As mulheres que se negam conhecer o passado violentovbet easy appseus parceiros:vbet easy app
"Elas acham que é problema delas e acusam a políciavbet easy appinterferência (em suas vidas pessoais)", diz ele.
Ou, como no caso da britânica Gemma Willis, elas já sabem sobre o passado do parceiro, mas acham que vai ser diferente com elas.
Seu (hoje ex) namorado tinha uma sérievbet easy appcondenações, incluindo uma por agredir outra mulher.
Mas Willis acreditava que esse histórico era porque "ele era tão ruim quanto a mulher que estava com ele" e que as brigas do passado dele tinham a ver com bebidas e drogas.
E ela "não era assim".
"Eu pensava: se eu não der a ele nenhum motivo para fazer algo, então, não havia nada que poderia acontecer comigo", conta ela. "Olhando para isso agora, fui um pouco ingênua."
O então namorado acabou por agredi-la também.
Ele bateu a cabeça delavbet easy appuma janela, cortou o pescoço dela com uma espátulavbet easy apppedreiro, bateu nela com um martelo e ameaçou matá-la.
Presavbet easy appum relacionamento abusivo, Willis arrumava desculpas para o comportamento do namorado, culpando as drogas, que o deixavam paranóico.
Quando os ataques atingiram um auge e ele foi preso, ela achava que ele iria admitir à polícia o que havia feito.
Mas ele não admitiu – e ela acabou acordando. Quando a polícia ofereceu informações sobre ele com base na Leivbet easy appClare, que ela não conhecia, Willis aceitou.
Ela descobriu que as histórias do passado que o namorado havia contado "não eram nada parecido" com a realidade. "Meu queixo caiu", diz ela.
Como a lei funciona
O ex-namorado acabou condenado e Willis usou a Leivbet easy appClare para checar o históricovbet easy appseu novo namorado – que tem a ficha limpa e entendeu a necessidade delavbet easy appfazer a checagem para ficar tranquila.
A lei, cujo nome oficial é Domestic Violence Disclosure Scheme (Programavbet easy appAbertura sobre Violência Doméstica), ganhou o apelidovbet easy appLeivbet easy appClarevbet easy apphomenagem a Clare Wood, que foi morta aos 36 anos por um homem com históricovbet easy appviolência.
Após o pedido ser feito, a polícia faz uma checagem: quem é quem, qual o tipovbet easy apprelacionamento entre as pessoas, qual o riscovbet easy apphaver algum tipovbet easy appagressão e que tipovbet easy appinformação há para ser divulgada. Um conselho, então, avalia se o risco é suficiente para que as informações sejam divulgadas – equilibrando o risco com o direito da pessoa investigada à privacidade.
Regrasvbet easy appproteçãovbet easy appdados garantem que a informação seja dada pessoalmente à pessoa que receber e ela também é avisada que pode ser processada caso divulgue a informação para outras pessoas.
A lei criou o "direitovbet easy appperguntar" para parceiros, seus amigos e familiares. E a polícia pode usar o "direitovbet easy appsaber" para divulgar a informação ela mesma.
No entanto, os últimos dados disponíveis, compilados pelo Escritório Nacionalvbet easy appEstatísticas do Reino Unido, mostram que apenas 57% dos formulários feitos com base no "direitovbet easy appsaber" resultaram na divulgação das informações.
Informações obtidas pela BBC News por meio do equivalente britânico da Leivbet easy appAcesso à Informação indicam quevbet easy appmuitos casos as mulheres estão se recusando a ouvir as informações passadas pelas polícia.
Nesses casos, são os policiais que iniciam o processo depoisvbet easy appreceber informação que sugere que alguém estávbet easy apprisco. Esse "alerta" pode virvbet easy appvárias formas. Por exemplo, após uma denúnciavbet easy appviolência doméstica feita através dos serviçosvbet easy appemergência.
Mas mesmo que o painel responsável pelo caso dê permissão para a abertura dos dados, a divulgação da informação pode não acontecer se a pessoa se recusar a ouvir – já que os dados só podem ser passados pessoalmente.
Medo da verdade
Becky Rogerson, diretora da ONG My Sister's Place, que ajuda vítimasvbet easy appviolência doméstica, afirma que uma visita da polícia pode ser perigosa para algumas mulheres.
"Mesmo que as mulheres não sejam responsáveis por chamar a polícia, elas frequentemente acabam sendo culpadas por isso por parceiros abusivos", explica Rogerson.
Isso torna mais difícil que mulheres que sofrem com parceiros abusivos recebam ajuda.
"Muitas mulheres ficariam muito preocupadas com a possibilidadevbet easy appa polícia simplesmente aparecer na portavbet easy appcasa e começar a falar sobre alguémvbet easy appquem elas já têm medo."
A experiênciavbet easy appRogerson com vítimasvbet easy appviolência doméstica mostra que, se uma mulher "sente que não é capazvbet easy appescapar", pode "ser mais fácil não saber".
"Eles pensam: 'se eu fizer algo, ou se souberem sobre a violência, o serviço social vai levar meus filhos embora'", afirma Rogerson.
"Nós ouvimos isso o tempo todo – as mulheres morremvbet easy appmedo do serviço social."
Elas também temem reações dos parceiros sevbet easy appexperiência anterior as fizer pensar que a polícia não é capazvbet easy appprotegê-las.
"Há uma desconfiança que precisa ser superada", afirma Rogerson.
"O parceiro abusivo é, para elas, uma presença maior e uma ameaça maior do que a polícia ou qualquer outra pessoa."
A socióloga Sandra Walklate, da Universidade Liverpool, diz que há apenas uma suposiçãovbet easy appque a Leivbet easy appClare vá prevenir mortes.
"Não temos nenhuma formavbet easy appsaber se está funcionando ou não" sem perguntar para as mulheres se a informação fez alguma diferença no seu processo decisório, diz Walklate.
"Certamente não está funcionando como um mecanismo preventivo, que é como foi idealizada."
Ela nem acredita que a lei teria evitado a mortevbet easy appClare Wood: um estudo que ela escreveu cita descobertas da políciavbet easy appque Wood estava ciente das tendências violentas do parceiro, porque ele já havia sido violento com ela.
Para Gemma Willis, a Leivbet easy appClare abriu os olhos para o passado "chocante" do parceiro, mas apenas depois que ela mesmo tinha sofrido violência.
Hoje, ela diz que gostariavbet easy appter ficado sabendo sobre o passado do namorado antes – mas reconhece um problema. Se soubesse da existência da lei quando ainda estava presa no relacionamento, diz ela, ela provavelmente teria feito um pedido para ver o histórico do parceiro "só para tentar provar para as pessoas que ele era 'ok'".
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