Institutobaixar pixbet gratisonça da novela 'Pantanal' abriga felinos vítimasbaixar pixbet gratisincêndios e violência:baixar pixbet gratis

O Brasil é o país com a maior densidade populacionalbaixar pixbet gratisonças-pintadas do mundo. Os animais estão presentesbaixar pixbet gratistodos os biomas brasileiros, com exceção do Pampa, e apresentam características diversasbaixar pixbet gratisacordo com o ambiente onde vivem.

"Uma onça-pintada da Caatinga, por exemplo, pelas condições climáticas que oferecem menos água e alimento, chega a pesar no máximo 45 quilos. Já no Pantanal, onde a fartura é maior, a onça-pintada pode chegar a 135 quilos", explica Thiago Luczinski, veterinário do NEX.

Apesar da presença dos felinos no país, eles são quase lendas para boa parte dos brasileiros, que, se não viram apenas por fotos, no máximo passaram pelo animalbaixar pixbet gratisum zoológico.

E assim que deve ser, já que o ser humano é o único predador da onça-pintada, e por seus instintos selvagens e própria segurança, ela deve se manter longe.

Mas a faltabaixar pixbet gratisfamiliaridade com o animal também pode afastar a populaçãobaixar pixbet gratisconhecer a situaçãobaixar pixbet gratisriscobaixar pixbet gratisque a espécie se encontra: queimadas, caçadores, desmatamento e tráficobaixar pixbet gratisanimais ameaçam a vida da onça-pintada no Brasil.

"Por isso a visibilidade é tão importante e ajuda na conscientização e na manutenção do Instituto, que só sobrevive por meiobaixar pixbet gratisdoações", diz Gianni, complementando que o NEX hoje abriga 25 animais, entre onças pintadas, pardas, jaguatiricas e jaguarundis, cada qual com um custo mensalbaixar pixbet gratiscercabaixar pixbet gratisR$ 2.300.

Algumas onças são 'humanizadas', mas nunca domesticadas

Matí não foi escolhida para estrelar na novela por acaso. Por ter precisadobaixar pixbet gratiscuidados humanos constantes desde o começobaixar pixbet gratissua vida, acabou se tornando o que os técnicos do Instituto chamambaixar pixbet gratis"onça humanizada".

"Geralmente, depois que o animal não precisa dessa assistência, nós o 'isolamos'baixar pixbet gratisnós e ele recupera seus instintos e agressividade. Mas com Matí não foi assim, ela ficou mais dependente, e hoje não tem características comuns como soltar os esturros [o rugido da onça] e também não mostra as garras", explica Gianni, complementando que a cenabaixar pixbet gratisque Matí aparece com uma feição agressiva é uma montagem.

Para que as filmagens da novela fossem feitasbaixar pixbet gratissegurança, o animal foi acompanhado pela coordenadorabaixar pixbet gratisprojetos, dois técnicos, três veterinários, alémbaixar pixbet gratisbombeiros e seguranças na área, que tinham como objetivo impedir que outros animais se aproximassem.

Mas ainda que existam onçasbaixar pixbet gratiscomportamento mais tranquilo, como Matí, não quer dizer que é possível transformá-lasbaixar pixbet gratispets.

"Não concordamos com esse tipobaixar pixbet gratisconduta. A onça não tem como ser domesticada, ela pode ser condicionada, mas uma hora ou outra, pode acontecer um acidente. É um animal individualista e territorialista, que não aceita ser controlado", diz Gianni.

Como as onças chegam e são cuidadas no Instituto

Os felinos que o NEX recebe são encaminhados pelo Ibama, após consulta prévia. Ficam abrigados, provisoriamente, nos diversos CETAS (Centrobaixar pixbet gratisTriagembaixar pixbet gratisAnimais Silvestres) ou CRAS (Centrobaixar pixbet gratisReabilitaçãobaixar pixbet gratisAnimais Silvestres) localizadosbaixar pixbet gratisvários Estados do Brasil.

A depender do orçamento, espaço e da situação do animal, o Instituto avalia se poderá recebê-lo. "Nós pedimos que os exames sejam feitos nos órgãos ambientais para evitar casosbaixar pixbet gratiscontaminação e não colocar os outrosbaixar pixbet gratisrisco. De qualquer forma, todos os recém-chegados passam por quarentena", diz o veterinário.

Se o animal é aceito, os órgãosbaixar pixbet gratisfiscalizam fazem visitas periódicas presenciais sem aviso prévio para checar as condições.

Lá, os felinos têm espaços abertos e vastos para se exercitar, e são constantemente estimulados com as chamadas "atividadesbaixar pixbet gratisenriquecimento ambiental".

"Um exemplo ébaixar pixbet gratisvezbaixar pixbet gratisdar um pedaçobaixar pixbet gratiscarne para eles, o cuidador entra, espalha o cheiro do alimento no local e esconde, digamos, no fundo do lago. Assim o animal precisa ir atrás dessa comida", aponta a coordenadora.

Em alguns casos, quando o animal tem sequelas, os profissionais do NEX fazem mudanças para que ele se adapte.

"Temos aqui o Merlin, que levou um tiro na cabeça e ficou cego. É o retrato do quão cruel o homem é capazbaixar pixbet gratisser. Precisamos reservar um local só para ele, porque é mais vulnerável e não consegue se defender. Outras mudanças que fizemos foram instalar corrimões para que ele se sinta mais seguro e criar um lago raso, porque onças amam nadar, mas como é cego, poderia se afogar", diz Daniela Gianni.

Amanaci, uma onça que teve as patas carbonizadas por um dos incêndios no Pantanalbaixar pixbet gratis2020 é outra moradora que precisoubaixar pixbet gratiscuidados especiais. "A recomendação era eutanásia, mas conseguimos salvar a vida dela", lembra.

Apesarbaixar pixbet gratiso intuito do NEX não ser a reproduçãobaixar pixbet gratiscativeiro, como Amanaci nunca poderá voltar à natureza, os profissionais responsáveis pelo local permitiram a cruza dela com um macho que veio da mesma região, para que gerassem um filhote com as características do bioma.

O Apoena, filhote do casal, já nasceu e será treinado durante cercabaixar pixbet gratistrês anos antesbaixar pixbet gratisser solto no Pantanal.

Soltura dos animais na natureza

Gianni diz que o intuito é que o NEX fosse um local principalmentebaixar pixbet gratispesquisa, mas a realidade do sofrimento desses felinos fez com que os planos mudassem. "Viramos abrigo desses animais que não podem voltar. Não tínhamos noção que tantas precisariam disso."

Quando os felinos não têm sequelas e são considerados aptos pelos profissionais a voltar à natureza, por manterem características como agressividade e capacidadebaixar pixbet gratiscaçar, inicia-se um longo projeto visando a soltura deles na natureza, sempre no habitatbaixar pixbet gratisonde vieram.

Entre os requisitos na horabaixar pixbet gratisencontrar o lugar ideal, estão: 400 quilômetros quadradosbaixar pixbet gratisárea não desmatada, sem comunidades ou fazendas próximas e com presasbaixar pixbet gratisexcesso

"É emocionante, especialmente quando vemos, por continuarmos monitorando o animal eletronicamente, que ele conseguiu reproduzir. É a cereja do bolo", diz o veterinário Thiago Luczinski.

De acordo com o profissional, se a onça é humanizada, fica impossível devolvê-la à natureza. "Ela precisa ter o ser humano como principal inimigo."

Gianni afirma que todos que participam do NEX adorariam fazer planos para projetos futuros,baixar pixbet gratisexpansão e estudo, mas dependem da contribuição da sociedade e por isso, o foco atual é apenas manter bem os animais que já moram lá, com a ajuda da doaçãobaixar pixbet gratispessoas e empresas.

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