A dificuldade natural que torna algumas pessoas menos propensas a praticar exercício:3 bet cbet

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Legenda da foto, Muita gente não consegue manter uma rotina3 bet cbetexercícios físicos - no Brasil, 46% da população é sedentária

3 bet cbet Se você é uma das pessoas que têm dificuldades3 bet cbetpraticar exercício físico com frequência, existe a possibilidade3 bet cbetque não seja falta3 bet cbetforça3 bet cbetvontade - mas sim culpa3 bet cbetcaracterísticas inatas.

Não é uma mera casualidade o fato3 bet cbettanta gente - 46% da população brasileira, por exemplo - não praticar nenhum exercício físico, mesmo ciente dos tantos benefícios que a prática traz para a saúde e o ânimo3 bet cbetgeral.

"Por experiência, isso se deve a uma condição ou predisposição genética ligada ao somatótipo (tipo físico)3 bet cbetcada pessoa", explicou à BBC Juan Francos Marco, especialista3 bet cbetCiência do Esporte.

"Para alguém endomorfo (que tem dificuldade3 bet cbetperder gordura e ganha peso fácil) é muito mais difícil realizar qualquer atividade física do que para pessoas ectomorfas (de pouca gordura no corpo) ou mesomorfas (com corpo atlético), e isso faz com que tenham mais predisposição a levar uma vida mais preguiçosa. Quando fazem exercício, é mais por recomendação médica."

Ancestrais

Para o professor David Lieberman, especialista na evolução biológica do ser humano, a explicação pode remontar inclusive aos nossos ancestrais.

Em uma pesquisa3 bet cbet2015, o professor3 bet cbetHarvard mostrou como nossos antepassados tinham a tendência3 bet cbetrepousar e guardar energia quando não eram obrigados a submeter o corpo a exigentes jornadas3 bet cbetcaça e longos deslocamentos.

"É natural e normal ser fisicamente fraco", diz Lieberman.

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Legenda da foto, "Nosso instinto sempre foi economizar energia", disse o professor3 bet cbetHarvard

"Nosso instinto sempre foi o3 bet cbeteconomizar energia. Durante a maior parte da evolução humana, isso não era importante, porque se você quisesse colocar comida na mesa, teria que realmente trabalhar duro para isso", disse ao jornal Washington Post,3 bet cbetreferência aos tempos3 bet cbetque não era fácil encontrar a quantidade3 bet cbetalimentos necessária para equilibrar o volume3 bet cbetcalorias queimadas quando se saía à caça.

Lieberman explicou que a vida moderna não demanda o mesmo esforço físico, já que a tecnologia e as máquinas facilitam nossa vida. Mas "herdamos os instintos"3 bet cbetrepousar quando não é necessário estar3 bet cbetmovimento.

No entanto, na mesma reportagem, o professor Bradley Cardinal, especialista3 bet cbetaspectos socioculturais da atividade física na Universidade3 bet cbetOregon, afirma não acreditar que tudo se resuma ao aspecto biológico. Para ele, há uma questão social que exerce efeito negativo nas pessoas.

Ele se refere ao fato3 bet cbetque3 bet cbetmuitos círculos sociais da vida, ser sedentário é algo reprovável, o que por3 bet cbetvez faz com que ir à academia se torne uma tarefa a ser cumprida, e não uma questão3 bet cbetbem-estar. Segundo esse raciocínio, se as pessoas simplesmente aceitassem que a vontade3 bet cbetnão praticar exercício é algo natural, talvez conseguissem desvincular a prática esportiva dessas associações negativas.

Zona3 bet cbetconforto

Para Sherry Pagoto, professora3 bet cbetMedicina da Universidade3 bet cbetMassachusetts,3 bet cbetartigo publicado no portal Psychology Today, o mais difícil é conseguir superar a "rejeição psicológica" resultante3 bet cbetsituações desconfortáveis vividas na própria experiência do exercício físico.

Suor, falta3 bet cbetar e dores musculares são elementos que ficam constantemente na cabeça dessas pessoas, que3 bet cbetgeral acabam entrando3 bet cbetum "conflito existencial" entre agradar a si mesmas ou fazer a vontade das pessoas.

Pagoto considera que o desconforto com essas situações seja algo temporário, e que o corpo humano se adapta às novas experiências, abrindo um leque3 bet cbetnovas possibilidades e recompensas. Para ela, também é importante entender a realidade que cada pessoa vive.

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Legenda da foto, "Se você nunca viu ninguém da3 bet cbetfamília ou à3 bet cbetvolta praticar esporte ou fazer exercício físico, vai ser difícil você se sentir propenso a praticar."

"A cultura e a educação têm um aspecto relevante na vida das pessoas na medida3 bet cbetque elas vão crescendo, amadurecendo", diz Francos Marco.

"Se você nunca viu ninguém da3 bet cbetfamília ou3 bet cbetseu entorno praticar esporte ou fazer exercício físico, vai ser difícil você se sentir propenso a praticar. Se for o contrário, é comum a criança incorporar isso como algo implícito para o resto3 bet cbetsua vida".

Outro fator determinante é a motivação, afirma o especialista.

"As pessoas querem resultados rápidos porque associam a prática do exercício a um sofrimento ou sacrifício que requer muita vontade e disciplina. Se não veem a recompensa, o que sobram são as dúvidas e questionamentos sobre se o esforço vale a pena."

Segundo o preparador físico espanhol, o mais recomendável é entender que se trata3 bet cbetum processo lento, que requer vontade e dedicação, mas que a recompensa vem com o tempo.

Ele ressalta que é importante aceitar também que algumas pessoas são simplesmente mais preguiçosas por natureza, enquanto outras são mais ativas.