Por que há uma nova corrida espacial pela conquista da Lua, como na Guerra Fria:bônus de casas de apostas
Os Estados Unidos não se manifestaram como governo, masbônus de casas de apostasjulho deste ano deram permissão para a empresa privada Moon Express ir à Lua. E a NASA convocou recentemente companhias do setor privado a enviarem sugestõesbônus de casas de apostasexperimentos que podem ser feitos por lá.
A que se deve tanto interesse?
Para o especialistabônus de casas de apostasaeromecânica Leon Vanstone, da Universidade do Texas, o principal motivo é o mesmo da Guerra Fria: poder.
"Devemos lembrar que foram os russos (então União Soviética) os primeiros a enviar um homem ao espaço - eles queriam militarizar o espaço - e os Estados Unidos se apressaram entãobônus de casas de apostascolocar um homem na Lua", disse Vanstone à BBC mundo.
Essa demonstraçãobônus de casas de apostaspoder custou centenasbônus de casas de apostasmilhõesbônus de casas de apostasdólares e, segundo Vanstone, as então potências perceberam que o melhor para todos era realizar iniciativas conjuntasbônus de casas de apostasque os gastos e responsabilidades são compartilhados (como acontece agora na Estação Espacial Internacional).
Mas o tabuleiro do xadrez geopolítico mudou.
A China está crescendo como uma potência espacial, e os Estados Unidos já não têm o mesmo status - dependem dos russos para avançar com seu programa espacial. E, conforme lembra a especialistabônus de casas de apostasDireito Espacial Jill Stuart, da London School of Economics, "há muita tensão entre os Estados Unidos e a Rússia ".
"Então, há sempre uma política complicada por trás", afirmou Stuart à BBC.
Além disso, diferentemente da maioria das agências espaciais do mundo - como a NASA (EUA), ESA (Europa) ou Roscosmos (Rússia) -, o programa espacial chinês é dirigido por militares.
Essa seria a diferença entre o governo chinês e americano.
"Os Estados Unidos não querem dizer que o seu programa é estatal. Nabônus de casas de apostaspolítica capitalista, preferem dizer 'vamos deixar nossas empresas privadas à frente do programa espacial'", esclarece Stuart.
Para Naveen Jain, um dos fundadores da Moon Express, as possibilidadesbônus de casas de apostasnegócios na Lua são ilimitadas. Uma licençabônus de casas de apostasuso e exploração permitiria a ele dar início a atividadesbônus de casas de apostasmineração, oferecer pacotes turísticos ou vender pedaçosbônus de casas de apostasrochas lunares como pedras preciosas.
Stuart e Vanstone deixam claro, no entanto, que essas empresas não sãobônus de casas de apostastodo privadas, uma vez que são financiadas com dinheiro do Estado e devem operar sob a tutela da NASA.
Por que agora?
Uma outra razão para a retomada do interesse pela Lula é a tecnologia mais barata.
"A primeira vez que o homem foi à Lua precisoubônus de casas de apostasfoguetes gigantes que custaram centenasbônus de casas de apostasmilhõesbônus de casas de apostasdólares", conta Jain à BBC.
Os avanços na tecnologia permitem que os foguetes sejam menores, mais leves, eficientes e econômicos.
"Estamos usando um foguete menor impressobônus de casas de apostas3D que custa menosbônus de casas de apostasUS$ 5 milhões", acrescenta o empresário, que planeja enviar no ano que vem uma sonda avaliadabônus de casas de apostasoutros US$ 5 milhões para a Lua.
E o avanço tecnológico nos leva à terceira razão para essa "febre" pela Lua: recursos minerais e naturais.
O desenvolvimentobônus de casas de apostasdispositivos inteligentes é possível graças aos raros recursos minerais da Terra, como tântalo ou tungstênio, supercondutores que fazem com que a tecnologia seja rápida, minimalista e econômica.
Jain não esconde que esse é o seu principal interesse no satélite.
"A Lua é extremamente ricabônus de casas de apostasrecursos. Tudo pelo que brigamos na Terra estábônus de casas de apostasabundância no espaço", afirma o empresário.
"Lutamos por terra, água e combustível, sem perceber que somos um pequeno ponto azul no espaço", completa.
Vanstone concorda que esse é um interesse comercial e geopolítico importante.
"Cada vez mais pessoas estão interessadasbônus de casas de apostasmetais raros, e esse é o interessebônus de casas de apostasfazer a mineração na Lua", diz.
A questão é que seria muito mais caro trazer esses minerais para a Terra do que continuar a explorar o que temos aqui.
Bases lunares?
O fatobônus de casas de apostasque há muitos recursos na Lua leva a outra motivação: construir bases lunares.
Com o avanço da tecnologia e a capacidadebônus de casas de apostaschegar cada vez mais longe, a Lua se torna apenas um pequeno passo para a exploração do espaço.
Mas, para que isso aconteça, é preciso resolver um problema antes: combustível para viajar. Afinal, a maior parte do peso das naves lançadas ao espaço ébônus de casas de apostascombustível.
Assim que a meta não for mais o nosso satélite, será Marte. E, se um dia chegarmos lá, então o desafio vai além.
Para isso, a Lua poderia ser uma parada estratégica para abastecimento.
E não apenas os Estados Unidos acreditam nisso. A China também estábônus de casas de apostasolhobônus de casas de apostasMarte e anunciou, recentemente, quebônus de casas de apostas2020 pretende visitar o Planeta Vermelho.
"A Lua pode ser usada como uma base, já que é feita exatamente dos materiais que precisamos", diz Vanstone.
Mas as empresas privadas não a veem apenas como uma base para abastecimento.
"Parafraseando JFK (ex-presidente americano John Fitzgerald Kennedy) 'escolhemos ir à Lua não porque era fácil, mas porque era um bom negócio', e é disso que se trata,bônus de casas de apostasfazer um bom negócio", diz o fundador da Moon Express, que vê a comercialização da Lua como um negócio "grandiosamente genial".
Leon Vanstone reconhece que há muito dinheiro envolvido no espaço.
"E os primeiros a fazer negócio serão aqueles que ganharão mais dinheiro", avalia.
Mas quem pode explorar a Lua?
Esse poderia ser o risco do investimento.
Segundo o tratado sobre a exploração e utilização do espaço, assinado por 103 paísesbônus de casas de apostas1967, "o espaço, incluindo a Lua e outros corpos celestes, não deve ser objetobônus de casas de apostasapropriação nacional por reivindicaçãobônus de casas de apostassoberania, uso, ocupação oubônus de casas de apostasqualquer outra forma".
Como os governos poderiam então planejar operações na Lua e conceder concessões a empresas privadas se, a princípio, ninguém tem o poderbônus de casas de apostasfazê-lo?
Embora o acordo internacional afirme que o espaço é um território neutro e ninguém pode se apropriar dos corpos celestes, há diversas interpretações.
"Primeiramente, o tratado especifica que nenhuma nação deve se apropriarbônus de casas de apostasqualquer corpo celeste", diz a especialista Jill Stuart. "Mas há dúvidas se as entidades não-estatais poderiam fazer essas reivindicações."
Em segundo lugar, o fatobônus de casas de apostasque você não pode reclamar a propriedade, não significa que não possa ocupar o espaço.
"É como a Antártida", diz a especialista. "Você pode ter uma base lá, contanto que diga que o que está sob seus pés não é seu", afirma Stuart.
Sendo assim, Estados e empresas privadas estão à procurabônus de casas de apostasbrechas na legislaçãobônus de casas de apostasquase 50 anos para abocanhar uma fatia do negócio no espaço.
O Departamentobônus de casas de apostasEstado dos Estados Unidos explicou por escrito à BBC que a permissão dada à Moon Express está baseada no fatobônus de casas de apostasque são "as atividades privadas que desbloqueiam novas investidas espaciais e permitem avançar nossa compreensão do sistema solar, o que, sob vigilância adequada, pode beneficiar todos os países no longo prazo."
O governo dos EUA não ignora o tratado, pelo contrário, considera a responsabilidadebônus de casas de apostaslegislar sobre as atividades nacionais no espaço.
"A base para esta jurisdição é mais nacional do que territorial. Entre os objetivos do processobônus de casas de apostasautorização para atividades privadas no espaço está assegurar o cumprimento do tratado", afirmou.
Para Stuart, o que preocupa são outras iniciativas do governo americano para promover atividades espaciais.
Em novembrobônus de casas de apostas2015, os Estados Unidos aprovaram uma lei que permite aos cidadãos americanos explorar comercialmente e reivindicar a possebônus de casas de apostasrecursos obtidos no espaço.
"Isso me perturba um pouco", admite Stuart.
"Essa lei tem o potencialbônus de casas de apostasminar o acordo internacional que já estábônus de casas de apostasvigor para o espaço", completa.
Na opiniãobônus de casas de apostasSa'id Mosteshar, do Institutobônus de casas de apostasDireito e Política Espacialbônus de casas de apostasLondres, essa legislação não cumpre os tratados internacionais.
"Parece que os Estados Unidos estão concedendo a seus cidadãos um direito que o próprio país não tem", disse Sa'id Mosteshar à BBC.
"Você não pode dar um direito nacional que não pode exercer".
Em 1979, antecipando uma futura exploração lunar, a ONU redigiu o Tratado da Lua, estipulando as condições para essa atividade.
A questão é que apenas 13 países assinaram o acordo - e nenhum deles tem recursos para participarbônus de casas de apostasuma corrida espacial.
Para os especialistas, parte do problema é que essas leis foram escritas há muitos anos e não foram atualizadas.
Talvez a exploração da Lua seja inevitável. E a possibilidadebônus de casas de apostashaver basesbônus de casas de apostasdiferentes países, como ocorre na Antártida, não está tão distantebônus de casas de apostasacontecer.
Mas, para Jill Stuart, a pergunta que devemos fazer é: quem nós queremos que nos represente no espaço?
"Em breve teremos diferentes entidades pousandobônus de casas de apostascorpos celestes, e acho que devemos nos perguntar quem a gente quer que vá para o espaço e nos represente".
"Eu não quero acordar daqui a 100 anos e descobrir que a Lua é da Coca-Cola", acrescenta.