Por que há tão poucas invenções atribuídas a mulheres?:roleta dos bichos

Ilustraçãoroleta dos bichosGrace Hopper com um computador

Crédito, Hannah Eachus

"Se queremos ter mais mulheres registrando patentes, então precisamos ver mais mulheres cursando matérias nas áreasroleta dos bichosSTEM nas universidades e que também sigam carreiraroleta dos bichospesquisa", diz ela.

Atualmente, as mulheres compõem apenas um quarto das pessoas empregadas nessa área no Reino Unido. Além disso, menos mulheres e meninas optam por tais disciplinas no Ensino Médio e na faculdade, apesar dos esforços recentes para identificar e solucionar o problema.

Já no Brasil, o índiceroleta dos bichosmulheres autorasroleta dos bichosartigos científicos chega a 49%, mas a ala feminina é minoriaroleta dos bichosáreas como ciência da computação e matemática. O país não entrou no levantamento feito pelo IPO, que foi focado nas dez nações que produzem mais patentes.

Dois terços das equipes são compostas apenas por homens

Patentes são concedidas ao autorroleta dos bichosuma invenção, permitindo que o criador dela impeça seu uso por outras pessoas.

Para ser considerada a patenteroleta dos bichosuma "invenção"roleta dos bichosfato, é necessário que ela apresente uma ideia nova, útil — e que não seja óbvia para uma pessoa qualificada na área.

As patentes podem ser solicitadas individualmente ou por equipesroleta dos bichosinventores.

A disparidaderoleta dos bichosgênero entre inventores fica ainda mais evidente quando se levaroleta dos bichosconta que muitas dessas mulheres integram equipes dominadas por homens.

Gráficoroleta dos bichosbarra mostrando que maisroleta dos bichosdois terços das equipes são compostas apenas por homens, e apenas 6% são exclusivamente femininas

Maisroleta dos bichosdois terçosroleta dos bichostodas as patentes vêmroleta dos bichosequipes exclusivamente masculinas ouroleta dos bichosinventores individuais que são homens — enquanto as inventoras individuais totalizam apenas 6%.

Times exclusivamente femininos são praticamente inexistentes, constituindo apenas 0,3% dos pedidosroleta dos bichospatente,roleta dos bichosacordo com o IPO.

Mesmo quando solicitam patentes, mulheres têm menor probabilidaderoleta dos bichosobtê-las, segundo estudo conduzido nos Estados Unidos por pesquisadores da Universidade Yale.

Além disso, nem todos os envolvidosroleta dos bichosuma invenção são creditados na patente.

Contudo, mulheres cientistas têm menos que metade das chancesroleta dos bichosobter uma patente pelas pesquisas que desenvolvem. A constatação vemroleta dos bichosoutro relatório lançado pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual, indicando que mulheres são menos propensas a comercializar suas invenções.

Biotecnologia é área mais igualitária

Em 1991, Ann Tsukamoto desenvolveu uma formaroleta dos bichosisolar células-tronco. Sua inovação levou a grandes avanços no entendimento dos sistemas sanguíneosroleta dos bichospacientes com câncer, e pode levar à cura da doença.

A cientista, que hoje conduz pesquisas sobre o crescimento das células-tronco, também é co-patenteadoraroleta dos bichossete outras invenções.

Ilustraçãoroleta dos bichosAnn Tsukamoto e uma placaroleta dos bichosPetri

Crédito, Hannah Eachus

Legenda da foto, Ann Tsukamoto patenteou seu método para isolar células-tronco

Biotecnologia — o usoroleta dos bichosorganismos vivos para desenvolver produtos úteis, como medicação e alimentos — é o setor que apresenta a maior porcentagemroleta dos bichosmulheres. Cercaroleta dos bichos53% das patentes dessa área apresentam ao menos uma como patenteadora.

Em segundo lugar, 52% das patentes farmacêuticas têm ao menos uma mulher como inventora.

Engenharia elétrica ficou com a pior colocação da lista, já que menosroleta dos bichos10% dos pedidosroleta dos bichospatente apresentam ao menos uma inventora mulher.

Paridaderoleta dos bichos2070

A proporçãoroleta dos bichosmulheres inventoras dobrou ao longo dos últimos 20 anos,roleta dos bichosacordo com o IPO. O índice saltouroleta dos bichos6,8%roleta dos bichos1998 para 12,7%roleta dos bichos2017, o último ano com dados disponíveis.

Gráfico mostrando que a proporçãoroleta dos bichosinventoras chegou a 12,7%

Durante o mesmo período, o númeroroleta dos bichospedidosroleta dos bichospatente que continham ao menos uma mulher listada como uma das inventoras subiuroleta dos bichos12% para 21%.

Penny Gilbert diz que estereótipos relacionados às decisõesroleta dos bichoscarreira eroleta dos bichoseducação das mulheres devem ser abordados, encorajando mais mulheres a escolher carreirasroleta dos bichosciência e tecnologia, criando programasroleta dos bichosmentoria e celebrando mulheres que são referência nessas áreas.

"Nós devemos aplaudir o fatoroleta dos bichosque muitas das maiores cientistas e inventoras ao longo da história foram mulheres, desde Marie Curie e Rosalind Franklin até Grace Hopper, inventora da programaçãoroleta dos bichoscomputadores, e Stephanie Kwolek, inventora do kevlar", diz ela.

"Nós devemos contar a história delas."

Rússia no topo da lista

Com 17% dos pedidosroleta dos bichospatente listando ao menos uma mulher, a Rússia alcançou a maior proporção entre os dez países que produzem mais patentes, seguida pela França. Já o Reino Unido aumentou seu númeroroleta dos bichosinventoras no período analisado,roleta dos bichos8%roleta dos bichos1998 para 11%roleta dos bichos2017.

Gráfico mostrando que a Rússia tem o maior índiceroleta dos bichosinventoras

Na outra ponta do ranking, no Japão e na Coreia do Sul, menosroleta dos bichosumroleta dos bichoscada vinte pedidosroleta dos bichospatente incluía uma mulher, durante o período analisado.

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Como os dados foram obtidos?

O gêneroroleta dos bichosquem solicita as patentes não costuma ser listado, então o Institutoroleta dos bichosPropriedade Intelectual do Reino Unido (IPO) optou por outra abordagem. O IPO deduziu o gênero das pessoas envolvidas a partir do primeiro nome, usando informações do bancoroleta dos bichosdados PATSTAT (Escritório Europeu do Bancoroleta dos bichosDados Estatísticosroleta dos bichosPatentes).

Esses nomes foram combinados com o gênero correspondente usando dados do Instituto Nacionalroleta dos bichosEstatísticas Britânico e da Administraçãoroleta dos bichosSeguridade Social dos Estados Unidos, que listam os nomesroleta dos bichostodos os bebês nascidos, e o númeroroleta dos bichosregistros masculinos e femininos.

Os responsáveis pelo estudo também traçaram perfis do Facebook para criar uma lista maiorroleta dos bichosnomes e a qual gênero costumam estar associados.

Apenas nomes cuja associação ao gênero masculino ou feminino fosse de, no mínimo, 95% eram incluídos. Nomes mais neutros como "Robin", que serviam para as duas categorias, foram excluídos.

Um totalroleta dos bichos75% dos nomesroleta dos bichosinventores correspondiam a um gênero específico, mas essa taxa variouroleta dos bichosacordo com o país. A lista usada favorecia nomes ocidentais, então países como o Reino Unido tinham a maior "taxaroleta dos bichossucesso". Enquanto isso, o índice era menorroleta dos bichospaíses como Coreia do Sul e China.

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