O que se sabe sobre primeira morte por varíola dos macacos no Brasil:forte bet sign up
forte bet sign up O Ministério da Saúde confirmou na manhã desta sexta-feira (29/7) a primeira morte por varíola dos macacos no Brasil. De acordo com a pasta, a vítima é um homemforte bet sign up41 anos que morava na cidadeforte bet sign upUberlândia,forte bet sign upMinas Gerais.
O paciente, segundo o Ministério da Saúde, tinha "imunidade baixa e comorbidades, incluindo câncer (linfoma), que o levaram ao agravamento do quadro". Ele foi "hospitalizadoforte bet sign uphospital públicoforte bet sign upBelo Horizonte, sendo depois direcionado ao CTI. A causaforte bet sign upóbito foi choque séptico, agravada pelo Monkeypox (varíola dos macacos)", segundo uma nota enviada à imprensa.
Essa é a primeira morte pela doença registrada fora da África. A varíola dos macacos foi confirmada, até o momento,forte bet sign upmaisforte bet sign up16 mil pacientes espalhados por 74 países.
O Ministério da Saúde afirmou que possui 50 mil doses da vacina contra a varíola, mas que não fará uma imunizaçãoforte bet sign upmassa. A pasta ainda trata a doença como um surto, estágio anterior a epidemia e pandemia.
No dia 23forte bet sign upjulho, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou a doença como uma emergência globalforte bet sign upsaúde. Outras enfermidades que ganharam o mesmo status nos últimos anos foram covid-19, zika e ebola.
No Brasil, foram detectados maisforte bet sign up1.066 casos até o momento. Os dados foram compilados pelo Our World In Data e pelo Centroforte bet sign upControle e Prevençãoforte bet sign upDoenças (CDC) dos Estados Unidos.
A varíola dos macacos é uma infecção causada por um vírus que geralmente se manifestaforte bet sign upforma leve — os principais sintomas são febre, dor e o aparecimentoforte bet sign uplesões e feridasforte bet sign upalgumas partes específicas do corpo.
O que é a varíola dos macacos?
Trata-seforte bet sign updoença causada pelo vírus monkeypox, que pertence à mesma família do vírus da varíola humana.
Os casos dessa infecção eram relativamente comuns na África Central e na África Ocidental, especialmenteforte bet sign upregiões com florestas tropicais. Mais recentemente, o númeroforte bet sign upcasos parece ter aumentado tambémforte bet sign upáreas urbanas.
Apesar do nome, os principais hospedeiros desse vírus na natureza são roedores. Mas primatas não humanos também são afetados por esse tipoforte bet sign upvaríola.
Como a varíola dos macacos é transmitida?
A varíola dos macacos é transmitida quando alguém tem contato próximo com as lesõesforte bet sign uppele, as secreções respiratórias ou os objetos usados por uma pessoa que está infectada.
O vírus ainda pode ser passadoforte bet sign upmãe para filho durante a gestação, através da placenta.
Até agora, o patógeno não foi descrito oficialmente como uma infecção sexualmente transmissível, mas a doença pode ser passada durante a relação sexual pela proximidade e o contato pele a pele entre as pessoas envolvidas.
Muitos dos casos registrados até o momento foram observadosforte bet sign uphomens que fazem sexo com outros homens. Isso levou, inclusive, a Agênciaforte bet sign upSegurançaforte bet sign upSaúde do Reino Unido a pedir que esses indivíduos prestem mais atenção a coceiras ou lesõesforte bet sign uppele que lhes pareçam incomuns, especialmente na região anal e genital.
Eles foram orientados a contactar seus serviços locaisforte bet sign upsaúde no casoforte bet sign upalgum sintoma ou preocupação. Mas autoridades ressaltam que qualquer pessoa, independentemente da orientação sexual, pode ser contaminada.
Animais infectados, como macacos, ratos e esquilos, também podem transmitir o vírus.
Quais são os sintomas da varíola dos macacos?
A OMS explica que o períodoforte bet sign upincubação (o tempo entre o vírus invadir as células e o aparecimento dos primeiros sintomas) costuma variarforte bet sign up6 a 13 dias, mas pode chegar até a 21 dias.
A partir do início dos sintomas, a infecção pode ser divididaforte bet sign updois momentos.
Primeiro, acontece o períodoforte bet sign upinvasão, que dura até 5 dias. Neste momento, o paciente pode apresentar:
- Febre;
- Dorforte bet sign upcabeça forte;
- Inchaço nos linfonodos (conhecido popularmente como "íngua");
- Dor nas costas;
- Dores musculares;
- Faltaforte bet sign upenergia intensa.
Terminado o períodoforte bet sign upinvasão, começa a segunda etapa, que é marcada por feridas na pele. Geralmente, essas marcas cutâneas surgem depoisforte bet sign up1 a 3 dias do início da febre.
As feridas costumam se concentrar no rosto, nas extremidades do corpo, como a palma das mãos e na sola dos pés, na mucosa da boca, na genitália e nos olhos.
Os médicos relatam que, no surto atual, as lesões têm sido mais frequentemente encontradas na região do ânus e dos genitais.
Elas surgem como feridas planas e, com o passar do tempo, formam pequenas bolhas com líquido dentro. Depois, ganham uma casquinha.
Mas o paciente pode ter apenas uma vermelhidão na pele que se assemelha a uma irritação.
O númeroforte bet sign upmarcas cutâneas varia bastante: alguns pacientes apresentam poucas, enquanto outros chegam a ter milhares.
A varíola dos macacos pode ser grave?
Na maioria das vezes, a varíola dos macacos é um quadro autolimitado. Isso significa que, após duas a quatro semanas, os sintomas passam e a pessoa fica bem.
Os casos mais severos acontecem com mais frequênciaforte bet sign upcrianças e têm a ver com a condiçãoforte bet sign upsaúde e uma grande exposição ao vírus.
As complicações também são mais comunsforte bet sign uppacientes com problemas no sistema imunológico.
Quadros graves estão relacionados ao surgimentoforte bet sign uppneumonia, sepse, encefalite (inflamação do cérebro) e infecção ocular, que pode até levar à cegueira.
Historicamente, calcula-se que a taxaforte bet sign upmortalidade por varíola dos macacos varie entre 3 e 6% nos pacientes infectados. No surto atual, foram confirmadas até o momento 5 mortes.
Em linhas gerais, pessoas com maisforte bet sign up40 ou 50 anos parecem estar mais protegidas. Isso acontece porque elas foram vacinadas contra a varíola no passado — sabe-se que esse imunizante também confere uma boa proteção contra o vírus monkeypox.
Qual é o tratamento?
O tratamento da varíola dos macacos envolve o suporte clínico e o alívio dos sintomas, como dor e febre.
Geralmente, os profissionaisforte bet sign upsaúde pedem muito cuidado com a alimentação e a hidratação, para que o organismo tenha boas condiçõesforte bet sign upcombater o vírus.
Quando o paciente sofre com infecções secundárias, também é possível usar medicamentos específicos para lidar com esses outros vírus, bactérias, fungos ou protozoários.
A OMS também destaca que existe um antiviral chamado tecovirimat, que foi desenvolvido especificamente para tratar a varíola dos macacos.
Ele já foi liberado pela Agência Europeiaforte bet sign upMedicamentos, mas não está disponívelforte bet sign upforma mais ampla.
Como a doença é diagnosticada?
Se o profissionalforte bet sign upsaúde suspeita que um paciente está com varíola dos macacos, ele pode indicar a realizaçãoforte bet sign upalguns testes.
Os exames laboratoriais, alguns deles já disponíveis no Brasil, analisam a amostra, geralmente colhida das lesões na pele, e detectam a presença do vírus.
Uma das técnicas utilizadas é a PCR, que ficou muito conhecida durante a pandemiaforte bet sign upcovid-19.
Tem como prevenir essa doença?
As vacinas são a principal formaforte bet sign upprevenção.
De acordo com a OMS, uma sérieforte bet sign upestudos observacionais descobriu que o imunizante que protege contra a varíola tem uma efetividadeforte bet sign up85% contra a varíola dos macacos.
Como o vírus causador da varíola foi completamente erradicado, o programaforte bet sign upvacinação contra essa doença foi paralisado a partir dos anos 1980.
Existe, porém, uma vacina mais recente contra a varíola dos macacos, feita a partir do vírus atenuado modificadoforte bet sign uplaboratório.
Usada num esquemaforte bet sign upduas doses, ela está aprovadaforte bet sign upalguns lugares desde 2019. A disponibilidade deste imunizante no momento é bem limitada.
Masforte bet sign upalguns lugares, como o Reino Unido, a vacinação para conter a varíola do macacos já foi iniciada. Por ora, as doses só estão disponíveis neste país para três grupos: trabalhadores da áreaforte bet sign upsaúde, indivíduos que tiveram contato próximo com alguém que foi diagnosticado com a doença e, por último, homens gays, bissexuais ou que fazem sexo com outros homens.
No Brasil, o Ministério da Saúde anunciou que está negociando a compraforte bet sign upvacinas contra a varíola. O Instituto Butantan e a Fundação Oswaldo Cruz também estão estudando a possibilidadeforte bet sign upfabricar doses no próprio país.
Além da vacina, outras formasforte bet sign upprevenção envolvem a vigilância e a identificação rápidaforte bet sign upnovos casos.
Indivíduos que foram diagnosticados com varíola dos macacos devem ficarforte bet sign upisolamento e evitar o contato próximo com outras pessoas até as feridas na pele desaparecerem por completo — isso diminui o riscoforte bet sign uptransmitir o vírus adiante e criar novas cadeiasforte bet sign uptransmissão na comunidade.
- Este texto foi publicadoforte bet sign uphttp://vesser.net/brasil-62352878
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