Projetopoker online dinheiro real bônusmemorial inédito aos negros escravizados expõe tabu do passado colonialpoker online dinheiro real bônusPortugal:poker online dinheiro real bônus

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Legenda da foto, Essa estátua marcando a libertação foi erguidapoker online dinheiro real bônusuma ilhapoker online dinheiro real bônusSenegal usada por navios negreirospoker online dinheiro real bônusPortugal, França, Inglaterra e Holanda; apesarpoker online dinheiro real bônusparticipação por 4 séculospoker online dinheiro real bônustráfico e escravatura, Portugal não monumento às vítimas desse período

Para uma nação que glorifica seus exploradores e navegadores, examinar esse passado colonial não tem sido uma tarefa fácil e tem gerado polarizações.

Passados oito meses, o monumento ainda não saiu do papel.

Da escravidão ao racismo moderno

"Queremos que este monumento traga vida ao debatepoker online dinheiro real bônustorno do racismo hoje", diz Beatriz Gomes Dias, presidente da Djass.

"Portugal precisa reconhecer que a escravidão não é algo que foi esclarecido no passado. Há uma linha clara entre a escravidão, o trabalho forçado que continuou depois e o racismo que está passando agora pela sociedade."

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Legenda da foto, Memorial às vítimas da escravidão tem construção prevista neste local na orlapoker online dinheiro real bônusLisboa, nas proximidades da Praça do Comércio

Muitos portugueses relutampoker online dinheiro real bônusaceitar que haja um "problemapoker online dinheiro real bônusracismo" no país.

"Qualquer um que tenha algum conhecimento da Europa tem que concordar conosco: Portugal é provavelmente, se não certamente, o país menos racista da Europa", escreveu no ano passado o acadêmico e fundador do Movimento Internacional Lusófono, Renato Epifânio.

O escritor e historiador João Pedro Marques diz que os descendentespoker online dinheiro real bônusafricanos têm o direitopoker online dinheiro real bônuslembrar o sofrimento do seu povo, mas acha que ativistas estão exagerando quanto ao papelpoker online dinheiro real bônusPortugal no tráficopoker online dinheiro real bônusescravos e distorcendopoker online dinheiro real bônushistória colonial para fins políticos.

"Eu acho que aqueles que estão fazendo campanha contra o racismo querem substituir uma visão tendenciosa dos eventos por uma ainda mais tendenciosa", disse ele.

'Orgulho no colonialismo'

Beatriz Gomes Dias diz que ativistas portugueses negros estão tentando "desafiar a narrativa dominante da identidade portuguesa".

"Não há lugar no imaginário português para os negros. As pessoaspoker online dinheiro real bônusorigem africana não são reconhecidas como parte da sociedade portuguesa", disse ela.

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Legenda da foto, No ano passado, o presidente português Marcelo Rebelopoker online dinheiro real bônusSousa visitou a Casa dos Escravospoker online dinheiro real bônusSenegal - mas, ao contrário do que defendiam historiadores, não pediu desculpaspoker online dinheiro real bônusnome do Estado pelo papel do país no tráficopoker online dinheiro real bônusescravos

Ela vê como equivocada a exaltação, nas escolas, da "era dos descobrimentos"poker online dinheiro real bônusPortugal, que, para ela, fomenta um orgulho do colonialismo.

"Nós queremos confrontar essa ideiapoker online dinheiro real bônusdescoberta e ampliá-la para incluir as históriaspoker online dinheiro real bônustodas as pessoas. Não podemos dizer que a violência, a opressão e o genocídio são uma coisa positiva. Precisamospoker online dinheiro real bônusum debate real sobre nosso passado comum", disse ela.

Erapoker online dinheiro real bônusopressão - e descoberta

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Legenda da foto, Pinturapoker online dinheiro real bônus1814 mostra escravos à procurapoker online dinheiro real bônusouro no Brasil, enquanto colônia portuguesa: Estima-se que navios portugueses e brasileiros tenham transportado aproximadamente seis milhõespoker online dinheiro real bônusescravos durante um períodopoker online dinheiro real bônus400 anos, quase metade do número totalpoker online dinheiro real bônuspessoas tomadas como escravas através do Atlântico

Até a abolição do tráficopoker online dinheiro real bônusescravos,poker online dinheiro real bônus1836, navios portugueses e brasileiros transportaram pertopoker online dinheiro real bônusseis milhõespoker online dinheiro real bônusescravos - por 400 anos -, quase metade do totalpoker online dinheiro real bônusnegros escravizados levadas através do Atlântico.

A maioria dos escravos foi capturada na África, mas entre eles também estavam chinesespoker online dinheiro real bônusMacau, antiga colônia portuguesa.

A controvérsia também atrasou os planospoker online dinheiro real bônusum museupoker online dinheiro real bônusLisboa dedicado ao períodopoker online dinheiro real bônusexpansão internacionalpoker online dinheiro real bônusPortugal. Batizado inicialmentepoker online dinheiro real bônusMuseu da Descoberta, trocoupoker online dinheiro real bônusnome algumas vezes, para Museu das Descobertas, da Interculturalidade e, mais recentemente, da Viagem.

Em junho, maispoker online dinheiro real bônus100 ativistas e intelectuais negros apelaram ao governo para não confundir escravidão e invasão com descobertas ou expansão marítima.

De acordo com a lei portuguesa, é ilegal recolher informações relacionadas a raça, o que torna difícil obter dados sobre a dimensãopoker online dinheiro real bônusnegros e pardos na sociedade portuguesa epoker online dinheiro real bônuscolocação no estrato social do país.

Mas Cristina Roldão, socióloga da Universidadepoker online dinheiro real bônusLisboa, diz que cidadãos portugueses ou moradores negros não desfrutampoker online dinheiro real bônusigualdade.

Jovens negros com idades entre 18 e 25 anos têm apenas metade da probabilidadepoker online dinheiro real bônusportugueses brancospoker online dinheiro real bônusirem para a universidade,poker online dinheiro real bônusacordo com pesquisapoker online dinheiro real bônusque ela trabalhou. E a taxapoker online dinheiro real bônusencarceramentopoker online dinheiro real bônusPortugal é 15 vezes maior para pessoaspoker online dinheiro real bônusorigem africana.

Sendo negro e português

Nascidapoker online dinheiro real bônuspaispoker online dinheiro real bônusCabo Verde, antiga colôniapoker online dinheiro real bônusPortugal, Roldão, que tem cidadania portuguesa, cita como injusta uma leipoker online dinheiro real bônus1981 que impede que alguns afrodescendentes sejam considerados portugueses, apesarpoker online dinheiro real bônusterem nascido no país.

"Portugal continua a ver as pessoas não brancas como separadas dapoker online dinheiro real bônusidentidade nacional", diz Mamadou Ba, da SOS Racismo Portugal, associação sem fins lucrativos que faz partepoker online dinheiro real bônusuma rede antirracista envolvendo vários países da Europa.

Ele nasceu no Senegal e morapoker online dinheiro real bônusPortugal há maispoker online dinheiro real bônus20 anos. Ba diz que a lei significa que "crianças nascidaspoker online dinheiro real bônusPortugal são consideradas estrangeiraspoker online dinheiro real bônusseu próprio país".

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Legenda da foto, Ativistas reivindicam reformas relacionadas à obtenção da cidadania - que não é concedida a alguns afrodescendentes apesarpoker online dinheiro real bônusterem nascido no país

"Ser negropoker online dinheiro real bônusPortugal significa vivenciar subordinação econômica, cultural, social e política. Ser negropoker online dinheiro real bônusPortugal é ser confrontado permanentemente com a violência simbólica e física na vida cotidiana", diz ele.

O escritor João Pedro Marques admite que existam pessoas racistaspoker online dinheiro real bônusPortugal, mas ele insiste que o país não tem um problema com racismo.

Ele diz que, enquanto figuras históricaspoker online dinheiro real bônusoposição à ditadurapoker online dinheiro real bônusAntoniopoker online dinheiro real bônusOliveira Salazar são vistas como "heróis sem defeitos ou marcas", agora, a "extrema-esquerda politicamente correta nos levou ao extremo oposto e nossos ancestrais se tornaram os piores do mundo".

A questão tornou-se um debate sobre muito mais que um monumento às vítimas da escravidão.

Para a ativista Beatriz Gomes Dias, é a provapoker online dinheiro real bônusque o monumento é necessário.

Ela e seus colegas ativistas estão agora procurando um artista que possa capturar o sofrimento histórico e as questõespoker online dinheiro real bônusraça no Portugalpoker online dinheiro real bônushoje.