A tecnologia digital pode transformar todos nósaprender jogar na roletamédicos?:aprender jogar na roleta
Dessa vez, Rothberg tinha certezaaprender jogar na roletaque a tecnologia poderia oferecer uma maneira mais barata e mais fácilaprender jogar na roletarealizar examesaprender jogar na roletaultrassonografia.
Poucos anos depois, ele criou o Butterfly QI. O dispositivo cabe no bolso e pode ser conectado a um iPhone. Montado sobre o chipaprender jogar na roletaum computador, o Butterfly QI usa milharesaprender jogar na roletaminúsculos sensores, cada um mais fino do que um fioaprender jogar na roletacabelo humano. Da mesma forma que um morcego usa o som para localizar objetos, os minúsculos sensores do aparelho permitem ao usuário obter um raio X do seu corpo: do tamanho do fígado ao possível aparecimentoaprender jogar na roletatumores.
Rothberg diz que seu objetivo é "democratizar" a saúde, ao disponibilizar um scanner a baixo custo (US$ 2 mil ou R$ 7,5 mil) que oferece a pessoas comuns a oportunidadeaprender jogar na roletafazer seu próprio diagnóstico.
"Não queríamos apenas capacitar os profissionaisaprender jogar na roletasaúde", diz ele.
"Nosso objetivo era que qualquer pessoa,aprender jogar na roletaqualquer lugar, pudesse olhar para dentro do corpo humano", acrescenta.
Se os termômetros surgiram como dispositivos médicos especializados e se tornaram tão populares, a pontoaprender jogar na roletaestaremaprender jogar na roletatodas as casas, argumenta Rothberg, por que o mesmo não poderia ser feito com o ultrassom? Da mesma forma que os computadores gigantes foram substituídos pelos smartphones, inovações como essa prometem transformar a saúde, ampliando o acesso à populaçãoaprender jogar na roletaserviços que antes eram exclusivosaprender jogar na roletahospitais e especialistas.
Para os defensores da revolução digital, estamos preparados para aproveitar o poder dos dados armazenados eletronicamente e os benefícios dos dispositivos que podem monitorar a saúdeaprender jogar na roletacada indivíduo, a cada momentoaprender jogar na roletacada dia.
Apesar disso, os desafios são inúmeros.
Embora exista um amplo otimismoaprender jogar na roletaque a tecnologia aumentará a eficiência dos serviçosaprender jogar na roletasaúde, críticos advertem que muitas dessas inovações ainda estão no campo da "ficção científica", ou seja, parecem revolucionárias, mas, na prática, não têm resultados cientificamente comprovados.
"Muitos desses inventores se orgulhamaprender jogar na roletasuas criações, que consideram geniais, mas não medem o sucesso delas", diz Lydia Drumright, especialistaaprender jogar na roletaanáliseaprender jogar na roletadados médicos e professora da Universidadeaprender jogar na roletaCambridge, uma das mais prestigiadas do Reino Unido.
Realidade Virtual
No entanto, algumas dessas inovações, que a princípio poderiam parecer embustes tecnológicos, já estão sendo testadasaprender jogar na roletahospitais.
Um dos exemplos é a realidade virtual. A tecnologia VR permite criar universos fictícios para melhorar a experiência do jogo. Há maisaprender jogar na roletauma década, cientistas da Universidadeaprender jogar na roletaWashington,aprender jogar na roletaSeattle, nos Estados Unidos, perceberam que podiam fazer novo uso dessa tecnologia.
Um dos primeiros pacientes a usar a realide virtual foi o sargento Sam Brown, que sofreu queimaduras graves emaprender jogar na roletaprimeira missão ao Afeganistão. Ele relatou que usar o equipamento o ajudava a se distrair das dores excruciantes causadas pela troca diária dos curativos.
A premissa é a seguinte: uma vez que a realidade virtual permite controlar todos os estímulos visuaisaprender jogar na roletaum ambiente tridimensional, os pacientes passam a imaginar que estãoaprender jogar na roletaum universo paralelo. A interatividade acaba por absorveraprender jogar na roletaatenção, permitindo-lhes realizar ações que talvez não fossem possíveis no mundo real. As empresas estão agora explorando novas possibilidades para a realidade virtual: combate a fobias, terapia física e cognitiva e gerenciamento do transtornoaprender jogar na roletaestresse pós-traumático.
Em hospitais e escolasaprender jogar na roletamedicina, esse tipoaprender jogar na roletatecnologia também pode ser usado para melhorar o treinamento dos médicos, a partir da simulaçãoaprender jogar na roletaprocedimentos cirúrgicos complicados, como a separaçãoaprender jogar na roletagêmeos siameses.
De acordo com Miki Levy, co-fundador da startup israelense VR Health, a realidade virtual poderia representar economias para o setor da saúde, facilitando a recuperação, mantendo pacientes idosos ativos e possivelmente, quando se trata do aliviar a dor, reduzindo a dependênciaaprender jogar na roletaopiáceos, uma droga que vem causando uma epidemia nos EUA.
A realidade virtual já está fazendo diferença na vidaaprender jogar na roletapacientes como Ety Yaakobovich. Ela faz uso do equipamento da VR Health para aliviar seus sintomasaprender jogar na roletafibromialgia, que causam dor crônica, rigidez e dificuldadeaprender jogar na roletaconcentração. Yaakobovich e seu médico reúnem dadosaprender jogar na roletacada movimento que ela faz para medir seu progresso.
Mas essas tecnologias também poderiam revolucionar a saúdeaprender jogar na roletaforma muito mais significativa graças às oportunidades que oferecem para coletar e analisar dados.
Com a popularização das pulseiras e relógios digitais que monitoram nossos sinais vitais, sem falar na possibilidade cada vez mais concretaaprender jogar na roletadispositivos inseríveis ou ingeríveis, os dados disponíveis para pacientes e médicos vão explodir.
Essa enxurradaaprender jogar na roletainformações sob o controle do paciente vai mudar radicalmente a estrutura atual do setoraprender jogar na roletasaúde, segundo Bertalan Mesko, editor do The Medical Futurist, um site que se dedica a acompanhar as tendênciasaprender jogar na roletatecnologia nessa área.
Mesko diz acreditar que, a partir do momentoaprender jogar na roletaque esses dispositivos passem a nos alertaraprender jogar na roletaforma confiável o que háaprender jogar na roletaerrado conosco, o médico deixaaprender jogar na roletater o monopólio da análise das informações sobre a nossa saúde.
"A hierarquia que existe hoje entre médico e paciente passa a se tornar mais uma parceria...o paciente deixaaprender jogar na roletaser passivo e se empodera,aprender jogar na roletaforma a cuidar do gerenciamentoaprender jogar na roletasua doença", diz ele.
Combinado com a proliferaçãoaprender jogar na roletaaplicativos que oferecem consultas médicas pela internet, como a britânica Babylon, a alemã Ada e a chinesa Ping An Good Doctor (PAGD), cresce o espaço para mudar a estrutura dos serviços médicos básicos, argumenta Mesko.
Tecnologia disruptiva?
Esses serviçosaprender jogar na roleta"verificaçãoaprender jogar na roletasintomas" usam inteligência artificial. Funciona assim: um algoritmo vasculha um enorme bancoaprender jogar na roletadadosaprender jogar na roletacasos anteriores para extrair uma conclusão a partir das informações que recebeu. Na China, quase 50 milhõesaprender jogar na roletapessoas já usam o PAGD todos os meses, que inclui um "ecossistema"aprender jogar na roletaassistência médica que se estende desde uma farmácia online até a medicina tradicional chinesa e referências para cirurgia cosmética.
A classe médica tem opiniões distintas quanto ao surgimento dessas tecnologias.
Segundo Ana Maria López, presidente do American College of Physicians, maior organizaçãoaprender jogar na roletaespecialidade médica dos Estados Unidos, esses novos dispositivos poderiam, por um lado, liberar os médicos para se dedicar a pacientes mais necessitadosaprender jogar na roletaconsultas presenciais. Por outro, diz ela, poderiam ter o efeito contrário: com mais informações a seu dispor, os pacientes recorreriam aos médicos ao menor sinalaprender jogar na roletaum problema.
Andrew Goddard, presidente do Royal College of Physiciansaprender jogar na roletaLondres, organização voltada a melhorar a prática da medicina, concorda que as novas tecnologias devem ser acolhidas, mas diz estar preocupadoaprender jogar na roletaque algumas delas não se adequem a todos os pacientes.
"Na parteaprender jogar na roletatrás do meu iPhone, tenho um dispositivo que me permite medir minha frequência cardíaca e encaminhá-la por email ao meu cardiologista", diz.
"Imagine se você tem 80 anos, vive sozinho, não sabe usar um smartphone. E talvez nem saiba mexer num computador".
"Minha preocupação com essa tecnologia éaprender jogar na roletaque ela vai criar uma divisão ainda maior na área da saúde. É empoderador para alguns pacientes, mas para outros, não."
Mas enquanto os médicos ainda não chegaram a um consenso, o setoraprender jogar na roletatecnologia segue avançando. Além da proliferaçãoaprender jogar na roletanovas empresas, gigantes da tecnologia estão investindoaprender jogar na roletaaplicativos e serviços médicos.
A Apple espera explorar o potencial do iPhone e do Apple Watch para integrar dados pessoaisaprender jogar na roletasaúde com novos serviços, enquanto o Google investiuaprender jogar na roletaempresas que usam IA para diagnosticar doenças, como a DeepMind, que recentemente anunciou progressos na análiseaprender jogar na roletaexamesaprender jogar na roletavista. E o Ten Cent da China uniu forças com a startup Medopad, baseadaaprender jogar na roletaLondres, para usar a IA no tratamento do Malaprender jogar na roletaParkinson.
A Amazon, poraprender jogar na roletavez, estabeleceu uma parceria com o fundo Berkshire Hathaway e com o bancoaprender jogar na roletainvestimentos JP Morgan com o intuitoaprender jogar na roletarevolucionar o sistemaaprender jogar na roletasaúde nos EUA. Apesaraprender jogar na roletamanter os detalhes sob sigilo, o dono da Berkshire, o bilionário Warren Buffett, famoso poraprender jogar na roletaperspicácia financeira, disse que o objetivo era desafiar a "tênia faminta" dos custosaprender jogar na roletasaúde.
O problema é que o avanço das novas tecnologias esbarraaprender jogar na roletaquestões estruturais subjacentes: a informatização dos prontuários médicos e o estabelecimento da regulamentaçãoaprender jogar na roletaprivacidade desses dados.
Por essas razões, Lydia Drumright diz que o desenvolvimento da IAaprender jogar na roletamedicina tem sido "lento" até agora. Em partes mais pobres do mundo, essa tecnologia seria mais benéfica se a infraestrutura básica pudesse ser implantada, diz ela.
Mas empresas também estão se dedicando a enfrentar esse problema. A Medic Mobile, que operaaprender jogar na roleta20 países da Ásia e da África, ajuda profissionaisaprender jogar na roletasaúde a compilar registros eletrônicos in loco. Com um aplicativoaprender jogar na roletasmartphone, eles podem saber quais pacientes estão grávidas, por exemplo, se foram vacinadas ou se correm riscoaprender jogar na roletacontrair doenças.
O aplicativo também oferece recomendação desde fornecedoresaprender jogar na roletaassistência médica a profissionaisaprender jogar na roletasaúde, dando-lhes acesso a um maior espectroaprender jogar na roletacuidados com a saúde. E usa a tecnologia mais acessível hojeaprender jogar na roletadia: o smartphone. Se a internet não estiver disponível, um serviço mais rudimentar ainda opera via mensagemaprender jogar na roletatexto.
"Às vezes, são as coisas simples que fazem a maior diferença", diz Regina Mutuku, diretora regional da Medic Mobile para a África. Em zonas rurais, com pouca comunicação e serviços escassosaprender jogar na roletasaúde, esse tipoaprender jogar na roletatecnologia tem um valor inestimável, diz ela.
"A tecnologia permite que um voluntário informe o serviçoaprender jogar na roletasaúde que há um paciente a 20 kmaprender jogar na roletadistância que precisaaprender jogar na roletatratamento. Ou mesmo que lhe avise o que fazer enquanto espera o deslocamento ao centro médico mais próximo. Caso contrário, ele poderia acabar morrendo", acrescenta.
Não devemos esperar que o Medic Mobile, ou qualquer outra tecnologia digital entrandoaprender jogar na roletaoperação, represente o fim dos nossos problemas. Condições crônicas, como diabetes, doenças cardíacas e distúrbios musculoesqueléticos relacionados ao estiloaprender jogar na roletavida, e exacerbadas pela maior expectativaaprender jogar na roletavida, continuam sendo os maiores desafios no horizonte da saúde. Epidemiasaprender jogar na roletadifícil controle ainda devastam partes do mundo e doenças infecciosas continuam a testar nossa capacidadeaprender jogar na roletaresposta.
Mas a tecnologia digital está começando a mudar a forma como a medicina está sendo oferecida, fornecendo novas ferramentas para gerenciar esses desafios e apoiar os pacientes, e nos ajudando a entender nossa própria saúdeaprender jogar na roletanovas maneiras.
Além disso, abraçar uma revolução na maneira como os cuidados médicos são oferecidos pode ser a melhor esperança que temos, sugere Bertalan Mesko, porque sem isso já estamosaprender jogar na roletauma trajetóriaaprender jogar na roletaque simplesmente não conseguiremos atender a demanda.
"Se mantivermos os cuidadosaprender jogar na roletasaúde como estão hoje, as pessoas perderão o acesso a profissionais médicos. Fisicamente, eles não serão capazesaprender jogar na roletaacomodar as necessidades dos pacientes. Vai passar a ser um luxo ter uma consulta presencial com um médico".
Uma transformação cultural que dá mais controle aos pacientes, automatiza alguns serviços, aproveita os insights que a AI pode fornecer e usa registros digitais e comunicaçãoaprender jogar na roletaforma mais eficiente é a única maneiraaprender jogar na roletagarantir que os médicos possam continuar atendendo os pacientes quando eles mais precisam, diz.
"Esse é o único cenário sustentável que temos", diz Mesko.
"Temos que usar essas tecnologias", conclui.