Por que um problema simples é um dos buracos negros da matemática:betsul palpites
betsul palpites Simples não significa fácil.
E este problema, um dos buracos negros da matemática, é prova disso.
Ele começa dando muitas possibilidadesbetsul palpitescomo chamá-lo: talvez a denominação mais comum seja conjecturabetsul palpitesCollatz,betsul palpitesreferência ao matemático alemão Lothar Collatz, o primeiro a propô-lo,betsul palpites1937.
Mas é possível encontrá-lo como conjecturabetsul palpitesUlam (pelo matemático polonês-americano Stanisław Marcin Ulam), problemabetsul palpitesKakutani (pelo matemático nipo-americano Shizuo Kakutani), conjecturabetsul palpitesThwaites (pelo acadêmico britânico Bryan Thwaites), algoritmobetsul palpitesHasse (pelo matemático alemão Helmut Hasse) ou problemabetsul palpitesSiracusa.
E não é tudo: a sequênciabetsul palpitesquestão também pode ser chamadabetsul palpitesnúmerosbetsul palpitesgranizo ou números maravilhosos.
O nome mais descritivo talvez seja conjecturabetsul palpites3n + 1.
Simplicidade complexa
Mas não é isso que desafia os matemáticos: seja qual for o nome, continua sendo o problema impossível mais simplesbetsul palpitestodos.
Qualquer pessoa que saiba somar, dividir e multiplicar pode entender do que se trata, seguir a sequênciabetsul palpitesnúmeros e até tentar resolvê-lo.
Desde os anos 1930, contudo, ninguém conseguiu explicá-lo, prová-lo ou refutá-lo.
Em algum momento especulou-se que a conjectura pudesse ser uma estratégia soviética para distrair os cientistas.
Deste modo, antesbetsul palpitesapresentar o problema, vale lembrar uma advertênciabetsul palpitesum dos matemáticos mais produtivos - e excêntricos - do século 20:
Eis o problema:
Comece com um número natural inteiro qualquer (1, 2, 3, 4, 5...).
- Se o número é par, divida-o por 2
- Se é ímpar, multiplique-o por 3 e some 1
Depois aplique essas mesmas regras simples ao resultado.
Comecemos com 10, que é par.
10 ÷ 2 = 5, que é ímpar, então aplicamos a segunda regra.
5 x 3 = 15 + 1 = 16.
Como é par... 16 ÷ 2 = 8
8 ÷ 2 = 4
4 ÷ 2 = 2
2 ÷ 2 = 1
Até aqui, simples.
O que torna o problema intrigante é que não importa com qual número comece, eventualmente sempre chegará a 4, que se convertebetsul palpites2 e terminabetsul palpites1.
Pelo menos é esse o caso com todos os números que foram testados, e já se tentou usar alguns quase absurdos.
Supercomputadores fizeram o problema com números que vão até aproximadamente 5.764.607.500.000.000.000.
Todos eventualmente chegam a 2 ÷ 2 = 1.
Contudo, como os números são infinitos, isso não prova que esse seja o caso para todos os números naturais.
Mas como não se encontrou uma exceção, tampouco há provasbetsul palpitesque não seja assim.
Outra questão é resolver o eterno por quê. Por que os números se comportam assim?
Granizo
O problema chega sempre ao mesmo ponto, não importa como.
A confusão é que na horabetsul palpitesresolvê-lo desenhando um algoritmo (sequência finitabetsul palpitesregras, raciocínios ou operações que permite solucionar classes semelhantesbetsul palpitesproblemas), há pedrasbetsul palpitesgelo no caminho.
Como o granizo nas nuvens antesbetsul palpitescair, os números saltambetsul palpitesum lugar ao outro antesbetsul palpiteschegar ao 4, 2, 1.
Uns mais e outros menos, sem sentido aparente.
A maior quantidadebetsul palpitesescalas que faz um número inicial menorbetsul palpites100 milhões para chegar a 4, 2, 1 é 986.
Mas enquanto a "viagem" é mais curta para os múltiplosbetsul palpites2, outros levam mais tempo.
Um exemplo citado com frequência é a comparação entre os números 8.192 e 27.
O 8.192 leva 13 passos para chegar ao final aparentemente inescapável: 4, 2, 1.
O número 27 não apenas leva 111 passos para chegar, mas no caminho sobe até 9.232 antesbetsul palpitespoder alcançar o 4, 2, 1.
A ausênciabetsul palpitespadrões dificulta ainda mais resolver uma conjectura já classificada como impossível.
Curioso e relevante?
Se o problema é tão difícil, e talvez impossível, vale a pena continuar tentando resolvê-lo?
"Quando passar dias ou semanas tentando,betsul palpitesvão, resolver um problema, pense no pobre Sísifo e embetsul palpitespedra", aconselhou o geometrógrafo Coxeter.
"Como (o matemático alemão) Felix Behrend diz ao finalbetsul palpitesseu livro, 'Sísifo ebetsul palpitespedra são símbolos do homem ebetsul palpitessua eterna luta, incessante, inalcançável e, contudo, sempre triunfal. O que mais se pode pedir?'"
Poético, mas se isso não o convence sobre a importânciabetsul palpitesesclarecer esse mistério, recorramos aos especialistas do Mathematics Stack Exchange, sitebetsul palpitesperguntas e respostas para pessoas que estudam matemáticabetsul palpitesqualquer nível e profissionaisbetsul palpitesáreas relacionadas.
"Os matemáticos suspeitam que solucionar a conjecturabetsul palpitesCollatz abrirá novos horizontes e desenvolverá novas e importantes técnicas na teoria dos números", disse Greg Muller.
"O problemabetsul palpitesCollatz é suficientemente simples para que qualquer pessoa o entenda, e não se relaciona apenas com a teoria dos números, mas com problemasbetsul palpitesdecidibilidade, o caos e com fundamentos da matemáticabetsul palpitescomputação. Melhor impossível", escreveu o usuário Matt.
"Outra razão é que, por ser fácilbetsul palpitesapresentar e entender, tem potencialbetsul palpitesatrair jovens para a matemática. Eu mesmo soubebetsul palpitessua existência no ensino médio e não resisti a seu encanto", comentou Derek Jennings.