A mulher que lutou pelo direitoreal bet onlineser prostituta:real bet online
O número havia diminuído -real bet online54 mil para 28 milreal bet online1951, segundo dados oficiais - assim como o apoio público a elas. Quando as prostitutas ofereceram doações para o Congresso, Mahatma Gandhi recusou e sugeriu que se dedicassem à tecelagem.
Tudo isso apesar do fatoreal bet onlineestarem entre os poucos grupos que podiam votar porque ganhavam dinheiro, pagavam impostos e possuíam propriedades.
Não se sabe muito sobre a vida pessoalreal bet onlineHusna Bai. Entre as poucas informações, conhece-se o fatoreal bet onlineque ela morava com uma prima e dois irmãos mais novos que dependiamreal bet onlineseus ganhos.
Mas a históriareal bet onlinesua luta pelo direitoreal bet onlineexercer seu ofício, que acabou esquecida, faz parte agorareal bet onlineum livro novo e envolvente do historiador Rohit De, da Universidadereal bet onlineYale, nos Estados Unidos.
A obra, intitulada A People's Constitution: Law and Everyday Life in The Indian Republic (Uma Constituição Popular: Lei e Vida Cotidiana na República da Índia,real bet onlinetradução livre), explora como a Constituição indiana, apesarreal bet onlinesua "origem elitista e premissas estrangeiras, permeou a vida cotidiana e o imaginário na Índia durante a transiçãoreal bet onlineum Estado colonial para uma República democrática".
Mapeando a luta por liberdade
A ausênciareal bet onlinemateriaisreal bet onlinearquivo significa que De se baseou nos registros do tribunal para reconstituir e contar a históriareal bet onlineHusna Bai, como partereal bet onlineum movimento maiorreal bet onlinemulheresreal bet onlinetodo o país.
A petiçãoreal bet onlineBai despertou muito interesse e ansiedade.
Burocratas e políticos debateram a questão e deixaram para trás "uma pilha volumosareal bet onlinepapel", segundo o autor.
Um gruporeal bet onlineprostitutasreal bet onlineAllahabad e o sindicato das dançarinas (Dancing Girls Union) manifestaram apoio à causareal bet onlineBai.
Houve uma enxurradareal bet onlinepetições semelhantes protocoladas por prostitutasreal bet onlinetribunaisreal bet onlineDelhi, Punjab e Bombaim (atual Mumbai).
Begum Kalawat, prostituta expulsareal bet onlineuma cidade após ser acusadareal bet onlineoferecer seus serviços pertoreal bet onlineuma escola, entrou com uma ação no tribunal superior, argumentando que isso violava seu direito à igualdade, liberdadereal bet onlinecomércio e movimento.
A nova lei deixara as prostitutas preocupadasreal bet onlinerelação ao futuro. Elas coletaram dinheiroreal bet onlineclientes e empresários locais para combater a legislação nos tribunais.
Cercareal bet online75 mulheres, alegando serem integrantesreal bet onlineuma associação profissionalreal bet onlinecantoras e dançarinas, organizaram uma manifestaçãoreal bet onlinefrente ao Parlamento,real bet onlineDelhi. E disseram aos parlamentares que a repressão àreal bet onlineprofissão levaria àreal bet onlinedisseminação para "áreas consideradas respeitáveis".
Cercareal bet online450 cantoras, dançarinas e mulheresreal bet online"má reputação" se uniram para lutar contra a nova lei.
Um gruporeal bet onlinedançarinas anunciou,real bet onlineAllahabad, que faria manifestaçõesreal bet onlineprotesto contra a legislação, uma vez que era uma "clara usurpação do direitoreal bet onlinecontinuar qualquer profissão garantida pela Constituição".
Rebelião por direitos
As prostitutas do movimentado "bairro da luz vermelha"real bet onlineCalcutá ameaçaram fazer uma grevereal bet onlinefome se o governo não oferecesse às 13 mil profissionais do sexo da região meios alternativosreal bet onlinesubsistência.
A polícia e o governo expressaram preocupação com a petiçãoreal bet onlineHusna Bai. Não surpreendentemente, a resistência mais forte veioreal bet onlinemulheres parlamentares e assistentes sociais que lideravam a campanha a favor da legislação contra o tráfico do corpo humano.
Segundo De, os críticos ficaram "horrorizados com a invocaçãoreal bet onlineprincípios constitucionais pelas prostitutas".
"A petiçãoreal bet onlineHusna Bai e as petições similares que se seguiram foram vistas como um ataque à agenda progressista da nova república."
A Assembleia Constituinte da Índia - que contava com participação feminina - argumentou que as mulheres não optaram por se prostituir e foram forçadas a isso por conta das circunstâncias. E possivelmente se chocou com o fatoreal bet onlineelas reivindicarem um direito fundamental para exercer seu negócio e continuar uma "vidareal bet onlinedegradação".
"Olhandoreal bet onlineperto, fica claro que este não é um ato heroico individualreal bet onlineresistência, mas sim partereal bet onlineuma ação coletivareal bet onlineum grupo organizado espontaneamente, engajado no comércio sexualreal bet onlinetoda a Índia", diz De.
"Está claro que essa nova lei aumentou as pressões que os envolvidos no comércio sexual já estavam enfrentando, ameaçando dificultar a práticareal bet onlinelonga data."
A petiçãoreal bet onlineBai foi rejeitadareal bet onlineduas semanas sob a alegação técnicareal bet onlineque seus direitos ainda não haviam sido prejudicados pela nova lei - ela não tinha sido despejada, tampouco havia uma queixa criminal contra ela. O juiz afirmou que seus argumentos sobre o despejo estavam corretos, mas não falou muito mais.
E, finalmente, a Suprema Corte considerou a lei constitucionalmente válida e estabeleceu que as prostitutas não poderiam se beneficiarreal bet onlinedireitos irrestritos.