Por que gasolina no Brasil cai mais do queaplicativos de apostas de futeboloutros países e quem está pagando a conta:aplicativos de apostas de futebol
A reportagem comparou os rankings elaborados pela consultoriaaplicativos de apostas de futebol27aplicativos de apostas de futeboljunho e 29aplicativos de apostas de futebolagosto deste ano.
Nesse intervalo, o Brasil subiu 37 posições, da 76ª gasolina mais barata para a 39ª, e ficou entre os dez países onde o preço do litro do combustível mais baixou.
Entre os paísesaplicativos de apostas de futebolque o valor caiu mais do que no Brasil estão Turquia, Panamá, Vietnã, Austrália, Honduras, Montenegro e Gana.
Mas afinal, por que os preços estão baixando tanto no Brasil e quem paga a conta pela queda?
Por que os preços estão caindo?
Pedro Rodrigues, sócio-diretor do Centro Brasileiroaplicativos de apostas de futebolInfraestrutura (CBIE), explica que as variáveis que influenciamaplicativos de apostas de futebolforma mais robusta o preço da gasolina são o preço do barrilaplicativos de apostas de futebolpetróleo no mercado internacional e a taxaaplicativos de apostas de futebolcâmbio, já que a commodity é cotadaaplicativos de apostas de futeboldólares.
São esses os principais fatores que incidem atualmente sobre o valor no Brasil e que fizeram com que a Petrobras anunciasse uma nova redução.
"Neste momento, o preço do petróleo e o câmbio estão cedendo. E na Petrobras ou qualquer empresa que segue o mercado internacional, quando baixa o preço do barril cai também o preço do combustível", diz.
Na última terça-feira (30/08), os preços do petróleo caíram quase US$ 6 dólares por barril, o declínio mais acentuadoaplicativos de apostas de futebolcercaaplicativos de apostas de futebolum mês.
Em nota, a Petrobras informou que a redução do preço da gasolina nas refinarias acompanha essa tendência.
"Essa redução acompanha a evolução dos preçosaplicativos de apostas de futebolreferência e é coerente com a práticaaplicativos de apostas de futebolpreços da Petrobras, que busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxaaplicativos de apostas de futebolcâmbio", disse a estatal.
Mas além dos preços no mercado internacional, existem outros fatores que podem influenciar o preço dos combustíveis, ainda queaplicativos de apostas de futebolmaneira mais sutil.
Segundo Rodrigues, vale citar os tributos — tais como PIS/Cofins e ICM — e o percentualaplicativos de apostas de futebolmistura do etanol na gasolina.
É justamente a política tributária do governo brasileiro, somada ao realaplicativos de apostas de futebolvalorização frente ao dólar, que está fazendo com que o preço caia mais no Brasil do queaplicativos de apostas de futeboloutros países.
"Alémaplicativos de apostas de futebolter a queda no preço global do petróleo, o Brasil aplicou uma política que reduziu ainda mais a alíquota tributária, reduzindo também o preço final dos combustíveis. Por isso que,aplicativos de apostas de futeboltermos percentuais, o preço por aqui caiu mais queaplicativos de apostas de futeboloutros países", explica o sócio-diretor do CBIE.
A própria Global Petrol Prices explica que as diferenças entre os valores do litro da gasolina nas diferentes naçõesaplicativos de apostas de futebolseu ranking devem-se a vários tiposaplicativos de apostas de futebolimpostos e subsídios para o combustível.
O que mudou na política tributária?
No finalaplicativos de apostas de futeboljunho, entrouaplicativos de apostas de futebolvigor no Brasil a legislação que limita as alíquotas do Imposto sobre Circulaçãoaplicativos de apostas de futebolMercadorias e Produtos (ICMS) que incidem sobre itens considerados essenciais — como combustíveis, gás natural, energia elétrica, comunicações e transporte coletivo.
Sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) após longas discussões e uma tramitação demorada no Congresso, a proposta determina que estados limitem a cobrança do tributo, que é estadual, à alíquota mínimaaplicativos de apostas de futebolcada estado, que varia entre 17% e 18%.
Ao mesmo tempo, o governo também zerou as alíquotas da Contribuição para os Programasaplicativos de apostas de futebolIntegração Social eaplicativos de apostas de futebolFormação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/Pasep) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) — dois tributos federais — para os combustíveis.
Em março, um decreto e uma medida provisória já haviam zerado as mesmas alíquotas sobre a comercialização e a importação do óleo diesel e do gásaplicativos de apostas de futebolcozinha.
De acordo com o analista da Instituição Fiscal Independente (IFI), Alexandre Andrade, do pontoaplicativos de apostas de futebolvistaaplicativos de apostas de futeboltributação, esses foram os eventos que mais impactaram o preço dos combustíveis quando entraramaplicativos de apostas de futebolvigor.
"Todos os estados cobravam alíquotasaplicativos de apostas de futebolICMS superiores a 17% ou 18%. Alguns estados, como o Rioaplicativos de apostas de futebolJaneiro, cobravam até maisaplicativos de apostas de futebol30%", diz o economista.
"O decreto que zerou as alíquotas do PIS e Cofins também teve impacto, mas o ICMS definitivamente pesou mais no preço dos combustíveis."
De onde sai o dinheiro dos tributos?
Andrade explica que o ICMS é o principal tributoaplicativos de apostas de futebolcompetência dos estados, alémaplicativos de apostas de futebolsua maior fonteaplicativos de apostas de futebolreceita.
"Em particular, os itens que foram objeto da lei que reduziu a alíquota do imposto, ou seja, combustíveis, gás natural, energia elétrica, comunicações e transporte coletivo, são os principais setoresaplicativos de apostas de futebolarrecadação dentro do ICMS", diz.
"Isso significa que a redução da alíquota do ICMS impõe uma perdaaplicativos de apostas de futebolarrecadação significativa para os estados."
O ICMS arrecadado, poraplicativos de apostas de futebolvez, contribui para serviços essenciais financiados pelos governos estaduais, tais como educação, saúde, segurança e o custeio da máquina pública.
No finalaplicativos de apostas de futebolmaio, a XP estimava uma perda na casaaplicativos de apostas de futebolR$ 103 bilhõesaplicativos de apostas de futebolreceita para os governos estaduais por seis mesesaplicativos de apostas de futebol2022. Já no cálculo da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), a perda apenas dos municípios éaplicativos de apostas de futebolR$ 22 bilhões.
Pela lei, o governo federal é obrigado a compensar os Estados quando a perdaaplicativos de apostas de futebolreceita com o tributo ultrapassar o porcentualaplicativos de apostas de futebol5%, na comparação com a receita registrada no ano anterior.
Anteriormente, o governo havia entendido que o Congresso determinou que a comparação deve ser feita com base nas receitasaplicativos de apostas de futeboltodo o ano. Com isso, a compensação, se necessária, só ocorreriaaplicativos de apostas de futebol2023.
Recentemente, porém, o Supremo Tribunal Federal (STF) concedeu liminares a sete estados (São Paulo, Alagoas, Maranhão, Piauí, Minas Gerais, Rio Grande do Norte e Acre) para a compensação imediata das perdas por parte da União.
Por outro lado, PIS, Pasep e Cofins são contribuições sociais no âmbitoaplicativos de apostas de futebolcompetência da União, que têm como destino o financiamento da seguridade social.
"O PIS e Pasep financiam, por exemplo, a política do abono salarial e o seguro desemprego. Já o Cofins é uma contribuição que serve para financiamento da seguridade social, ou seja, da Previdência", explica o economista da IFI.
Segundo Alexandre Andrade, o governo federal praticou essas exonerações porque a arrecadação está crescendo a um ritmo forte, apesaraplicativos de apostas de futeboljá ter iniciado um processoaplicativos de apostas de futeboldesaceleração mais recentemente.
"Quando o governo abre mãoaplicativos de apostas de futeboluma arrecadação, a Receita Federal classifica tecnicamente como gastos tributários. É como se, ao abriraplicativos de apostas de futeboluma arrecadação, o governo estivesse realizando uma política pública", diz.
"No caso dos combustíveis, o governo está concedendo um subsídio para quem consome gasolina, etanol, diesel e gásaplicativos de apostas de futebolcozinha."
Mas há quem critique a medida.
"A principal crítica feita por alguns éaplicativos de apostas de futebolque o governo está financiando o consumoaplicativos de apostas de futebolcombustíveis fósseis,aplicativos de apostas de futebolum contextoaplicativos de apostas de futebolque o mundo todo está discutindo medidas para reduzi-lo", afirma o economista da IFI.
"E,aplicativos de apostas de futebolforma geral, o governo poderia estar destinando esse recurso para outras áreas."
Uma estimativa do IFIaplicativos de apostas de futebolmarço calculava uma renúnciaaplicativos de apostas de futebolcercaaplicativos de apostas de futebolR$ 17,6 bilhõesaplicativos de apostas de futebolarrecadação com a suspensão das alíquotas do PIS, Pasep e Cofins do óleo diesel e do gásaplicativos de apostas de futebolcozinha até o final do ano.
Já com a medida que zerou as mesmas alíquotas que incidiam sobre a gasolina e o etanolaplicativos de apostas de futeboljunho, a instituição estimou uma perda na casa dos R$ 18 bilhões até dezembro. Somados, os dois valores totalizam R$ 35,6 bilhões.
Mas emaplicativos de apostas de futebolproposta para o orçamentoaplicativos de apostas de futebol2023, encaminhada na quarta-feira (31/8) ao Congresso Nacional, o governo indicouaplicativos de apostas de futebolintençãoaplicativos de apostas de futebolprolongar a redução das alíquotas sobre a gasolina, o etanol e o gás natural veicular (GNV).
Com essa medida, o próprio governo estimou uma perdaaplicativos de apostas de futebolR$ 34,3 bilhõesaplicativos de apostas de futebolarrecadação.
- Este texto foi publicadoaplicativos de apostas de futebolhttp://vesser.net/brasil-62761181
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