Gastosbrabet bônus semanalR$20 mil, xixi ‘controlado’ e ajudabrabet bônus semanalestrelas: como Laís Souza mantém a esperançabrabet bônus semanalvoltar a andar:brabet bônus semanal
Laís perdeu todos os movimentos do pescoço para baixo no acidentebrabet bônus semanal2014 por contabrabet bônus semanaluma lesão na coluna cervical C3. E, apesar das poucas "certezas" que a medicina traz para o seu caso, ela se mantém firme na esperançabrabet bônus semanalvoltar a se mexer.
"Não quero me adaptar à cadeirabrabet bônus semanalrodasbrabet bônus semanaljeito nenhum. Quero fazer o contrário: sair dela."
brabet bônus semanal Adaptação e gastos
É para isso que Laís vai todos os dias à fisioterapia, até mesmo quando está forabrabet bônus semanalRibeirão Preto. E é por isso que a ex-ginasta hoje se desdobra, fazendo eventos e palestrasbrabet bônus semanaltodo o país, na tentativabrabet bônus semanalarcar com os altos custosbrabet bônus semanalsua nova realidade, que ultrapassam R$ 20 mil por mês.
Um simples xixi, por exemplo, custa para Laís R$ 3,20 – preço da sonda que ela usa para isso –, o que faz com que ela tente "controlar" suas idas ao banheiro para que não ultrapassem seis por dia.
"É bem caro. Tem desde (gastos com) sonda pra fazer xixi e cocô, os remédios, mais as pessoas que me cuidam - isso é a parte mais cara. Algumas viagens que eu tenhobrabet bônus semanalfazer para os tratamentos, fisioterapia, faculdade...", diz.
"Usobrabet bônus semanalcinco a seis sondas no dia. Se eu for a um happy hour, por exemplo, eu vou dar PT (perda total, gíria para quando se bebe demais)", brinca. "Em geral, a cada quatro horas, devo usar uma sonda. Mas fico me policiando e atenta ao momento do xixi, porque você tembrabet bônus semanalencontrar um banheiro adaptado, um banheiro limpo e não encontra..."
A faltabrabet bônus semanalbanheiros adaptados e os altos custos da vida na cadeirabrabet bônus semanalrodas foram algumas dificuldades que Laís Souza encontrou desde que retornou ao Brasil, após ter passado seis mesesbrabet bônus semanalum hospital nos Estados Unidos. Foi na volta para casa que ela se deparou com os primeiros obstáculosbrabet bônus semanalsua nova realidade, que iam muito alémbrabet bônus semanalcalçadas esburacadas e da escassezbrabet bônus semanalrampas.
"Cheguei aqui e eu não entravabrabet bônus semanalcasa. A cadeira não passava", contou. A ex-ginasta tevebrabet bônus semanalpassar um tempo na casa do irmão até conseguir um apartamento adaptado para ela.
Foi preciso pouco tempo, aliás, para Laís perceber que a vida "adaptada" no Brasil para uma pessoa com deficiência custaria bem caro – para bancar tudo, precisou contar com a ajudabrabet bônus semanalbastante gente.
"É difícil (conseguir pagar tudo). Mas tenho vários anjos na minha vida. Hoje, tenho um patrocinador, que me ajuda bastante. Tenho também uma ajuda do governo, que uso toda com remédios. E tem o (jogadorbrabet bônus semanalfutebol) Neymar, que me ajuda com minha moradiabrabet bônus semanalSão Paulo, a clínica a que vou me ajuda também. O cavaleiro Doda Miranda me ajudou muito no início também."
A pensão por invalidez que ela recebe do governo federal ébrabet bônus semanalpouco maisbrabet bônus semanalR$ 4 mil, que gasta com os pelo menos cinco remédios que toma por dia. Os gastos estão por toda parte: desde os cuidadores, que a ajudam a fazer tudo todos os dias (são dois), a faculdade, as despesas com tratamento e fisioterapia, até a própria cadeira que a leva e trazbrabet bônus semanaltodos os lugares.
"Só a cadeira custou R$ 23 mil. A roda dela é como se fosse uma rodabrabet bônus semanalcarro, é bem cara. Quando fura, tento trocar a câmarabrabet bônus semanaldentro, mas, se machucar o pneu, tembrabet bônus semanaltrocar, igual abrabet bônus semanalum carro."
Tudo isso não é luxo para Laís - é o básico que ela precisa para continuar vivendo. "Minha deficiência é muito grande. Se forbrabet bônus semanalqualquer carro, eu não consigo ir, se for uma calçada com buraco gigante, a gente tem que fazer alguma coisa para driblar o buraco. Então, a adaptação continua bem difícil."
Recuperação
A "adaptação"brabet bônus semanalLaís à nova vida começou ainda quando acordou no hospital com a notíciabrabet bônus semanalque "dificilmente conseguiria respirar sozinha novamente", conforme um dos médicos disse àbrabet bônus semanalmãe. Ela conseguiu – tevebrabet bônus semanalreaprender a fazer isso, assim como a falar, depoisbrabet bônus semanalter passado mesesbrabet bônus semanalsilêncio.
Hoje, ela tem uma dicção perfeita, mantém o mesmo otimismobrabet bônus semanalantes - mesmo admitindo ter dias ruinsbrabet bônus semanalvezbrabet bônus semanalquando - e usa a cabeça para apontar as coisas que quer ou precisa. Quando um fio do cabelo insistiubrabet bônus semanalrepousar no seu olho, ela fez sinais com o pescoço e pediu para umbrabet bônus semanalseus ajudantes, Willian Campi, retirá-lo. Quando teve sede, apontou para a salinha do filtro e disse: "Vamos tomar água?".
A vidabrabet bônus semanalLaís agora é assim: sempre pedindo coisas para alguém. Isso já a incomodou muito, assim como as despesas a pagar às vezes pesam, e o desânimo por não poder sequer moverbrabet bônus semanalprópria cadeira toma conta dela.
"Não gostobrabet bônus semanalficar pedindo as coisas sempre. Quando tinhabrabet bônus semanalcomer, eu pedia para alguém. Aí, nada vinha do jeito que queria, porque era uma outra pessoa que estava fazendo. Mas, agora, já aprendi o jeitobrabet bônus semanalfalar, o jeitobrabet bônus semanalmostrar,brabet bônus semanalfazer", diz.
"Fuibrabet bônus semanalmuito movimento extremo para nadabrabet bônus semanalmovimento. Esse tempobrabet bônus semanaladaptação,brabet bônus semanalhospital, foi muito difícil, mas até hoje continua. Não conseguia entender. Porque não me sobrou nem um dedo (que se movimenta). Isso não entrava na minha cabeça. Até que eu fui entendendo. Pareibrabet bônus semanalme perguntar o porquê e fui viver."
Ainda assim, três anos após o acidente, Laís se vê como uma mulherbrabet bônus semanalsorte. "Recebo muitas mensagensbrabet bônus semanalgentebrabet bônus semanalsituação muito pior que a minha. Quero fazerbrabet bônus semanaltudo pra ajudar essas pessoas. Só que, por mais que eu tenha a estrutura que tenho hoje, ainda me falta. Imagina pra eles."
Evolução
Aos poucos, Laís tem conseguido evoluções na fisioterapia. Durante os exercícios, dá para ver o cansaçobrabet bônus semanalseu olhar, mas ela não para. Neste ano, a ex-ginasta conseguiu pela primeira vez ficar sentada no chão com o apoio das próprias mãos. Ficarbrabet bônus semanalpé com o auxíliobrabet bônus semanalum equipamento também foi mais uma conquista recente.
Com a ajuda dos fisioterapeutas, ela é erguida do sofá e se mantém ereta para o próximo exercício: algumas cabeçadasbrabet bônus semanalum lado para o outro na bola que despertam a sensaçãobrabet bônus semanalestar livre da cadeira por alguns segundos. Laís chegou até a "dar uma volta"brabet bônus semanalpé pela sala sendo conduzida por Robson.
"Fico muito feliz quando consigo alguma coisa na fisioterapia. Só que sou muito exigente. Enquanto não tiver um movimento real, não vou ficar satisfeita. Acho que talvez seja por isso que não paro. Venho tentando me esforçar, treinar para caramba pra sair (da cadeira). Porque, depois da primeira vez que eu mexer essa mão, vou fazer várias coisas", diz, soltando um risobrabet bônus semanalansiedade por esse momento.
"Aliás, agora mesmo, a gente está aqui conversando, e eu estou achando que minha mão está mexendo. Ela não está. Mas a sensação ébrabet bônus semanalque está."
O otimismobrabet bônus semanalLaís, por enquanto, vem menosbrabet bônus semanalum prognóstico concreto e mais dabrabet bônus semanaldeterminaçãobrabet bônus semanalmudarbrabet bônus semanalrealidade. Ela vai ao médico três vezes ao ano e acompanha constantemente os avanços da medicina para reverter quadros como o dela, mas, nas atitudes mais simples, mantém seu pensamentobrabet bônus semanalcolocarbrabet bônus semanalprática aquilo que já está gravadobrabet bônus semanaluma tatuagem no seu braço: levantar da cadeira.
"Primeiro, acordo, e aí tento mexer meu braço. Ele não mexe. Mas aí coloco uma música e já começo o dia diferente. Já vou deixar um chinelinho do lado da cama para quando eu levantar."
(Produção e edição do vídeo: Atômica Filmes)