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Alémdescargar bet365 última versiónarranhões e bofetadas: o fenômeno oculto dos homens que são agredidos pelas mulheres:descargar bet365 última versión
"Muitas alegam legítima defesa. Como foram atacadas por seus parceiros, dizem ter aprendido a se defender", afirma Leticia.
"No geral, as mulheres relatam mais agressões do que os homens. O que elas sofrem não se compara ao sofrimento deles", acrescenta ela.
No entanto, durante o último um ano e meio, Leticia afirma que houve um aumento das denúnciasdescargar bet365 última versiónviolências domésticas protagonizadas apenas por mulheres.
"Atendemos cercadescargar bet365 última versión50 homens", calcula. "A maioria dos casos está relacionada à violência verbal", acrescenta.
"A situação mudou. Os homens estão cada vez mais denunciando episódiosdescargar bet365 última versiónviolência. Antigamente, não faziam isso por conta do machismo. Mas afirmam que a lei também se aplica a elas", assinala.
'Submissos'
Apesardescargar bet365 última versiónraro, o abuso doméstico cometido por mulheres é um drama vivido por muitos homens, que não são necessariamente agressores.
"Não falodescargar bet365 última versiónum homem que foi agredido pela esposa porque foi agredida por ele. Isso seria um casodescargar bet365 última versiónviolência intrafamiliar. Me refiro, por outro lado, a uma relaçãodescargar bet365 última versiónque a mulher usa a força, se impõe, calunia e destrói o companheiro", diz Nelia Tello, professora da Escola Nacionaldescargar bet365 última versiónAssistência Social da Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM).
"Isso acontece a partirdescargar bet365 última versiónuma relaçãodescargar bet365 última versióndominação e submissão. Não estou falandodescargar bet365 última versiónforça física ─ embora haja agressões ─ estou falandodescargar bet365 última versiónuma relação na qual a vontade da mulher se sobrepõe à vontade do homem", acrescenta ela.
"São homens agredidos que decidem não reagir da mesma forma", afirma Nelia, que estuda violência contra homens no México.
'Me escondi no quarto'
De uma cafeteriadescargar bet365 última versiónLondres, o imigrante latinoamericano Luis contou à reportagem da BBC Mundo como foi agredido pordescargar bet365 última versióncompanheira.
"O que está acontecendo? Você quer me matar?", perguntou Luis à esposa.
Segundo Luis, o casal estava discutindo na cozinha quando a mulher pegou uma faca que estava sobre a mesa e o ameaçou.
Depoisdescargar bet365 última versiónalguns minutos angustiantes, ele conseguiu convencê-la a soltar a faca e saiu correndo para se esconder no quarto.
Luis conta que manteve um relacionamento amoroso com a mulher que o ajudou quandodescargar bet365 última versióndeportação parecia iminente.
Ele foi morar com ela e, enquanto procurava trabalho, passou a se encarregar das tarefas domésticas
Semanas depois, Luis diz que a violência verbal teve início: "Ela me dizia que eu era preguiçoso, um ladrão, que estava me aproveitando dela. Ela gritava: "Saia, saia da minha casa". Mas realmente não sabia aonde ir. Ela batia as portas, jogava as minhas coisas no chão, incluindo meu computador. Me ameaçava que me denunciaria às autoridadesdescargar bet365 última versiónimigração", lembra ele.
"Uma vez ela me bateu. Depois, simplesmente a segurava pelo braço toda vez que decidia me agredir. Nunca reagi; são meus princípios".
Luis terminou a relação e se afastou dela. Anos depois, casou-se novamente com outra mulher, com quem teve uma filha.
"Se nessa época soubesse o que era a violência doméstica contra os homens, teria buscado ajuda, reunido provas e denunciado meu caso à polícia. Um homem nunca vai achar que isso pode acontecer com ele. Simplesmente não se dá contadescargar bet365 última versiónque está vivendo essa situação", diz ele à BBC Mundo.
Tabu
Falardescargar bet365 última versiónviolência doméstica cometida por mulheres contra homens no México é para alguns um verdadeiro tabu, especialmente nos países com altas taxasdescargar bet365 última versiónfeminicídio.
"Continua um tabu falardescargar bet365 última versiónviolência doméstica contra homens", diz Nelia.
"Em uma sociedade 100% machista, isso é praticamente impossível. O homem que denuncia maus tratos pela mulher será ridicularizado na delegacia", acrescenta.
Na opiniãodescargar bet365 última versiónNelia, um dos fatores que influencia a violência doméstica contra os homens é que,descargar bet365 última versiónmuitos lares, eles deixaramdescargar bet365 última versiónser os principais provedores da casa. Por causa disso, ficam com a autoestima abalada.
Leticia, da Colômbia, concorda.
A assistente social percebeu quedescargar bet365 última versiónsociedades como a colombiana, houve um empoderamento feminino, os papeis mudaram e,descargar bet365 última versiónmuitos casos, a mulher é que sustenta financeiramente a casa.
"E isso veio acompanhado,descargar bet365 última versiónmuitos casos,descargar bet365 última versiónmaus-tratos verbais: elas gritam com seus parceiros, dizem a eles que não servem para nada", diz.
Apoio
Nos Estados Unidos, Canadá e Reino Unido, há serviçosdescargar bet365 última versiónatendimento por telefone que oferecem apoio a homens vítimasdescargar bet365 última versiónviolência doméstica.
As ONGs britânicas Men's Advice Line e ManKind Initiative são alguns deles.
"Recebemos entre oito a dez telefonemas diários. No ano, são 1,5 mil", diz à BBC Mundo Mark Brooks, diretor da ManKind Initiative.
"Na maioria dos casos, as mulheres são identificadas como agressoras", indica.
"Temosdescargar bet365 última versiónacabar com o mitodescargar bet365 última versiónque alguns dos homens que nos telefonam são, na verdade, agressores camuflados".
"Não há nenhuma evidência que demonstre isso", assinala.
Ameaças
Segundo Brooks, cercadescargar bet365 última versión90% dos homens que telefonaram à ONG, fundadadescargar bet365 última versión2001, sofreram abuso psicológico, enquanto que 70% foram alvodescargar bet365 última versiónviolência física por partedescargar bet365 última versiónsuas companheiras.
"As agressões físicas mencionadas por eles vão desde socos e arranhões a outras formas mais extremas. Ouvi certa vezdescargar bet365 última versiónum homem que ele foi esfaqueado pela esposa. Outro me contou quedescargar bet365 última versiónmulher o atacou com uma chaleira elétrica que tinha água fervente e com um ferrodescargar bet365 última versiónpassar. Também temos muitos casosdescargar bet365 última versiónenvenenamento", afirma.
E o temordescargar bet365 última versiónperder a guarda dos filhos é uma das razões que, segundo especialistas, faz com que muitos homens evitem denunciar os maus-tratos.
"Ela me ameaçava dizendo que levaria as crianças e que as colocaria contra mim. Ficava muito angustiado", conta à BBC Mundo Paul, que sofreu abusos psicológicosdescargar bet365 última versiónsua ex-mulher e que prefere não ser identificado.
Ele recebeu apoiodescargar bet365 última versiónuma ONG britânica que atende indivíduos e famílias vítimasdescargar bet365 última versiónviolência psicológica no Reino Unido.
Três anos
De acordo com Brooks, 80% dos homens que telefonam à ManKind Initiative nunca contaram o que passaram a ninguém.
"Pelos meus cálculos,descargar bet365 última versiónmédia, eles permanecemdescargar bet365 última versiónuma relação abusiva por três anos antesdescargar bet365 última versiónfazer o primeiro telefonema", diz.
A Men's Advice Line informa que muitos homens ficam preocupadosdescargar bet365 última versiónque sejam ridicularizados. Segundo a ONG, eles também acreditam que pedir ajuda para enfrentar esse tipodescargar bet365 última versiónproblema os tornaria "menos homens".
"Nas reuniões dedicadas às vítimasdescargar bet365 última versiónviolência doméstica não há homens. Sou o único. Deve-sedescargar bet365 última versiónparte ao orgulho, ao machismo. Conheço maisdescargar bet365 última versiónum caso, mas eles preferem não pedir ajuda. Não somos abertos, não falamos sobre isso", conta Paul.
"Nos últimos seis anos, tivemos um aumento no númerodescargar bet365 última versióntelefonemas", diz Mark Brooks, diretor da ManKind Initiative
Mas, apesardescargar bet365 última versiónconsiderar que a violência doméstica praticada por mulheres contra seus companheiros é um tabudescargar bet365 última versiónmuitas sociedades, Brooks reconhece que cada vez mais homens estão dispostos a falar sobre o problema.
"Nos últimos seis anos, tivemos um aumento no númerodescargar bet365 última versióntelefonemas", relata.
Sexismo
Brooks também considera ser fundamental entender que o abuso nas relações conjugais é um crime contra um ser humano, independentementedescargar bet365 última versiónseu gênero.
Segundo ele, assim como há um consenso na horadescargar bet365 última versióncondenar a violência contra as mulheres, o mesmo deve ser feito contra os homens.
"Meu desafio é dizer às pessoas que acreditam que a violência doméstica só afeta as mulheres que também é preciso falar dos homens vítimas desse tipodescargar bet365 última versiónabuso. Deixardescargar bet365 última versiónfazê-lo é discriminatório e sexista", conclui.
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