O livro 'antiprincesas' que ensina meninas a se rebelarem:estrelabet vasco

Simone Biles

Crédito, Elina Van Dam

Legenda da foto, Simone Biles, ginasta americanaestrelabet vasco19 anos que impressionou o público nas Olimpíadasestrelabet vasco2016.

"Brynn ficou me perguntando: 'então eles disseram que ela não podia dirigir?'. E eu respondia: 'isso mesmo'. Aí ela sorria maliciosamente e dizia: 'mas ela dirigiu'", contouestrelabet vascomãe, Patti.

Brynn ficou tão inspirada pela história que copiou o retrato dela, queestrelabet vascomãe enviou a Manal (veja a postagem,estrelabet vascoinglês).

Manal al-Sharif

Crédito, Brynn

Legenda da foto, Brynn Maddox,estrelabet vasco5 anos, copiou os traços da ativista Manal al-Sharif - eestrelabet vascomãe o enviou à homenageada

Outra estrela perfilada é a ginasta Simone Biles, uma adolescente americana cujos saltos e giros impressionaram o mundo na Olimpíada do Rioestrelabet vascoJaneiro, no ano passado.

Mas há também mulheres menos conhecidas, incluindo Grace Hopper, a pioneira cientista da computação americana, e a jornalista que se tornou levantadoraestrelabet vascopesos Amna Al Haddad, dos Emirados Árabes Unidos.

Amna Al Haddad

Crédito, Ecine Von Dam

Legenda da foto, Levantadoraestrelabet vascopeso Amna Al Haddad, dos Emirados Árabes Unidos, é uma das garotas rebeldes perfiladas

Contra estereótipos

Duas autoras italianas, Elena Favilli,estrelabet vasco34 anos, e Francesca Cavallo,estrelabet vasco33, estão por trás do livro que virou um sucesso nos Estados Unidos depois que uma campanhaestrelabet vascocrowdfunding (vaquinha virtual) arrecadou US$ 1 milhão (R$ 3,12 milhões)estrelabet vasco2016.

Em uma entrevista à BBC, Favilli explicou que elas tiveram a ideia quando perceberam que as obras para crianças ainda são recheadas dos tradicionais estereótiposestrelabet vascogênero.

"Os livros infantis não mudaram desde que somos crianças: os homens ainda são os protagonistas, e as mulheres ainda são as princesas."

Elena Favilli e Francesca Cavallo

Crédito, Karstan Lemm

Legenda da foto, Francesca Cavallo (à esq.) e Elena Favilli publicaram 'Históriasestrelabet vascoNinar Para Garotas Rebeldes'

Disparidades na representaçãoestrelabet vascohomens e mulheresestrelabet vascolivros infantis tem sido uma questão há muito tempo. Em 2011, acadêmicos da Universidade do Estado da Flórida descobriram que o preconceitoestrelabet vascogênero nas obras existe há maisestrelabet vasco100 anos.

Eles identificaram que,estrelabet vascoquase s6 mil livros ilustrados publicados entre 1900 e 2000, apenas 7,5% mostravam animais do sexo feminino como protagonistas.

Livros e ilustrações são cruciais para definir como as crianças veem e entendem o mundo. Prova disso seria que, aos 6 anos, meninas se veem como menos talentosas ou "brilhantes" que meninos,estrelabet vascoacordo com a pesquisa, publicadaestrelabet vascojaneiro deste ano.

O estudo sugere que tanto meninas como meninos dessa idade tendem a identificar como "muito, muito espertos" personagens que são masculinos.

"Se todas as crianças lerem que as princesas têm que esperar serem salvas pelo príncipe, então a mensagem que elas aprendem é que mulheres não são tão valiosas quanto homens, que não somos iguais", disse Favilli.

Rainha Elizabeth 1ª

Crédito, Ana Galvan

Legenda da foto, A vida da rainha Elizabeth 1ª, da Inglaterra, também foi contada como se fosse um contoestrelabet vascofadas

Fora da ficção

As autoras não são as primeiras a tratar da questão da gênero com crianças.

Também cansadaestrelabet vascover meninas retratadas como princesas, a psicóloga americana Stephanie Tabashneck lançouestrelabet vasco2015 um livroestrelabet vascocolorir que destaca garotasestrelabet vascodiversas etniasestrelabet vascoempregos valorizados, como cirurgião, professor e engenheiro.

A Princesa Sabichona,estrelabet vascoBabette Cole, é outro exemploestrelabet vascouma históriaestrelabet vascodesafia as normas,estrelabet vascoacordo com a professora Gemma Moss, especialistaestrelabet vascoeducação.

Mas Favilli e Cavallo acreditam que a ênfaseestrelabet vascomulheres rebeldes que desafiaram normas sociais na vida real traz uma mensagem importante para as crianças, que geralmente apenas leem sobre meninas da ficção.

Grace Hopper

Crédito, Kiki Ljung

Legenda da foto, No livro, crianças aprendem quem foi a cientista da computação Grace Hopper

"Historicamente, as conquistas das mulheres foram diminuídas", diz Favilli.

"O termo rebelde tem conotações negativasestrelabet vascotodas as culturas, e geralmente é considerado ruim quando associado com a mulher. Nossa mensagem é que é aceitável e até mesmo bom para as mulheres quebrar regras."

Campanha feminista

Robyn Silverman, especialistaestrelabet vascodesenvolvimento infantil do Estado americanoestrelabet vascoNew Jersey, reúne seus filhos Tallie,estrelabet vasco8 anos, e Noah,estrelabet vasco6, para ler as histórias da obra.

Ela comprou o livro na época do início da campanha #StillShePersisted, criada nos Estados Unidos depois que a senadora Elizabeth Warren foi forçada a parar seu discurso no plenário ao criticar Jeff Sessions, procurador-geral então indicado pelo presidente Donald Trump.

"Escrevi uma dedicação a Tallie dizendo que sempre se rebelasse", conta Silverman.

Cartaestrelabet vascoRobyn

Crédito, Robyn Silverman

Legenda da foto, Robyn Silverman dedicou o livro àestrelabet vascofilha Tallie

"No livro, há exemplos concretosestrelabet vascomulheres que lutam pela educação das meninas quando isto é ilegal, ou pelo voto feminino quando elas não são aceitas na política - isto mostra para meninas que é possível superar qualquer coisa", acrescenta.

Silverman diz que seu filho também gosta das histórias:

"Isso é muito importante, porque homens precisam ver que mulheres devem usar suas habilidades e seguir seus sonhos para progredir da mesma maneira que eles - não se trataestrelabet vascodizer que as mulheres são melhores do que os homens."