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'Meu filho prefere ficar trancado no quarto', o desafio dos paisroleta betpixcrianças com autismoroleta betpixfestas natalinas:roleta betpix
"Tentamos uma vez sentar com ele e abrir vários presentesroleta betpixuma vez, mas ele entrouroleta betpixcrise. Ficou muito mal. Hoje, ele leva até uma semana para abrir todos", diz Harrison.
Ele conta que Daniel têm dificuldade para entender o que está acontecendo. "A salaroleta betpixcasa fica diferente, a cozinha fica diferente, recebemos cartõesroleta betpixboas festas, as pessoas começam a fazer visitas, há propagandas por toda parte, e ele não vê sentido algum nisso tudo", diz.
"Ele começa a ser comportarroleta betpixforma diferente. Ele gostaroleta betpixse trancar no quarto, e faz isso ainda mais durante a épocaroleta betpixNatal. Seu quarto é seu santuário."
Medoroleta betpixPapai Noel
Daniel também fica com medo quando vê um Papai Noel. Seu pai acha que ele não entende direito o que significa o Natal. "Ele estudaroleta betpixuma escola católica, onde ensinam sobre isso, mas não sabemos ao certo se ele entende o que é Jesus... Dan pensa que tudo se resume aos presentes."
Também é difícil para o menino explicar o que ele quer ganharroleta betpixpresente, o que faz o casal se sentir culpado, porqueroleta betpixfilha adolescente, Hannah, sempre ganha o que deseja. A ceia é um momento delicado, porque Daniel desenvolveu um receioroleta betpixse alimentar, após sofrerroleta betpixrefluxo quando era bebê, e nunca fez uma refeição natalina.
"Por anos, ele sequer queria sentar pertoroleta betpixcomida. Era horrível, nósroleta betpixvolta da mesa e nosso filhoroleta betpixseu quarto. Nós nos acostumamos com isso, mas, neste ano, esperamos que algo possa mudar um pouco, e ele consiga comer um poucoroleta betpixperu. Vamos tentar oferecer amassadinho ou cortado bem fininho. Mesmo assim, ele leva bastante tempo para comer e precisa ser supervisionado para que não engasgue."
O pairoleta betpixDaniel diz que esses contratempos fizeram com que o menino só tenha sido convidado para três festas até hoje. "Pode imaginar como nos sentimos? Não acho que ele se importa, mas é bem difícil para a gente. Mas as crianças [daroleta betpixturma] gostam e cuidam dele."
Desafio duplo
Para Simona Zetu, uma intérpreteroleta betpixromenoroleta betpixBirmingham, na região central da Inglaterra, o desafio é duplo, já que seu filhoroleta betpix4 anos eroleta betpixfilharoleta betpix15 têm autismo. A maior dificuldaderoleta betpixPatrick é com a comida. Ele parouroleta betpixcomer há quatro meses e, hoje, só bebe leite.
O menino não se sentará com a família para a ceiaroleta betpixNatal. Ficará brincandoroleta betpixoutra sala. "O problema é mais com a textura e a cor da comida. Não podemos forçá-lo a comer, senão ele engasga."
Sua filha, Crina, tem uma dificuldade parecida. Por quatro anos, ela comeu apenas batata frita e molhoroleta betpixtomate e só passou a fazer as refeições com a família a partir dos 10 anos. Agora, mais velha, ela passou a ter interesse por comida – a culinária japonesa éroleta betpixpreferida no momento – e vai ceiar com os pais no diaroleta betpixNatal.
"Os dois comiam normalmente até os 18 mesesroleta betpixidade. Pararamroleta betpixum dia para o outro", diz Zetu. "Parece que estou criando a mesma criançaroleta betpixnovo."
Ela conta que Patrick gostaroleta betpixabrir seus presentes, mas não entende o que é o Natal. "Ele não parece entender o que está acontecendo."
Luzes e barulhos
Zetu, que se mudou da Romênia comroleta betpixfamília há três anos, diz que era assim também com Crina. "Ela não tinha noçãoroleta betpixque o Papai Noel iria visitá-la. Viviaroleta betpixum mundo próprio. Depois dos 6 anos, passou a estar mais presente e começou a entender o significado das coisas e a ficar muito animada", diz.
Ela acrescenta que sair às compras na épocaroleta betpixNatal com os filhos, com todas as luzes e barulhos, pode ser algo bem difícil.
"Depoisroleta betpixmeia hora, o Patrick senta-se no chão e se recusa a sair do lugar. Ele não chora nem grita, apenas fica sentado. Temos que pegá-lo no colo para ir embora. Já a minha filha prefere ficar na maior parte do tempo na livraria."
Zetu evita fazer visitas a amigos e parentes no Natal sempre que possível. "Se sou eu que tenho visitas, sempre me certifico que os quartos das crianças estão preparados para elas, porque, depoisroleta betpix15 minutos, Crina prefere ir para o seu."
A menina não gosta muitoroleta betpixbater papo, porque não vê sentido nisso. Acha melhor ir para seu quarto desenhar, pintar ou ler. "Não mudaria como eles são por nada desse mundo. Tenho muita sorteroleta betpixter filhos tão adoráveis e amorosos. Eles gostam muitoroleta betpixabraços e beijos. São incríveis", diz Zetu.
"Fico com o coração partido quando conto que eles têm autismo e as pessoas respondem que sentem muito. Não fiquem mal por isso, eles apenas pensamroleta betpixforma diferente. São felizes. Normalmente, quando falamosroleta betpixautismo, só enxergamos a parte ruim. Mas o austismo não se resume às crises."
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