Estudo contesta teoriasportingbet 2024que bebersportingbet 2024forma moderada pode trazer benefícios à saúde:sportingbet 2024

Pessoas bebendo cerveja

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Estudo acompanhou 500 mil chineses por uma década

sportingbet 2024 Você já ouviu falar que beber uma taçasportingbet 2024vinho por dia pode fazer bem à saúde?

Um estudo publicado na revista científica The Lancet contesta essa e outras teorias que afirmam que beber com moderação pode proteger o corposportingbet 2024algumas doenças.

A pesquisa, conduzida por especialistas do Reino Unido e da China que acompanharam 500 mil adultos chineses durante 10 anos, destaca que mesmo a ingestão moderadasportingbet 2024álcool pode aumentar a pressão arterial e o riscosportingbet 2024acidente vascular cerebral, o popular derrame.

A doença é a que mais mata no Brasil e a que mais causa incapacidade no mundo.

Segundo os cientistas, as conclusões são a evidência mais segura até então sobre os efeitos diretos do álcool no organismo e valem para qualquer sociedade no planeta.

Mas pesquisadores com quem a BBC conversou e que não participaram do estudo fizeram ressalvas.

Já é sabido que o consumo excessivosportingbet 2024bebidas alcoólicas é nocivo à saúde e eleva o riscosportingbet 2024derrame. Alguns estudos, entretanto, afirmam que a ingestãosportingbet 2024pequenas quantidades podem fazer bem ao organismo, enquanto outros defendem que não há nível seguro para o consumosportingbet 2024álcool.

Aumento do riscosportingbet 2024AVC

Os pesquisadores, ligados à Universidadesportingbet 2024Oxford, à Universidadesportingbet 2024Pequim e à Academiasportingbet 2024Ciências Médicas da China, verificaram que uma ou duas doses por dia aumentariam o riscosportingbet 2024derrame entre 10% e 15%, percentual que saltaria para cercasportingbet 202435% com o consumosportingbet 2024quatro doses por dia.

Uma dose é definida como uma taçasportingbet 2024vinho ou uma garrafasportingbet 2024cerveja ou uma medida padrãosportingbet 2024destilado.

A OMS (Organização Mundialsportingbet 2024Saúde) estima que 2,3 bilhõessportingbet 2024pessoas no mundo consumam bebidas alcoólicas, com uma médiasportingbet 202433g por dia, o que aquivale a aproximadamente duas taçassportingbet 2024150 mlsportingbet 2024vinho, uma garrafasportingbet 2024cervejasportingbet 2024750 ml ou duas dosessportingbet 202440 mlsportingbet 2024destilado.

O estudo não encontrou nenhum indíciosportingbet 2024que a ingestãosportingbet 2024bebidas, ainda quesportingbet 2024forma reduzida, tivesse efeito "protetor".

"As alegaçõessportingbet 2024que o vinho e a cerveja têm efeitos protetores mágicos não se sustentam", diz Richard Peto, coautor do estudo e professorsportingbet 2024estatísticas médicas e epidemiologia na Universidadesportingbet 2024Oxford.

Sobre a relação entre o riscosportingbet 2024ataque cardíaco e o consumosportingbet 2024álcool, os pesquisadores afirmaram que os dados eram inconclusivos e que seria necessária uma análise mais aprofundada.

Por que a China?

A análise se concentrou no país asiático porque um percentual significativo da população dessa região tem variantes genéticas que limitamsportingbet 2024tolerância ao álcool.

Dado quesportingbet 2024composição genética tem grande efeito sobre o consumosportingbet 2024bebidas, mas não sobre outras variáveis, como a dieta e o consumosportingbet 2024tabaco, ela pode ser usada pelos cientistas como parâmetro para determinar as consequências da ingestãosportingbet 2024álcool.

Os pesquisadores ressaltam que, ao comparar os resultados dos testes realizados entre chineses que consomem álcool e aqueles que são abstêmiossportingbet 2024acordo com seu perfil genético, conseguiram estabelecersportingbet 2024forma mais precisa os efeitos diretos do álcool sobre o riscosportingbet 2024ocorrência um acidente vascular cerebral.

Ilustraçãosportingbet 2024sequênciassportingbet 2024DNA

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Legenda da foto, Pesquisa foi feita com basesportingbet 2024análises genéticas

"Utilizar a genética é um caminho novo para esclarecer se bebersportingbet 2024forma moderada nos protege realmente ou se pode também nos fazer mal", ponderou Iona Millwood, da Universidadesportingbet 2024Oxford, também coautora do estudo e especialistasportingbet 2024epidemiologia.

"A análise genética nos ajudou a entender as relaçõessportingbet 2024causa e efeito."

Para os pesquisadores, a principal mensagem do trabalho é asportingbet 2024que nenhum nívelsportingbet 2024consumosportingbet 2024álcool nos protegesportingbet 2024um AVC - ou seja, que mesmo beber uma pequena quantidade eleva as chancessportingbet 2024um derrame - e que, portanto, se deveria manter o consumosportingbet 2024bebidas ao mínimo.

O que dizem outros especialistas?

O estudo levantou algumas dúvidas na comunidade científica.

Stephen Burgess, da Universidadesportingbet 2024Cambridge, ponderou que a análise tem algumas limitações, entre elas o fatosportingbet 2024só ter se debruçado sobre a população chinesa e ter se concentrado especialmente sobre o consumosportingbet 2024destilados esportingbet 2024cerveja, mas nãosportingbet 2024vinho.

O especialista reconheceu, contudo, que os resultados são reflexosportingbet 2024muitos anossportingbet 2024pesquisa da comunidade científica sobre o impactosportingbet 2024consumosportingbet 2024álcool sobre o corpo.

"Ele apontasportingbet 2024forma contundente que não há benefício cardiovascular na ingestãosportingbet 2024forma moderada e que o riscosportingbet 2024AVC aumenta mesmo com o consumo reduzidosportingbet 2024bebidas."

"O riscosportingbet 2024derrame cresce na mesma proporção que a quantidadesportingbet 2024álcool consumida. Assim, se uma pessoa decide beber, deveria limitar o consumo."

Homens bebendo cerveja

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Para alguns especialistas estudo 'não responde a todas as perguntas'

Para Kevin McConway, professor eméritosportingbet 2024estatística aplicada da britânica Open University, a pesquisa não responde a "todas" as perguntas.

"Aumenta o que sabemos sobre o papel do álcool sobre certas doenças, mas pode não ser a última palavra", considerou.

"Ele não esclarece exatamente como o álcool eleva o riscosportingbet 2024AVC, mas nãosportingbet 2024ataque cardíaco."

De qualquer forma, pontua David Spiegelhalter, professor da disciplinasportingbet 2024Compreensão Públicasportingbet 2024Risco na Universidadesportingbet 2024Cambridge, o estudo ajudou a relativizar teorias até pouco tempo amplamente aceitas.

"Sempre estive razoavelmente convencidosportingbet 2024que o consumo moderadosportingbet 2024álcool nos protegiasportingbet 2024doenças cardiovasculares, mas agora tenho minhas dúvidas."

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