Turismo mórbido, a tendência crescentecasa de aposta galera betvisitar lugares marcados por tragédias:casa de aposta galera bet
casa de aposta galera bet Os quartos não têm camas, travesseiros ou lençóis. Há apenas um colchão fino no chão e um cobertor robusto e pesado. Além disso, o que torna ainda mais difícil adormecer neste hotel o som frequentecasa de aposta galera bettiros e explosões.
"Se você espera luxo e conforto, por favor, não venha aqui", alerta o gerente Arijan Kurbasic, no site do local.
Apesar disso, há muitos turistas que, quando viajam para a capital da Bósnia-Herzegovina,casa de aposta galera betvezcasa de aposta galera betficaremcasa de aposta galera bethotéiscasa de aposta galera betluxo com belas vistas do centro antigocasa de aposta galera betSarajevo, preferem ficar no War Hostel.
A razão desta preferência aparentemente estranha é a promessa do estabelecimentocasa de aposta galera betoferecer aos visitantes uma experiência realcasa de aposta galera betcomo as pessoas viviam naquela cidade quando sofreram um cerco brutalcasa de aposta galera betque maiscasa de aposta galera bet11.000 civis morreram durante a sangrenta guerra na Bósnia,casa de aposta galera bet1992 a 1995.
Para recriar ao máximo a experiência que tevecasa de aposta galera betviver quando criança, Kurbasic utilizou objetos reais da época e até decidiu iluminar os cômodos com lâmpadas alimentadas por uma bateriacasa de aposta galera betcarro, como se fazia naquele período.
Este hotel na capital da Bósnia faz partecasa de aposta galera betuma tendência conhecida como "turismo mórbido", um fenômenocasa de aposta galera betascensão no mundo.
Mas o que é isso?
De Auschwitz ao edifício Dakota
"O turismo mórbido é o nome acadêmico que damos a lugares que recordam desastres e atrocidades. O denominador comum é o fatocasa de aposta galera betque pessoas morreramcasa de aposta galera betsituações não naturais", diz Peter Stone, chefe do Institutocasa de aposta galera betPesquisa Dark Tourism (IDTR, porcasa de aposta galera betsiglacasa de aposta galera betinglês), para o programa The Why Factor, da BBC.
O conceito desse tipocasa de aposta galera betturismo foi cunhadocasa de aposta galera bet1996 pelos professores britânicos John Lennon e Malcolm Foley, que asseguram, no entanto, que, apesarcasa de aposta galera betestar agora na moda, não é um fenômeno novo.
"Desde a época do obscurantismo, os peregrinos viajavam para visitar tumbas e lugarescasa de aposta galera betmartírio religioso. A batalhacasa de aposta galera betWaterloo foi observada pela nobreza a uma distância segura e um dos primeiros camposcasa de aposta galera betbatalha durante a Guerra Civil dos Estados Unidos foi 'vendido' no dia seguinte como um localcasa de aposta galera betatração para os visitantes", escreveu Lennoncasa de aposta galera betum artigo ao jornal britânico The Guardian.
"Mais recentemente, o marco zerocasa de aposta galera betNova York tornou-se uma parte essencial do itinerário para muitos visitantes", acrescentou.
Este memorial às vítimas dos atentadoscasa de aposta galera bet11casa de aposta galera betsetembrocasa de aposta galera bet2001 aparececasa de aposta galera betterceiro lugar na listacasa de aposta galera betcoisas para se fazercasa de aposta galera betNova York do site especializadocasa de aposta galera betviagens Trip Advisor.
Em 2016, o memorial e museucasa de aposta galera betAuschwitzcasa de aposta galera bethomenagem às vítimas do Holocausto nazista foi visitado por maiscasa de aposta galera bet2 milhõescasa de aposta galera betpessoas.
A listacasa de aposta galera betdestinoscasa de aposta galera betturismo mórbido abrange lugares como os campos da morte no Camboja, o memorial do genocídiocasa de aposta galera betRuanda, a Praça Dealeycasa de aposta galera betDallas, onde o presidente americano John F. Kennedy foi assassinado, o Edifício Dakota,casa de aposta galera betNova York, onde o músico John Lennon foi morto ou o lugar onde Kurt Cobain, líder da banda Nirvana, se suicidou.
Há também outros lugares que potencialmente parecem mais arriscados para uma visita, como Chernobyl, na Ucrânia, ondecasa de aposta galera bet1986 ocorreu um dos mais graves acidentes nucleares da história numa usina atômica - até hoje não se pode chegar a uma áreacasa de aposta galera bet30 quilômetros do local, a chamada "zonacasa de aposta galera betexclusão".
Apesar disso, o númerocasa de aposta galera betturistas que visitaram Chernobyl passoucasa de aposta galera betquase 7.000casa de aposta galera bet2009 para maiscasa de aposta galera bet36.000casa de aposta galera bet2016.
O localcasa de aposta galera betoutro grande acidente nuclear da mesma magnitude, ocorridocasa de aposta galera betFukushima, no Japão, como resultadocasa de aposta galera betum terremoto e tsunami que causou quase 19.000 mortescasa de aposta galera bet2011, também se tornou muito popular - a tal ponto que, apesar da proibiçãocasa de aposta galera betse acercar do local, os guias turísticos transferem a cada ano cercacasa de aposta galera bet2.000 visitantes para as aldeias próximas aos reatores.
Mas o que torna esses destinos atraentes para os turistas?
Encontro com a morte
Em seus textos, os professores Foley e Lennon afirmam que as pessoas são movidas pelo desejocasa de aposta galera betexperimentar a realidade além das imagens mostradas pela mídia.
Um desses turistas mais experientes, Peter Hohenhaus, que visitou quase 700 locaiscasa de aposta galera betturismo mórbidocasa de aposta galera bet90 países, acredita que essas viagens ajudam as pessoas a se colocaremcasa de aposta galera betcontato com a própria mortalidade.
"Quando visitamos esses lugares não nos lembramos dos outros, nós nos lembramoscasa de aposta galera betnós mesmos, é por isso que temos os memoriais. Nesse sentido, o turismo mórbido nos guia através da morte dos outroscasa de aposta galera betdireção às nossas próprias vidas", explicou ele ao The Why Factor, da BBC.
Peter Stone, do institutocasa de aposta galera betpesquisacasa de aposta galera betturismo mórbido, também aponta para essa ligação das pessoas com a mortalidade.
"Nós vamos a esses lugares porque somos inerentemente fascinados pela morte dos outros e, no final, nesses lugares encontramos nosso próprio sensocasa de aposta galera betmortalidade. No mundocasa de aposta galera bethoje, estamos muito divorciados da realidade social da morte, que é muito profissionalizada e gerida por médicos, por isso torna-se uma espéciecasa de aposta galera betcalcanharcasa de aposta galera betAquiles da sociedade moderna, a morte é a atração final", disse ele.
Mas, além dessas conotações espirituais ou filosóficas, esse tipocasa de aposta galera betturismo tem pontos controversos ligados à morbidez e à mercantilização do infortúnio dos outros.
Uma prática ética?
Em 2017, poucos meses após o incêndiocasa de aposta galera betLondres da Torre Grenfell, onde 71 pessoas morreram, os vizinhos assistiram perplexos quando um ônibus cheiocasa de aposta galera betturistas chineses paroucasa de aposta galera betfrente ao prédio para tirar fotos.
Alguns decidiram colocar cartazes para lembrar aos visitantes que aquele local eracasa de aposta galera betluto porque seus vizinhos e familiares perderam suas vidas lá.
"Toda vez que alguém vem e tenta tirar uma foto, ela nos atinge novamente, é um lembretecasa de aposta galera betalgo muito difícil. Você não consegue entender como isso pode atrair pessoas... Eu não me importo se eles vêm e prestam homenagem, mas é diferente se eles tiram fotos", comentou um dos vizinhos à BBC.
Hohenhaus considera, por outro lado, que os turistas devem sempre evitar visitar um lugar cedo demais, quando muitas feridas ainda podem estar abertas.
"Você tem que estar muito consciente das reações e ser discreto quando não estácasa de aposta galera betum lugar onde eles cobram um ingresso e eles te dão um folheto", disse elecasa de aposta galera betentrevista à revista National Geographic.
Quanto à mercantilização, é outra questão complexa, porque pode ser apresentadacasa de aposta galera betvárias maneiras.
Às vezes, o local não pode cobrar ingressos, mas vende lembranças ou outros produtos para ganhar dinheiro.
No entanto, devemos também levarcasa de aposta galera betconta que muitas vezes esse dinheiro é necessário para garantir a preservação dos memoriais ao longo do tempo e para realizar umacasa de aposta galera betsuas funções: educar as gerações presentes e futuras sobre as tragédias do passado.
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