Militares só mudarãobet83 apostas onlinelado com 'visão clara'bet83 apostas onlineforçabet83 apostas onlineGuaidó, diz general brasileiro ex-adido militar na Venezuela:bet83 apostas online
"Até que se tenha uma visão clarabet83 apostas onlinequal rumo vai ser tomado, o pessoal vai se manter onde está. A definição vai ocorrer quando um dos dois grupos se fortalecerbet83 apostas onlinefato. Por enquanto, está todo mundo inseguro com as opções que estão fazendo", disse.
"Ele (Guaidó) pode ter o apoiobet83 apostas onlineuma parcela das Forças Armadas, mas dificilmente terábet83 apostas onlinetodos ou da maioria."
Em entrevista à BBC News Brasil, o generalbet83 apostas onlinebrigada explicou que ainda no governo Hugo Chávez foi criado um amplo serviçobet83 apostas onlineinteligência e monitoramento nos quartéis e escolas do Exército para vigiar os militares e identificar possíveis divisões. Desertores são punidos com processos militares, prisões ou expulsão das Forças Armadas.
Barboteu foi adidobet83 apostas onlineDefesa na Venezuela entre 2010 e 2012 - nome dado ao oficial mais graduado entre os adidos militares que atuam nas embaixadas brasileiras no exterior.
Entre as prerrogativas do adidobet83 apostas onlineDefesa na Venezuela, função que também foi exercida pelo vice-presidente Hamilton Mourão entre 2002 e 2004, está coordenar a interlocução entre as Forças Armadas brasileiras e as Forças Armadas venezuelanas, e repassar informações estratégicas ao governo brasileiro.
Segundo o general da reserva, é arriscado para um militar deixar Maduro por Guaidó sem ter certezabet83 apostas onlineque a oposição está fortalecida. "Quando eu estava lá na Venezuela, no governo Chávez, já existia uma ênfase muito grande na áreabet83 apostas onlineinteligência. Você tinha uma corregedoria muito atenta, inclusive com mecanismosbet83 apostas onlineobservação nas escolas, nos quartéis", afirma.
"Algumas pessoas são colocadas ali para poder monitorar mudançasbet83 apostas onlineposicionamento. Se isso acontecia num governo estável, na situação atual, a ênfase é maior. Parcela dos militares pode ter um posicionamento (contrário a Maduro), mas têm receio das consequências que podem sofrer com um posicionamento mais aberto."
Desconfiança
Barboteu avalia que, além do temorbet83 apostas onlineser pego durante a articulação para desertar, há desconfiança por parte dos militaresbet83 apostas onlinealta patente sobre o próprio futuro num novo governo.
Nesta segunda,bet83 apostas onlineentrevista à BBC News, Guaidó fez um apelo para que as Forças Armadas abandonem Maduro. "Não estamos buscando segmentar ou dividir as Forças Armadas, pelo contrário, (queremos) uni-lasbet83 apostas onlinetorno da nossa Constituição, essa é a primeira coisa", disse o líder da oposição e presidente autoproclamado da Venezuela.
Mas, para o general brasileiro, é possível e "natural" que, se alcançar o poder, Guaidó afaste do governo ou até das Forças Armadas os generais que deram sustentação ao regimebet83 apostas onlineMaduro, ainda que eles decidam "mudarbet83 apostas onlinelado" agora.
"Você está falandobet83 apostas onlineum grupo que tem a posse das armas e que pode, num momento, estar concordando com certas coisas, mas essa posição pode ser fugaz, pode pender para outro lado depois. Não sei se Guaidó está disposto a fazer concessões a esses militares, se ele alcançar o poder", disse.
Barboteu ressalta que na história venezuelana não há grandes exemplosbet83 apostas onlineanistias e concessões a grupos dissidentes nas Forças Armadas.
"Essa não é uma prática comum lá. Se você der uma olhada, quando Chávez sofreu aquela tentativabet83 apostas onlinegolpe (em 2002), ele pegou todos os militares contrários a ele e (os) sentenciou, muitos saíram fugidos da Venezuela", lembra.
"Acho que, se assumisse o poder, Guaidó seguiria o que acontece historicamente na Venezuela: afastaria esse pessoal. Não acredito que esses líderes militares seriam mantidos no governo e nem nas Forças Armadas. Essas manifestações abertasbet83 apostas onlineapoio incondicional (ao atual governo) vão ter um reflexo caso Maduro caia."
Para o general, quem se estabelecer no governo, Maduro ou Guaidó, terá que fazer "algum tipobet83 apostas onlinelimpeza" dos militares que apoiaram o adversário. "Estamos falandobet83 apostas onlineForças Armadas, então não pode ter alguém ali esperando a chancebet83 apostas onlinese rebelar novamente."
Políticabet83 apostas onlinerecompensa pela lealdade
Masbet83 apostas onlineonde vem o apoio significativo do Exército a Maduro?
Segundo o general Barboteu, a adesão das Forças Armadas ao regimebet83 apostas onlineMaduro é decorrênciabet83 apostas onlineum mistobet83 apostas online"identidade ideológica", temor e interesses.
Alémbet83 apostas onlinemanter a lealdade dos militares à basebet83 apostas onlineum rígido monitoramento para identificar grupos dissidentes nos quartéis, os governos Chávez (1999-2013) e Maduro empreenderam um sistemabet83 apostas online"premiação" por lealdade, baseadobet83 apostas onlinepromoções e distribuiçãobet83 apostas onlinecargos no governo, diz Barboteu.
"Existe sim uma ideologia presente,bet83 apostas onlineidentidade com os ideais bolivarianos, embora não seja unanimidade. E há interesses", diz.
"São concedidas recompensas àqueles que apoiam o regime. Na época que eu estava na Venezuela, o país já tinha mais generais que o Brasil, embora tivesse um Exército menor que o nosso."
A Força Armada Nacional Bolivariana tem entre 95 mil e 150 mil integrantes. As Forças Armadas brasileiras têm 444 mil, segundo dados do Ministério da Defesa.
"Não havia cargo para esse pessoal todo, então os generais atuavam como assessores diretosbet83 apostas onlineum setor das Forças Armadas, mas eles não tinham uma tropa para comandar", lembra Barboteu, destacando também que muitos generais da ativa comandam ministérios, secretarias e empresas estatais na Venezuela.
O general lembra que, no governobet83 apostas onlineHugo Chávez, por causa do apoio popular que ele tinha, eram raras as manifestações abertasbet83 apostas onlinediscordância ao regime por partebet83 apostas onlinemilitares.
"Maduro não tem, e lá isso é muito importante, o mesmo carisma que Chávez tinha para manter as pessoas agrupadas a seu redor. E houve uma disputa muito grande por ocasião da sucessão do Chávez, na épocabet83 apostas onlineque ele estava doente,bet83 apostas online2013", lembra.
"Quando Chávez fez a opção por Maduro, os potenciais candidatos que não foram agraciados com o apoiobet83 apostas onlineChávez já começaram a exercer uma certa resistência, porque Maduro não era unanimidade."
Mas, embora, o apoio militar a Maduro tenha sofrido desfalques, a grande maioria dos líderes das Forças Armadas parece permanecer leal ao atual governo.
"A ideia que eu tenho é que a situaçãobet83 apostas onlineapoio ao Maduro é uma misturabet83 apostas onlinedois fatores: alinhamento ideológico e a expectativabet83 apostas onlineser beneficiado num futuro próximo se o governo se estabilizar", avalia Barboteu.
Participação do Brasil na crise venezuelana
A reação do governo brasileiro diante da escalada da crise na Venezuela, por enquanto, tem sidobet83 apostas onlinecautela. A ala militar é a maior defensorabet83 apostas onlineque seja descartada a possibilidadebet83 apostas onlineuma intervenção armada com participaçãobet83 apostas onlinetropas brasileiras.
Para o general Barboteu, a decisãobet83 apostas onlinenão intervir é "acertada", porque uma ação militar por parte do Brasil poderia gerar instabilidade na região e ressentimentos entre os países da América da Sul.
O maior conflito armado da América do Sul foi a Guerra do Paraguai, quando Brasil, Argentina e Uruguai formaram a Tríplice Aliança contra o Paraguai. O conflito duroubet83 apostas online1864 a 1870 e resultou na mortebet83 apostas onlinemaisbet83 apostas onlinedois terços da população masculina paraguaia. A memória desse conflito continua viva entre os paraguaios.
"A gente não pode esquecer que as políticas mudam, mas os Estados permanecem. O Brasil tem um pactobet83 apostas onlinenão intervenção", afirma o general brasileiro.
"Claro que temos preocupação com nossas fronteiras, mas a gente precisa ter cuidado, não se precipitar, porque as sequelas podem ficar, havendo um ressentimentobet83 apostas onlinedecorrênciabet83 apostas onlineuma intervenção. A posturabet83 apostas onlineaguardar, proteger nossas fronteiras e acolher os que estão fugindobet83 apostas onlinelá é a mais adequada."
Na visãobet83 apostas onlineBarboteu, uma eventual intervenção americana também pode abrir um "precedente perigoso" para ações militares estrangeirasbet83 apostas onlineoutros países da América do Sul, no futuro.
O governo Donald Trump tem reiterado que não descarta a possibilidadebet83 apostas onlineuma ação militar na Venezuela, embora destaque que prefira uma solução pacífica e diplomática.
"Toda intervenção militar externa tem que ser muito bem sopesada para não ficar caracterizado um neocolonialismo, para as populações não se sentirem refénsbet83 apostas onlineuma nação mais poderosa", diz o general Barboteu.
"Ainda que a gente entenda as dificuldades pelas quais o povo venezuelano está passando, esse é um caminho que foi consequência das escolhas que esse próprio povo fez ao longo dabet83 apostas onlinehistória. Esse povo tem que se coordenar para mudar isso. Quando essa indicação vembet83 apostas onlinefora, você vai estar sempre naquela linha tênue entre estar prestando uma ajuda para evitar um massacre civil e estar promovendo uma intervenção indevida."
Riscobet83 apostas onlineguerra civil
O anúnciobet83 apostas onlineGuaidó, no dia 30bet83 apostas onlineabril,bet83 apostas onlineque teria apoio militar, gerou dúvidas sobre se uma divisão entre militaresbet83 apostas onlinealta patente poderia acabar evoluindo para uma guerra civil.
No final das contas, as manifestaçõesbet83 apostas onlinerua convocadas pelo líder da oposição, apesarbet83 apostas onlineresultarembet83 apostas onlineconfrontos violentos, não chegaram a desembocar num confronto armadobet83 apostas onlinemaiores proporções.
No entanto, para o general Barboteu, a possibilidadebet83 apostas onlineuma guerra civil ainda existe. O risco maiorbet83 apostas onlineviolência interna viriabet83 apostas onlinegrupos paramilitares formados pelo governo venezuelano para propagar os "ideais da revolução bolivariana" e combater o crime nas cidades.
Ainda que Maduro deixasse o poder pacificamente, esses grupos poderiam se insurgir.
"Imaginei que as primeiras manifestações já pudessem adquirir caráter mais grave. Para minha grata surpresa, isso não aconteceu. Mas você vê que há violência nos protestos, uma quantidade muito grandebet83 apostas onlinegente e algumas vítimas fatais. O risco existe, ainda mais nessa nova ondabet83 apostas onlineinsatisfação popular", diz o militar brasileiro.
Ele avalia que para o Brasil, a maior dificuldadebet83 apostas onlinecasobet83 apostas onlineconflito armado no país vizinho, será gerenciar a chegadabet83 apostas onlinemassabet83 apostas onlinemigrantes. Os venezuelanos já são, atualmente, a segunda população com mais refugiados no mundo, atrás apenas da Síria, segundo a Organização dos Estados Americanos (OEA).
A grande maioria tem se deslocado para a Colômbia (cercabet83 apostas online1,2 milhão) e outros paísesbet83 apostas onlinelíngua espanhola da América do Sul, como Peru (700 mil) e Chile (265,8 mil). Mas um contingente cada vez maiorbet83 apostas onlinepessoas chega a cada dia ao Brasil via Pacaraima,bet83 apostas onlineRoraima.
"A fome e a doença desconhecem fronteiras. Na hora que a coisa aperta, não tem jeito. O pessoal tenta sair pra se proteger. É uma massa grandebet83 apostas onlinegente que passa por necessidades. Então, temos que nos precaverbet83 apostas onlinerelação a isso", diz o general Barboteu.
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