Eleições 2022: o que dizem as cartas pela democraciaslot no1diferentes grupos:slot no1
slot no1 Uma sérieslot no1cartasslot no1defesa à democracia foi divulgada nos últimos dias, dois meses antes das eleições gerais marcadas para outubro. Uma delas, lida nesta quinta-feira (11/08) —slot no1um evento na Faculdadeslot no1Direito da Universidadeslot no1São Paulo.
Em comum, as principais cartas não citam diretamente o presidente da República, Jair Bolsonaro, mas fazem defesa do processo eleitoral brasileiro eslot no1instituições, como o Judiciário e a Justiça Eleitoral — dois temasslot no1que se destacam críticas públicas feitas pelo presidente.
Mas o que essas cartas têmslot no1diferente entre si?
1) Carta da Faculdadeslot no1Direito da USP
O primeiro documento a ganhar destaque — e que já teria recebido adesãoslot no1maisslot no1900 mil pessoas — é a Carta às brasileiras e aos brasileirosslot no1defesa do Estado Democráticoslot no1Direito, elaborada por professores e juristas da USP.
A carta foi elaborada para coincidir com o aniversárioslot no145 anosslot no1outro abaixo-assinado lido pelo professor Goffredo da Silva Telles Junior,slot no11977, que denunciava o regime militar.
O documento deste ano teve grande adesão entre artistas e intelectuais — e foi assinado até mesmo pela Federação Brasileiraslot no1Bancos (Febraban).
Alguns dos principais candidatos à Presidência também assinaram o documento, entre eles Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (MDB) e Felipe D'Avila (Novo). Os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Dilma Rousseff também apoiaram.
A carta faz uma defesa explícita das urnas eletrônicas.
"Nossas eleições com o processo eletrônicoslot no1apuração têm servidoslot no1exemplo no mundo. Tivemos várias alternânciasslot no1poder com respeito aos resultados das urnas e transição republicanaslot no1governo. As urnas eletrônicas revelaram-se seguras e confiáveis, assim como a Justiça Eleitoral", diz o documento.
"Ao invésslot no1uma festa cívica, estamos passando por momentoslot no1imenso perigo para a normalidade democrática, risco às instituições da República e insinuaçõesslot no1desacato ao resultado das eleições. Ataques infundados e desacompanhadosslot no1provas questionam a lisura do processo eleitoral e o estado democráticoslot no1direito tão duramente conquistado pela sociedade brasileira. São intoleráveis as ameaças aos demais poderes e setores da sociedade civil e a incitação à violência e à ruptura da ordem constitucional."
"No Brasil atual não há mais espaço para retrocessos autoritários. Ditadura e tortura pertencem ao passado", conclui o documento.
2) Carta da Fiesp
A Federação das Indústrias do Estadoslot no1São Paulo (Fiesp) não quis assinar a carta dos professores da USP, mas optou por redigir seu próprio documento, que recebeu adesãoslot no1políticos, ONGs, sindicatosslot no1trabalhadores e universidades, entre outros.
O próprio presidente da República teria sido convidado a assinar o documento, mas declinou o convite.
O documento da Fiesp pede harmonia entre os poderes para que o país possa promover mudanças essenciaisslot no1prolslot no1seu desenvolvimento.
O documento defende o Judiciário e o processo eleitoral, mas não faz menções específicas às urnas eletrônicas.
"As entidades da sociedade civil e os cidadãos que subscrevem este ato destacam o papel do Judiciário brasileiro,slot no1especial do Supremo Tribunal Federal, guardião último da Constituição, e do Tribunal Superior Eleitoral, que tem conduzido com plena segurança, eficiência e integridade nossas eleições respeitadas internacionalmente, eslot no1todos os magistrados, reconhecendo o seu inestimável papel, ao longoslot no1nossa história, como poder pacificadorslot no1desacordos e instânciaslot no1proteção dos direitos fundamentais", diz o texto.
3) Cartaslot no1órgãosslot no1imprensa
Três associaçõesslot no1comunicação elaboraram seu próprio documento no dia 2slot no1agosto fazendo uma defesa da liberdadeslot no1imprensa: a Associação Brasileiraslot no1Emissorasslot no1Rádio e Televisão (Abert), Associação Nacionalslot no1Editoresslot no1Revistas (Aner) e a Associação Nacionalslot no1Jornais (ANJ).
O documento defende a liberdadeslot no1imprensa, opinião e informação, e ressalta a importânciaslot no1se combater notícias falsas que são disseminadas na sociedade.
"Com baseslot no1seus princípiosslot no1defesa das liberdadesslot no1imprensa,slot no1opinião e informação, as entidades da comunicação abaixo subscritas vêm a público reafirmar seu compromisso com o Estadoslot no1Direito e as decisões soberanas das eleições, referendadas por uma Justiça Eleitoral cuja atuação tem sido reconhecida internacionalmente", diz a nota "em defesa da democracia e da liberdadeslot no1imprensa".
"As entidades também reforçam a importância da atividade ampla e independente da imprensa livre no combate à desinformação que tanto mal causa às democracias."
4) Carta da OAB
A Ordem dos Advogados do Brasil também optou por se manifestar com seu próprio documento, intitulado "Manifesto à naçãoslot no1defesa da democracia".
"A OAB não é apoiadora ou opositoraslot no1governos, partidos e candidatos. Nossa autonomia crítica assegura credibilidade e força para nossas açõesslot no1amparo e intransigente defesa ao Estado Democráticoslot no1Direito", diz a carta da OAB.
"Temos orgulho e confiança no modelo do sistema eleitoralslot no1nosso país, conduzidoslot no1forma exemplar pela Justiça Eleitoral. O Brasil conta com a OAB para zelar pelo respeito à Constituição, afastando riscosslot no1rupturas democráticas e com a preservação das instituições e dos Poderes da República."
- Este texto foi publicado originalmenteslot no1http://vesser.net/brasil-62507808
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