A verdadeira face da 'Evaroleta aleatoriaNaharon', a mulher mais antiga das Américas:roleta aleatoria

A face reconstituídaroleta aleatoria3Droleta aleatoriaEvaroleta aleatoriaNaharon

Crédito, Cícero Moraes

Legenda da foto, Rosto da 'Evaroleta aleatoriaNaharon' foi criado digitalmente a partirroleta aleatoriacrânio mais antigo já encontrado nas Américas

Os trabalhos se seguiram até 2002, com o recolhimentoroleta aleatoriaresquícios arqueológicos e paleontológicos.

Ossosroleta aleatoriaEvaroleta aleatoriaNaharon

Crédito, Eugenio Aceves/INAH

Legenda da foto, Ossosroleta aleatoriaEvaroleta aleatoriaNaharon estavam a 22,6 metrosroleta aleatoriaprofundidade

O esqueleto dessa mulher, batizadaroleta aleatoria"Evaroleta aleatoriaNaharon" - ganhou este nome porque foi encontrada no cenoteroleta aleatoriaNaharon - estava a 22,6 metrosroleta aleatoriaprofundidade. E foi encontrado bem preservado, com 80% da estrutura original.

Uma sérieroleta aleatoriaanálises foi realizada pela Universidade Nacional Autônoma do México para estimar dados sobre a mulher. Eva media 1,41 metroroleta aleatoriaaltura e tinharoleta aleatoria20 a 25 anos quando morreu. Entre 2002 e 2008, três laboratórios diferentes fizeram testesroleta aleatoriadatação. A idade foi impressionante: com 13,6 mil anos, Evaroleta aleatoriaNaharon é o mais antigo fóssil humano encontrado nas Américas.

E,roleta aleatoriacerta forma, indica que houve outras migrações para o povoamento da América, antes do Estreitoroleta aleatoriaBering ter se convertidoroleta aleatoriauma "ponte" devido à Era do Gelo.

Mergulhadorroleta aleatoriaum cenote

Crédito, Octavio Del Rio/INAH

Legenda da foto, Cenotes eram muito utilizados para rituais da civilização maia

Teorias

Proposta pela primeira vezroleta aleatoria1590 e validada com escavações arqueológicas realizadas na primeira metade do século 20, a teoria mais aceita para o povoamento da América diz que, na última Era Glacial, que terminou por voltaroleta aleatoria13 mil anos atrás, o nível dos oceanos recuouroleta aleatoriapelo menos 120 metros. Isso abriu conexões terrestresroleta aleatoriadiversos pontos do planeta, inclusive entre o atual extremo leste da Rússia e o atual Alasca, no chamado Estreitoroleta aleatoriaBering - um trechoroleta aleatoriamar naturalmente raso.

Entretanto, se os primeiros habitantes da América chegaram apenas nessa época, seria impossível que Eva estivesse no México mais ou menos ao mesmo tempo.

Sua datação, portanto, veio reforçar teorias como a proposta pelo etnólogo francês Paul Rivet (1876-1958), que não negava a tradicional ideia do Estreitoroleta aleatoriaBering, mas supunha que outras migrações teriam ocorridoroleta aleatoriaséculos anteriores, por exemplo,roleta aleatoriaembarcações que saltaramroleta aleatoriailharoleta aleatoriailha.

O investigador subaquático Octavio del Río coleta ossosroleta aleatoriaEvaroleta aleatoriaNaharon

Crédito, Eugenio Aceves/INAH

Legenda da foto, O investigador subaquático Octavio del Río foi o descobridorroleta aleatoriaEvaroleta aleatoriaNaharon

'Evaroleta aleatoriaNaharon'

De acordo com pesquisas realizadas após a descoberta, Eva viveu na regiãoroleta aleatoriaYucatán e era caçadora-coletora. Não se sabe se ela foi levada para o labirintoroleta aleatoriacavernas - na época, seco - antes ou depoisroleta aleatoriamorta.

Estudos mostram que os cenotes se tornaram estruturas submersas após a Era do Gelo, quando o nível dos oceanos aumentou.

Del Río recorda-se que encontrar Eva exigiu um ano e meioroleta aleatoriamergulhos na região. "O trabalho foi uma maratona. Todas as referências nos levaram a lugares escondidos dentro da caverna. Foram muitas horas mergulhandoroleta aleatorialocais e rotas dentro do sistema até que finalmente obtivemos uma referência precisa da localização dos restos mortais", conta.

"Quando finalmente encontramos o lugar e tive a sorte, juntamente com meu colega Eugenio Acevez,roleta aleatoriame deparar com os restos do esqueletoroleta aleatoriaNaharon, vimos que certamente era um esqueleto humano", diz. "Mas não fazíamos a menor ideiaroleta aleatoriaque se tratava do mais antigo fóssil humano já encontrado no continente."

Del Río mergulharoleta aleatoriaárea alagada

Crédito, Octavio Del Rio/INAH

Legenda da foto, Del Río lembra que encontrar fósseisroleta aleatoriaEva exigiu um ano e meioroleta aleatoriamergulhos

A descoberta foi relatada ao Instituto Nacionalroleta aleatoriaAntropologia e História do México e, cercaroleta aleatoriaum ano depois, dentroroleta aleatoriaum projetoroleta aleatoriapesquisa específico, a coleta do material foi realizada - e então se iniciou o processoroleta aleatoriaanálises e datação.

Atualmente, o fóssil está sob a guarda do instituto, com acesso restrito a pesquisadores.

Reconstrução facial

Del Río conta que procurou os trabalhosroleta aleatoriaMoraes depoisroleta aleatoriatomar conhecimentoroleta aleatoriaoutras reconstruções faciais realizadas pelo brasileiro. "Ele é reconhecidoroleta aleatoriatodo o mundo por seu trabalhoroleta aleatoriarecriação facial virtual a partirroleta aleatoriamodelos tridimensionaisroleta aleatoriacrâniosroleta aleatoriaimportantes figuras históricas", comenta.

Não está nos planos do instituto fazer uma reprodução física da Evaroleta aleatoriaNaharon. "Mas parte dos objetivos é criar, dentroroleta aleatoriaum curto prazo, um museu virtual com modelos tridimensionaisroleta aleatoriarestos arqueológicos e paleontológicos encontrados. Será um meio alternativo para conhecimento e estudo, que poderá ser acessado remotamente por interessados", diz Del Río.

"Gostei bastante do resultado final", avalia Moraes. "Ficou diferente do que imaginava, mas os grandes mestres da reconstrução facial dizem que não podemos esperar o resultado ao mirar os ossos - temosroleta aleatoriatrabalhar e focar na metodologia, e ele (o resultado) vem naturalmente."

Para o designer, Eva se revelou uma mulherroleta aleatoria"rosto altivo e agradável aos olhos, nos contemplando com tranquilidade".