostasinocência e ter a condenação anulada.
"Finch passou mais tempo na prisão antesprevisões de apostaster a condenação anulada do que qualquer outra pessoa condenada injustamente e sentenciada à morte nos Estados Unidos", diz à BBC News Brasil o diretor-executivo do Death Penalty Information Center, Robert Dunham.
Crime, julgamento e condenação
O crime pelo qual Finch foi injustamente condenado ocorreuprevisões de apostasfevereiroprevisões de apostas1976. Richard "Shadow" Holloman, proprietárioprevisões de apostasum postoprevisões de apostasgasolina e lojaprevisões de apostasconveniênciaprevisões de apostasBlack Creek, lugarejoprevisões de apostas769 habitantes na zona rural da Carolina do Norte, foi morto a tirosprevisões de apostasuma tentativa frustradaprevisões de apostasassalto.
Um funcionário do estabelecimento, Lester Floyd Jones, disse que os agressores eram três homens negros, um deles vestindo um casaco comprido, e que o assaltante puxou uma espingardaprevisões de apostascano serradoprevisões de apostasdentro do casaco e atirouprevisões de apostasHolloman. Jones disse que buscou abrigo embaixoprevisões de apostasum balcão e que identificou a arma por meio do som dos tiros.
Depois do ataque, naquela mesma noite, policiais abordaram Finch. Ele permitiu que revistassem seu carro, e os policiais encontraram um cartuchoprevisões de apostasespingarda.
A polícia então colocou Finch ao ladoprevisões de apostasoutros homens negros para que Jones identificasse quem era o criminoso. Enquanto os outros homens vestiam roupas normais, os policiais ordenaram que Finch vestisse um casaco longo, semelhante ao usado pelo assaltante, e ele acabou sendo identificado por Jones.
Durante o julgamento, a acusação alegou que o cartucho encontrado no carroprevisões de apostasFinch correspondia às cápsulas encontradas na cena do crime. O médico responsável pela autópsia testemunhou que os ferimentos da vítima eram consistentes com tirosprevisões de apostasespingarda.
Décadas depois,previsões de apostas2013, a autópsia foi revisada e descobriu-se que os ferimentos fatais na vítima haviam sido causados por uma pistola, não uma espingarda, e que as cápsulas na cena do crime não tinham relação com o cartucho encontrado no carroprevisões de apostasFinch.
Apesarprevisões de apostasmanterprevisões de apostasinocência eprevisões de apostaster três testemunhas que confirmaram seu álibiprevisões de apostasque, no momento do crime, estavaprevisões de apostasoutro local, jogando pôquer com amigos, Finch foi condenado pelo júri.
Na época, a lei da Carolina do Norte previa penaprevisões de apostasmorte obrigatória para esse tipoprevisões de apostascrime, e Finch foi para o corredor da morte, aguardar execução. No ano seguinte, porém, a Suprema Corte dos Estados Unidos declarou essa lei estadual inconstitucional e a sentençaprevisões de apostasFinch foi comutada para prisão perpétua.
"Se não fosse por isso, ele teria sido executado muito antesprevisões de apostasque alguém descobrisse a má conduta policialprevisões de apostasseu caso", ressalta Dunham.
Batalha na justiça
Ao longo dos anos, Finch entrou com vários pedidos na Justiça para que seu caso fosse revisto, mas todos foram negados.
Um dos advogados que atuou porprevisões de apostaslibertação, Jamie Lau, professorprevisões de apostasDireito da Duke University, diz à BBC News Brasil que o caso chamou a atenção da equipe da Wrongful Convictions Clinic por vários motivos, entre eles a constataçãoprevisões de apostasque, no julgamentoprevisões de apostas1976, havia sido apresentada a teoria falsaprevisões de apostasque a vítima morreu com um tiroprevisões de apostasespingarda (quando, na verdade, a arma do crime foi uma pistola, conforme comprovado posteriormente).
"Se a maneira que a vítima morreu foi falsificada, ou estava incorreta, então que outros problemas estariam presentes (no julgamento)?", questiona.
Lau conta que a equipeprevisões de apostasadvogados e estudantes entrevistou testemunhas e investigou o caso a fundo. Depoisprevisões de apostasvários pedidos à Justiça negados,previsões de apostasjaneiro deste ano um tribunalprevisões de apostasapelações analisou o caso e concluiu que as evidências apresentadas no julgamento e outros problemas processuais colocavamprevisões de apostasdúvida a condenaçãoprevisões de apostasFinch.
Os juízesprevisões de apostasapelação citaram a maneira como a polícia manipulou a identificaçãoprevisões de apostasFinch entre os suspeitos apresentados, fazendo com que fosse o único a vestir um casaco parecido com o do assassino. Também ressaltaram que Jones, a principal testemunha, "tinha problemas cognitivos, sofriaprevisões de apostasalcoolismo e tinha problemasprevisões de apostasmemória".
Diversas testemunhasprevisões de apostasacusação posteriormente revelaram terem sido pressionadas para implicar Finch no crime. Além disso, os juízes ressaltaram que testesprevisões de apostasbalística não conseguiram conectar o cartuchoprevisões de apostasespingarda encontrado no carroprevisões de apostasFinch à cena do crime.
Em decisão unânime, o tribunal concluiu que, caso os jurados soubessemprevisões de apostastodas essas falhas, provavelmente não teriam condenado Finch. O caso foi então para um tribunal distrital federal e,previsões de apostas23previsões de apostasmaio, um juiz federal anulou a condenaçãoprevisões de apostasFinch e ordenouprevisões de apostaslibertação.
Liberdade
Finch deixou a prisãoprevisões de apostasuma cadeiraprevisões de apostasrodas, que usa para se locomover desde que sofreu um derrame enquanto estava preso. Ele foi recebido por familiares e pelos advogados que atuaram porprevisões de apostaslibertação.
"Toda vez que olhava para o caso do meu pai, nunca pensei que ele tivesse feito isso (cometido o crime)", disseprevisões de apostasfilha, Katherine Jones-Bailey, a repórteres no diaprevisões de apostasque Finch deixou a prisão.
Jones-Bailey, que tinha dois anosprevisões de apostasidade quando o pai foi condenado, ressaltou que, como Finch é inocente, e o verdadeiro culpado nunca foi punido, a família da vítima também não recebeu Justiça.
"Todos nós acabamos sofrendo."
"O casoprevisões de apostasFinch ilustra o contínuo fracasso do sistema judicial americanoprevisões de apostasproteger inocentesprevisões de apostascasosprevisões de apostaspenaprevisões de apostasmorte. E isso ocorre particularmenteprevisões de apostascasosprevisões de apostasréus negros ou latinos", afirma Dunham, do Death Penalty Information Center.
"Geralmente é necessário que algo extraordinário aconteça para que um inocente seja libertado. Esse caso é um alertaprevisões de apostasque há pessoas inocentes cumprindo prisão perpétua e penaprevisões de apostasmorte, nos Estados Unidos e ao redor do mundo, que nunca terão suas condenações anuladas", ressalta.
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