Sexy, agressivo, emotivo? Estudo identifica efeitoroberto carlos futebolistacada tiporoberto carlos futebolistabebida alcoólica:roberto carlos futebolista
roberto carlos futebolista Uma pesquisa feitaroberto carlos futebolista21 países, entre eles o Brasil, indica que os efeitos do álcool no comportamento variamroberto carlos futebolistaacordo com o tiporoberto carlos futebolistabebida consumida.
Cerveja e vinho normalmente relaxam. Já os destilados podem fazer a pessoa se sentir mais agressiva, sexy ou emotiva.
Para esse estudo, divulgado na publicação acadêmicaroberto carlos futebolistamedicina BMJ Open, foram entrevistadas cercaroberto carlos futebolista30 mil indivíduos com idade entre 18 e 34 anos.
Os resultados indicam ainda que a probabilidaderoberto carlos futebolistaapresentar comportamento agressivo é maior entre os que potencialmente podem apresentar dependência do álcool, por consumirem uma grande quantidade com frequência.
As evidências identificadas pelo estudo podem, segundo os pesquisadores, ajudar a entender melhor o alcoolismo e o que motiva as pessoas a beberem.
Com o tempo, as pessoas adquirem tolerância ao álcool e podem acabar bebendo mais para sentir os mesmos "efeitos positivos", avaliam os cientistas. Mas o aumento no consumo também atrai os efeitos negativos, explica o professor e pesquisador britânico Mark Bellis.
As entrevistas para o estudo foram feitas por meioroberto carlos futebolistaformulários online que garantiam o anonimato dos participantes, recrutadosroberto carlos futebolistasitesroberto carlos futebolistanotícias e nas redes sociais.
Se comparado a outros tiposroberto carlos futebolistabebidas, o consumoroberto carlos futebolistadestilados - como tequila, rum e gim, por exemplo - está mais associado a comportamentos agressivos, mal-estar, inquietação e choro.
A pesquisa também indica que:
- Vinho tinto faz as pessoas se sentirem mais letárgicas que vinho branco;
- Beber cerveja e vinho tinto relaxa mais;
- Maisroberto carlos futebolista40% dos entrevistados disseram que beber destilados os fazem se sentir sexy;
- Mais da metade dos que bebem destilados se sentem energéticos e confiantes, mas um terço se percebe agressivo quando consome esse tiporoberto carlos futebolistabebida;
- Homens são mais propensos que mulheres a apresentarem comportamento agressivo com todos os tiposroberto carlos futebolistaálcool,roberto carlos futebolistaespecial os que bebem mais.
Variação entre países
As diferenças nas emoções também variam a depender do país do entrevistado.
Participantes da Colômbia e do Brasil relataram uma maior associação com as emoções positivasroberto carlos futebolistasentir-se com mais energia, relaxado e sexy, por exemplo.
Entre as emoções negativas, a Noruega apresentou índices maiores ligando consumoroberto carlos futebolistaálcool e relatosroberto carlos futebolistaagressividade. A França, porroberto carlos futebolistavez, foi o país com mais reportesroberto carlos futebolistainquietude.
O pesquisadores salientam, porém, que é necessário cautela para interpretar esses resultados, devido à pequena amostra para cada país.
Apesarroberto carlos futebolistao estudo indicar associações entre cada tiporoberto carlos futebolistabebida e mudanças no comportamento, não apresenta uma explicação sobre o porquê das alterações.
Bellis afirma que o local onde a bebida é consumida também pode fazer diferença, e que a pesquisa tentou levarroberto carlos futebolistaconsideração se a ingestãoroberto carlos futebolistaálcool acontece dentro ou foraroberto carlos futebolistacasa.
"Jovens muitas vezes bebem destiladosroberto carlos futebolistauma noitada, enquanto o vinho é mais consumidoroberto carlos futebolistacasa, com uma refeição", observa.
Ele diz ainda que há o fator "expectativa". "Alguém que quer relaxar vai escolher uma cerveja ou um vinho."
O professor acredita ainda que as diferentes formas que bebidas são comercializadas ou promovidas encorajam as pessoas a escolher um determinado tipo delas na expectativaroberto carlos futebolistase comportarroberto carlos futebolistauma certa forma ouroberto carlos futebolistasentir algo específico. Isso, segundo ele, pode desencadear sentimentos e comportamentos negativos.
"As pessoas podem beber para se sentirem mais confiantes ou relaxadas. Mas também acabam se arriscando a ter reações ruins."
Segundo os pesquisadores da universidade britânica King's College London, os resultados do levantamento indicam que os dependentes do álcool confiam à subtância a funçãoroberto carlos futebolistagerar sentimentos positivos: têm cinco vezes mais chancesroberto carlos futebolistase sentirem com mais energiaroberto carlos futebolistarelação às que bebem com menos frequência.
"O estudo mostra a importânciaroberto carlos futebolistaentender por que as pessoas escolhem beber certos tiposroberto carlos futebolistabebidas e o efeito que esperam ter ao consumi-las", diz John Larse, da Drinkaware, entidade sem fins lucrativos que alerta para os riscos e atua para reduzir o consumoroberto carlos futebolistaálcool no Reino Unido.
No país, a recomendação é ingerir menosroberto carlos futebolista14 unidades por semana para manter os riscos à saúderoberto carlos futebolistaum nível mais baixo. Isso equivale a 12 dosesroberto carlos futebolistadestilados, seis pints (473 ml)roberto carlos futebolistacerveja ou seis taçasroberto carlos futebolista175mlroberto carlos futebolistavinho a cada sete dias.
Especialistas defendem a adoçãoroberto carlos futebolistapolíticas como a que estabelece um preço mínimo para cada grauroberto carlos futebolistaálcool. Isso significa que bebidas com teor etílico mais alto, como uísque, ficariam ainda mais caras - o queroberto carlos futebolistatese ajudaria a combater o alcoolismo.
A Escócia irá a adotar um preço mínimo, estipuladoroberto carlos futebolista50 centavosroberto carlos futebolistalibra (cercaroberto carlos futebolistaR$ 2,18) por unidade padrão, que mensura o volumeroberto carlos futebolistaálcool puroroberto carlos futebolistacada bebida. O Paísroberto carlos futebolistaGales e a Irlanda também discutem legislação específica para estipular regra semelhante.
Brasil
No Brasil, o governo federal estabeleceu um novo modeloroberto carlos futebolistatributação para vinhos, espumantes, uísques, vodcas, cachaças, licores, sidras, aguardentes, gim, vermutes e outros destilados, aplicado desde dezembroroberto carlos futebolista2015. O principal objetivo da medida, contudo, era aumentar a arrecadação.
O mais recente estudo da OMS sobre a ingestãoroberto carlos futebolistaálcool no país, publicadoroberto carlos futebolista2014, detectou uma queda no consumo per capita entre os anosroberto carlos futebolista2003 e 2010 (de 9,8 para 8,7 litros). Mas o volume está acima da média mundial,roberto carlos futebolista6,5 litros per capita, e mais do que dobrou desde 1985, quando o índice era inferior a quatro litros.
A OMS coloca o Brasil no 53º lugarroberto carlos futebolistaum rankingroberto carlos futebolista191 países - liderado por nações do Leste Europeu, sendo Belarus e Moldova os dois primeiros colocados.
Já o último Levantamento Nacionalroberto carlos futebolistaÁlcoolroberto carlos futebolistaDrogas da Universidade Federalroberto carlos futebolistaSão Paulo, baseadoroberto carlos futebolistapesquisasroberto carlos futebolista143 municípiosroberto carlos futebolistatodo o país, também divulgado pela última vezroberto carlos futebolista2014, mostrou que quase quatroroberto carlos futebolistacada 10 brasileiros bebem pelo menos cinco dosesroberto carlos futebolistabebidaroberto carlos futebolistauma mesma ocasião,roberto carlos futebolistaum intervaloroberto carlos futebolistaduas horas.
Segundo o Ministério da Saúde, entre 2010 e 2013 foram contabilizadas maisroberto carlos futebolista313 mil internações no Sistema Únicoroberto carlos futebolistaSaúde (SUS) decorrentes do alcoolismo. São gastos,roberto carlos futebolistamédia, cercaroberto carlos futebolistaR$ 60 milhões por ano com pessoas dependentes do álcool.