Super wi-fi: como as frequências não usadasfree bet o que éTV podem levar a internet a lugares remotos:free bet o que é

televisão

Crédito, RAÚL VÁZQUEZ / EYEEM

Legenda da foto, É possível utilizar os canaisfree bet o que ébranco da TV para ampliar o fornecimentofree bet o que éinternet para as pessoas no mundo todo?

free bet o que é Mais da metade da população mundial não tem acesso à internet - no Brasil, são maisfree bet o que é70 milhões sem conexão à rede, segundo dados da União Internacionalfree bet o que éTelecomunicações, das Nações Unidas. E, por mais surpreendente que possa parecer, a solução pode estarfree bet o que éuma tecnologia que chegou muito antes da revolução digital: a televisão analógica.

A ideia é usar os chamados "espaçosfree bet o que ébranco" dos canaisfree bet o que ételevisão para levar a rede a esses 57% do globo que não têm internet (maisfree bet o que é4 bilhõesfree bet o que épessoas).

O nome oficial da tecnologia será Redefree bet o que éÁrea Regional Sem Fio (WRAN, na siglafree bet o que éinglês), mas ela já é informalmente conhecida como "super wi-fi". Basicamente, prevê ocupar as redesfree bet o que ételevisão não utilizadas com um tipofree bet o que éconexão wi-fi que conseguiria alcançar distâncias muito grandes.

Essa não é a única iniciativafree bet o que écurso para tentar mudar a situaçãofree bet o que équem vive nas zonas mais rurais: o Google faz isso com o Projeto Loon, que coloca nos céus uma redefree bet o que ébalões, e o Facebook usa drones.

Mas agora a Microsoft quer tomar a dianteira com o super wi-fi. Desde 2008, a companhia e outras empresas tentavam gerar o acesso à rede por meio dessa tecnologia, que é mais potente do que os sinaisfree bet o que écelulares, já que pode "atravessar" melhor as paredesfree bet o que écimento e outros obstáculos físicos.

Preencher os espaçosfree bet o que ébranco

A Microsoft anunciou no iníciofree bet o que éjulho que usará os chamados "espaçosfree bet o que ébranco" dos canais para conectar as zonas mais remotas dos Estados Unidos à internet.

menina acessa a internet

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Legenda da foto, Uma pesquisa com dados da União Internacionalfree bet o que éTelecomunicações mostra que maisfree bet o que é70 milhõesfree bet o que ébrasileiros não têm acesso à internet

A empresa é uma das primeiras a implementar essa tecnologia. Por enquanto, ela quer testá-lafree bet o que ésolo americano e, caso se mostre eficaz, a exportá-la para outros lugares do mundo.

O plano é explorar as bandasfree bet o que éfrequência UHF que não são utilizadas para "acabar com a brecha tecnológica e estabelecer uma redefree bet o que éáreas subdesenvolvidas", explicou a empresafree bet o que éSeattle.

"A Microsoft está trabalhando com sóciosfree bet o que étodo o mundo para desenvolver tecnologias e modelosfree bet o que énegócio que facilitarão o acesso à internet para milhõesfree bet o que épessoas", declarou Paul Garnett, diretorfree bet o que éIniciativasfree bet o que éAcesso a Preços Acessíveis da companhia.

Mas não foi a Microsoft que inventou isso. Engenheiros da Universidadefree bet o que éRice,free bet o que éHouston (EUA) haviam testado a ideia pela primeira vezfree bet o que é2015.

"Devido à popularidade da televisão a cabo, satélite e internet, o UHF é uma das parte mais subutilizadas do espectro sem fio nos Estados Unidos", explicou o pesquisador principal da universidade à época, Edward Knightly.

Agora, a empresa quer aproveitar essa possibilidadefree bet o que é12 Estados do país - entre eles Arizona, Kansas, Nova York e Virgínia. Em entrevista ao jornal The New York Tumes, seu presidente, Brad Smith, classificou os espaçosfree bet o que ébranco como "a melhor solução para chegar aos 80% da população americana rural que não tem banda larga hojefree bet o que édia".

Vantagens

Mas o que a Microsoft e outras empresas que têm investido nessa causa ganham ao promover esse tipofree bet o que éação?

Microsoft

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Legenda da foto, A Microsoft ganharia com esta iniciativa cercafree bet o que é25 milhõesfree bet o que éclientesfree bet o que épotencial

Em primeiro lugar, maisfree bet o que é24 milhõesfree bet o que é"clientesfree bet o que épotencial" que poderão usar, uma vez conectados, seus serviçosfree bet o que énuvem, aplicativos e outras ferramentas digitais. E, além disso, elas podem ganhar prestígiofree bet o que émarca e popularidade.

Para apoiar seu plano, a Microsoft começou negociações com reguladoras estatais para que elas possam garantir o uso dos canaisfree bet o que ételevisão para este fim e para que invistam na extensão da tecnologiafree bet o que éáreas rurais.

Mas há ainda alguns obstáculos pelo caminho.

Poucos fabricantes estão criando dispositivos compatíveis com essa tecnologia e alguns dos que podem ser usados custam pelo menos US$ 1 mil por unidade.

A Associação Nacionalfree bet o que éRadiodifusores dos Estados Unidos (NAB, na siglafree bet o que éinglês) diz que há apenas 800 dispositivos compatíveis com o super wi-fi registrados pelos reguladores.

"Os espaçosfree bet o que ébranco supõem uma oportunidade tremenda para ajudar na coberturafree bet o que éradiodifusão nas áreas rurais e isso justifica o custo inicial dos fabricantes", disse Doug Brake, analista da Information Technology & Innovation Foundation (ITIF), uma organização sem fins lucrativos nos Estados Unidos.

Outro desafio é a batalha interminável com emissorasfree bet o que ételevisão, que garantem que o super wi-fi poderia prejudicar o funcionamento dos outros canais.

"A Microsoft está há maisfree bet o que éuma década fazendo promessas sobre a tecnologia dos espaçosfree bet o que ébranco. Em que momento podemos finalmente concluir que ela é um fracasso?", escreveu Patrick McFadden, do Conselho Geral da NAB.

Enquanto isso, a gigante garante que seu objetivo não é se tornar uma empresafree bet o que ételecomunicações, mas que quer apenas conseguir que os dispositivos para usar essa tecnologia sejam mais acessíveis.

Várias universidades americanas se mostraram favoráveis, mas falta muito para que o super wi-fi seja um padrãofree bet o que émercado.

Algunsfree bet o que éseus críticos a comparam com a falida WiMAX, que foi apresentada como a principal estratégia para alcançar as zonas rurais, mas depois se mostrou um fracasso.