Astrônomos identificam mais1 bilhãoestrelasmapa mais detalhado já feito do espaço:
Uma das medidas para incentivar essa colaboração foi o lançamentoum site,que os usuários podem analisar os dados do telescópio e identificar fenômenos singulares.
A ESA lançou a missão espacial Gaia2013.
O objetivo era atualizar e continuar o trabalho do telescópio Hipparcos, ativo entre as décadas80 e 90.
O Hipparcos iniciou a catalogação da Via Láctea, mapeando com precisão a posição, o brilho, a distância e os movimentos100 mil estrelas.
Refletindo o avanço da tecnologia, a Gaia, emprimeira divulgaçãodados, aumentou esse númerovinte vezes.
Exímia precisão
A nova missão consistedois telescópios, que examinam a Via Láctea a uma distância1,5 milhõesquilômetros da Terra.
Os espelhos dos telescópios refletem a luz que capturamum imenso detectorcâmera com 1 bilhãopixels conectado a um trioinstrumentos.
Trata-seum equipamento óptico ultraestável e supersensível usado para colher amostras das estrelas com exímia precisão.
A funcionalidade permite identificar as coordenadas dos objetos mais brilhantes com uma margemerrosete micro arco-segundos.
Esse ângulo é equivalente ao tamanhouma moedaR$ 1 na superfície da Lua vista da Terra.
Além da posição e dos movimentos, as propriedades físicas das estrelas também são analisadas, como temperatura e composição. Isso permite determinar a idade desses astros.
Contudo, nem toda a informação pode ser processadauma só vez. Serão necessárias repetidas visualizações, e, ao finalcinco anosoperações, as 100 mil estrelas totalmente perfiladas pelo Hipparcos vão se tornar 1 bilhão no catálogo Gaia, afirmam astrônomos.
Uma medição aguardada com grande expectativa é a velocidade radial das estrelas. Trata-se do movimento que esses astros fazem para perto ou longe do telescópio na medidaque percorrem a galáxia.
Se essa medição for combinada com o movimento próprio das estrelas, a dinâmica da Via Láctea seráuma vez por todas revelada.
Será possível, assim, fazer um tipovídeotime-lapse ─forma a avançá-lo para ver como a galáxia vai evoluir no futuro, ou rebobiná-lo para observar como a vizinhança cósmica ganhou a forma atual.
No início da missão, os cientistas esperavam obter dadosvelocidade radialcerca150 milhõesestrelas.
Mas essa foi postadúvida quando se percebeu logo após o lançamentoGaia que a luz difusa inesperado estava entrando no telescópio. Isso fez com que a observação das estrelas mais fracas ─ bem comosuas cores ─ muito mais desafiadora.
Engenheiros acreditam entender a origem do problema:parte, ele é causado pela forma como a luz do sol se curva nos 10 msombra que a missão espacial usa para manter seus telescópios na escuridão.
No entanto, eles dizem poder contornar as dificuldades.
O objetivo final - a medição da velocidade radial - dependerá, assim, segundo os engenheiros, da duração da missão. Quanto mais tempo ela durar, maior a chanceo objetivo ser alcançado.