O brasileiro com problemas cardíacos que desenvolveu um gel para imprimir corações artificiais:realsbet e confiavel
Como isso o trouxe até o desenvolvimento do gel é uma longa história.
"Tentando resumir um pouco, o fatorealsbet e confiaveleu estar constantemente no hospital me despertou o interesse pela Medicina", conta. "Desde criança, eu sempre quis ser médico e trabalhar no Incor, tratando crianças que apresentassem essas mesmas malformações congênitas que eu tive. Com sucesso, passei no vestibular e entrei na Faculdaderealsbet e confiavelMedicina da USPrealsbet e confiavel2009."
Desde o início da graduação - e por toda ela -, Gabriel se envolveu com diversos projetos na árearealsbet e confiavelcirurgia cardíaca, principalmente a pediátrica.
"Na épocarealsbet e confiavelque eu estava terminando a faculdade, comecei a entrarrealsbet e confiavelcontato com a engenhariarealsbet e confiaveltecidos, inicialmente à distância", conta. "Quanto mais eu lia sobre ela, mais encantado eu ficava e mais eu acreditava que aquele era o futuro da cirurgia cardíaca. Basicamente, essa área procura organizar polímeros, células e biomoléculasrealsbet e confiavelmaneira a construir tecidos vivos, para a reposição e regeneraçãorealsbet e confiavelórgãos ou parte deles", explica.
De acordo com ele, hoje há milharesrealsbet e confiavelpessoas na filarealsbet e confiaveltransplante cardíaco, e a maioria delas nunca conseguirá receber um coração.
"Por isso, acreditando que seria possível criar órgãosrealsbet e confiavellaboratório nos próximos anos e, assim, resolver o problema da escassez - e também da rejeição - para transplante, decidi que faria meu doutorado nessa área", diz. "Assim,realsbet e confiavel2015, ingressei direto nele, sem fazer mestrado, na Universidaderealsbet e confiavelGroningen, na Holanda, e desenvolvi uma sérierealsbet e confiavelprojetos, sendo que um deles deu origem a esse gel."
Impressãorealsbet e confiavel3D
Liguori explica que seu plano é construir um coração utilizando uma técnicarealsbet e confiavelengenhariarealsbet e confiaveltecidos conhecida como bioimpressão, que nada mais é do que a impressão 3Drealsbet e confiaveltecidos humanos.
"Diferentemente da impressão 3D tradicional, entretanto,realsbet e confiavelvezrealsbet e confiavelutilizar materiais plásticos como matéria-prima, a bioimpressão utiliza algo chamadorealsbet e confiavelbiotinta, que se constitui justamente do gel que desenvolvemos, combinado com células-tronco, que,realsbet e confiavelconjunto, vão originar os tecidosrealsbet e confiavelinteresse."
O pesquisador não dá detalhes do processorealsbet e confiavelfabricação do gel, porque ele estárealsbet e confiavelfaserealsbet e confiavelanálise para patente. O que pode dizer é que é um produto fabricado a partirrealsbet e confiaveltecidos animais análogos aos dos humanos.
"Para fazê-lo, utilizamos um coração suíno", revela. "A partir desses tecidos animais, retiramos as células, para não causar rejeição no receptor, e utilizamos apenas o conteúdo extracelular. Com isso, vamos imprimir um órgão artificial."
De acordo com ele, os resultados até agora têm sido promissores. O gel se mostrou, nos estudos, como um grande aliado na cultura tridimensional - e consequente bioimpressão -realsbet e confiavelcélulas,realsbet e confiavelparticular células-tronco. "Elas entendem o nosso gel como se ele fosse o tecido nativo, onde deveriam estar e, dessa forma, respondem exatamente como as encontradas nele", explica.
Liguori diz ter demonstrado que o gel, alémrealsbet e confiavelinfluenciar a proliferação e diferenciaçãorealsbet e confiavelcélulas-tronco, também possibilita a formaçãorealsbet e confiavelredes microvasculares, que são os pequenos vasos que existemrealsbet e confiaveltodos os órgãos e pelos quais o sangue passa para chegar aos tecidos.
Isso é muito importante pois, para qualquer órgão que se queira fabricarrealsbet e confiavellaboratório, será necessário que eles apresentem uma extensa rede microvascular para não morrer.
Formação
Duranterealsbet e confiavelgraduação na USP, Liguori passou um períodorealsbet e confiavelHarvard, fazendo o curso "Principles and Practice of Clinical Research" e estagiando no Children's Hospital Boston, considerado um dos melhores dos Estados Unidos na área pediátrica.
O jovem pesquisador também fez um estágiorealsbet e confiavelLondres, onde, durante um mês, pôde analisar a coleçãorealsbet e confiavelcorações com cardiopatias congênitas do Royal Bromptom Hospital. Depois, também por um mês, esteve na cidade holandesarealsbet e confiavelMaastrich, pelo Programarealsbet e confiavelintercâmbio da International Federation of Medical Students Associations.
No finalrealsbet e confiavel2014, ele se formou com destaque na FMUSP, recebendo o Prêmio Prof. Dr. Edmundo Vasconcelosrealsbet e confiaveldistinçãorealsbet e confiavelCirurgia.
No ano seguinte, Liguori foi selecionado como um dos 24 bolsistas - entre 80 mil candidatos - da Fundação Estudar, que dá apoio financeiro erealsbet e confiavelorientação acadêmica para jovens com potencialrealsbet e confiavelliderança.
Em 2017, voltou ao Incor, agora como médico e pesquisador. Atualmente, ele continua trabalhando no desenvolvimento do gel, que estárealsbet e confiavelfaserealsbet e confiavelestudos pré-clínicos. "Ou seja, estamos estudando seu funcionamentorealsbet e confiavelanimais para compreender melhor como o organismo reage a ele quando é implantadorealsbet e confiaveldiferentes regiões do corpo", explica.
Ele ressalva, no entanto, que o uso do produtorealsbet e confiavelpacientes ainda deverá levar algum tempo, não por causa do gelrealsbet e confiavelsi, mas pelos diversos outros processos que são necessários otimizar para que se consiga fabricar órgãos e tecidosrealsbet e confiavellaboratório. "Mesmo assim, acredito que conseguiremos iniciar testes clínicos com tecidos mais simples, fabricados a partir desse dele, nos próximos cinco anos", prevê.