Feminismo poderia ter salvado Marilyn Monroe, diz biógrafablack jack hudsonatriz:black jack hudson
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Mas Banner não conseguiu provar essa versão, e não descarta que a morte possa ter sido acidental, pois a atriz costumava tomar remédios para dormir e vivia numa espécieblack jack hudsonmontanha-russa emocional.
O fato é que até hoje a morteblack jack hudsonMarilyn é um caso não solucionado.
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Socialista
Professorablack jack hudsonhistória da Universidade do Sul da Califórnia, Banner descreve uma Marilyn Monroe diferente daquela consagrada por Hollywood. Retrata uma mulher com consciência política e feminista apurada, que ia além do rótuloblack jack hudsonsímbolo sexual.
"Ela defendeu o movimento dos direitos civis, mesmo não tendo apoiadoblack jack hudsonmaneira pública, e tinha uma postura política radicalblack jack hudsonesquerda", disse a pesquisadorablack jack hudsonconversa via e-mail com a BBC Brasil.
Em 2013, o FBI tornou públicos documentos que apontavam que Marilyn havia sido investigada nas décadasblack jack hudson1950 e 1960. A suspeita: integrar o Partido Comunista.
Umblack jack hudsonseus maridos, o dramaturgo Arthur Miller, era militanteblack jack hudsonesquerda. As investigações teriam se intensificadoblack jack hudson1962, quando a atriz fez um pedidoblack jack hudsonvisto para visitar a Rússia.
O envolvimentoblack jack hudsonMarilyn com o comunismo, porém, nunca foi provado.
"Marilyn tinha muitas faces. Uma delas é que era muito inteligente. Também era politizada", afirma Banner.
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Feminismoblack jack hudsonMarilyn
"Eu argumento no livro que se o movimento feminista existisse naquela época, poderia tê-la ajudado muito. O fato é que não existia nadablack jack hudsonque ela pudesse se apoiar para se defender da opressãoblack jack hudsongênero que sentia", diz Banner, que é especialistablack jack hudsonhistóriablack jack hudsongênero.
Para a pesquisadora, uma das explicações da morteblack jack hudsonMarilyn é que foi um ato acidental,black jack hudsonum momentoblack jack hudsondesespero emocional, uma vez que Marilyn tomava barbitúricos para controlar a ansiedade e a insônia.
"Ela sofria muito com o machismo da época. Enquanto todos os homensblack jack hudsonHollywood queriam dormir com ela, eles também a chamavamblack jack hudson'puta' por dormir com quem quisesse. Seus relacionamentos também não foram fáceis: Joe DiMaggio surrava Marilyn, enquanto Kennedy a tratoublack jack hudsonmaneira terrível."
O nome verdadeiroblack jack hudsonMarilyn Monroe era Norma Jeane Mortensen. Ela foi abandonada pela mãe, que não tinha condições mentaisblack jack hudsoncuidar da filha, e foi criadablack jack hudsonorfanatos e por amigos da família.
Declarou ter sofrido abuso sexual durante a infância. Casou-se aos 16 anos como solução para sair do orfanato, mas divorciou-se aos 20 anos e começou a atuar como atriz por necessidade financeira.
Em 1949, após passar meses desempregada, topou posar nua e virou capa da revista "Playboy". Casou-se mais duas vezes: com o jogadorblack jack hudsonbeisebol Joe DiMaggio e com o dramaturgo Arthur Miller. Ambas as uniões terminaramblack jack hudsondivórcio.
Banner ressalta que Marilyn morreu um ano antesblack jack hudsona jornalista Betty Friedan publicar A Mística Feminina, obra considerada um dos principais motores da segunda onda feminista no Ocidente.
"Ela teve muitas posturas consideradas feministas para a época, mas o fato é que atéblack jack hudsonmorte o movimento feminista ainda não existia."
Uma das ações feministasblack jack hudsonMarilyn foi criarblack jack hudsonprópria produtora, com mulheres ocupando metade dos cargos, como estratégia para driblar a dominação dos homensblack jack hudsonHollywood.
A estrela também viveu antes da revolução sexual que marcou a segunda onda feminista, o que revela, para Banner, como ela estava à frenteblack jack hudsonseu tempo.
"Depois da morteblack jack hudsonMarilyn,black jack hudson1962, logo estourou a liberação sexual feminina. Contudo, a figura da atriz caiu rapidamente no esquecimento, eblack jack hudsonpopularidade só foi retomadablack jack hudson1973, com a publicação da biografiablack jack hudsonNorman Mailer. Apenas por isso não podemos estabelecer uma relação direta entre Marilyn e a revolução sexual da décadablack jack hudson1960", diz a pesquisadora.
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O mito Monroe
Segundo a pesquisadora Annateresa Fabris, da Escolablack jack hudsonComunicação e Artes da USP, que estudou as representações visuaisblack jack hudsonMarilyn Monroe, a imagem da atriz foi transformadablack jack hudsonmito somente após ablack jack hudsonmorte.
Até então, diz, a atriz era vista como uma mulher manipulável por Hollywood e não donablack jack hudsonseu corpo.
"Por isso, não me parece que Marilyn Monroe tenha sido um exemplo para a libertação feminina na décadablack jack hudson1960", opina.
"Ela era vista no momentoblack jack hudsonsua morte como vítima do machismo, como uma mulher que pagara caro por ter tentado ser independente no plano profissional", afirma Fabris.
"Éblack jack hudsonfins da décadablack jack hudson1980 que surge a visãoblack jack hudsonuma Marilyn capazblack jack hudsoncontrolar o uso sexual do próprio corpo,black jack hudsonsintonia, aliás, com personagens interpretadas por elablack jack hudsonfilmes como Os Homens Preferem as Louras,black jack hudson1953, e O Pecado Mora ao Lado,black jack hudson1955."
Para a biógrafa Banner, o movimento feminista poderia ter transformado a vida da estrela. "A faltablack jack hudsondirecionamento fezblack jack hudsonMarilyn uma imagem, e não uma líder."
