'Meu corpo não precisa ser sexualizado': filhabet fellowspresidente provoca debate nacional com fotobet fellowsamamentação:bet fellows
Não foram apenas alguns usuáriosbet fellowsredes sociais que não aprovaram a foto. Seus pais, o presidente Almazbek Atambayev, ebet fellowsesposa, Raisa, também reclamaram.
"Eles realmente não gostaram. E é compreensível porque a geração mais jovem é menos conservadora que abet fellowsseus pais", disse Shagieva embet fellowscasa, nos arredores da capital, Bishkek.
Shagieva tem uma presença forte nas redes sociais, onde gostabet fellowspostar desenhos e fotos estilizadas dela mesma,bet fellowsseu marido e do bebê, muitas vezesbet fellowsbelas paisagens.
A amamentação é um tema recorrente.
"Quando eu estou alimentando meu bebê, sinto que estou dando meu melhor. Tomar conta do meu filho atendendo às suas necessidades é mais importante para mim do que o que as pessoas falam sobe mim", disse Shagieva.
bet fellows Quem bet fellows é bet fellows Aliya Shagieva?
bet fellows Gulnara Kasmambetova, da BBC Quirguist bet fellows ão
Eu entrevistei Aliya Shagievabet fellowsseu apartamentobet fellowsum bairro nobrebet fellowsBishkek, onde ela mora com o filho e o marido.
Suas ilustrações e fotografias estavam nas paredes e o casal ofereceu frutas e chábet fellowservas. As ervas estavam plantadasbet fellowsvasos nas janelas. O casal é vegetariano, uma raridadebet fellowsum país com uma forte tradiçãobet fellowsconsumobet fellowscarne.
Vivendobet fellowsuma tradicional sociedade muçulmana pós-soviética, Aliya Shagieva é bem corajosa e diferente. Ela foi bastante aberta (na conversa), compartilhando seu sentimentobet fellowssolidão na infânciabet fellowsmeio aos compromissos dos pais, ambos muito ocupados.
Ela comenta a diferença entre gerações e seu esforço para entender e chegar a um consenso com os pais, pelo menos no que concerne suas postagens na internet. "A minha mãe recebe mensagensbet fellowsseus 'amigos' sobre mim", disse. "Agora que eu sou mãe, eu entendo o que minha mãe passou ao me criar".
Aliya tem apoiado ativamente causas como a conscientização sobre a síndromebet fellowsDown e direitos dos animais, mas não tem ambições políticas óbvias.
As pessoas no Quirguistão ainda guardam na memória o envolvimento com política e negócios dos filhos dos dois presidentes anteriores - que foram derrubados. Mas o líder atual prometeu que seus filhos não se meterão com políticabet fellowsnovo.
O Quirguistão é uma ex-república soviética predominantemente muçulmana. É socialmente conservadora, mas amamentarbet fellowspúblico é visto como algo aceitável.
As mulheres frequentemente são vistas amamentando seus bebêsbet fellowsparques e outros espaços públicos, mas elas geralmente cobrem o seio com um pedaçobet fellowsroupa.
Quando o postbet fellowsShagieva foi ao ar, alguns usuáriosbet fellowsredes sociais pensaram que não havia motivo para postar uma fotobet fellowsum momento tão íntimo, outros a denunciaram por não ser "recatada" o bastante.
Suas fotos amamentando chamaram atenção muito além do Quirguistão - elas foram republicadas por jornais e sites na Europa. Muitos a elogiaram nas redes sociais por quebrar tabus sobre o corpo das mulheres.
A amamentaçãobet fellowspúblico é debatidabet fellowsvários países, inclusive no Reino Unido, onde três anos atrás houve uma polêmica quando funcionários do restaurantebet fellowsum famoso hotel, o Claridge's, pediram a uma mulher amamentando que cobrisse o seio.
No Brasil, a questão também é assunto frequentebet fellowsdebates. Em maio, uma portaria do Ministério da Educação (MEC) garantiu o direito à amamentação nas escolas, universidades e outras instituições federaisbet fellowsensino a todas as mães lactantes independentemente da existênciabet fellowslocais, equipamentos ou instalações reservados exclusivamente para esse fim.
Quando serviços da BBCbet fellowsdiversas línguas publicaram a entrevista com Shagieva, houve vários debates focando nas diferentes culturasbet fellowsamamentaçãobet fellowspaíses muçulmanos.
Mulheres no Irã compartilharam suas experiênciasbet fellowsestresse ao amamentarbet fellowspúblico.
"As pessoas ficam me olhando, eu preciso cobrir o bebê e eu ou simplesmente deixá-lo passar fome", disse uma mãe diretamentebet fellowsTeerã.
Outros elogiaram os quartos para mãe e filho recentemente instalados no metrô da capital iraniana.
Uma mulher afegãbet fellowsCabul, Zarifa Ghafari, disse quebet fellowsseu país é preciso ir a um cômodo separado para amamentar.
"Ela não pode fazer isso na frente dos outros. Se ela o fizesse, enfrentaria reações intensas dos membros mais velhos da família. É uma grande questão, mas lentamente a cultura está mudando."
Outra mulher afegã, Nageen, relatou um passeiobet fellowsum shopping combet fellowscunhada.
"Nós tivemos que comprar alguns presentes numa loja só para que ela pudesse amamentar seu bebê ali. Ela sentou lá e se cobriu com um lenço grande."
Uma usuária turca do Facebook disse que prefere se cobrir ao amamentar o bebê. "Eu não esfrego na cara das pessoas, eu uso algo para me cobrir. Há tantas pessoas que ainda sexualizam os seios."
Victoria Tahmasebi, especialistabet fellowsgênero da Universidadebet fellowsToronto, tuitou: "De um pontobet fellowsvista capitalista, os seios das mulheres podem gerar lucros enquanto forem sexualizados. Amamentarbet fellowspúblico faz com que os seios das mulheres pareçam menos sexy, por isso não é aceitável".
Quanto a Aliya Shagieva, ela acabou tirando a foto do ar após pressãobet fellowsseus pais, que se disseram preocupadosbet fellowsque toda essa atenção pudesse se tornar "perigosa para a jovem família". Mas isso não a impediubet fellowsfalar a respeito - nem acabou com o debate sobre o assunto.