'Quem é o presidente importa menos do que a continuação das reformas', diz 'The Economist':sportingbet o

O presidente Michel Temer

Crédito, Agência Brasil

Legenda da foto, Temer enfrenta a maior crisesportingbet oseu governo desde divulgaçãosportingbet ogravação com dono da JBS

"Quem é o presidente importa menos do que a continuação das reformas". É o que afirma um editorial da The Economist, a principal revistasportingbet oeconomia e finanças do Reino Unido, na edição publicada nesta sexta-feira.

"Com Temer ou sem ele, o melhor que o Brasil pode esperar agora é ter um presidente fraco, mas que consiga concluir o que o atual presidente começou no resto do mandato", afirma trecho do artigo.

O presidente Michel Temer enfrenta a maior crisesportingbet oseu governo desde a divulgação da gravação da conversasportingbet oque dá a Joesley Batista, um dos donos da JBS, um suposto aval para comprar o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presosportingbet oCuritiba no âmbito da Operação Lava Jato.

A gravação faz parte do conjuntosportingbet oprovas que o empresário negociou com a Procuradoria-Geral da Repúblicasportingbet oseu acordosportingbet odelação premiada.

A revista destaca que as denúncias "feriram" a Presidência e o país. E afirma que, apesar das falhas, "Temer estava avançando nas reformas que o Brasil precisa desesperadamente".

"A economia está começando a se recuperarsportingbet osua pior recessão já registrada; a inflação e as taxassportingbet ojuros estão caindo. Temer encoraja essa recuperação por meio da reforma da Previdência, que,sportingbet ooutro modo, arruinaria a economia com dívidas. Ele está tentando liberalizar leis trabalhistas inspiradas nassportingbet oBenito Mussolini", completa o texto.

'Cedo demais para pedir renúncia'

O artigo afirma ainda que a chegadasportingbet oTemer à presidência após o impeachmentsportingbet oDilma Rousseff,sportingbet oagosto do ano passado, não representou uma "ruptura com o passado sujo". E lembra que tanto membros do PMDB quanto do PT - partidossportingbet oTemer e Dilma, respectivamente - são alvos das investigações da Operação Lava Jato.

"A diferença é que Temer, um político mais hábil do que Dilma, está tocando reformas econômicas vitais que não avançaram com ela. É por isso que as novas acusaçõessportingbet oirregularidades envolvendo o presidente não são surpreendentes, mas ruins para o Brasil", diz trecho do artigo.

Neste contexto, a publicação afirma que "é cedo demais para exigir a renúnciasportingbet oTemer". Destaca que ainda não está claro se o presidente cometeu crime e lembra que ele se declara inocente, sob a alegaçãosportingbet oque as gravações foram manipuladas.

"As novas denúncias vêmsportingbet oJoesley Batista, um magnata da carne, que estava sendo perseguido por promotoressportingbet ovários casossportingbet ocorrupção", acrescenta o texto, lembrando que Joesley será liberado mediante o pagamentosportingbet omultasportingbet oR$ 110 milhões, "o que ainda o deixa bilionário".

Se Temer permanecer no cargo, a revista diz que ele enfrentará dificuldades para aprovar as reformas no Congresso. Mas destaca quesportingbet osaída - que poderia acontecer por meiosportingbet orenúncia, impeachment ou cassação da chapa da última eleição pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) - pode não resolver o problema.

"Com exceçãosportingbet ouma nova eleição, que só pode ser convocada por meiosportingbet ouma emenda à Constituição, seu sucessor seria nomeado pelo Congresso. Muitossportingbet oseus expoentes estão sob investigação. Não será fácil ocupar a Presidência com um políticosportingbet oprimeira linha, que seja honesto e tenha apoio popular", avalia.

Além da reforma trabalhista e da Previdência, o editorial sugere que a reforma política também deveria ser introduzida na pauta, o que poderia resultar na eleiçãosportingbet opolíticos menos corruptossportingbet o2018.

"O Brasil está passando por uma renovação política e econômica desgastante. Seus líderes, por mais enfraquecidos que tivessem sido pelo escândalo, têmsportingbet operseverar com esse trabalho vital", afirma.