Educação: maisglobalvip apostasumaglobalvip apostascada dez crianças e adolescentes não frequenta escola no Brasil, revela estudo:globalvip apostas

Crédito, TANIA REGO - AG BRASIL

Legenda da foto, Cercaglobalvip apostas2 milhõesglobalvip apostascrianças e adolescentes entre 11 e 19 anos estão fora da escola

Há menosglobalvip apostassete anos, a escola terminava alguns anos letivos com até 20%globalvip apostasevasão, segundo a coordenadora. Atualmente, a taxa estáglobalvip apostasmenosglobalvip apostas2% e há filaglobalvip apostasespera para matrículas.

Para reverter a situação, a coordenadora e os demais funcionários da escolaglobalvip apostasEnsino Médio seguem, desde 2017, um modelo que combina escuta atenta e individual aos estudantes, diálogo com as famílias e busca por parcerias com outras redes públicas, comoglobalvip apostassaúde e serviço social, para ajudar a acabar com os obstáculos que mantinham os alunos longe do colégio.

"Fazemos um controle próximo das presenças e quando notamos que um aluno está muito ausente buscamos a família por telefone. Se não conseguimos contato assim realizamos a busca ativa nas casas dos estudantes", diz Nadi.

"Quando as famílias e os próprios alunos passaram a acreditar mais no seu potencial e perceberam que podiam contar com a escola para ajudar a resolver algunsglobalvip apostasseus problemasglobalvip apostascasa, houve uma transformação."

Durante a pandemiaglobalvip apostascovid-19, a escola forneceu tablets para os alunos que não tinham acesso a computadores ou celulares assistirem às aulas online. "Garantimos que aqueles que não tinham acesso à internet recebessem todas as atividades impressas", diz.

"E não podemos ver os alunos como apenas números. Mesmo depois que ele retorna, temos que garantir uma educaçãoglobalvip apostasqualidade e dar atenção para garantir que ele fique."

Mas o retrato da educação pública no Brasil como um todo églobalvip apostascrise. Um estudo inédito, realizado pelo Ipec para o Unicef, revela que maisglobalvip apostasumaglobalvip apostascada dez meninas e meninosglobalvip apostas11 a 19 anos (11%) não estão frequentando a escola no país.

A porcentagem é equivalente a cercaglobalvip apostas2 milhõesglobalvip apostascrianças e adolescentes da rede públicaglobalvip apostasensino nesta faixa etária.

Essa foi a primeira vez que Unicef e Ipec se juntaram para fazer a pesquisa e, portanto, não há númerosglobalvip apostasoutros anos para comparação. Dados da Pnad Educaçãoglobalvip apostas2019, porém, indicam que naquele ano quase 690 mil crianças e adolescentes entre 11 e 17 anos estavam fora da escola.

"O país está dianteglobalvip apostasuma crise urgente na educação. Há, pelo menos, 2 milhõesglobalvip apostasmeninas e meninos fora da escola, somente na faixa etáriaglobalvip apostas11 e 19 anos. Se incluirmos as criançasglobalvip apostas4 a 10 anos, o número certamente é ainda maior. E a eles se somam outros milhões que estão na escola, sem aprender,globalvip apostasriscoglobalvip apostasevadir. É urgente investir na inclusão escolar e na recuperação da aprendizagem", afirma Mônica Dias Pinto, chefeglobalvip apostasEducação do Unicef no Brasil.

Crédito, Arquivo pessoal

Legenda da foto, Escola Cidadã Integral Mestre Júlio Sarmento usa quadroglobalvip apostasfrequência preenchido pelos próprios alunos para combater faltas

Desigualdades e obstáculos

Realizadaglobalvip apostasagosto deste ano, ouvindo crianças e adolescentesglobalvip apostastodas as regiões do país, a pesquisa divulgada pelo Unicef nesta quinta-feira (15/9) mostra que a exclusão escolar afeta principalmente os mais vulneráveis. Na classe AB, 4% dos entrevistados não estão frequentando a escola e, na classe DE, o percentual chega a 17% - ou seja, quatro vezes maior.

Entre quem não está frequentando a escola, metade (48%) afirma que deixouglobalvip apostasestudar "porque tinhaglobalvip apostastrabalhar fora".

Dificuldadesglobalvip apostasaprendizagem aparecemglobalvip apostassegundo lugar, com 30% afirmando que saiu "por não conseguir acompanhar as explicações ou atividades". Em seguida, 29% dizem que desistiram pois "a escola não tinha retomado atividades presenciais" e 28% afirmam que "tinham que cuidarglobalvip apostasfamiliares".

Aparecem na lista, também, temas como faltaglobalvip apostastransporte (18%), gravidez (14%), desafios por ter alguma deficiência (9%), racismo (6%), entre outros.

Mesmo entre os estudantes que estão na escola atualmente, a evasão é um risco real. Segundo a pesquisa, nos últimos três meses, 21%globalvip apostasquem está na escola pensouglobalvip apostasdesistir dela. Entre os principais motivos está o fatoglobalvip apostasnão conseguir acompanhar as explicações ou atividades passadas pelos professores — item citado por 50% dos que pensaramglobalvip apostasdesistir.

Mônica Dias Pinto chama atenção ainda para a desigualdade que está refletidaglobalvip apostasalguns dos dados coletados pela pesquisa.

"Observamos que normalmente as taxasglobalvip apostasabandono, evasão e repetência têm maior recorrênciaglobalvip apostasdeterminadas populações, entre elasglobalvip apostasquilombolas e indígenas,globalvip apostasáreas rurais ou entre pessoas com deficiência", diz.

Crédito, MARCOS SANTOS/USP IMAGENS

Legenda da foto, Pesquisa mostra que ainda há escolas fechadas, apenas ofertando aulas remotas, no Brasil

Dias Pinto cita ainda a necessidadeglobalvip apostasabordar as desigualdades raciais e regionais quando são elaboradas soluções para o problema da evasão escolar.

Entre as crianças e adolescentes que estão na escola, 46% disseram ter se sentido despreparadas para acompanhar as atividades escolares no retorno para o presencial após a pandemiaglobalvip apostascovid-19, contra 44% que disseram discordar da afirmação.

Mas quando comparadas as respostasglobalvip apostasalunos negros e brancos, 39% das crianças e adolescentes brancas disseram sentir despreparo, enquanto 50% das negras concordaram com a afirmação.

A pesquisa mostra também que ainda há escolas fechadas, apenas ofertando aulas remotas, no país. Enquanto 92% dos estudantes dizem queglobalvip apostasescola só tem aulas presenciais, ainda há 5% que afirmam ter aulas presenciais e remotas, e 3% que têm apenas aulas remotas.

A região Norte é a que apresenta o cenário mais desafiador, com apenas 82% das escolas totalmente presenciais e 11% apenas com aulas remotas.

Mas mesmo depois do longo períodoglobalvip apostasfechamento por conta da pandemia, estar na escola é um fatorglobalvip apostasesperança, segundo a pesquisa. Entre quem está frequentando a escola, 84% dizem estar interessados nos estudos, 71% se sentem animados e 70% estão otimistas com o futuro.

Saúde e renda

Na escola Mestre Júlio Sarmento, Nadi identificou que os dois principais obstáculos que afastam os estudantes da escola são os problemasglobalvip apostassaúde e as dificuldades socioeconômicas, que obrigam os adolescentes a trabalhar.

Uma estudante auxiliada pela coordenadora, por exemplo, faltava pelo menos quatro dias todos os meses. Após um estudo do caso, a escola percebeu que as faltas coincidiam com o períodoglobalvip apostasque ela estava menstruada.

"Ela sentia dores, tinha um fluxo muito intenso e tinha vergonha e medoglobalvip apostasse sujar", conta Nadi. "Conversei com a mãe sobre a situação e encaminhamos a família para um ginecologista. Quando ela começou a se sentir confortável para discutir o assunto e passou a ter acompanhamento médico, voltou à escola e se formou."

Já para os alunos que enfrentavam dificuldades socioeconômicasglobalvip apostascasa e sentiam a necessidadeglobalvip apostascontribuir financeiramente com a família, a escola lançou um projetoglobalvip apostasempreendedorismo que auxilia os estudantes com a renda ao mesmo tempoglobalvip apostasque ensina conceitos importantes como finanças e organização.

"O projeto auxilia especialmente os alunos maioresglobalvip apostasidade, que são os que mais desistem da escola por precisarem trabalhar", diz a coordenadora.

"Umaglobalvip apostasnossas alunas, por exemplo, voltou para a escola e começou a vender bombons saudáveis", relata. "Ela se formou e recentemente a encontrei por acaso na rua. Ela me deu um abraço grande e me agradeceu. Fiquei orgulhosa."

Crédito, Arquivo pessoal

Legenda da foto, A coordenadora pedagógica Nadi Pereira Mendes (de azul) ao ladoglobalvip apostasalunos e professores

Nenhum a menos

Históriasglobalvip apostassucesso como a da Escola Cidadã Integral Mestre Júlio Sarmentoglobalvip apostasSousa se repetemglobalvip apostasoutros estados e cidades pelo país,globalvip apostasum exemploglobalvip apostasque os desafios não são impossíveisglobalvip apostasserem superados.

Na Comunidade do Coração, nos arredores da capital do Amapá, Macapá, a Escola Municipal Goiás atende tanto estudantes da zona rural quanto urbana. A instituição também conseguiu reverter uma situação preocupanteglobalvip apostasevasão escolar com um projeto focado na busca ativa dos alunos.

"Se a criança falta três dias seguidos e nenhum responsável aparece na escola para justificar as faltas, o professor entraglobalvip apostascontato imediato com a família para questionar os motivos", explica Agnaldo da Silva Silveira, ex-coordenador pedagógico da escola que atualmente trabalha na Secretariaglobalvip apostasEducação do Amapá.

Crédito, Naiara Jinknss | Unicef

Legenda da foto, Escola Municipal Goiás, nos arredoresglobalvip apostasMacapá

"O primeiro contato é por telefone. Quando não temos êxito mandamos uma convocação por escrito. E o último recurso é uma visita à casa da família. Essas visitas se tornaram super importantes para trazer os alunosglobalvip apostasvolta."

A ação é parte do projeto "Nenhum a Menos", iniciativa criada pela escolaglobalvip apostas2015 que conseguiu reduzirglobalvip apostas11% para menosglobalvip apostas5% os casosglobalvip apostasabandono escolar.

"Em casos mais graves explicamos aos pais qual aglobalvip apostasresponsabilidade com a educação dos filhos e deixamos claro que, se a criança continuar a faltar, precisaremos acionar o Conselho Tutelar", diz Agnaldo. "Mas felizmente tivemos que fazer isso poucas vezes, quase sempre resolvemos na conversa."

O coordenador explica que muitos dos alunos atendidos pela escola são filhosglobalvip apostasagricultores, pescadores e trabalhadores informais da região ruralglobalvip apostasMacapá que enfrentam dificuldades financeiras eglobalvip apostaslocomoção.

"Especialmente no períodoglobalvip apostaschuvas, que vaiglobalvip apostasdezembro a maio, muitas crianças faltam porque fica praticamente impossível sairglobalvip apostascasa por contaglobalvip apostasalagamentos e muita lama", diz. "Aqueles que vêm chegam sujas e molhados, o que dificulta o aprendizado."

Quase metade das meninas e meninos da Escola Goiás usa o transporte coletivo escolar, masglobalvip apostasalgumas comunidades mais afastadas as peruas ainda não estão disponíveis.

"Não são apenas problemasglobalvip apostassaúde ou renda que afastam os alunos e temos que pensarglobalvip apostastudo isso para garantir o direito das criançasglobalvip apostasestudarem", afirma Agnaldo.

Crédito, Naiara Jinknss | Unicef

Legenda da foto, 'Se a criança falta três dias seguidos e nenhum responsável aparece na escola para justificar as faltas, o professor entraglobalvip apostascontato imediato com a família', explica o coordenador Agnaldo Silveira

"Ainda temos muito a fazer e nosso objetivo é chegar à evasão zero. Mas estamos satisfeitos com o nosso progresso."

- Este texto foi publicado originalmenteglobalvip apostashttp://vesser.net/brasil-62922370

globalvip apostas Sabia que a BBC está também no Telegram? Inscreva-se no canal globalvip apostas .

globalvip apostas Já assistiu aos nossos novos vídeos no YouTube globalvip apostas ? Inscreva-se no nosso canal!

Pule YouTube post, 1
Aceita conteúdo do Google YouTube?

Este item inclui conteúdo extraído do Google YouTube. Pedimosglobalvip apostasautorização antes que algo seja carregado, pois eles podem estar utilizando cookies e outras tecnologias. Você pode consultar a políticaglobalvip apostasusoglobalvip apostascookies e os termosglobalvip apostasprivacidade do Google YouTube antesglobalvip apostasconcordar. Para acessar o conteúdo cliqueglobalvip apostas"aceitar e continuar".

Alerta: Conteúdoglobalvip apostasterceiros pode conter publicidade

Finalglobalvip apostasYouTube post, 1

Pule YouTube post, 2
Aceita conteúdo do Google YouTube?

Este item inclui conteúdo extraído do Google YouTube. Pedimosglobalvip apostasautorização antes que algo seja carregado, pois eles podem estar utilizando cookies e outras tecnologias. Você pode consultar a políticaglobalvip apostasusoglobalvip apostascookies e os termosglobalvip apostasprivacidade do Google YouTube antesglobalvip apostasconcordar. Para acessar o conteúdo cliqueglobalvip apostas"aceitar e continuar".

Alerta: Conteúdoglobalvip apostasterceiros pode conter publicidade

Finalglobalvip apostasYouTube post, 2

Pule YouTube post, 3
Aceita conteúdo do Google YouTube?

Este item inclui conteúdo extraído do Google YouTube. Pedimosglobalvip apostasautorização antes que algo seja carregado, pois eles podem estar utilizando cookies e outras tecnologias. Você pode consultar a políticaglobalvip apostasusoglobalvip apostascookies e os termosglobalvip apostasprivacidade do Google YouTube antesglobalvip apostasconcordar. Para acessar o conteúdo cliqueglobalvip apostas"aceitar e continuar".

Alerta: Conteúdoglobalvip apostasterceiros pode conter publicidade

Finalglobalvip apostasYouTube post, 3